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São Paulo merecia ganhar; Corinthians teve sorte na arbitragem
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De Vitor Birner

São Paulo 1×1 Corinthians

O time do Morumbi merecia ganhar.  Mais que jogar melhor, isso é detalhe que aumenta a possibilidade do resultado positivo no esporte que exige precisão nas finalizações , conseguiu o gol e a arbitragem invalidou.

Em quase todos os momentos decisivos, incluindo os interpretativos, Carille e cia tiveram sorte nas opções de quem foi ao campo para permitir aos atletas, e mais ninguém, determinarem o resultado.

O líder encerrou o clássico alegre e a agremiação que tenta permanecer na elite incomodada com o empate. Tais reações refletem o futebol de ambas e a atuação de quem impõe as regras dentro do gramado.

Balança desregulada

O elenco e o Dorival podem reclamar. A arbitragem impediu o São Paulo de ganhar.

O recuo de Pablo para o Cássio nem merece debate.  Certamente tocou para o goleiro e sequer imaginou que o atleta convocado pelo Tite seguraria com as mãos. O clássico teve mais equívocos na imposição das regras.

Lucas Fernandes tomou o amarelo porque pisou, sem querer, em Maycon. O volante repetiu o lance em Petros e a arbitragem manteve o cartão no bolso.

A bola bateu na mão de Pablo que tentou evitar o contato. No critério original, que nunca deveria ter sido alterado, segue o jogo.  O atual torna o lance interpretativo, e o árbitro escolheu um lado.

Noutro, o mais capital de todos, Cássio se equivocou ao optar por tentar espalmar a bola. Provocou o choque com Lucas Pratto que estava parado e havia sido empurrado por Balbuena, mesmo assim o São Paulo conseguiu o 2×0 e pateticamente o lance foi invalidado.

O centroavante não tem obrigação de sair da frente para o goleiro. Ao contrário; tinha a vantagem que a regra oferece por ocupar antes aquele lugar no gramado.

O rigor sumiu no gol de empate. Não acho que foi falta de Rodriguinho, como não acho que Pablo cometeu o pênalti. Mas tanto faz o que penso. O critério adotado no torneio é a referência.

Então, naquele momento em que Júnior Tavares bobeou, a arbitragem têm que considerar o tal do  ''braço direito do meia nas costas do lateral'' tal qual ouvi e assisti na absoluta maioria das vezes, em lances similares, nessa e na edição anterior do torneio.  .

De quebra teve a comemoração de Gabriel no gol de empate que não interferiu no resultado.

Fábio Carille tirou o volante para otimizar a criação. O quarto árbitro viu. Foi quem pediu aos atletas para sentarem. Silenciou diante do gesto que a regra determina a exclusão de qualquer atleta. Cueva recentemente ganhou o amarelo porque comemorou uma vez com as mãos nos ouvidos e Lugano recebeu alguns por entrar para festejar apenas com os colegas outros dentro do gramado.

Em suma, na dúvida e onde nem sequer deveria ter alguma, a arbitragem pendeu para um lado diante do Morumbi lotado e com muito barulho na arquibancada. .O Corinthians pode reclamar porque o Petros se atirou no gramado e Rodriguinho recebeu o amarelo.

O andamento

O resultado foi bom apenas para o Corinthians. O São Paulo, melhor nas partes técnica e coletiva, saiu decepcionado de campo.

No 1°t, apenas um time jogou futebol. O do Morumbi teve iniciativa, ditou o ritmo, se impôs, teve dinâmica muito melhor que a do Corinthians.

Manteve a bola no campo de frente e pacientemente, com inteligência, variou as tentativas de achar lacunas no ferrolho montado por Fábio Carille, e quando perdia a bola a recuperava com facilidade.

Sidão apenas observou a primeira metade do jogo

Petros, numa difícil e precisa finalização, comemorou e tornou o andamento compatível ao resultado. Depois o time recuou, pois manter intensidade tão grande seria inviável para qualquer elenco no planeta.

Mesmo assim, Hernanes, que atuou como 2° volante para Cueva iniciar na meia, quase ampliou o resultado e aconteceu o gol de Militão que pateticamente foi invalidado.

O recuou permitiu ao Corinthians finalmente frequentar o campo de frente.  Carille foi alterando a escalação para aumentar a criação, até então nula. Marquinhos Gabriel entrou na vaga de Jadson, e depois Cleisson na de Gabriel. .

Tinha dificuldade para achar brechas e finalizar.

No empate, além da interpretação da arbitragem, Júnior Tavares bobeou, Rodriguinho teve categoria, Sidão conseguiu espalmar a primeira finalização e Cleisson merece elogios pela precisa na conclusão do lance.

Dorival havia alterado corretamente.

Cueva cansou e o treinador optou por Jucilei. Reforçou o sistema de marcação e a capacidade do time manter a bola, pois ganhava e podia ditar o ritmo. Antes, optara por Denilson na vaga do discreto Lucas Fernandes .

Na última mexida. Marcos Guilherme, extremamente dedicado para o coletivo, se cansou e o Maicosuel foi para o gramado.

Carille tirou Romero e pôs o Camacho. Recompôs o sistema de marcação porque diante de tudo que acontecera em campo e da classificação no torneio, era muito agradável sabor do empate.

Mais que espinhos

No Morumbi, ao contrário, além da sensação de ter sido prejudicado, restou de positivo outra atuação que mostrou a melhora que acontece há algumas rodadas.

Mas o time, para adquirir a confiança e consolidar o desempenho construtivo, precisa ganhar.

Se tropeçar diante do Sport, desperdiçará uma parte da construção.

Ficha do jogo

São Paulo – Sidão; Éder Militão, Robert Arboleda, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Petros; Marcos Guilherme (Maicosuel), Hernanes, Christian Cueva (Jucilei) e Lucas Fernandes (Denilson); Lucas Pratto
Técnico: Dorival Júnior

Corinthians – Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Clayson) e Maycon; Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho e Romero (Camacho); Jô
Técnico: Fábio Carille

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) Assistentes: Rodrigo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa


Resultado no jogo das vaidades que nada agrega ao PSG: Cavani 0x1 Neymar
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De Vitor Birner

Montpellier 0x0 PSG

O favorito atuou com Thiago Motta como volante em frente aos zagueiros. Verrati e Rabiot pelos lados completaram o trio e jogaram na meia quando o time teve a bola.

Draxler na direita, Mbappé no outro lado e Cavani, o centroavante, atuaram mais adiantados.

Todos se movimentaram, procuraram brechas no congestionamento que o Montpellier organizou para impedir as finalizações.

O atleta contratado por empréstimo no Mônaco foi o mais acionado e protagonista na frente.

O time, apesar de muito mais técnico que o oponente, nem sequer construiu grandes momentos de gol.

Insistiu muito com Mbappé. Unai Emery, durante o 2t, colocou Lucas e Daniel Alves nas vagas de Draxler e Meunier para otimizar a criação do lado direito.

A medida foi ineficaz e o técnico optou por Lo Celso na de T. Motta, porque o revelado nas categorias de base do Rosario Central é mais habilidoso.

Nada aconteceu.

A única polêmica foi na reclamação de Verrati no suposto pênalti de Pedro Mendes em Cavani.

O português tocou na bola, mas a arbitragem adotou critério tradicional, pois o mimimi do neo-futebol determina que isso é falta e o lance foi dentro da área.

Se fosse assinalado, o atleta do Montpellier, que tem amarelo, receberia mais um cartão.

Nem se a interpretação fosse de pênalti a conclusão do jogo seria alterada.

Muita gente citará a dificuldade do PSG na ausência do atleta em que mais inve$tiu.

O resultado do outro jogo, o das vaidades que nada agrega, foi 0x1 Neymar.

Antes que a maioria esqueça, relembro:

Elenco do PSG é muito melhor que o do Montpellier.

Tinha que ganhar com ou sem o badalado atleta contatado no Barcelona.

E o principal:

Aplausos ao Montpellier.

Montouo sistema de marcação que parou o favorito do torneio na França.


Desculpismo, frescura e pouco futebol; times daqui têm que mudar o padrão
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De Vitor Birner

Merecida classificação

O Santos ofereceu a bola ao Barcelona. Apesar das ausências de Lucas Lima e Renato, tinha que impor o ritmo, ganhar o meio de campo e o jogo.

Os equatorianos mantiveram a proposta de futebol. Atuaram com sistema de marcação adiantado, forçaram a criação pelos lados, investiram nos cruzamentos e finalizações quando encontraram qualquer brecha, e tiveram no camisa 10 Díaz a referência capaz de coordenar os colegas dentro do gramado.

Foi uma inversão do que sugerem os elencos, a tradição e o estádio onde foi eliminado o favorito.

O Barcelona atuou como grande e mereceu a classificação.

Lembro que os atletas equatorianos, na viagem para o Brasil, tiveram logística semelhante a que gerou polêmica após reclamações dos atletas santistas no jogo de ida, alguns provavelmente não dormiram direito porque a torcida estourou rojões de madrugada no entorno do hotel, e ganharam na Vila Belmiro.

O desculpismo

A malandragem é o clichê que muitos utilizam sempre que algum time brasileiro é eliminado por oponentes da América do Sul.

Existe, mas nessa temporada é apenas uma desculpa.  Levir Culpi assumiu a responsabilidade pelo resultado, mas incluiu a tal da malandragem na lista citada durante a entrevista coletiva.  Os conselheiros reclamaram dos atletas.

O futebol em campo afirmou algo mais simples: o Barcelona foi melhor tecnicamente, taticamente, emocionalmente e por isso atuará na semifinal da Libertadores.

Teve equívoco tático do técnico do Santos ao inverter os lados de Bruno Henrique e Copete para o primeiro ser acionado na velocidade onde o lateral do oponente tinha o amarelo.

Avaliou que assim o gol seria criado, investiu no melhor de linha do time na temporada para resolver o jogo, poderia cavar a exclusão do pendurado,  abriu mão dele no sistema de marcação, ousou porque o amarelado constantemente apoiou, e naquele setor foi o cruzamento para o gol de Alves.

O artilheiro do jogo recebeu o amarelo ao tirar a camisa na comemoração e, no minuto seguinte, o vermelho, discutível, porque o árbitro interpretou que o centroavante acertou uma cotovelada.

Em suma, faltou malandragem para o jogador do Barcelona. O Santos foi incompetente para criar oportunidades e apenas duas vezes no cruzamento, ofereceu o momento de emoção ao torcedor.

Bruno Henrique cuspiu no Díaz quando o Santos necessitava do gol de empate.

Isso se chama egoísmo, dificuldade de priorizar o coletivo. Esse mimo tão tradicional entre os atletas do país não é falta de malandragem.  Há mais de um adjetivo para o destempero do atacante e a gentileza impede que seja citado.

A tradição

O Corinthians necessitava do gol no 'El Cilindro'. Foi quase nulo na criação e o Racing se classificou.

Os 'hermanos' mereceram a vaga. Após  1° t em Itaquera, em nenhum momento o time de Carille foi melhor.  As raras boas oportunidades ontem foram da agremiação que tem a 'hinchada' mais intensa, se considerarmos apenas as cinco avaliadas como grandes no país.

Em suma, segue no torneio quem mereceu pela dinâmica e  futebol.

O destempero tradicional dos atletas daqui entrou no gramado.

A merecida exclusão minutos após Rodriguinho ir ao gramado foi inútil, egoísta, desproporcional, pouco inteligente e prejudicial ao coletivo.

O atleta, depois do jogo, se desculpou com o elenco.

Uma dúvida

Bruno Henrique, Rodriguinho e lista impossível de ser lembrada em jogos de torneios continentais.

Me pergunto até quando atletas provenientes de 'nossa' cultura esportiva serão mentalmente goleados pelos 'hermanos'.  É um problema, ou melhor, dilema, pois os equívocos de ambos são tradicionais no futebol

Se a arbitragem fosse tendenciosa, permitisse apenas uma das agremiações em campo de bater, se adotasse critério dúbio ao determinar o que foi falta, haveria motivos para reclamações brasileiras.

Mas em Santos apenas o Barcelona pode chiar pelos cartões não mostradas quando o resultado era de empate.

Na eliminação do Corinthians, a arbitragem foi coerente ao permitir que os jogadores de ambos os clubes atuassem com intensidade e critérios iguais.

Completando a lista

Nessa temporada, o Defensa y Justicia foi melhor taticamente, deu o baile, e se classificou no Morumbi.

O time pequeno, com atletas menos competentes, se mostrou mais preparado 'de cabeça' e na parte coletiva. A Universidad Católica e o San Lorenzo ganharam do Flamengo quando receberam o clube da Gávea, porque foram mais eficazes mentalmente fortes especificamente naqueles jogos da Libertadores.

O clube de Aguirre, que a maioria dos brasileiros acha técnico incompetente, pode se classificar à semifinal do torneio, apesar do mediano elenco.

A exceção

O Botafogo contrariou a regra. Mostrou que o time brasileiro pode ser o mais raçudo, malandro, inteligente na parte tática e forte coletivamente.

Quem quiser pode aprender. Humildade e solidariedade dentro do elenco, e noção plena que a camisa é maior que o atleta são pilares para a competitividade que permitiram ao técnico capaz implementar a proposta de futebol.

Ao time, apesar da eliminação diante do Grêmio, tenho apenas elogios. Por detalhes que são do esporte parou diante do elenco melhor e merecedor de elogios.

Contrariando o padrão

O Grêmio é o único semifinalista brasileiro na Libertadores. Renato contrapõe os padrões dentro do país e o da própria agremiação.

Montou o time com repertório ofensivo mais amplo entre todos daqui. Quando necessário, conseguiu adaptar a proposta coletiva às necessidades nos gramados.

Os elencos de Palmeiras e do Flamengo ofereciam mais possibilidades para variações, alterações durante os jogos, além de reposições de atletas. Tem a oportunidade para igualar São Paulo e Santos em conquistas na  Libertadores.


Implementação parcial e por impulso pode ‘sabotar’ árbitro de vídeo da CBF
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De Vitor Birner

No embalo

O auxiliar atrás da linha de fundo tinha obrigação de ver a irregularidade no gol de Jô. Lance fácil em que a imagem era supérflua para cumprir a regra.

Eis que, no impulso, o presidente da CBF orienta a urgente implementação do recurso tecnológico no Brasileirão.

O regulamento do torneio prevê a medida, em qualquer momento, não necessariamente em todos os jogos. É o embrulho pronto para utilizar mal o que se criou para beneficiar.

Na imagem

A bola não pode parar cada vez que o árbitro tiver dúvida.  Outros especialistas, de preferência três, assistem ao jogo e repetições para rapidamente comunicarem ao que está dentro do gramado.

Um trio diminuirá mais o número de  equívocos.

As pessoas

A CBF precisa de gente preparada, pois o homem é essencial para a ferramenta ser benéfica.

A seriedade

A hipótese de uma rodada qualquer com a eletrônica apenas em alguns jogos parece piada. É como mandar os auxiliares da linha de fundo em metade das partidas, talvez nenhum bandeirinha nas 'menos importantes, e os clubes escolhidos entram em campo sob condição radicalmente distinta no cumprimento das regras.

Lembro que os jogos são todos pelo mesmo torneio.

Apenas um interpreta

A CBF tem que determinar qual o limite para os árbitros de imagem. Não têm que opinar se o atleta foi derrubado ou cavou. Devem auxiliar nos impedimentos,  na falta fora ou dentro da área, se a bola entrou no gol.

O do gramado apita e os outros auxiliam. Os com recursos eletrônicos são complementos. Todos os lances que exigem interpretação, ou que podem ter conclusões distintas porque o ser humano no ar condicionado tem critérios divergentes, são da competência do 'árbitro tradicional'.

O investimento 

A entidade tem que gastar. Preparar pessoas e ter estrutura para utilizar em todos os jogos.

Às pressas, apenas em alguns, pode 'sabotar' a tecnologia.

A implementação durante o torneio é outro problema. Nem a anteriormente prevista utilização nas últimas rodadas aprovo.

Como foi iniciado tem que acabar.

Ano que vem, sem atropelos, com igualdade para todas as agremiações, a eletrônica na dose exata será construtiva para o futebol.


Cássio x Vanderlei e as críticas exageradas para Tite
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De Vitor Birner

Critérios respeitáveis

O ganhador da eleição de melhor goleiro do último brasileirão foi Jaílson. Vanderlei ganhou o meu voto.

Na atual edição do torneio, o santista elevou o padrão. Merece oportunidade na seleção, o que não obriga Tite a convocá-lo, nem torna equivocada a opção do treinador por outros goleiros

O melhor do país na temporada da conquista do tetra era Zetti; Taffarel brilhou.  No penta, São Marcos tinha Dida e o Rogério Ceni na concorrência pela vaga.

Atualmente há uma leva de goleiros competitivos e o técnico tem seus critérios.

Na disputa equilibrada, Tite pode considerar o desempenho em jogos decisivos, principalmente nos grandes torneios, e a experiência de atuar em agremiações que disputam a Liga dos Campeões na Europa.

Ou, simplesmente, ter preferência técnica pela concorrências de quem fecha o gol no Santos.

Nada disso é absurdo. Reitero: acho o desempenho do atleta do elenco de Vila Belmiro, desde o ano passado, o melhor entre os goleiros dentro do país.

Possível entender

O técnico mantém o Vanderlei na lista de possíveis convocados.  Reconhece os méritos e tem outras prioridades.

Cássio ganhou muitos pontos porque garantiu grandes conquistas. O preterido nem sequer teve como igualar, porque os elencos nos quais atuou foram incapazes de disputar semifinais e decisões de Mundial e Libertadores.

O goleiro santista pode, tal qual tem conseguido, empurrar o clube adiante no torneio continental.

A manutenção do atual padrão nos momentos mais tensos em campo aumentará a cotação para ser convocado.

Além dos campos de futebol

Entendo também a indignação que a ausência de Vanderlei nas listas de Tite gera em grande parte dos torcedores. Há mais que simplesmente avaliação técnica nas reclamações.

O Corinthians tinha o grande patrocínio e construiu uma Arena por influência do governo anterior.  O clube foi o que mais conquistou torneios na década, tem muito espaço na mídia, cotas de transmissão de jogos mais ricas que as de quase todos os demais, e milhões creem que recebeu privilégios de arbitragem.

Cássio atua nessa agremiação. A predileção do técnico, certamente fundamentada em algo construído apenas dentro dos gramados, é encarada por quem mistura tudo como mais uma regalia para a instituição.

Entra no bolo de facilidades que supostamente há e incomoda quem torce para outra agremiação.

Os trâmites para a construção da Arena merecem críticas, o valor e o patrocínio do banco contribuíram na formação de elenco nas conquistas, as cotas poupudas de transmissão fortaleceram, mas o goleiro, por competência, brilhou na final do Mundial.e impediu Diego Souza do Vasco eliminar o Corinthians da Libertadores.

Apenas um detalhe 

O país vive o momento de ultra-maniqueísmo; no córner direito do ringue há o culto ao egoísmo, a expertise na fabricação das 'fake news' e o aumento na quantidade de intransigentes, o que impede a construção da harmonia coletiva.

No esquerdo está a padronização de sub-clichês e o discurso legalista, conveniente para as pretensões políticas, e generosidade diante da corrupção que fortaleceu o outro lado.

Interessados de centro que aguardam os rumos para saber quem apoiam, além de montes de personagens diretos e indiretos da política, eleitores arrogantes –  pouco sabem e têm opinião formada  – e ódio compõem o ambiente em que o Brasil mergulhou.

O futebol está inserido nesse amontoado onde são raras as avaliações técnicas e a essencial  generosidade.

O resumo  

Hoje, escalaria Vanderlei para a seleção do Brasileirão. Talvez votasse nele como atleta de melhor desempenho entre todos que atuam no torneio, mas entendo plenamente a opção de Tite.

Há concorrência, o treinador tem o goleiro principal, a disputa é para completar o trio e, como os reservas poucos entram nos gramados com a camisa da seleção, é normal o técnico preferir quem mostrou estar preparado para os jogos que aumentam o 'frio na barriga' dos atletas de futebol.

O técnico necessita montar elenco capaz de gerenciar o imprevisível dentro do gramado. Pode alterar a escolha, mantê-la, se equivocar,  assim como qualquer convocado atuar abaixo do necessário em jogo decisivo.

Tudo isso é do esporte.

O treinador monta o planejamento para diminuir tais possibilidades. Esse é o limite que o futebol, a natureza e Deus oferecem ao mortal, o treinador competente da seleção avaliada tal qual uma das favoritas à conquista do torneio.

Pode sim

Nessa onda ultra-maniqueísta, há os que creem que Tite não pode ser criticado.

Se enganam. O treinador se equivoca. Nenhum, desde quando assisto o esporte, foi plenamente preciso.

Não existe exceção: Guardiola, por exemplo, afirmou que errou na avaliação do elenco do Manchester City para a edição anterior da Premier League.

Ninguém tem capacidade para acertar tudo no futebol.

As reclamações, se os autores querem construir, melhorar o time, necessitam ser positivas, e com a merecida paz ao técnico que tem mostrado capacidade para implementar dinâmica competitiva nos gramados e montar o elenco.


Tite acerta na lista de convocados, apesar do futebol que Diego tem jogado
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De Vitor Birner

Diego

Tite necessita testar mais jogadores. Por isso as novidades são bem-vindas, mesmo se dentro de campo mostrarem que não podem entrar na lista para o Mundial. O momento é de preparar o grupo de atletas mais forte que o treinador puder.

Pela meritocracia Diego, do Flamengo, não deveria ser convocado. Mas o veterano tem capacidade na criação e chegada na área, e pode resolver alguns tipos de jogos.

O técnico necessita de opções no banco. Precisa cogitar circunstâncias que a seleção pode ter durante o torneio.

Por isso entendo a convocação.

Fred

Ovolante forma a dupla com Stepanenko no Shaktar Donetski.  O time ganhou do Napoli, segunda força do grupo que tem o Manchester City e o Feyernood, na estreia da Liga dos Campeões.

Tem muita força física, capacidade para se movimentar e apoiar. Os ucranianos atuaram no 4-2-3-1 têm o meio de campo mais brasileiro do torneio. O trio de criação com Marlos na direita, Bernard do outro lado e Taison por dentro.

Pode ser opção para ausência de Renato Augusto, apesar de o sempre convocado ser mais cerebral e ter a melhor leitura tática entre todos os atletas da seleção.

Diego Tardelli

Quem Tite pode colocar no time, quando Gabriel Jesus estiver fora?

Gosto do futebol de Roberto Firmino, mas entendo que na seleção ainda não repetiu o padrão do Liverpool.

Pode atuar tanto como centroavante que se movimenta quanto no quarteto do 4-1-4-1, de preferência por dentro, pois assim não tem que marcar o lateral.

Arthur

Se Tite queria convocar atleta promissor, acertou. Desde o início da temporada agregou muitas virtudes, principalmente  no toque de bola e leitura  do jogo.


Perdão pelo termo; mandar Dorival embora seria burrice
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De Vitor Birner

Os elogios

Nenhum comentário deste post menospreza a Ponte Preta. O time empatou por méritos, soube aproveitar as dificuldades do oponente. e teve oportunidades para ganhar.

O texto é sobre o porquê de o clube do Morumbi mais uma vez desmoronar em campo

A inútil evolução

Deve ter sido o primeiro jogo do São Paulo em toda a temporada, incluindo os diante dos clubes pequenos no Estadual, que o oponente não entrou nenhuma vez tabelando na área e finalizou em frente ao goleiro.

A distância entre as linhas de trás e do meio diminuiu, anulou a transição em velocidade da Ponte Preta, Hernanes recuou e formou o quinteto em frente aos zagueiros, no 1°t o time teve a paciência para tocar a bola contra a bem posicionada Ponte Preta, e mesmo com a dificuldade na criação atuou no entorno da área e incomodou.

Quatro vezes finalizou e não permitiu aos campineiros testarem uma vez sequer o Sidão; conseguiu o gol na exímia cobrança de falta do Hernanes e depois optou pelo contra-ataque para ganhar.

Lucas Fernandes e Hernanes tiveram oportunidades em que podiam ampliar o resultado.

No equívoco de Aranha, o estreante Bruno Alves e o grande público comemoram o 2×0.  A agremiação do Morumbi tinha tudo para garantir a alegria da torcida e do próprio elenco.

Como ''el fantasma de la B'', tal qual definem os 'hermanos', assombra o clube, enquanto não conseguir uma sequência de resultados positivos estará sempre sujeito aos capítulos que constroem o desastre esportivo de gigantes.

Os dois

Hernanes, por óbvios motivos citados, nem esbarra nas críticas. Merece elogios.

Dorival recebeu várias, a maioria equivocada. Em quase todos os cruzamentos havia alguém marcando. Uma vez, com Lucca, o oponente finalizou sozinho.

Antes, houve o desvio de cabeça do atleta marcado. Os tropeços foram individuais, de técnica e de leitura do lance por parte do atleta.

O empate

Duas vezes o Sidão teve que impedir gols, antes da exclusão e pênalti do Jucilei.

Numa falta de longe que o Danilo finalizou no meio, e no cabaceio de Luan Peres, que exigiu mais do goleiro.  O posicionamento do sistema de marcação era o necessário, Pratto escorregou e por isso facilitou.

O zagueiro goleou o centroavante nesse momento e nas disputas em que o hermano' foi acionado na transição em velocidade. Ganhou todas.  .

A Ponte Preta tinha colocado o centroavante Léo Gamalho e tirado o volante Elton do meio de campo porque investiria nos cruzamentos.

Sidão teve dúvidas se outro jogador cabecearia e, atrasado, espalmou para baixo e no meio da área. Após a finalização forte aconteceu o indiscutível pênalti. Danilo foi preciso e comemorou.

O jogo, após o cartão ao volante, foi da Ponte Preta, mas não porque houve grandes problemas coletivos no São Paulo.

Continuou criando apenas nos cruzamentos e se aproveitando de equívocos que serão encerrados com melhora nos desempenhos individuais.  No lance que Léo Gamalho acertou o travessão o lançamento foi de longe. O meio de campo podia encurtar para dificultar, mas o centroavante se antecipou facilmente ao Rodrigo Caio. O zagueiro estava de frente para a bola e tinha que ganhar a disputa de cabeça.

No empate, o equívoco foi de leitura do zagueiro de Tite.

O atleta da seleção necessitava atenção com Léo Gamalho, mas contribuiu para a construção da 'parede' de oponentes. Marcou o atleta do Bruno Alves e o cabeceio do centroavante foi irrepreensível.  Havia o trio da Ponte Preta e o número igual de atletas do São Paulo naquele espaço da área. Esse equívoco de comunicação da dupla de zaga que se conheceu quarta-feira era impossível de ser evitado por qualquer técnico do planeta.

Depois, apesar do oponente ditar o ritmo,  foram duas as oportunidades para o time do Morumbi conseguir o gol e uma do que havia empatado. Dorival conseguiu reconstruir o sistema de marcação.

Hernanes recuou para o setor de Jucilei e Lucas Pratto, em vários momentos. ao meio de campo.  Mantiveram o quinteto em frente aos quartetos de laterais e zagueiros.

Comparação que nada constrói

A campanha para o treinador ganhar o bilhete azul dos cartolas continua. Há perfis distintos de quem força a diretoria a aumentar a lista de equívocos na gestão.

Alguns se incomodam pelos resultados e, por reflexo, necessitam alterações para terem mais esperança de permanência na elite do futebol. São bem intencionados, mas ignoram dinâmica no gramado e como é a construção de times competitivos no futebol.

Há outro perfil muito tradicional no esporte; são pessoas que afirmam querer o time forte, mas por ambição política dentro da agremiação sentem alguma satisfação, e se promovem com campanhas para a torcida.

O outro perfil é dos que criticam o atual ao treinador emendando comparações ao time do antecessor.

Esqueça os nomes e pense no clube. Nunca coloque os ídolos acima das instituições. Nem o Pelé, maior de todos os atletas no futebol, do Santos.

Essa teste pode ser por ausência de compreensão do futebol, ou por tietagem, ou por desonestidade intelectual. Entrarei na comparação porque ganhou força a teoria ruim para a agremiação.

Diante do Defensa y Justicia no Morumbi, após as mesmas duas semanas no CT da Barra Funda, os 'hermanos' conseguiram muitas finalizações na área, criaram com a bola, no contra-ataque e cruzamentos.

Estreavam em torneios do continente e mostraram mais futebol que o tricampeão da Libertadores.

O jogo foi após o quadrimestre e mais 10 dias da temporada. O técnico teve os jogos de estadual para aprimoramento, os atletas que foram para a Europa estavam no elenco, a pressão era a natural, comum e pequena nos padrões de clubes gigantes.

O atual estreou 1 mês e 27 dias antes do empate diante da Ponte Preta, herdou o time numa grande crise tática, técnica e a principal e mais difícil de solucionar, a de confiança dentro de campo.

Não teve jogos para testes. Necessita gerenciar o momento mais difícil da história do clube em torneios nacionais, o qual teve enorme contribuição do ídolo e da cartolagem que o contratou. Dorival precisou estrear o Bruno Alves que acertou na semana anterior. O tempo de Petros e do Hernanes no clube é inferior ao que Rogério Ceni teve com o elenco antes da debandada ao clubes europeus.

Apenas um dos técnicos contribuiu para a criação do problema .

E mais: excluir do raciocínio a pré-temporada, o estadual, como ambos os treinadores encontraram os atletas no Morumbi e as bases para a construção coletiva, é equívoco técnico, ou o que prefiro pular para manter a gentileza.

Que esses mantenham a linha de avaliação para todos os treinadores estreantes e que nunca montaram grandes times de futebol.

Reitero para os 'haters'

Tite demorou duas décadas para ser tão competente. O próprio fala do aprimoramento, que alterou conceitos e métodos, antes de conseguir o atual padrão.

Creio na capacidade de Rogério Ceni. É competitivo, muito dedicado, pode agregar a sabedoria necessária e retornar ao clube, mas na estreia como treinador teve dificuldades tradicionais para quem inicia e foi muito aquém do que precisava o elenco.

Nenhuma garantia

A classificação impede tropeços. Alguns jogadores têm medo de perder.

Estão muito abalados. Nem sequer negam nas entrevistas. Falta de confiança e concentração atrapalham o desempenho individual. A dificuldade para o treinador fortalecer o coletivo, por isso, é multiplicada.

Ninguém pode garantir que o São Paulo manterá a insuficiente evolução mostrada no empate. Pode piorar ou melhorar, os resultados nesse momento interferem muito na dinâmica do time dentro do gramado, pois apenas ganhando alguns jogos seguidos, Dorival e cia terão a confiança e a paz que aumentam a quantidade dos resultados positivos.

A conclusão

Nenhum goleiro do elenco solucionou os problemas embaixo das traves. Quem é fã do Denis ou do Renan, ou acha que o time teria somado mais pontos com algum preterido, tem o que criticar.

Isso é muito pouco diante de tudo o que acontece no CT da Barra Funda.

O bilhete azul para Dorival seria uma burrice neste momento. O mercado tem poucas opções e nenhuma conseguiu montar time mais forte que o do treinador na última temporada.


São Paulo tem a Ponte Preta e o medo de perder como adversários no Morumbi
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De Vitor Birner

O torcedor do São Paulo, principalmente quem for ao Morumbi, precisa entender que os atletas entrarão em campo com pesos e sensações distintas. Os da Ponte Petra cumprirão a rotina de tentar competir da melhor forma possível; Os do São Paulo também, mas com o obstáculo difícil de superar nessa campanha de rebaixamento.

O medo de perder

Este é o peso que atola o gigante na areia movediça do descenso. Se acontecer, a possibilidade é concreta, será o maior fracasso da sua história rica de conquistas e grande futebol.

Talvez seja o momento mais complicado que qualquer elenco da agremiação teve de gerenciar. A carga nos encima dos pés e mentes dos jogadores é enorme.

A comissão técnica trabalha para aumentar a possibilidade de uma reação no torneio. Organizar o sistema de marcação é primordial.

O time desmorona muitas vezes quando toma gols.

Apesar de disponibilizar ao treinador mais técnica que a do oponente para formação de coletivo competitivo, obviamente é impossível afirmar que pode ser chamado de favorito. Isso é inédito ou muito raro, diante da Ponte Preta, no Morumbi.

A competência

A agremiação do presidente Leco necessita mais entrosamento dentro do gramado, concentração, sincronia da escalação com sistema de jogo,  além da generosidade da sorte, que tem faltado como faltou aos demais gigantes rebaixados.

Apenas elevando o padrão ganhará alguns jogos seguidos e terá paz essencial para a melhora dos desempenhos individuais e da precisão nas finalizações.

É imprevisível

As duas semanas no CT da Barra Funda tornam mais difícil a pré-avaliação do jogo. O zagueiro que atuará ao lado de Rodrigo Caio sequer teve muitas atividades com o da seleção.

Lucas Fernandes, acho, entrará na vaga de Cueva. Um se dedicou muito nas eliminatórias,  enquanto o colega trabalhou com o elenco nesse período e foi escolhido para dar entrevista durante a semana.

Mas isso é apenas impressão baseada nas movimentações, reportagens dos setoristas e recentes atuações pelo time. Mesmo assim não descarto que o Dorival preparou algo distinto e os indícios foram blefe de uma estratégia.

O tamanho

Resumindo, qualquer resultado será normal. Não existe zebra no Morumbi.

A Ponte Preta, se tropeçar,  considerará ruim e aumentará o sinal alerta para a parte de baixo da tabela de classificação. .

O São Paulo, caso perca ou empate, avaliará como um desastre grande o resultado.

O peso será multiplicado.

O beabá dentro do gramado

O futebol tem no gramado disputas técnica, física emocional e coletiva. São interligadas, mas quando a mental oscila todas as outras são comprometidas,

Os adversários sabem. O treinador da Ponte Preta deve orientar os atletas a finalizarem de fora da área e forçarem os cruzamentos. Compensa testar o goleiro e  sistema de marcação.

 


Alteraram os critérios na França para proteção de Neymar e elenco do PSG?
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Vitor Birner

Arbitragem facilitou

O PSG montou o elenco de alto nível e o treinador é competente. Merece ser colocado no grupo de favoritos em todos os torneios que disputar na temporada.

Diante do Metz, lanterna na França e que tropeçou nas 5 rodadas somada a de hoje, o auxiliar mandou seguir o lance em que Cavani, impedido, acertou a trave.

Pouco depois Neymar conseguiu a assistência para o centroavante finalizar e comemorar. A tendência era o andamento ser mais favorável ao clube da capital, mas o oponente da região de Lorena no nordeste do país conseguiu o empate.

Dossevi ganhou a dividida de Meunier e cruzou na cabeça do centroavante Riviére.

A primeira metade foi encerrada com o improvável 1×1 . Depois, aos 2 minutos, Marquinhos recuou na fogueira e o goleiro Areolafoi obrigado a cabecear. Se equivocou e o artilheiro da zebra, com o gol aberto, desperdiçou grande oportunidade para virar o resultado.

Neymar, Cavani, Draxler e o estreante Mbappé tinham dificuldades para abrir lacunas no sistema de marcação.

No 2°t nenhuma finalização conseguiram até a arbitragem no décimo minuto facilitar. Carrinho de Ekotto para acertar a bola, tocou nela e no Mbappé, a falta foi para amarelo, mas o lateral foi excluído.

O PSG em seguida teve uma oportunidade e dois minutos após o exagero da arbitragem o estreante conseguiu o gol.

O jogo 'acabou' na exclusão. Sobraram muitas lacunas no sistema de marcação e o favorito goleou.  Neymar, com muito espaço, mostrou grande categoria na finalização de fora da área.

Mbappé, de cotovelo e sem querer, em lance discutível no atual padrão de mão na bola do neo-futebol, 'ofereceu' assistência para Cavani ampliar

Lucas entrou e 10 minutos depois encerrou o vareio. O PSG construiu muitas oportunidades após o cartão ao lateral.

Podia ganhar com número igual de atletas, mas a arbitragem teve enorme influência no resultado.

Proteção com mexidas nos critérios

Quem assiste ao torneio francês sabe que os jogos são ríspidos, truncados, pegados, e a arbitragem permite muito o contato intenso nos gramados.

Foi assim em todas as últimas temporadas. Traduzindo para auxiliar quem necessita referências, o futebol na França parecia mais com o da Itália que o da Espanha.

Talvez a quantidade dos clubes,  nesse torneis mais recentes, que tem sistema de marcação forte e pouco repertório, foi maior na França que no 'calcio'.

Esse jogo que permite entradas fortes é mais difícil e arriscado para Neymar e cia.

A arbitragem na goleada diante do Metz aumentou o rigor, alterou os critérios, privilegiou a técnica, as estrelas, os renomados no elenco.

Sabe como é: tal qual reza a cartilha do capital, o dinheiro manda, inclusive se for necessário mexer em tradições na própria alma do esporte.

O PSG quer a Liga dos Campeões,  essa conquista valorizará o torneio de pontos corridos na França, os personagem e as quantias estratosféricas de grana nas contratações ocupam as machetes, o público do entretenimento ocupará as arquibancadas em detrimentos aos torcedores. o jogo pegado pode aumentar a possibilidade dos personagens se machucarem dentro dos gramados.

Nenhum cartolas e os investidores mais endinheirados ganham com o padrão.  Saberei ao longo da temporada se os critérios foram alterados.

O sim exige que sejam em todos os jogos em vez de apenas nos da agremiação de Paris.


Entenda por que Cueva incomoda o elenco; precisa saber que não é o Riquelme
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De Vitor Birner

Planeta do meia

Cueva queria a transferência para a Turquia.  Naquele período afirmou nos bastidores que se recusava a sentar no banco de reservas, acima do peso encrencou porque o estafe da preparação física o orientou a colocar equipamento para medir a intensidade nas atividades do CT da Barra Funda,  além de quase tirou o Jucilei do sério e que por isso rispidamente exigiu mais empenho.

No futebol há o atleta que entende as necessidades do time e por opção abdica de cumpri-las, e o que tem dificuldade para dimensionar o tamanho de jogos e de agremiações, tal qual parece ocorrer com o meia acima da média na seleção e com muitas oscilações no Morumbi.

Na entrevista de hoje, ao responder a pergunta sobre o porquê disso, Rodrigo Caio elogiou a técnica do peruano, emendou dizendo que o momento dificulta para os jogadores renderem tudo individualmente e afirmou que ''o time não pode atuar com jogadores a menos'' dentro do gramado.

O desempenho tático e empenho aquém dos necessários incomodam o treinador e o elenco no CT da Barra Funda.

Têm razão

Dorival opta pelo 4-1-4-1 no São Paulo. Nos momentos em que o time prefere recuar, ou é forçado, o time atua com sistema de marcação no 4-4-1-1.

A 'flutuação' acontece no recuo de quem joga pelos lados, Cueva e Marcos Guilherme, e de um dos atletas por dentro do quarteto, Jucilei, para a linha do volante.

Hernanes atua pouco à frente, pode completar do sistema de marcação formando o quinteto no meio de campo, , contribui na transição em velocidade, constrói oportunidades,  finaliza e frequenta a área.

Lucas Pratto é o centroavante.  .

A configuração tem uma lacuna do lado em que Cueva joga. O torcedor notou no clássico diante do Palmeiras. O meia, por incapacidade e moleza, dificultou para o sistema de marcação.

Michel Bastos, que raramente tem conseguido dribles, foi com facilidade na linha de fundo e cruzou para o gol de Willian, porque o peruano parecia em uma pelada de casados e solteiros ao tentar impedir o veterano.

Quem joga pelos lados tem como um dos grandes encargos a marcação do lateral.  O torcedor e o treinador avaliam que o São Paulo tem problemas de confiança e necessita sequência de resultados positivos para subir na classificação. Afirmaram noutras palavras que, após tomar gols, desmoronou em alguns jogos.

Esse raciocínio garante que seja pela parte física ou técnica, o atual padrão de futebol do Cueva dificulta a construção coletiva.

Dorival teve quase duas semanas de preparação. O atleta foi à seleção, onde atua pelo meio e com menos incumbências na retomada de bola. É urgente para o São Paulo ganhar da Ponte Preta. Tudo indica que outro atleta será colocado na vaga do mais habilidoso.

Apenas com aval do elenco

Mantendo a proposta coletiva, é possível para o treinador cogitar o teste para manter Cueva e implementar o que imagina.

Necessita colocar Jucilei de volante em frente aos zagueiros, formar o quarteto com Marcos Guilherme e Petros pelos lados, Hernanes e Cueva por dentro, e orientar todos, menos o criticado, a recomporem o sistema de marcação atrás da linha que divide o gramado.

A velocidade nas coberturas diminuiria, o mais elogiado doo time necessitaria correr mais nas idas para a área do oponente, o desgastes dele e dos outros dois citados aumentaria, tudo para oferecer ao Cueva o que gosta em campo.

É como atua na seleção.

No time de Gareca joga tal qual Hernanes do São Paulo, apesar de o técnico 'hermano' optar por distinta proposta coletiva. A escolha poderia incomodar muitos jogadores, mexeria nas incumbências de atletas que se dedicam, e facilitaria para quem sequer compreendeu o momento da agremiação.

Essas alterações precisariam de aval dos atletas. Sem isso talvez estabeleçam padrão de exigência menor ao elenco. Se topassem haveria o tradicional nós corremos e ele garante o bicho e os pontos na classificação.

Mais precisa a sintonia

No Peru o atleta naturalmente se compromete mais. A impressão é que compreende o peso da camisa do time nacional.

Nasceu no país, tem parentes, pessoas queridas, afinidade com a cultura, e desde cedo escutou sobre a seleção.

Assimilou o que é jogo de eliminatórias, ao contrário do que consegue ao avaliar os de clubes.

Admirador de Riquelme

O peruano declarou que o meia é seu grande ídolo. O 'hermano' jogava para si.

Tanto no Villareal quanto na Bombonera teve muitos atritos nos elencos, foi prepotente, escolheu quando se esforçou, treinadores de seleção abriram mão de tê-lo nas convocações, mas havia algo que temos de considerar na avaliação.

Era craque, ganhava os jogos. Cueva é acima da média dentro do país, mas teria que elevar muito o padrão de futebol para cogitar a conquista das regalias que o argentino tinha nos gramados.

Na seleção de pouca tradição e clubes medianos onde ganharia menos e atuaria com atletas operários poderia ser uma versão menos capaz do ''hermano' brilhante.

O futebol atual

Nenhum time competitivo do planeta abre mão de ter ao menos dois quartetos atrás da linha da bola, quando o oponente a tem no campo de frente.

Há técnicos que investem no quinteto formado por trio de zaga e laterais, ou no meio de campo. O 5-4-1 poderia fortalecer coletivamente o clube do Morumbi.