Palmeiras joga muito menos futebol do que pode; Baptista era quarta opção
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De Vitor Birner
A vã insistência
Alexandre Mattos teve que gastar muita lábia para convencer Cuca a aceitar o convite do Palmeiras na última temporada. Conseguiu e escutou do técnico que, após o encerramento do contrato, iria descansar e passar mais tempo com familiares que ama,
O cartola deve ter imaginado: Quem convence uma, talvez consiga duas.. Houve momentos durante o torneio de pontos corridos, nos quais insistiu para renovar.
As negativas o levaram a investir no trunfo que restou; paciência somada à possibilidade da conquista.
A alegria poderia mexer com o emotivo técnico e talvez contribuir para permanecer no Allianz Parque.
O sucessor sequer recebeu uma oferta
As conversas para a renovação foram da metade do ano em diante. Cuca, obviamente, não era o tudo ou nada.
Mattos, ciente da possibilidade da recusa, conversou com Paulo Nobre e o presidente, desde meados da temporada, referendou Mano Meneses como sucessor.
O cartola não fez qualquer negociação com o preferido. Priorizava a renovação do Cuca. Nesse ínterim de espera, o Cruzeiro acertou com o técnico e o Alviverde teve que pensar noutro nome.
Demora para renovar com Mattos impediu
Houve festa, alegria e a conquista do torneio de pontos corridos, Nos bastidores, Cuca tinha confirmado na segunda quinzena de novembro o que falara durante a temporada.
O atual presidente foi eleito no dia 26 daquele mês. Tinha que montar da diretoria e gerenciar o possível entrevero com Paulo, colega de situação importante para receber o apoio dos associados.
Havia pendências mais urgentes para o futebol; necessitava fechar com algum treinador e decidir, na prática, se renovaria o contrato de Mattos.
Priorizou a escolha do sucessor de Cuca.
Escutou a sugestão do cartola remunerado e, antes de ser empossado, o autorizou a negociar com Roger. As conversas com o técnico e o agente foram positivas. Acertaram de boca o necessário e todos acharem que a rotina do técnico seria no Allianz Parque.
Os reforços para o elenco e mais do planejamento, além de salários, foram combinados.
O acerto do presidente com Mattos era o que faltava para o negócio ser anunciado. Roger, ciente de tal pendência, aguardou. Sabia que outro gestor poderia ter ideias distintas e alterar o que encontraria na agremiação.
Galiotte demorou cerca de 10 dias entre a eleição e a iniciativa de conversar com o gestor do futebol.
Havia alguma incerteza na permanência, apesar de a tendência ser positiva. O Atlético, no dia seguinte ao técnico acertar no verbo com com o Alviverde, fez a oferta. .
Imediatamente Mattos foi avisado pelo treinador e o agente. Roger pretendia manter a palavra cm o Palmeiras.
Queria saber como andava a renovação de Mattos, e nenhuma movimentação havia. Em 3o de novembro foi anunciado no clube de Robinho e cia.
O Palmeiras demorou mais 9 dias para confirmar a permanência de Mattos.
Uma semana depois o Eduardo Bapstista, a quarta opção, foi anunciado como o treinador da agremiação.
Padrão e a lógica da competência
O Alviverde sabe quem será o sucessor e o avalia como mais s capaz que Eduardo Baptista. Se nenhum entrevero de bastidores houve, essa foi a motivação para a mexida.
A direção tem o planejamento e seria atípico, no padrão de Mattos, a saída sem que houvesse conversa adiantada com o escolhido para a cobiçada vaga à frente de um dos elencos mais fortes do continente.
A obviedade afirma que Cuca é o favorito. Checarei hoje para saber o que aconteceu na agremiação.
Apoio e resultados
Eduardo Baptista chegou ao clube como para-raios. Foi integrado ao grupo de atletas ganhador.
A diretoria reforçou o elenco e conquistou sazonal imunidade nos tropeços do time dentro de campo.
O treinador, pequeno no currículo diante de tanto glamour, investiu nas convicções que o levaram para o Alviverde. Fez profundas alterações na proposta coletiva da conquista do torneio de pontos corridos.
Se obrigou a ter resultados favoráveis e desempenho elogiável quase imediatos. ,
Nesses meses com o Eduardo Baptista, a dinâmica do time dentro do gramado foi muito abaixo do potencial do elenco. Cedo ou tarde, esse era o dilema, provavelmente ofereceria mais ao torcedor.
A certeza, o quando, o não ou o sim serão apenas suposições que nunca serão esclarecidas pelo futebol.