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Eliminações de Madrid e Barcelona seriam bençãos para o futebol

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De Vitor Birner

Barcelona sequer merecia a classificação diante do PSG. Foi péssimo em Paris e fez o jogo mediano diante da própria torcida, no qual goleou porque houve uma arbitragem muito tendenciosa. E mesmo assim pode ir adiante graças ao grande futebol de Neymar no Nou Camp.

Era necessário alguém jogar bola, pois ao contrário do que muitos afirmaram, são necessárias virtudes nos gramados para conseguir resultados, inclusive quando as regras são descumpridas em prol de uma agremiação.

O Madrid parece cultuar o que alguns chamaram, outrora, de 'Muricybol'. É o rei dos cruzamentos e gols na transição de bola em velocidade.

Zidane sequer raspa na possibilidade da extração do pleno potencial do elenco de alto nível.

Foi assim, inclusive, quando ganhou a Liga dos Campeões e o Mundial. É um desgosto assistir aos jogos do time após criar a expectativa embasada na técnica dos atletas. A maioria rende menos que pode e o treinador tem grande parte nesse padrão dentro dos gramados.

Além disso, a dupla de gigantes é referência de uma ditadura econômica no esporte. Assassinou a concorrência que aumenta a competitividade e torna o jogo mais atraente dentro dos campos.

Os maiores favoritos

Os elencos de ambos impedem qualquer análise técnica de excluí-los dos grupos de favoritos no torneio. Pouco importa se o futebol que têm mostrado nega a condição de grandes candidatos.

O sorteio das quartas-de-final dificultou para ambos, mas pode ser o tal do divisor de águas, pois tendem a ganhar força se conseguirem, na bola, seguir na Liga dos Campeões.

O Bayern de Munique, o outro com grupo de atletas de alto padrão, joga o melhor futebol da Liga dos Campões. Mas a eliminatória diante do clube da capital pode ser uma 'pegadinha'.

É impossível descartar o crescimento da agremiação de Cristiano e cia.

Rivalidade, tensão antes do jogo, inspiração de alguém, a capacidade para lidar com o peso do clássico europeu; há mais questões além das técnicas e táticas do futebol.

O Barcelona terá uma pedreira. A Juve é daqueles clubes que quase entram no trio de favoritos. Fica fora apenas porque o elenco merecedor de elogios é pior que os do trio mais forte. Os catalães possuem mais atletas que resolvem, mas os italianos não podem ser avaliados como zebras. Têm todas as condições de se classificarem.

Mônaco e Dortmund devem oferecer o melhor espetáculo. É o jogo que compensa assistir.

Os franceses têm o futebol mais ofensivo e bonito do torneio. Privilegiam a marcação na frente, a intensidade, atuam em direção ao gol. Espantam qualquer possibilidade do tédio prevalecer.

A turma da muralha amarela atua com o coração e, apesar das oscilações na temporada, têm desempenho elogiável e o artilheiro Aubameyang, que deve entrar na pauta de contratações de alguma das agremiações privilegiadas nessa ditadura econômica do atual futebol.

O Atlético é favorito diante do Leicester. Apesar dos ingleses investirem apenas em contra-ataques, cruzamentos e na força do sistema de marcação, os feitos que têm conseguido dizem para a gente crer na possibilidade da classificação.

O UOL Esporte, além de relatar os lances e ter opiniões no Placar de transmissão, faz programas de televisão nos intervalos e após todos os jogos que serão disputados entre 11 e 19 de abril.  .