Blog do Birner

Palmeiras teve Prass e sorte; Santos lamenta crueldade do futebol
Comentários 60

birner

De Vitor Birner

Santos 1×2 Palmeiras

Os santistas foram melhores. O Alviverde ganhou o clássico.

Assim é o esporte.

Quem acha que a quantidade das oportunidades criadas é pleno mérito para conseguir o resultado positivo, deve reformular o conceito. Precisão talvez seja a virtude mais preponderante no futebol.

Sorte, Prass, capricho

Foram muitas as oportunidades. Santos poderia ter goleado.

No lance inicial, Bruno Henrique entrou na área e cruzou; Edu Dracena em vão quis tirar a bola e Lucas Lima dentro do retângulo maior finalizou para fora quando era possível acertar e comemorar.

Alguns minutos depois, o Vitor Bueno furou 2 m antes da linha do gol e sem ninguém na frente. Nesses lances faltou capricho para os santistas comemorarem,.

Houve outros nos quais tiveram pela frente a competência e a sorte do Fernando Prass.

O goleiro fez uma grande intervenção na finalização de Bruno Henrique de fora da área. Se equivocou apenas uma vez, ao sair para interceptar o cruzamentos, e o mesmo atleta cabeceou na trave. A benção permaneceu com o veterano quando o ídolo conseguiu desviar a bola na finalização do Ricardo Oliveira, de letra, que em seguida tocou no travessão e no rebote sobrou para o sistema de marcação.

O Palmeiras teve dificuldade para se aproximar da área do oponente. Apenas aos 35 minutos conseguiu finalizar. Vladimir evitou que Borja festejasse.

O goleiro garantiu o resultado ao espalmar, com muito reflexo, o cabeceio de Mina na pequena área – Ricardo Oliveira tinha que marcar o zagueiro –  e a finalização de Guerra nos acréscimos.

Tudo isso aconteceu no 1° t.

A superioridade santista e o clássico muito aberto com o Peixe ganhando o duelo no meio de campo porque impediu o oponente sair de trás tocando a bola, convenceram Eduardo Baptista a alterar o time para o restante do clássico. Iniciara com Dudu e Keno pelos lados, Guerra e Tchê por dentro, todos na linha do quarteto mais adiantado do 4-1-4-1 que implementa desde o início da temporada.

Egídio entrou e o gringo saiu para Zé Roberto ir ao meio de campo. O andamento continuou quase igual.

O Santos entrou na área e finalizou aos 9, 11, e 15 minutos com lances construídos pelos lados.

O goleiro fez o milagre diante de Vitor Bueno, em lance que havia sido paralisado e mais uma intervenção para ser aplaudida em pé no cabeceio de Bruno Henrique.

Os gols e as alterações

Incomodado por assistir ao Palmeiras empurrado para o campo de trás, Eduardo Baptista fez mais uma mexida.

Se tinha que lidar com tal dinâmica, necessitava do contra-ataques para tentar ganhar. Keno saiu e o Roger Guedes foi ao gramado.

Dorival. em seguida, tirou Vitor Bueno para Hernándes entrar.  Em poucos minutos, o Santos conseguiu o que merecia.

Bruno Henrique cabeceou e no rebote do Jean o Ricardo Oliveira comemorou.

Imediatamente depois, O Alviverde teve mais uma mexida para aumentar o potencial do sistema de criação. Zé Roberto cedeu a vaga ao Willian. Além disso, a necessidade fez a agremiação do Allianz Parque avançar todas as linhas.

Necessitou oito minutos, e de novo da sorte, para comemorar.

Jean entrou na área, finalizou ou cruzou, acho que a segunda, a bola sairia, mas Vladimir a desviou e aconteceu o empate.

O goleiro que fizera duas grandes intervenções quando exigido, se equivocou no lance mais simples que os anteriores.

Matheus Ribeiro foi ao gramado e Victos Ferraz saiu. Em seguida Roger Guedes entrou na área após o drible da vaca em Zeca –  é preciso cobertura do sistema de marcação nesses momentos – e, quase da mesmo local em que o lateral fizera o gol, tentou o cruzamento.

Os santistas rebateram e a bola foi exatamente onde Willian estava para finalizar e festejar a espetacular virada e o resultado favorável. Ainda houve tempo para o Rodrigão entrar, Thiago Maia sair, o Bruno Henrique na grande área finalizar e o gigante Fernando Prass nos acréscimos conseguir mais uma elogiável intervenção.

Foi o último lance e o desfecho coerente que coroou o craque da impressionante virada do Alviverde no clássico.

A única ressalva do jogo

Felipe M. tinha amarelo porque parou o contra-ataque do Santos. Deu o carrinho em Lucas Lima.

Após o encerramento do  1° t, enquanto era alvo da torcida na Vila que gritava ''afundou a seleção'', respondeu com uma dancinha e o gestual para cantarem mais alto

Repetiu a dose após o clássico, quando fez igual com as mãos, depois as colocou nos ouvidos, de novo provocando quem permaneceu nas arquibancadas.

Os especialistas no cumprimento das regras afirmam que os atletas nesses momentos devem receber o amarelo.

Houve quem, em jogo do torneio, 'ganhou' o cartão apenas pela mão no ouvido, ou por distinto tipo de comemoração. Os critérios devem ser iguais para todos os atletas e agremiações.

Se vale o que afirmam os especialistas, o volante 'merecia' amarelo, o que faria o Palmeiras atuar em metade do clássico com o jogador a menos.

Acho essa orientação pífia. Provocação (nunca confunda com qualquer tipo de ofensa) é saudável para o futebol. Mas, acima do que avalio, há a igualdade de critérios que deve ser seguida em todo o torneio.

Ficha do jogo

Santos – Vladimir; Victor Ferraz (Matheus Ribeiro), Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Renato e Thiago Maia (Rodrigão); Vítor Bueno (Vladimir Hernández), Lucas Lima e Bruno Henrique; Ricardo Oliveira
Treinador: Dorival Júnior

Palmeiras – Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto (Willian); Felipe Melo; Keno (Roger Guedes), Guerra (Egídio) Tchê Tchê e Dudu; Borja
Treinador: Eduardo Baptista

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo


Eliminações de Madrid e Barcelona seriam bençãos para o futebol
Comentários 27

birner

De Vitor Birner

Barcelona sequer merecia a classificação diante do PSG. Foi péssimo em Paris e fez o jogo mediano diante da própria torcida, no qual goleou porque houve uma arbitragem muito tendenciosa. E mesmo assim pode ir adiante graças ao grande futebol de Neymar no Nou Camp.

Era necessário alguém jogar bola, pois ao contrário do que muitos afirmaram, são necessárias virtudes nos gramados para conseguir resultados, inclusive quando as regras são descumpridas em prol de uma agremiação.

O Madrid parece cultuar o que alguns chamaram, outrora, de 'Muricybol'. É o rei dos cruzamentos e gols na transição de bola em velocidade.

Zidane sequer raspa na possibilidade da extração do pleno potencial do elenco de alto nível.

Foi assim, inclusive, quando ganhou a Liga dos Campeões e o Mundial. É um desgosto assistir aos jogos do time após criar a expectativa embasada na técnica dos atletas. A maioria rende menos que pode e o treinador tem grande parte nesse padrão dentro dos gramados.

Além disso, a dupla de gigantes é referência de uma ditadura econômica no esporte. Assassinou a concorrência que aumenta a competitividade e torna o jogo mais atraente dentro dos campos.

Os maiores favoritos

Os elencos de ambos impedem qualquer análise técnica de excluí-los dos grupos de favoritos no torneio. Pouco importa se o futebol que têm mostrado nega a condição de grandes candidatos.

O sorteio das quartas-de-final dificultou para ambos, mas pode ser o tal do divisor de águas, pois tendem a ganhar força se conseguirem, na bola, seguir na Liga dos Campeões.

O Bayern de Munique, o outro com grupo de atletas de alto padrão, joga o melhor futebol da Liga dos Campões. Mas a eliminatória diante do clube da capital pode ser uma 'pegadinha'.

É impossível descartar o crescimento da agremiação de Cristiano e cia.

Rivalidade, tensão antes do jogo, inspiração de alguém, a capacidade para lidar com o peso do clássico europeu; há mais questões além das técnicas e táticas do futebol.

O Barcelona terá uma pedreira. A Juve é daqueles clubes que quase entram no trio de favoritos. Fica fora apenas porque o elenco merecedor de elogios é pior que os do trio mais forte. Os catalães possuem mais atletas que resolvem, mas os italianos não podem ser avaliados como zebras. Têm todas as condições de se classificarem.

Mônaco e Dortmund devem oferecer o melhor espetáculo. É o jogo que compensa assistir.

Os franceses têm o futebol mais ofensivo e bonito do torneio. Privilegiam a marcação na frente, a intensidade, atuam em direção ao gol. Espantam qualquer possibilidade do tédio prevalecer.

A turma da muralha amarela atua com o coração e, apesar das oscilações na temporada, têm desempenho elogiável e o artilheiro Aubameyang, que deve entrar na pauta de contratações de alguma das agremiações privilegiadas nessa ditadura econômica do atual futebol.

O Atlético é favorito diante do Leicester. Apesar dos ingleses investirem apenas em contra-ataques, cruzamentos e na força do sistema de marcação, os feitos que têm conseguido dizem para a gente crer na possibilidade da classificação.

O UOL Esporte, além de relatar os lances e ter opiniões no Placar de transmissão, faz programas de televisão nos intervalos e após todos os jogos que serão disputados entre 11 e 19 de abril.  .

 


Flamengo jogou futebol para pontuar no Chile; La Católica foi mais eficaz
Comentários 1

birner

De Vitor Birner

Universidad Católica 1×0 Flamengo

O Rubro-Negro jogou futebol para conseguir ao menos o empate. O tropeço foi consequência da ausência de inspiração nas finalizações e de alguns poucos equívocos no sistema de marcação.

Precaução ao escalar

Zé Ricardo iniciou com Marcio Araujo, Willian Arão e Rômulo, além de Diego, Everton e Guerrero.

O treinador reforçou o sistema de marcação. em especial no meio de campo, aumentando a proteção aos laterais e zagueiros, abriu mão de velocidade pelos lados e de alguma criatividade. Tentou compensar permitindo que Arão  apoiasse mais que habitualmente.

O melhor time do Chile

A Universidad Católia, apesar do início do semestre com tropeços,  é competitiva  Fuenzalida na direita e o 'hermano' Noir do outro lado podem jogar tanto como atacantes quanto no meio de campo.

O 'enganche' ciscador Buonanotte atua pelo centro e se mexe para receber a bola e ser a referência na criação.  O time atua no 4-2-3-1 quando os atletas pelos lados permanecem na linha do meia, ou no 4-3-3 se avançam para a do veterano centroavante Santiago Silva, ou no 4-4-2 se marcar mais atrás para chamar o oponente e investir na transição em velocidade à frente.

A formação com o trio de volantes, apesar de Arão ter mais incumbências que as habituais porque apoiou pela direita, facilitava a marcação em Buonanotte. Consequentemente. fortalecia o bloqueio e dificultava para a a La Católita finalizar.

Andamento mostrou que o treinador acertou

Apenas no recuo equivocado de Rafael Vaz para Muralha. o oponente teve uma oportunidade.  Santiago Silva a desperdiçou em frente ao goleiro.

A estratégia escolhida por Zé Ricardo pode ser debatida, havia outras viáveis para ganhar, mas é inquestionável que o 1°t mostrou que a prioridade foi cumprida. Buonannote foi anulado pelo sistema de marcação.

O Rubro-Negro construiu oportunidades para comemorar. Guerrero, se estivesse inspirado, garantiria o resultado positivo.

A embasada taticamente e ineficaz alteração 

A Universidad Católia, após as instruções do técnico no intervalo, adiantou o sistema de marcação. Necessitava ganhar.

Aos 10, Zé Ricardo optou pela saída do  Rômulo e entrada do Berrío. As lacunas entre a linha de zagueiros e a do goleiro do oponente haviam aumentado porque os chilenos jogaram mais adiantados. O veloz colombiano tem as características para fortalecer o contra-ataque e ampliou tal possibilidade porque Everton era a única do outro lado.

O Rubro-Negro, apesar do jogo muito disputado,  continuou frequentando mais o campo de frente e conseguiu finalizar com Arão e Guerrero. Aos 25. Diego bateu a falta e acertou o travessão.

Gabriel entrou na vaga de Everton.

Em seguida aconteceu o gol. Bobeira do sistema de marcação.

Santiago Silva se movimentou e cabeceou com precisão.Teve méritos. O lance não foi dos mais fáceis para finalizar.

Pará tentou subir com o centroavante, mas chegou atrasado porque quis corrigir o equívoco de algum colega. Obviamente, Zé Ricardo planejou alternativas em vez de privilegiar o lateral atento ao especialista nos lances aéreos.

Acho que o encarregado era o Berrio.

Seria o Rômulo, se continuasse no gramado.

Exclusão tornou Flamengo inoperante 

A La Católia recuou após o gol. As lacunas para a agremiação da Gávea tentar os lances de velocidade diminuíram e ficou maior o congestionamento na entrada e dentro da área  .

Zé Ricardo tentou o empate ao substituir William Arão por Leandro Damião. O time se posicionou no 4-1-3-2 com Guerrero e o que entrou na frente. Gabriel e Berrio pelos lados, e Diego no centro do trio.

Marcio Araújo foi o volante que permaneceu atrás com os a dupla de zagueiros.  Pará e Trauco tinham que apoiar A ideia era reforçar a possibilidade do centroavantes apararem os lançamentos pelo alto, e reforçarem o time nos cruzamentos.

A proposta ruiu quando Berrio foi excluído porque supostamente agrediu o oponente.

O time jogou com a configuração por menos de 5 minutos. O lateral Parot segurou o colombiano, que quis se desvencilhar, o empurrou,  e quando foi mais contumaz recebeu cartão.

Quero rever. A impressão é que merecia o amarelo. Teria que agredir para ser mandado embora do jogo. O lance parece uma versão mais intensa da equivocada exclusão de Maicon na última semifinal da Libertadores.

Depois Salas trocou Noir, o atacante 'hermano, pelo volante Lobos, aumentou a força do sistema de marcação e apenas Buonanotte teve oportunidade para alterar o resultado.

Ficha do jogo

Universidad Católica – Toselli; Espinoza (Álvarez), Kuscevic, Lanaro e Parot; Fuentes, Kalinsky e Buonanotte; Noir (Lobos), Fuenzalida e Santiago Silva
Técnico: Mario Salas

Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo e Rômulo; Willian Arão, Diego e Éverton; Guerrero
Técnico: Zé Ricardo

Árbitro: Diego Haro (PER) Auxiliares: Coty Herrera e Jorge Luis Yupanqui

 


Privilegiado, R. Ceni tem a ‘regalia’ que todos os técnicos do país sonham
Comentários 36

birner

De Vitor Birner

Goleada de paz

Dorival, após contribuir para o Santos ser vice-campeão do país, mesmo sem ter o segundo melhor elenco,  foi muito questionado nesse início de temporada.

Fábio Carille, com grupo de jogadores que oferece poucas opções,, em especial na criação, porque os mais habilidosos rendem menos que podem, escutou críticas após algumas atuações da agremiação.

Eduardo Baptista é alvo de tudo que desagrada a torcida. Nenhuma atuação individual ou a óbvia necessidade do time entrosar e ter prioridades maiores que o Estadual brecou as reclamações quando as atuações foram abaixo do potencial dos atletas.  Alexandre Mattos confiou, mas os palestrinos têm restrições à contratação.

Rogério Ceni é exceção.

O mar no qual navega tem menos ondas que o percorrido pelos colegas. Os equívocos, normais como os dos técnicos citados, são colocados de lado e os acertos exaltados. É uma condição privilegiada e atípica que facilita a implementação da proposta de futebol.

A condição de ídolo e os resultados contra agremiações pequenas e as atuações convincentes diante de Ponte Preta e Santos moderaram as cobranças usuais. Os outros, com certeza, seriam questionados após o clássico.

Osório, Doriva, R. Gomes e Bauza

Por que escalou Buffarini em vez de Bruno, Douglas e não Lugano, insistiu com Denis e alterou a proposta de jogo diante do Palmeiras? Sabia que Eduardo Batista investiria no sistema de marcação alguns metros antes da área e o time tomou gols em lances que o Alviverde retomou a bola no campo de frente.

Alguns questionamentos inválidos – ambos os laterais na direita são inconsistentes nessa temporada, os antecessores que preteriram o zagueiro uruguaio foram criticados, a filosofia de futebol com marcação na frente e ousadia demora para ser implementada – seriam feitos para qualquer técnico que tropeçasse no clássico.

E mais: o apoio e preferência pelo goleiro que teve a temporada anterior toda para se firmar, tal qual a contratação de Sidão, seriam temas de críticas e gerariam indignação da torcida.

Os elogios ao Denis são antigos e mantidos apesar da óbvia necessidade de elevar o padrão embaixo das traves.

Mais que o desfalque da referência

Na entrevista coletiva do treinador após o tropeço do São Paulo no Allianz Parque, a ausência de Cueva foi o enfoque para embasar a queda de rendimento.

O peruano é, inquestionavelmente, o principal do elenco nesse momento da temporada. Com ele no gramado, o volume de jogo e as possibilidades para o time criar oportunidades aumentariam.

Mas houve equívoco duplo e a categoria de Dudu no gol inicial, a moleza de Cícero que foi indicado pelo técnico no de Tchê Tchê, e no último a lentidão do goleiro que Rogério, desde antes de pendurar as chuteiras, elogia.

A ausência do meia é muito pouco para embasar argumentos de quem pretende contar porquê o Palmeiras ganhoou com facilidade.

Transferiu para os dirigentes

Rogério, na entrevista, solicitou a contratação de alguém para a função que exerce o peruano. Quer o jogador com características iguais.

Sabe das dificuldades que o clube tem na parte econômica, ganhou reforços e deveria priorizar o desenvolvimento do Shailon que tem estilo distinto do Cueva. Ou, se preferir, indicar o jogador capaz de aceitar a reserva e manter o padrão do gringo no gramado.

Todos no Morumbi, inclusive o Rogério Ceni, sabiam que o 'enganche' seria convocado. Alternativas táticas e na proposta de futebol podem manter a competitividade a força coletiva.

'Regalia' para os padrões

Os treinadores necessitam tempo para acertar os times. Lances ensaiados, ajustes no sistema de marcação, alterações táticas e o fortalecimento coletivo exigem frequência e paz nos CTs das agremiações

Os times atuam duas vezes por semana. ou quase isso. Isso impede os técnicos de mostrarem a capacidade e as dificuldades na orientação e preparação dos  elencos.

As críticas para os colegas, nesse início de temporada, foram exageradas. Apenas Rogério foi agraciado com a paciência da torcida.

Há o prazo de validade

Os resultados ou o padrão de futebol do time nos maiores torneios determinará a manutenção dos questionamentos brandos. A tendência é que haja alguns outros focos de críticas antes de chegarem ao ídolo da agremiação.


Barcelona tem aval para ganhar no apito; e foi constrangedor
Comentários 71

birner

De Vitor Birner

Acima da concorrência

O Barcelona é o maior clube do século. Teve as equipes mais geniais, conquistou os principais torneios e o principal: implementou uma proposta de futebol que faz história e serve como referência para a transformação da dinâmica nos gramados.

O número de times que investem em manutenção da bola, na ousadia, e que para atuarem com a solidez necessária jogam com sistemas de marcação no campo do oponente, aumentou.

Isso não significa que o clube seja sempre merecedor de todos os resultados positivos que consegue. A remontada diante do PSG confirma.

Aplausos maiores que o futebol

Luis Enrique creditou o êxito à fé dos atletas e da torcida.  Referiu-se à crença de todos em si mesmos e no time, não em preferências por religião, para conquistarem da classificação.

Os atletas realmente mostraram mais raça que a habitual. Correram demais. Tudo que tinham para transpirar deixaram no gramado.

Havia pouco para o treinador elogiar nas virtudes tradicionais que transformaram o Barcelona na principal agremiação do século. Nem na parte coletiva, nem na individual houve muito brilho.

A única atuação acima da média

Além da raça e do esforço de todos, houve uma apresentação tecnicamente merecedora de grandes aplausos.

Que grande atuação de Neymar! Foi o protagonista, entre os atletas, da classificação. Chamou o jogo e nos minutos finais 'tomou o posto' de Messi como referência para garantir o resultado positivo.

Milagre, doutrina, clichê e elogios

O 'hermano' teve boa atuação, com b minúsculo, tal qual muitas que assistimos pelos gramados na Europa.. Nenhuma assistência, tabela ou gol com a bola em andamento  saíram dos pés do genial atleta .

Suárez, outro acima da média, o centroavante que mais aprecio ver nos gramados, foi discreto. O esforço no gol que fez e simulação patética no pênalti inexistente que cavou foram as contribuições para o feito do Barcelona.

Nos outros setores ninguém se destacou.  O volante Busquets foi discreto. Rakitic criou pouco e bobeou no gol do dos franceses. Iniesta fez uma assistência que conseguiu com esforço e no equívoco de Marquinhos.

Rafinha atuou na  direita e se limitou às tentativas de cruzamentos.

A zaga com o trio Mascherano, Piqué e Umtiti deixou lacunas, fez pênaltis, todos sonegados por quem devia cumprir as regras.

Na parte coletiva, o time que gosta de entrar na área tocando a bola, que tenta finalizar em frente aos goleiros, foi incapaz de se impor e teve que investir finalizações de média distância e cruzamentos.

Repare nos gols.

Duas falhas do PSG nos iniciais, o mesmo número de pênaltis inexistentes, o de falta  e o último no lançamento de Neymar pelo alto para Sergi Roberto garantiram a classificação. O goleiro Trapp sequer fez grandes intervenções.

Reitero: apenas Neymar foi brilhante;

Isso tudo comprova que a atuação do Barcelona não fez jus aos elogios entusiasmados que recebidos pela agremiação.

O suficiente para se classificar

O PSG iniciou o jogo como se estivesse tremendo. Tomou o gol tolo de Suárez e depois, apesar dos erros no toque de bola, conseguiu se acertar.

Impediu o oponente de entrar na área e finalizar, forçou o Barcelona a insistir nas tentativas de fora e cruzamentos, ganhou as disputas por cima e apenas no equívoco de Marquinhos diante de Iniesta seguido pelo de Kurzawa os catalães conseguiram outro gol.

Sim: os erros e acertos compõem a atuação de qualquer time. O Barcelona nada tem a ver com as dificuldades da agremiação de Paris.

Mas o resumo do 1°t é maior.

Houve o pênalti inquestionável de Mascherano, que a arbitragem de nível abaixo da crítica sonegou, e outro duvidoso nos padrões atuais do futebol. Se a regra fosse cumprida, provavelmente os franceses empatariam e freariam o ímpeto dos gigantes.

Isso aconteceu mais tarde. Minutos após o reinício do jogo, o árbitro atrás da linha de fundo inventou a penalidade após o escorregão do lateral Meunier, e Messi cobrou com precisão para turbinar o ambiente e o time.

O Barcelona, tomado por grande ímpeto, mantinha a marcação na frente e insistia no chuveirinho. Quando Kurzawa fez a assistência para Cavani comemorar. as arquibancadas e o time catalão gelaram.

Foram 25 minutos nos quais nada construíram e poderiam ter tomado outro gol, se houvesse mais capricho do PSG nas finalizações ou se o pênalti no carrinho de Piqué em Di María fosse marcado.

O 'hermano' finalizaria em frente ao Ter Stegen. A transmissão da Uefa sequer reprisou o lance.

O time reascendeu quando Neymar, em falta executada com maestria, quase no fim do tempo regulamentar, fez o gol.

Extremamente tendenciosa

Nos acréscimos exagerados, pois o jogo teve poucas paralisações e nem com tantos equívocos no cumprimento das regras os atletas da agremiação da França arrumaram entreveros, os responsáveis pelo cumprimento da regra continuaram 'empurrando' o Barcelona às quartas de final da Liga dos Campeões.

Deram 5 minutos a mais e o pênalti patético em Suárez. Foi constrangedor. Neymar fez o que cabia ao Messi e teve a frieza para cobrar e comemorar.

Quem entende o futebol sabe que no jogo há disputa técnica (individual), coletiva, física e emocional. Naquele momento qualquer time teria dificuldade para lidar com a última.

Após a goleada em Paris, restando um gol para o Barcelona no Campo Nou atípico porque a torcida fazia barulho, após pênaltis 'inventados', sonegados e equívocos todos favoráveis à maior agremiação, era difícil para os franceses manterem a concentração.

O lance da classificação aconteceu no último minuto.  Mérito de Neymar pela assistência, de Sergi Roberto por finalizar, mas se não fossem tantos equívocos nas regras, nem o clima do jogo naquele momento e nem o resultado seriam favoráveis ao Barcelona.

Os muitos pesos e medidas

Queria ver os que elogiaram a classificação fazerem igual, se os times para os quais torcem fossem eliminados em circunstâncias iguais.

O que houve no gramado do Barcelona foi similar ao que Carlos Amarilla fez com o Corinthians diante do Boca Juniors, pior que o equívoco de Thiago Duarte Peixoto no dérbi, que a defesa de Wendel embaixo da trave em clássico diante do São Paulo e que tantos jogos nos quais houve muitas críticas duras aos que entraram em campo para cumprirem as regras. Aqui, por muito menos, há reclamações veementes feitas pelos que aplaudiram e reverenciaram a classificação,

Me pergunto se o futebol tem regras distintas para os gigantes europeus, ou os que optam pela rigidez constante acham que o Barcelona e talvez mais alguma agremiação são doutrinas indiscutíveis e por merecem tanta cegueira ou generosidade.

Sério.

É impossível para quem raciocina ao analisar desempenhos, achar que mereceu a classificação porque mostrou grande futebol.

Seja como for

Barcelona, Madrid e Bayer são os favoritos na Liga dos Campeões.

O time de Ancelotti é o que, por enquanto, joga futebol mais elogiável.

No mata-mata todo o favoritismo é mais subjetivo. Há agremiações além dessas e que podem conquistar o torneio.

 


São Paulo é processado por Milton Cruz; ex-funcionário quer indenizações
Comentários 103

birner

De Vitor Birner

Provavelmente sete dígitos

Milton Cruz solicita indenização no milionária do São Paulo. É difícil fazer o cálculo preciso.

Por ter sido criticado

Ele pretende ganhar R$ 200 mil por danos morais. Embasa a reclamação nas declarações de Rodrigo Gaspar, assessor de Leco, que o chamou de ''erva daninha''.

Tempo dispensado para o clube

Na Reclamação Trabalhista, ele alega que tem a receber horas excedentes às oito diárias e 44 semanais, mais o acréscimo de 100% nos domingos em que labutou.

Milhões para quebrar o galho    

Quer equiparação salarial aos ganhos dos treinadores e auxiliares que substituiu.

Exemplo: Se Muricy, Osorio e cia ganharam 'x' por mês, Milton Cruz exige pagamento igual nos momentos em que foi o interino à frente do elenco. O mesmo vale para as vezes em que ocupou a vaga de seus auxiliares diretos.

Exige, por isso, que sejam mostradas as remunerações de todos os treinadores e assistentes que, nos últimos 5 anos, foram contratados pela agremiação.

Se o clube recusar, solicita que a base de cálculo tenha como referência o próprio salário, obviamente com acréscimos.

Pede 80% a mais do que ganhou quando foi auxiliar direto, e 6 vezes a mais do que recebeu nos momentos em que foi o treinador interino da agremiação.

Tudo na carteira

Quer a anulação do contrato de imagem. Afirma que todos os ganhos mensais, incluindo bichos por resultados positivos,  devem ser considerados salário bruto registrado em carteira, consequentemente regidos pela CLT.

O êxito na empreitada pode agregar multas e correções do valor determinado na audiência no TRT de São Paulo.

O clube afirma que pretende debater o tema apenas no tribunal e não se pronunciará antes disso.

Colaboração de Pedro Lopes

 


São Paulo e Boca cogitam troca definitiva de Centurión por Chávez
Comentários 24

birner

De Vitor Birner

Chávez tem quatro meses de contrato a cumprir. O São Paulo quer manter o atleta no Morumbi.

Os dirigentes do clube, faz três semanas, conversaram com os da Bombonera e deixaram encaminhada a troca por Centurión.

Logo em seguida, o que atua no clube 'hermano 'chegou alterado na concentração e tentou arrumar briga com alguns colegas do elenco.

O entrevero faz os cartolas portenhos pensarem mais sobre a permanência do compatriota.

Centurión fez gol em clássico, ganhou elogios de imprensa e torcedores, e, se tiver opção, provavelmente preferirá continuar na agremiação mais popular do país.

Antes da confusão, os acertos de salários. comissões e prazo de contrato tendiam a ser 'fáceis', e a troca de 'hermanos' confirmada.

Os dirigentes queriam e se mostraram propensos a simplificá-la.  O maior obstáculo seria o surgimento de ofertas dos clubes estrangeiros. Depois da confusão os gestores na Bombonera pensam duas vezes se pretendem, compensa, ter o jogador no elenco.


Súmula do dérbi é honesta e isenta
Comentários 37

birner

De Vitor Birner

Na súmula, Thiago Duarte Peixoto descreve o lance da exclusão de Gabriel tal qual assistiu dentro do gramado.

As regras do futebol afirmam que o relatório deve ser escrito sem a interferência de qualquer recurso externo.

Obviamente, sabia que se equívocou.

Pode ter recebido a mensagem de alguém da federação, de pessoa próxima, ou decidido assistir, pois o quarto-árbitro falara e havia muitas reclamações dos atletas.

Tanto faz.

O relato deve excluir todas essas informações conseguidas nos vestiários. Essa é a regra do futebol.

Após o jogo, tomou a rara iniciativa de ser entrevistado, confirmou que se equivocou ao confundir os atletas, e ofereceu ao TJ da federação as ferramentas para corrigir a confusão.

Essa última, após o encerramento do clássico, cabe aos auditores e não mais para quem entra em campo para cumprir as regras.

A conduta do árbitro após saber o que fez tem sido irreparável.

Quando todos tiverem no gramado os recursos iguais ao que o leitor possui para avaliar os lances, equívocos tão simples de serem evitados serão encerrados.

 


Corinthians de Fabio ‘Tite’ Carille ganha do Palmeiras e do apito no dérbi
Comentários 14

birner

De Vitor Birner

Corinthians 1×0 Palmeiras

Na raça e com sistema de marcação pragmático. Tite elogiaria o colega que bebeu na fonte da sabedoria utilizada para o Alvinegro ganhar o dérbi polêmico, intenso, que irritou os palmeirenses fez a alegria da torcida em Itaquera.

Os mais 'correria'

O treinador optou por Romero na direita, Leo Jaba na esquerda, e Rodriguinho e Maycon por dentro, todos na mesma linha no meio de campo.

O quarteto atuou em frente ao volante Gabriel e atrás do centroavante Kazim. A escalação, os critérios e a proposta coletiva foram simples de serem observados e compreendidos assim que começou o clássico.

Cariile queria sistema de marcação intenso, capaz de atuar adiantado e fazer a recomposição tal qual necessário e, ao retomar a bola, o time competente na transição em velocidade á frente.

Os atletas aturaram unidos para a teoria ser colocada em prática.

A meritocracia para os elogiados

O Palmeiras deslanchou contra o Linense com Keno e Dudu pelos lados, além de Michel Bastos e Raphael Veiga formando o quarteto.

Felipe M. foi o volante e Willian o centroavante naquele jogo em que houve a goleada e os aplausos da torcida.

O treinador decidiu fazer igual aos seguidores da agremiação. Iniciou o dérbi em Itaquera com esses que mereceram elogios.

Andamento

O Corinthians, com o sistema de marcação adiantado, tornou o jogo intenso. 'Chamou' a torcida para atuar nas arquibancadas.

O Palmeiras, mais técnico, tentou ditar o ritmo com a movimentação de quem jogou na meia e como centroavante.

A transição tocando a bola foi difícil para ambos os times.  O andamento foi equilibrado enquanto houve número igual de atletas no gramado.

Ninguém conseguia finalizar em frente aos goleiros.

As tentativas de média distância e os cruzamentos foram as principais alternativas. Gabriel acertou o travessão na de média distância e Keno fez igual após lateral cobrado na área,

A confusão e a teimosia

Gabriel recebeu amarelo e foi excluído em lance no qual sequer participou. Maycon puxou a camisa de Keno e, quando o responsável pelo cumprimento das regras se equivocou, avisou que tinha feito a falta no oponente.

Thiago Duarte Peixoto interpretou que o volante enrolou para evitar a perda do colega de time.

A incredulidade nos jogadores foi aceitável porque há muita reclamação improcedente dentro do gramado, mas o quarto árbitro sabia quem parou o lance de propósito, avisou, e o colega foi teimoso ao tirar o volante contratado no Alviverde.

Marcação se impôs

O Palmeiras, após a exclusão de Gabriel, teve muita posse de bola no campo de frente. O Corinthians recuou para congestionar a entrada da área de Cassio.

Eduardo Batista colocou Guerra na vaga de Raphael Veiga para otimizar a criação. Aos 10 minutos do 2°t, trocou Felipe M., que cortou o supercílio, pelo Thiago Santos.

Queria otimizar as movimentações no sistema de criação para o time entrar na área e finalizar em condições de fazer o gol.  As alterações foram ineficazes.

O time continuou com as mesmas opções.

O gol de Mina, em cruzamento, foi corretamente invalidado, e Willian acertou a trave de fora da área.

O treinador, ao notar a grande dificuldade do Palmeiras por baixo ultrapassar o bloqueio, aumentou a estatura na frente.  Trocou o Willian pelo Alecsandro porque os cruzamentos eram uma das principais alternativas para fazer o gol.

Carille demorou para mexer.  Léo Jaba, por cansaço, saiu aos 35 e Moisés entrou. Aos 40, tirou Kazin e mandou Jõ ao gramado.

O equívoco e a festa 

O centroavante fez o gol no primeiro lance em que participou.  Dudu tentou o cruzamento e se equivocou ao bater com pouca força ;.

O Palmeiras tinha apenas um atleta recuado. além de Guerra e Dudu atrás da linha de bola, pois não havia ninguém do Corinthians adiantado e Mina tinha ido para a área.

A recomposição do sistema de marcação do Alviverde foi na velocidade necessária, mas o venezuelano bobeou, o lance era dele, Maycon tomou a bola e fez a assistência para Jô diante do Fernando Prass.

A finalização do artilheiro foi por entre as pernas do goleiro e fez a torcida comemorar muito nas arquibancadas.

O Corinthians manteve a concentração, foi pragmático, raçudo, inteligente, e conquistou o resultado positivo.

Por linhas tortas

Esse jogo foi daqueles que merecem reflexão da torcida. A exclusão equivocada de Gabriel tornou o êxito mais especial.

A enorme lacuna no sistema de marcação do Palmeiras no lance do gol foi consequência da necessidade de o Corinthians recuar e congestionar o campo de trás.

Se as regras fossem cumpridas, o Alvinegro completo sairia mais para o jogo, a dinâmica do clássico seria alterada, e talvez fosse outro o resultado em Itaquera.

É óbvio que todas as reclamações da agremiação de Parque São Jorge nesse lance da saída do Gabriel são pertinentes e devem acontecer.

O feito do time aumentou. Teve que superar o Palmeiras e os equívocos no cumprimento das regras para ganhar.

Elogio à honestidade

Thiago Duarte Peixoto, ao sair de Itaquera, topou ser entrevistado e admitiu que se equivocou ao confundir Gabriel com Maycon. Tal postura é rara e elogiável.

Merecia exclusão

Vitor Hugo, no fim, acertou de propósito uma cotovelada em Pablo.  Cassio com razão foi reclamar.

Os responsáveis pelo cumprimento das regras não conseguiram observar e mandaram o jogo seguir.

Quem toma porrada sequer tem como saber o que acontecerá porque observa a bola. Esse tipo de lance é dos mais criticáveis no futebol.

Ficha do jogo

Corinthians – Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel; Romero (Paulo Roberto), Rodriguinho, Maycon e Léo Jabá (Moisés); Kazim (Jô)
Treinador: Fábio Carille

Palmeiras – Fernando Prass; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo (Thiago Santos); Keno, Michel Bastos, Raphael Veiga (Guerra) e Dudu; Willian (Alecsandro)
Treinador: Eduardo Baptista

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto – Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse


Eduardo Batista é o maior interessado no clássico
Comentários 2

birner

 

De todos os personagens no dérbi,o técnico do Alviverde é o único que inicia o dérbi na berlinda.

O Palmeiras manteve o elenco que ganhou o maior torneio do país,  investiu muito em reforços, e por isso a diretoria tem moral com os torcedores da agremiação.

Do lado de Parque São Jorge, os atuais gestores são criticados, mas a insatisfação da torcida tem mais pessoas de quem reclamar quando o time tropeça.  O jogadores que se empenham menos que o necessário e os que rendem abaixo do que podem fatiam esses incômodo e o tornam tão amplo quanto pulverizado.

Fábio Carille tenta implementar a reedição da estratégia de Tite e sequer é questionado ao escalar ou alterar o time durante os jogos.

Em suma, ninguém mais que Eduardo Batista necessita ganhar o clássico.

O leitor sabe como é o futebol: se o time ganhar, o treinador adquirirá algum respaldo dos torcedores, que acharão normal o resultado porque há superioridade técnica dos atletas.

Mas, em caso de tropeço, as virtudes individuais que favorecem o coletivo do Allianz Parque serão argumentos para as reclamações contra o sucessor de Cuca escolhido por Alexandre Mattos.

Em suma, se o Palmeiras ganhar, o treinador conseguirá agregar algum respaldo, pequeno, popular.

Tal padrão de exigência é incompatível com o momento. O início de temporada pode igualar as forças.

O entrosamento e a implementação de estratégias dentro do gramado fazem aparecerem e demoram mais que cinco jogos.

De qualquer forma, no esporte movido pelas emoções, essa óbvia racionalidade pode ser goleada pela rivalidade, inclusive para quem necessita tomar decisões técnicas.

Resumindo, apenas se houver o equívoco individual marcante de atleta, ou de quem deve cumprir as regras do jogo, o dérbi é mais importante para Eduardo Batista que para todos os outros no jogo de Itaquera.