Saiba por que o Corinthians tropeçou em Itaquera; Vitória mereceu
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De Vitor Birner
Corinthians 0x1 Vitória
A zebra foi se fortalecendo durante o jogo, ao contrário do que houve com o favorito.
O Alvinegro foi melhor que o oponente no 1°t. Se impôs, criou, finalizou, teve volume de jogo acima do que mostrou na conquista de muitos resultados positivos.
Apesar disso, o Vitória encerrou ganhando.
A precisão de um lado e a falta dela do outro garantiram o que a zebra queria.
Mérito do time que melhorou no 2°t, quando o sistema de marcação praticamente anulou a criação do líder, conseguiu grandes oportunidades para ampliar, além do gol equivocadamente invalidado. Conquistou os pontos e teve a honra de encerrar uma sequência épica do clube de Itaquera.
O tal detalhe
O Corinthians manteve a proposta de futebol que garantiu a campanha brilhante no turno. Coletivamente a atuação foi elogiável.
O time que pretende abdicar da candidatura ao rebaixamento forçou o líder a avançar todos os atletas. Vagner Mancini orientou o sistema de de marcação a atuar no 4-4-2 e atrás da linha que divide o gramado. Em suma, ofereceu a bola para o oponente, orientou os quartetos a congestionarem em frente da área e a dupla a investir na velocidade para conseguir o gol.
Comemorou o êxito, após assistência de Neílton e a finalização Tréllez. Manteve o resultado na metade inicial, apesar da dinâmica no gramado.
O Corinthians ditou o ritmo.
Permaneceu 77% do jogo com a bola, teve 5 escanteios x nenhum, finalizou 12 vezes contra uma dos soteropolitanos, quatro foram dentro da área e duas ou três podem ser avaliadas como grandes oportunidades. Ao contrário do que houve nos jogos anteriores, foi impreciso diante do goleiro.
Pedro Henrique reclamou o pênalti inexistente após se jogar na área e Jô o que houve. Romero estava impedido no gol invalidado. O centroavante, Balbuena e Rodriguinho desperdiçaram os melhores momentos da agremiação.
Alteração forçada
Guilherme Arana se machucou. Carille, com elenco de poucas opções, iniciou o 2°t com o Moisés na lateral.
O Corinthians manteve a iniciativa e a proposta coletiva.
Equívoco impede o gol
Logo as 4 minutos, Caique Sá cruzou e o Kanu cabeceou para comemorar.
O lance foi invalidado.
Havia dois atletas do Corinthians e Cássio atrás da linha de bola. O auxiliar tropeçou no impedimento, apesar de ter sido fácil.
Como qualquer agremiação
O time de Mancini em alguns momentos recuou alguém da dupla para trás da linha da bola. O treinador aumentou o congestionamento porque ganhava e sabia que o resultado era fruto também da falta de precisão do time elogiado por ser preciso.
As brechas diminuíram, o líder mesmo assim criou uma oportunidade, mas teve dificuldade para entrar na área ou finalizar em condição de empatar, se incomodou com o andamento e aumentou a quantidade dos equívocos no toque de bola.
O técnico tentou melhorar tecnicamente com a alteração de Romero por Marquinhos Gabriel. O Vitória, recuado, fechou lacunas para a velocidade do paraguaio e naquele momento diminuiria a força da marcação pelo lados compensava para o favorito.
Era necessário aumentar a de criação pelas beiras do gramado.
Em seguida, Mancini colocou David na vaga de Patric . Lateral em frente do lateral Caíque para fechar as brechas onde Carille aumentou a técnica. Uma vez depois da mexida o Corinthians entrou na área pela direita. Rodriguinho cruzou e o goleiro conseguiu tocar na bola antes de Jô finalizar.
O Alvinegro investia na criação por aquele setor a teve mais dificuldade depois da alteração. As melhores oportunidades, sempre no contra-ataque, foram do clube que ganhou em Itaquera.
A entrada do Jadson e a saída de Balbuena foi a última tentativa de Carille alterar a dinâmica do jogo. Gabriel se revezou como zagueiro e volante. Mancini, após Neílton cansar, pôs Carlos Eduardo e manteve a força do time após as retomadas de bola.
Yago saiu para a entrada de Filipe Souto na última mexida.
Depois o sistema de marcação se impôs e garantiu o resultado positivo.
Finalizações de fora da área, chuveirinhos e nada mais resumiram a criação da agremiação que lidera com sobra o torneio.
O adorável ingrediente
A bola desviou no Arana e encerrou qualquer possibilidade para o Cássio impedir o gol. Nos jogos anteriores tais lances, em regra, beneficiaram o líder.
Algumas vezes teve a bola nas traves, por dentro, e o rebote sobrou para alguém colocado por Carille no gramado.
Nesse, em nenhum momento o Corinthians teve essa graça.
O Vitória ganhou por isso e porque foi competente.
Me refiro à bendita sorte. Há gente que, no futebol, tem chiliques quando o time ganha e cito que ela cooperou. A considero uma grande bênção e quem acha o contrário que peça a Deus para oferecê-la aos que a almejam e se lembram de agradecer ao serem abençoados.
Ficha do jogo
Corinthians – Cássio; Fagner, Balbuena (Jadson), Pedro Henrique e Guilherme Arana (Moisés); Gabriel e Maycon; Clayson, Rodriguinho e Romero (Marquinhos Gabriel); Jô
Técnico: Fábio Carille
Vitória – Fernando Miguel; Caique Sá, Wallace, Kanu e Juninho; Ramon, Uillian Correia e Yago (Fillipe Soutto) e David (Patric); Neilton (Carlos Eduardo) e Tréllez
Técnico: Vagner Mancini
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadao (GO) Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence