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São Paulo tem a Ponte Preta e o medo de perder como adversários no Morumbi

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De Vitor Birner

O torcedor do São Paulo, principalmente quem for ao Morumbi, precisa entender que os atletas entrarão em campo com pesos e sensações distintas. Os da Ponte Petra cumprirão a rotina de tentar competir da melhor forma possível; Os do São Paulo também, mas com o obstáculo difícil de superar nessa campanha de rebaixamento.

O medo de perder

Este é o peso que atola o gigante na areia movediça do descenso. Se acontecer, a possibilidade é concreta, será o maior fracasso da sua história rica de conquistas e grande futebol.

Talvez seja o momento mais complicado que qualquer elenco da agremiação teve de gerenciar. A carga nos encima dos pés e mentes dos jogadores é enorme.

A comissão técnica trabalha para aumentar a possibilidade de uma reação no torneio. Organizar o sistema de marcação é primordial.

O time desmorona muitas vezes quando toma gols.

Apesar de disponibilizar ao treinador mais técnica que a do oponente para formação de coletivo competitivo, obviamente é impossível afirmar que pode ser chamado de favorito. Isso é inédito ou muito raro, diante da Ponte Preta, no Morumbi.

A competência

A agremiação do presidente Leco necessita mais entrosamento dentro do gramado, concentração, sincronia da escalação com sistema de jogo,  além da generosidade da sorte, que tem faltado como faltou aos demais gigantes rebaixados.

Apenas elevando o padrão ganhará alguns jogos seguidos e terá paz essencial para a melhora dos desempenhos individuais e da precisão nas finalizações.

É imprevisível

As duas semanas no CT da Barra Funda tornam mais difícil a pré-avaliação do jogo. O zagueiro que atuará ao lado de Rodrigo Caio sequer teve muitas atividades com o da seleção.

Lucas Fernandes, acho, entrará na vaga de Cueva. Um se dedicou muito nas eliminatórias,  enquanto o colega trabalhou com o elenco nesse período e foi escolhido para dar entrevista durante a semana.

Mas isso é apenas impressão baseada nas movimentações, reportagens dos setoristas e recentes atuações pelo time. Mesmo assim não descarto que o Dorival preparou algo distinto e os indícios foram blefe de uma estratégia.

O tamanho

Resumindo, qualquer resultado será normal. Não existe zebra no Morumbi.

A Ponte Preta, se tropeçar,  considerará ruim e aumentará o sinal alerta para a parte de baixo da tabela de classificação. .

O São Paulo, caso perca ou empate, avaliará como um desastre grande o resultado.

O peso será multiplicado.

O beabá dentro do gramado

O futebol tem no gramado disputas técnica, física emocional e coletiva. São interligadas, mas quando a mental oscila todas as outras são comprometidas,

Os adversários sabem. O treinador da Ponte Preta deve orientar os atletas a finalizarem de fora da área e forçarem os cruzamentos. Compensa testar o goleiro e  sistema de marcação.