Blog do Birner

Robinho pediu para Roger optar por Fred em vez de L. Pratto; todos ganharam
Comentários 44

birner

De Vitor Birner

O influente solicitou

Roger, no início da temporada, quis escalar Lucas Pratto e deixar Fred como opção. Preferia o 'hermano' por ser mais coletivo.

O elenco soube e Robinho, com alguns atletas, foi solicitar ao técnico a alteração do planejamento.

O treinador, ciente de que deveria ganhar o apoio do elenco,  ou na pior das hipóteses evitar que as lideranças entortassem o nariz, aceitou.

Esse episódio contribui para o Daniel Nepomuceno aceitar a negociação do centroavante ao Morumbi.

O elenco gostava do atleta que saiu. Mas Fred é avaliado como líder pela maioria, tal qual foi no Fluminense. Dificilmente pode ser questionado e muito menos retirado para outro artilheiro atuar. Robinho fez igual em agremiações da Europa.

Houve técnico incomodado com o centroavante, queda de braço para saber quem prevaleceria, e os cartolas nas Laranjeiras em quase todas apoiaram  o que joga futebol no entra no gramado.

Robinho foi citado por Craig Bellamy. O raçudo atacante galês reclamou da suposta panela nacional, que incluía Elano e Glauber,  e do pequeno esforço: ''Eles não estavam nem aí para o que acontecia. Treinavam sem qualquer tipo de intensidade e reclamavam muito se algum colega lhes tirasse a bola, '' afirmou

São Paulo e Atlético ganhando

A dupla Fred e Robinho merece elogios pelo desempenho na temporada. É referência do clube classificado na Libertadores, ganhador no Estadual, e que pertence ao grupo de favoritos em todos os torneios.

O pedido para o treinador tem sido recompensado com esforço e resultados.  Facilitou para o Roger porque encerrou  o debate inevitável e provavelmente inútil para determinar qual centroavante deveria atuar ou se haveria como o trio ser escalado. Ao menos por enquanto, ninguém pode reclamar da iniciativa do atleta.

No Morumbi, Lucas Pratto sequer é citado em momentos de crise. Sabe o que a torcida quer e se empenha muito nos jogos. Agrega virtudes para o coletivo.

 

 

 


Santos foi heroico na Bolívia; classificação tem que unir torcida e elenco
Comentários 24

birner

De Vitor Birner

The Strongest 1×1 Santos

O Santos foi maior que a altitude. Conseguiu empatar diante do time mais forte da Bolívia e se classificou.

Os 3 mil metros tornam o jogo atípico. Por isso, questões como habilidade e força coletiva, onde o tricampeão da Libertadores é mais competente, são sobrepujadas pelas dificuldades de os atletas correrem e pensarem dentro do gramado.

O brilhante Santos de Pelé, nos tempos em que o futebol exigia pouco fisicamente dos atletas, o estágio técnico dos brasileiros era superior e o dos bolivianos inferior ao atual,  tinha dificuldades em La Paz e quando os recebia goleava.

O empate com 10 jogadores foi uma façanha.

Jogo praticamente resolvido

O The Strongest joga com a altitude. Mantém o sistema de marcação adiantado para forçar os lançamentos do Santos ao campo de frente, torna o ritmo de jogo intenso, aumenta a velocidade e investe nos cruzamentos e finalizações de fora da área.

Dorival, por isso, preferiu o Ricardo Oliveira na reserva e iniciou com Hernández, Bruno Henrique, Vitor Bueno e Lucas Lima.

Sabia que tinha de atuar mais recuado do que prefere, que o oponente adiantaria todas as linhas a abriria lacunas, e recheou o meio de campo com atletas velozes e mais habilidosos no toque de bola. Pretendia congestionar a entrada da área e tentar a transição rápida para conseguir o gol.

A execução do que planejou ficou inviável após a exclusão tola de Bruno Henrique.

O atleta tinha amarelo e, incomodado com a catimba natural desse tipo de jogo, exagerou na tentativa de retomar a bola do Chumacero. Talvez nem tenha o acertado tal qual sugeriram as reclamações do artilheiro da Libertadores. Poderia ter evitado porque foi no campo de frente do líder do grupo.

Naquele momento,  apesar do resultado igual, o jogo praticamente tinha ganhador.

Seria necessário resistir quase 70 minutos para empatar. The Strongest ditava o ritmo, mantinha a bola no entorno da área de Vanderlei e, ainda no primeiro tempo, conseguiu o gol com o artilheiro do torneio.

O equívoco e a habilidade 

O Santos adiantou o sistema de marcação depois dos minutos regulamentares para o descanso dos atletas. O treinador provavelmente os orientou.,

A estratégia foi suicida. Abriu montes de lacunas no campo de trás,  o The Strongest teve muitos contra-ataques, foi incompetente nas finalizações, e os jogadores do Alvinegro tiveram que correr trechos maiores do gramado.

Ciente que teria na última rodada o eliminado Sporting Cristal, clube menos capaz do grupo, na Vila Belmiro, a proposta deveria ser aguardar atrás e nos últimos 10 ou 15 minutos ir à frente para tentar o empate.

O futebol mais uma vez quis contrariar a lógica.

O The Strongest atuava melhor e parecia que ampliaria o resultado, mas Lucas Lima driblou e entortou o lateral Pérez. Em seguida conseguiu a assistência irretocável para Vitor Bueno diante do goleiro  O artilheiro era o único santista na área onde havia 5 bolivianos e finalizou com facilidade para comemorar.

Relação de obstáculos para o Santos  

A altitude. O jogador a menos. O oponente inaugurando o resultado. A obrigação de o treinador protelar alterações técnicas e táticas porque as condições físicas poderiam determinar quem tinha de continuar em campo.

Esse monte de obstáculos bastam para adjetivar a classificação de heroica, mas outros tiveram que ser ultrapassados. Hernández reclamou o pênalti no início do 1°t.  O colombiano afirmou que foi empurrado no momento de finalizar em frente ao goleiro. A tal da lógica afirma que o lance não era para simulação.

Restando 5 ou 6 minutos houve o pênalti de Vanderlei em Pedrozo, após o goleiro ser driblado na área. Foi necessário, tal qual a sequência garantiu para a torcida.

Escobar investiu na cavadinha e a bola foi por cima do gol.

O equívoco tornou o Santos mais forte nos minutos finais. O The Strongest,ao invés de insistir em manter a dinâmica do jogo, discutiu por tudo.  Era o incômodo de quem sabia que teve tudo para ganhar e necessitava do resultado favorável.

Pequeno milagre para redimir e unir

Há torcedores que exigem desde o início da temporada mais empenho.  A postura e a classificação têm que garantir o voto de confiança ao treinador e elenco.

Sobrou raça para os atletas na conquista do resultado favorável.

A arquibancada e o grupo de jogadores necessitam aproveitar para remarem em igual direção. A manutenção do empenho tem que redundar em grande apoio, inclusive se houver os tropeços nos gramados.  Soma de raça e paz tendem a fortalecer a agremiação.

Ficha do jogo

The Strongest – Daniel Vaca; Diego Bejarano, Luis Maldonado, Fernando Marteli e Júlio Pérez; Raúl Castro, Walter Veizaga e Wayar; Chumacero, Escobar e Matías Alonso
Técnico: César Farías

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Cleber Reis e Copete; Leandro Donizete, Renato, Vitor Bueno, Lucas Lima e Bruno Henrique; Vladimir Hernández (Kayke)
Técnico: Dorival Júnior

Árbitro: Dario Herrera (Arg) – Assistentes: Diego Bonfá e Ivan Nuñes

 


Ceni tem que se preocupar em não perder o elenco; entrevistas dificultam
Comentários 86

birner

De Vitor Birner

Construção do ambiente 

O treinador tem que proteger os atletas ao comentar atuações e exigir em particular, ao lidar com os próprios, concentração, esforço e o que achar necessário para elevar o padrão de futebol.

Críticas nos microfones podem dificultar a relação com o elenco. Se forem constantes, raramente geram resultados positivos.

Causo de exceção não é referência

Felipão saiu em alta do Grêmio para o Palmeiras, na época turbinado pela Parmalat, para conquistar a Libertadores. Tinha comemorado esse e mais torneios no Olímpico.

A insatisfação com o desempenho de alguns atletas fez o técnico divulgar por algum tempo quanto quilos tinham e qual seria o peso ideal. Assim, os acima do necessário seriam citados pelos jornalistas e os torcedores saberiam quem exagerava na alimentação.

Oseás foi criticado. Nos bastidores comentava-se que havia o esquema de jogador com a entrega da padaria, que conseguia infiltrar cervejas no CT   O centroavante decidia torneios e era personagem folclórico doo futebol no final do século anterior.

O Palmeiras ganhou a Libertadores.

Mas, lembro, havia o 'tamanho' do técnico com recentes conquistas no continente e dentro do país, elenco acima da média, e a transição dos clubes e jogadores na adaptação à Lei Pelé.

O centroavante, por exemplo, foi para o Alviverde antes de a legislação ser implementada.  Hoje a banda toca noutro ritmo.

Ninguém isento de críticas no Morumbi 

Rogério Ceni em algumas entrevistas citou os atletas que se equivocaram nos jogos, Após o tropeço na estreia do último torneio que restou para o clube na temporada, adjetivou de ''medonho'' o lance do único gol do jogo. Afirmou que não sabia quem bobeou e nem exatamente o que houve na lateral.

Tanto faz se foi difícil observar dentro do gramado qual atleta se equivocou. Quem assistiu ao jogo notou que Maicon demorou para correr à zaga. Havia a possibilidade do sistema de marcação fazer cobertura, mas o nome da falha é  do citado no parágrafo.  A afirmação do líder torna o equívoco mais pesado para o atleta gerenciar consigo e o torcedor.

Foi tão desnecessária quanto realista a afirmação. O zagueiro sabe que tinha de correr para trás.

O técnico lembrou que Rodrigo Caio bobeou noutro lance.

Tradicional cultura dos atletas de futebol

Maicon tem a mentalidade padrão do jogador de bola. Provavelmente se incomodou com as críticas por serem do líder que deve fortalecer a união do elenco para obter o melhor resultado possível no torneio de pontos corridos.

A tendência é o zagueiro silenciar.  Ninguém,no CT da Barra Funda contrapõe Rogério Ceni.  Isso não significa que o o jogador admire a sabedoria do técnico ao orientar o grupo de atletas.

Pode, por exemplo, ficar bravo porque tem correr atrás de atletas velozes na linha que divide o gramado; talvez ache desorganizada a recomposição do sistema de marcação.

Deve cogitar que o sistema de marcação mais bem preparado tomaria menos gols em cruzamentos.

De fora,  pode ter discordado de Lucão e Neilton no time enquanto Chávez e Lugano sequer foram relacionados na eliminação da Copa Sul-Americana; e avaliar como incoerente a opção, após duas semanas e meio de preparação,  do técnico nem colocar os nascidos aqui entre os reservas na estreia d torneio de pontos corridos.

As escolhas, dentro de campo, foram ineficazes.

Talvez haja alguns no elenco que as avaliem como medonhas. Ou quem se lembre do ex-goleiro oferecendo água para Ronaldinho e o craque, sozinho, recebendo a bola no arremesso lateral de Marcos Rocha, e dando assistência para Jô inaugurar o 2×1 na  Libertadores.

Os sábios observam os mais experientes  

Os treinadores conquistam a credibilidade dos atletas que orientam.  Isso é uma constante construção do coletivo.

A absoluta maioria dos jogadores respeita currículos tais quais o de Ceni, mas são insuficientes. Há distinções na dinâmica do futebol e na do o exército, onde a patente impõe hierarquia que torna inquestionáveis as ordens do superior na instituição.

Tite nunca fez igual desde quando ajustou a metodologia e se transformou no maior técnico do país.  Teve sabedoria para ganhar confiança de todo elenco no aspecto pessoal e no tático.

Serve de referência para quem pretende ter o apoio do elenco.

Nem adianta comparar com o que acontece na Europa. As agremiações do continente rico são inseridas noutra cultura, hábitos, comportamento e educação, o que inclui o convívio de jogadores noutro padrão em atividades além dos gramados.


São Paulo tem elenco melhor que o futebol do time; Ceni pode ser cobrado
Comentários 101

birner

De Vitor Birner

Chão para caminhar

O São Paulo descansado com duas semanas e meia para se preparar, repetiu os equívocos e foi eliminado.

Ou foi um jogo abaixo do que mostrará nas rodadas iniciais do torneio de pontos corridos, ou há problemas de implementação das propostas de futebol. Nenhum time que se propõe a atuar no campo de frente pode ter dificuldade de ser organizado e veloz na recomposição do sistema de marcação,.

Nenhum time, seja ofensivo, ferrolho ou 'na medida', será ganhador com ineficácia ao interceptar os cruzamentos.

Esse é o beabá do futebol.

Os requisitos citados são essenciais. Há o vão de 36 metros entre as linhas do meio de campo e da área .

No torneio de pontos corridos, tanto as equipes mais fortes quanto as menos têm atletas e lances para a transição em velocidade. Os treinadores dos oponentes ressaltarão isso nas atividades antes de atuarem frente a agremiação do Morumbi.

Os equívocos pelo alto são ainda mais negativos para a campanha na temporada.  Os levantamentos na área, sejam da linha que divide o gramado ou rente a de fundo, são inevitáveis,  Tomar constantemente esses gols é a garantia de perder pontos e classificações,

Ceni é ambicioso e tem proposta de futebol refinado.

Após 5 meses da temporada era plenamente possível a implementação dos requisitos essenciais para alicerçar os mais difíceis de serem aprimorados.

É frustrante, para qualquer atleta, tomar gol tolo. Podem mexer com as emoções e posteriormente no rendimento individual e coletivo dentro do gramado.

Clube 'hermano' impôs o baile tático

O São Paulo permaneceu 7o% do 1° t com a bola e finalizou duas vezes.  O minúsculo clube estreante nos torneios continentais conseguiu quatro tentativas de fazer o gol.  ,

O goleiro Arias não teve que pegar uma sequer. A única em direção foi a que teve Thiago Mendes comemorando. Ambas aconteceram fora da área.

Todas as do oponente foram dentro e exigiram as participações de Renan. Em uma a zebra festejou o empate.

A capacidade para preencher as lacunas e alternar os avanços e recuos do sistema de marcação completaram o baile coletivo.

Os 'hermanos' atuaram tal qual as características do elenco sugeria. Têm atletas com menos técnica que os do Morumbi, sabiam tudo o que Ceni pretendia e, com humildade e sabedoria, investiram no que tinham mais forte.

O técnico Beccacece organizou sistema de marcação competitivo.. O desempenho no torneio nacional, esse ano, é elogiável.

O problema do time é a criação. Mesmo assim, após o golaço de Thiago Mendes, possível de ser evitado, a zebra foi para cima e em 5 minutos igualou.

As 3 finalizações foram dentro da área. Finalizou 3 vezes entro da área.

No restante do jogo foi superior, desperdiçou mais oportunidades para ganhar, Rivero sequer pulou para cabecear após o escanteio, Houve arremate com o pé,naquela região, em cruzamento iniciado na falta.

A classificação do Defensa foi mais que merecida

O técnico mais que os atletas 

Houve dois jogos. O treinador, em Buenos Aires, poupou.

Preferiu o estadual,  muito menos relevante ao clube que a Sul-Americana, e a Copa do Brasil.

Tropeçou em ambos no Morumbi. A estratégia e as alterações de ontem foram ineficazes.

Tinha elenco mais capaz que o dos classificados.

O torcedor que reclamar de Lucão e de qualquer atleta será inócuo, apesar da atuação para críticas. .Ceni, se avalia que o zagueiro é incapaz de cumprir a proposta, tinha opções. Podia mexer na escalação, adaptar a estrutura tática ou a dinâmica de futebol.

Era momento de conquistar a classificação. O São Paulo e os clubes da elite necessitam acertos e aprimoramento coletivo. Mas o laboratório do estadual foi fechado.  Ninguém que conhece o esporte pode reclamar que houve pouco empenho na eliminação.

Seria exagero imaginar o time pronto, após 5 meses de temporada, com a proposta ousada, atual, que Ceni implementa no Morumbi.

Tinha que ser competente no que é básico para ter regularidade no gramado.

As rodadas iniciais, que Guardiola afirma serem as mais relevantes para a conquista no torneio de pontos corridos, afirmarão se a comissão técnica soube aproveitar as atividades no CT da Barra Funda e a bagunça em campo diante ds 'hermanos' na Sul-Americana foi apenas uma daquelas noites em que o time rendeu muito menos do que podia. O elenco que pode mostrar mais futebol é zebra para festejar a conquista, mas  tem obrigação de se classificar para a Libertadores.

Aos 'haters' compulsivos e os sazonais   

As exigências para os os treinadores, cartolas e atletas são construtivas, se forem educadas e gentis, e houver sabedoria de futebol.


Semi na Liga dos Campeões pode ser o jogo mais tenso do torneio
Comentários 2

birner

De Vitor Birner

O'milagre da remontada frente o maior algoz e rival, O último jogo da história no Vicente Calderón em Liga dos Campeões.

A torcida foi aos milhares para as ruas com bandeiras, sinalizadores, cantou muito no caminho ao hotel, onde estendeu uma grande faixa deixando claro o que espera dos atletas em campo: ''''Hasta la última gota de sangre''.

Quer tudo que podem oferecer para o ''milagre' se transformar em resultado favorável contra o time mais técnico, forte, habituado a ganhar e favorito.  O elenco foi à porta do hotel para aplaudir a torcida.

É difícil imaginar o clássico morno ou com tensão como se fosse apenas mais um com os clubes da capital. .

A rivalidade habitual é grande e foi aumentada depois de o Atlético tropeçar diante do Madrid em duas finais no torneio, uma na prorrogação após tomar gols nos acréscimos e a outra na série alternada de pênaltis.

A atuação letárgica no Santiago Bernabeu, pior em mata-mata de Liga dos Campeões desde a contratação de Simeone,  muito abaixo do padrão do próprio que garante ao time a competitivo em alto nível, grita para s jogadores tornarem o andamento intenso.

Em suma, a possibilidade de o grande entrar com os nervos à flor da pele, tateando os limites em todos os lances enquanto tiver fôlego e força, para tentar ganhar do gigante, é das maiores. A capacidade de se concentrar e lidar com emoções aumenta no cenário aquecido pela arquibancada mais barulhenta que a dos oponentes acostumados as conquistas em todas as temporadas.

O panelão pelando e com o fogo alto provavelmente iniciará e permanecerá aceso em grande parte do clássico.

Não duvido que em algum momento o Atlético, ao concluir que foi incapaz de ganhar pelo necessário resultado, ou se estiver perdendo, ou se S. Ramos, Cristiano e cia ditarem o ritmo, que apele às pancadas e talvez queira cavar o vermelho para quem atuará na final.

Desejo sorte para o Cüneyt Çakır e os assistentes Bahattin Duran e Tarik Ongun, o trio da Turquia, porque devem trabalhar bastante para impor as regras em campo.

Lembro que o Simeone pode sair  assim que o torneio espanhol for encerrado. O treinador lotado de virtudes para montar times, dependendo das circunstâncias do jogo,  nem sempre ajuda o elenco a manter a paz e é comportado à beira do gramado.

 


Estadual é pegadinha? Maioria dos campeões não se classifica à Libertadores
Comentários 42

birner

De Vitor Birner

Tem que avaliar

América, Santa Cruz e Internacional, ganhadores dos Estaduais na temporada anterior, foram rebaixados nos pontos corridos. O Palmeiras que tropeçou em São Paulo conquistou o principal torneio do país.

Na retrasada, Vasco e Goiás tiveram conquistas dentro dos estados e foram à segundona. O Corinthians orientado por Tite foi eliminado antes da final no de menores fronteiras e ganhou o das maiores.

Nessas duas temporadas, apenas o Atlético MG e o Santos*, entre todos os ganhadores nos Estaduais,  cumpriu o mínimo que exige a a torcida.

Conseguiu se classificar à Libertadores.

Apenas duas no grupo dos favoritos

Esses torneios disputados no inicio do nosso ano de futebol podem driblar a percepção de empolgados e deprimidos com os resultados. Conquistas e tropeços não servem necessariamente como referência para análises.

Dos que festejaram ontem, ninguém além de Atlético  Flamengo é favorito nos pontos corridos. O Corinthians, com o atual elenco, necessita mostrar muito mais futebol para entrar no grupo dos candidatos.

Me refiro ao panorama de momento.

O Alvinegro de Parque São Jorge pode contratar e subir de patamar; ou, tal qual mais agremiações que promoveram quantidade razoável de atletas das categorias de base,  torcer para adquirirem a sabedoria em campo e a efetividade que elevam os padrões individual e coletivo.

Ofertas dos chineses  e europeus são almejadas pelos jogadores. Haverá a janela de transferências que pode encerrar o ciclo de alguém que atualmente serve de alicerce para o futebol do clube.  É impossível, agora, afirmar quais serão aos elencos em toda a temporada.

A única certeza é que o resultado no estadual deve ser menosprezado como referência para avaliações. Quem quiser imaginar como será o brasileirão necessita observar a evolução na dinâmica de futebol das agremiações, a competência ao ser implementada, e o potencial dos elencos.

Sensatos sabem qual é mais forte

O Palmeiras tem possibilidades maiores que as do Corinthians no torneio de pontos corridos. Todos, inclusive o Fabio Carille, sabem qual é o elenco com melhores opções.

Isso valoriza, com embasamento técnico, a recente conquista.

Mas no torneio de regularidade, disputado durante meses, há tendência de o mais capazes sobressaírem aumenta, desde que cartolas e treinadores sejam competentes no gerenciamento dos atletas e implementação da proposta de futebol.

Há alguns outros elencos melhores que o de Itaquera.

Nas temporadas anteriores

Em 2014, o Cruzeiro ganhou o Estadual e o Nacional.

O Flamengo, campeão no Rio de Janeiro, foi o décimo colocado. O Inter festejou nos Pampas e encerrou em terceiro. O campeão Bahia desceu para a segundona.

O Ituano comemorou em São Paulo e sequer fazia parte da elite. O Santos, vice, foi o 9° no pontos corridos.

As agremiações de Itaquera e do Morumbi sequer disputaram a final do Estadual e se classificaram à Libertadores.

O Corinthians foi campeão Estadual em 2013 e 10° nos pontos corridos. O Atlético, ganhador nas Minas Gerais, encerrou em 8°. Conquistou a Copa do Brasil onde são comuns as zebras.

O Botafogo foi o único ganhador no estado e classificado, por intermédio dos pontos corridos, à Libertadores. O Inter encerrou na décima terceira colocação.

O Fluminense em 2012 comemorou em ambos os torneios. O Atlético, ganhador em Minas, foi o vice do maior no país. Santos e Internacional, campeões nos estados, encerraram respectivamente nas colocações oito e dez,

Em 2011, Corinthians foi campeão nacional, seguido por Vasco e Fluminense na classificação. Nenhum desses ganhou o estadual.

O Santos e Flamengo tinham comemorado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Depois, nos pontos corridos, foram décimo e quarto colocados . O Inter então hegemônico no gaúcho acabou em quinto.

Os finalistas em Minas quase caíram. Apenas a pontuação dos rebaixados foi menor.

Em 2010, o Botafogo ganhou no Rio de Janeiro diante do Flamengo e foi sexto nos pontos corridos, onde o Rubro-Negro terminou quase na região da queda e o Fluminense festejou a conquista,

O Vitória comemorou o estadual e foi rebaixado naquela temporada,

Em 2009, o Flamengo foi campeão de ambos. O Corinthians, ganhador em São Paulo, terminou em 10° nos pontos corridos.

Sport e Náutico, finalistas em Pernambuco, encarraram nas últimas colocações.

Inter e Cruzeiro, campeões estaduais, se classificaram à Libertadores.

Em 2008,  Palmeiras conquistou o estadual e o São Paulo o torneio de pontos corridos.

Inter ganhou nos pampas e apenas o Grêmio se classificou para a Libertadores.

Figueira campeão estadual foi incapaz de permanecer na elite do nosso futebol.

Em 2007, Santos conquistou o estadual e o São Paulo fez igual no maior torneio do país.

Maioria sequer conseguiu a classificação  

Os clubes gaúchos, mineiros, paulistas e cariocas têm a absoluta maioria das conquistas dentro e fora do país.

Considerarei as 10 últimas temporadas apenas desses clubes para tornar mais claro como ganhar o estadual na maioria das vezes foi pouco representativo no Brasileirão.

Flamengo, Fluminense e Cruzeiro foram os que conseguiram conquistar ambos os torneios.

O Inter caiu e outros bateram na trave do rebaixamento.

Foram 40 campeões estaduais, vinte e três fraquejaram na competição mais forte do país. Apenas 17 se classificaram à Libertadores.

O aumento do número de vagas talvez mexa com a estatística. Ano passado foi inútil, pois nenhum campeão em tais estados aproveitou para se garantir nessas duas 'de última hora' para o torneio continental.


Fabio Carille obtém a conquista coletiva; Romero é o símbolo
Comentários 8

birner

De Vitor Birner

Unidade em Itaquera

Humildade para avaliar o elenco, sabedoria ao escolher como atuar e pragmatismo competente na implementação da proposta de futebol.

Essas virtudes foram os alicerces da conquista do Corinthians no Estadual;  Fábio Carille impôs o sistema de jogo após o desmanche feito pela diretoria. Teve que contrariar o besteirol populista de muitos que, nas atuações ruins do clube, exigiram a escalação dos atletas mais técnicos e preteridos porque eram os menos esforçados.

O treinador tinha as seguintes opções; podia valorizar a habilidade, com certeza insuficiente para o o time se equiparar aos concorrentes gigantes no torneio, ou a construção do ambiente competitivo e solidário.

Escolheu a única que poderia gerar os resultados positivos.

Os mais renomados e técnicos que se adaptassem às necessidades da maioria, ao invés do contrário. O técnico nunca os retirou completamente do planejamento. Giovanni Augusto, Guilherme e Marquinhos Gabriel sempre tiveram a oportunidade para atuar com a intensidade que o técnico acha necessária ao coletivo.

É difícil apontar os chamados destaques da conquista, Posso elogiar a dupla de zaga, em especial o Pablo, mas a 'parede' diante de ambos facilitou.

Então, tenho que ressaltar o Gabriel, Romero, Jadson, Rodriguinho, Maycon, Léo Jabá e quem mais atuou no setor.

O meia e o volante brilharam no mata-mata e foram considerados os melhores por milhões de torcedores.

Mas individuar o êxito do bloco é uma daquelas tolices piegas, maniqueístas, que menosprezam a dinâmica em  campo e implora pelo personagem a ser exaltado acima do clube. Além disso, o Fagner e o Arana foram no mínimo tão fortes quanto qualquer outro suposto protagonista da conquista.

Jô, o artilheiro dos clássicos, tem que ser citado. Cassio merece aplausos,

Todos contribuíram. Destacar alguém como o jogador doo clube no torneio é difícil nessa campanha do Alvinegro.

Talvez a figura de Romero seja a mais simbólica.  Desacreditado, teve empenho acima da média para ser construtivo e fortalecer o coletivo.

O gol na final o premiou.

Hoje é para a comemoração

Me refiro apenas ao Corinthians no estadual.  O momento é de festa, para quem valoriza a conquista, da torcida.

Citarei depois a avaliação do que foi construído para o restante da temporada, necessidades dos reforços ao elenco, e as possibilidades no torneio de pontos corridos.

 


Palmeiras joga muito menos futebol do que pode; Baptista era quarta opção
Comentários 33

birner

De Vitor Birner

A vã insistência

Alexandre Mattos teve que gastar muita lábia para convencer Cuca a aceitar o convite do Palmeiras na última temporada. Conseguiu e escutou do técnico que, após o encerramento do contrato, iria descansar e passar mais tempo com familiares que ama,

O cartola deve ter imaginado: Quem convence uma, talvez consiga duas.. Houve momentos durante o torneio de pontos corridos, nos quais insistiu para renovar.

As negativas o levaram a investir no trunfo que restou; paciência somada à possibilidade da conquista.

A alegria poderia mexer com o emotivo técnico e talvez contribuir para permanecer no Allianz Parque.

O sucessor sequer recebeu uma oferta

As conversas para a renovação foram da metade do ano em diante. Cuca, obviamente, não era o tudo ou nada.

Mattos, ciente da possibilidade da recusa, conversou com Paulo Nobre e o presidente, desde meados da temporada, referendou Mano Meneses como sucessor.

O cartola não fez qualquer negociação com o preferido. Priorizava a renovação do Cuca.  Nesse ínterim de espera, o Cruzeiro acertou com o técnico e o Alviverde teve que pensar noutro nome.

Demora para renovar com Mattos impediu

Houve festa, alegria e a conquista do torneio de pontos corridos, Nos bastidores, Cuca tinha confirmado na segunda quinzena de novembro o que falara durante a temporada.

O atual presidente foi eleito no dia 26 daquele mês. Tinha que montar da diretoria e gerenciar o possível entrevero com Paulo, colega de situação importante para receber o apoio dos associados.

Havia pendências mais urgentes para o futebol; necessitava fechar com algum treinador e decidir, na prática, se renovaria o contrato de Mattos.

Priorizou a escolha do sucessor de Cuca.

Escutou a sugestão do cartola remunerado e, antes de ser empossado,  o autorizou a negociar com Roger. As conversas com o técnico e o agente foram positivas. Acertaram de boca o necessário e todos acharem que a rotina do técnico seria no Allianz Parque.

Os reforços para o elenco e mais do planejamento,  além de salários, foram combinados.

O acerto do presidente com Mattos era o que faltava para o negócio ser anunciado. Roger, ciente de tal pendência,  aguardou. Sabia que outro gestor poderia ter ideias distintas e alterar o que encontraria na agremiação.

Galiotte demorou cerca de 10 dias entre a eleição e a iniciativa de conversar com o gestor do futebol.

Havia alguma incerteza na permanência, apesar de a tendência ser positiva.  O Atlético, no dia seguinte ao técnico acertar no verbo com com o Alviverde, fez a oferta. .

Imediatamente Mattos foi avisado pelo treinador e o agente. Roger pretendia manter a palavra cm o Palmeiras.

Queria saber como andava a renovação de Mattos, e nenhuma movimentação havia. Em 3o de novembro foi anunciado no clube de Robinho e cia.

O Palmeiras demorou mais 9 dias para confirmar a permanência de Mattos.

Uma semana depois o Eduardo Bapstista, a quarta opção, foi anunciado como o treinador da agremiação.

Padrão e a lógica da competência

O Alviverde sabe quem será o sucessor e o avalia como mais s capaz que Eduardo Baptista. Se nenhum entrevero de bastidores houve, essa foi a motivação para a mexida.

A direção tem o planejamento e seria atípico, no padrão de Mattos, a saída sem que houvesse conversa adiantada com o escolhido para a cobiçada vaga à frente de um dos elencos mais fortes do continente.

A obviedade afirma que Cuca é o favorito. Checarei hoje para saber o que aconteceu na agremiação.

Apoio e resultados

Eduardo Baptista chegou ao clube como para-raios. Foi integrado ao grupo de atletas ganhador.

A diretoria reforçou  o elenco e conquistou sazonal imunidade nos tropeços do time dentro de campo.

O treinador, pequeno no currículo diante de tanto glamour,  investiu nas convicções que o levaram para o Alviverde. Fez profundas alterações na proposta coletiva da conquista do torneio de pontos corridos.

Se obrigou a ter resultados favoráveis e desempenho elogiável quase imediatos. ,

Nesses meses com o Eduardo Baptista, a dinâmica do time dentro do gramado foi muito abaixo do potencial do elenco. Cedo ou tarde, esse era o dilema, provavelmente ofereceria mais ao torcedor.

A certeza, o quando, o não ou o sim serão apenas suposições que nunca serão esclarecidas pelo futebol.

 

 


Me pergunto se o futebol tem algo contra o Atlético de Simeone
Comentários 16

birner

De Vitor Birner

Todo o possível

A ciência, os números e as propostas coletivas são indispensáveis porque aumentam as possibilidades de os clubes conseguirem o que pretendem na temporada.

Os alicerces da preparação têm que ser praticados, desenvolvidos, são indispensáveis, mas ao contrário do que muita gente afirma, oferecem apenas parte de garantia.

Tenho convicção que os técnicos na semifinal da Liga dos Campeões, se tinham dúvidas disso, aprenderam mais sobre o esporte mágico. O do Real Madrid com o sorriso e o do Atlético impotente enquanto tentava as vãs soluções para os atletas atuarem no mínimo dentro do rotineiro padrão.

A preparação elogiável e o desempenho 

O Atlético atingira o ápice do próprio desempenho na temporada. Atuara 8 vezes em abril e em todas obtivera gols e resultados positivos.

Foram 14 favoráveis. Apenas duas vezes Oblak teve que buscar a bola onde qualquer goleiro tenta impedir. Esses jogos terminaram com empates que mereceram aplausos da torcida.

Conseguiu 0 1×1 no clássico do Santiago Bernabeu pelo campeonato do país,  e em Londres, contra o Leicester, na classificação para a semifinal da Liga dos Campeões.

O elenco adquiriu a estabilidade para tentar ganhar o torneio e encerrar em alta a temporada.

O último jogo havia sido o 5×0 frente o Las Palmas no Estádio Gran Canária. O pequeno clube, diante dos seus seguidores, tropeçara duas vezes no torneio de pontos corridos.

Tudo indicava que a semifinal seria difícil para ambos os times da capital  Era impossível imaginar que o Madrid teria tanta moleza para impor o ritmo, finalizar e conseguir o resultado que o torna favorito.

Me pergunto como o técnico mais rodado poderia antever a abrupta queda do rendimento. Tem o perfil dos que permanecem atentos. Identificaria acomodação, problemas com algum atleta, ou nariz torto que diminuísse a união no gramado.

O 'hermano' saberia do declínio grande do estágio de preparação física e capaz de anular o que implementa na temporada. .

Ou seja: nada havia para o treinador consertar ou reorganizar. Estava tudo nos conformes e, ao entrar em campo,  o padrão tão competitivo quanto elogiável simplesmente sumiu no elenco.

Nem adianta cogitar a formação ou a tática. O 4-4-2 intenso amoleceu, a imprescindível compactação das linhas afrouxou e houve brechas pelos lados, as mesmas com as quais  inutilmente  sonharam os superados pelo Atlético no mês de invencibilidade.

A solução, o vilão, o grande equívoco e as tradicionais respostas são inócuas e pobres para embasar o que houve com um dos grupos de atletas mais bem preparados e guerreiros do planeta.

Resta a todos a tentativa da improvável classificação no Vicente Calderón. Observar e entender os momentos em que o esporte foi cruel e driblou os méritos e o esforço dos seres humanos é gesto de sabedoria e fonte de fé onde pingam as gotas que mantêm a expectativa do milagre da classificação.

A prática que contrariou a teoria   

O Atlético disputou duas finais de Liga dos Campeões, nessa década, diante do Real Madrid.  Bateu na trave da conquista.

Merecia ganhar a primeira em que o Sergio Ramos igualou o resultado nos acréscimos e o time de Simeone, na prorrogação, desmoronou na parte física porque o elenco de poucas opções dividiu forças nas tentativas de conquistar o torneio continental e o de pontos corridos.

Na seguinte. tropeçou na série de pênaltis.

A semi na teoria podia ser seria menos complicada que essas finais.

O maior ganhador na Europa oscilou. Em todos os jogos, tanto na fase de grupos quanto na seguinte, tomou gols. Os desempenhos de ambos  sugeriam que a possibilidade da eliminação inédita no clássico  era maior que nas edições anteriores da Liga dos Campeões.

Na prática o que tem muito mais troféus conseguiu o vareio, foi exímio, e mereceu o resultado.

De inédito, mesmo, houve o apagão de quem necessita golear para se classificar. Após Simeone ter sido contratado, essa foi a atuação mais fraca do time no mata-mata da Liga dos Campeões.


Baile do Corinthians na final; ou a Ponte tremeu ou se acomodou na soberba
Comentários 20

birner

De Vitor Birner

Ponte Preta 0x3 Corinthians

A Ponte Preta, após a fase de grupos, teve caminho mais difícil que o do oponente na decisão do Estadual. Mostrou enorme concentração e ganhou dos clubes que iniciaram como maiores favoritos do torneio.

O Corinthians, nos jogos eliminatórios, apesar de manter o sistema de marcação forte, oscilou. O torcedor reclamou do que assistiu nas quartas-de-final.

Nada indicava que a final seria tão fácil para qualquer lado. Me refiro à dinâmica em campo e margem de gols.

Tamanco ou amarelou

A Ponte tinha que ditar o ritmo.  Mostrou capacidade diante de Santos e Palmeiras, ambos com sistema de criação superior ao do Corinthians. A intensidade e a concentração de Potker e cia garantiram nesses jogos o êxito da agremiação.

O time foi capaz de alternar o sistema de marcação recuado ou adiantado, de acordo com o estádio e andamento no gramado.

Soube avaliar quais fragilidades havia para construir oportunidades.  Correu muito, pensou mais, e mereceu elogios pelas classificações.

A concentração parece ter sido esquecida na final.

Ou o time, empolgado pelos resultados. calçou 'chuteiras de saltos', ou a proximidade da conquista inédita contra o maior ganhador no Estadual fez os atletas balançarem. A atuação do time foi muito abaixo do padrão mostrado na Vila Belmiro, Allianz Parque, e principalmente nas atuações em frente da própria torcida.

Corinthians se impõe com grande facilidade

O andamento inicial foi o que a maioria imaginou. Ambos os times cautelosos, a Ponte com mais iniciativa, e ninguém oferendo as brechas para o oponente finalizar em gol.

Houve 10 minutos, talvez pouco menos, de igualdade.

Depois, gradativamente, o Corinthians foi tomando as rédeas técnicas, táticas e principalmente emocionais dentro do gramado.

Teve a oportunidade para sair na frente em lance construído por Fagner na direita.

O gol aconteceu após Cássio mandar a bola ao campo de frente no tiro de meta, Jô ganhar pelo alto, Romero receber a bola e tocar ao centroavante, na área, que fez o pivô e acertou precisa assistência para Rodriguinho diante de Aranha finalizar e comemorar.

Distribuo elogio para as grandes contribuições

O artilheiro dos clássicos, que encerrou em branco esse jogo, tem que  ser aplaudido. Os lançamentos para o centroavante foram a saída do Corinthians quando a Ponte Preta fechou as lacunas e houve o que gerou o gol decisivo no andamento favorável à agremiação de Itaquera.

Ponte Preta investiu nos lances pelos lados e nos muitos cruzamentos, a maioria na direita, onde Nino Paraíba foi lateral, Jadson apoiou, e Cleyson alternou com Potker quem se disponibilizou como opção para completar a possibilidade das triangulações e de abrir lacunas nas quais alguém poderia finalizar dentro da área.

Naquele 'setor, Arana foi lateral, Pablo zagueiro, Romero ala e Maycon o volante.

Brilhou o sistema de marcação do Corinthians porque ganhou todos os cruzamentos.

No país do culto ao egoísmo e individualismo acima de tudo, onde a necessidade de se inventar heróis e vilões goleia a humildade que garante as discretas e imprescindíveis contribuições ao coletivo. a maioria se esquece que o equívoco numa única dessas muitas tentativas da Ponte Preta redundaria em igualdade do resultado e, provavelmente, alteraria a dinâmica da final pelo impacto tanto na arquibancada quanto dentro do gramado.

Todo o sistema de marcação se empenhou no cumprimento das precisas orientações de Fábio Carille, manteve seriedade plena do início ao último minuto e consequentemente a concentração, alicerce para conquista do resultado muito positivo.

A troca tão necessária quanto ineficaz

Ponte Preta insistia nos cruzamentos. Nenhum problema havia, desde que alternasse com finalizações de fora de área e algumas tentativas de tabelas pelo meio, onde Gabriel e Rodriguinho receberam o amarelo.

Após as conversas com treinadores no descanso dos atletas, houve duas mexidas. O lateral Reinaldo e o volante Jadson saíram para o meia Renato Cajá e Artur entrarem.

As alterações diminuíam a força do meio de campo da Ponte Preta para fechar lacunas. Em tese, aumentavam o potencial do setor na criação. Renato Cajá podia agregar opções ao repertório do time que investia apenas em lances pelos lados

A orientação para o sistema de marcação iniciar as tentativas de retomar a bola na área completou a tentativa de elevar o padrão  .

Os atletas aumentaram a intensidade, e por alguns minutos frequentaram, em vão, o campo de frente. Nenhuma oportunidade conseguiram para igualar.

Alvinegro eleva o padrão

A Ponte, ao preferir adiantar o sistema de marcação, abriu lacunas atrás. Tinha que alterar a dinâmica para cogitar o resultado positivo.

No 1° momento em que o oponente achou uma dessas brechas, o Rodriguinho brilhou. Correu com a bola, driblou Fernando Bob,  e acertou uma daquelas assistências precisas para Jadson finalizar e comemorar. .

A arquibancada silenciou e os atletas ponte-pretanos perderam o rumo. Os lances individuais e cruzamentos foram as únicas alternativas nas quais investiram para ultrapassar o bloqueio.

Foram inúteis porque o sistema de marcação do oponente manteve a superioridade nos cruzamentos.

O último gol do Corinthians pode ser avaliado como  o símbolo do que sentiam os atletas naquele momento do jogo. A pane foi enorme. Lance de condomínio. Fagner cobrou lateral na área, a bola quicou e o Rodriguinho em frente ao Aranha cabeceou com ambos os pés no gramado.

O clube do interior continuou tentando, mas por inércia. Internamente, era óbvio que os atletas queriam encontrar as forças que haviam sido anuladas pelo desempenho de quem se impôs porque apresentou mais futebol.

O resumo mais que redundante

A melhor atuação do Alvinegro na temporada e a pior do oponente no mata-mata; treinador Carille e o elenco botaram as mãos no troféu do torneio.

O 3×0 afirma; as análises de quem crê na conquista inédita terão que de inserir ''milagre'' favoravelmente à Ponte e ''desastre'' para o favorito em Itaquera,.

Desfalques

Carille terá, no mínimo, dois desfalques em Itaquera. Os pendurados Rodriguinho e Maycon receberam o amarelo.

Fagner, pela pancada em Cueva quando o peruano estava de costas, será avaliado pelo TJD na terça e pode formar o trio de ausentes com os colegas de agremiação.

Futebol 

Jadson, ao gesticular para a torcida da Ponte na comemoração do gol, poderia tomar o cartão. O critério adotado no torneio determina essa tolice de impedir a espontaneidade nas comemorações.

O trio  não observou e o meia poderá atuar em Itaquera.

Resultado merecido. Nenhuma interferência houve de quem foi encarregado de cumprir as regras no gramado.

Ficha do jogo

Ponte Preta – Aranha; Nino Paraíba, Fábio Ferreira, Yago (Kadu) e Reynaldo (Artur); Fernando Bob, Elton, Jadson (Renato Cajá) e Lucca; William Pottker e Clayson.
Treinador: Gilson Kleina

Corinthians – Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Paulo Roberto); Jadson (Clayton), Rodriguinho, Maycon (Camacho) e Romero; Jô
Treinador: Fábio Carille

Árbitro: Raphael Claus (SP) – Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Luiz Alberto Andrini Nogueira