Palmeiras ganha jogo difícil e tem tudo para comemorar na penúltima rodada
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De Vitor Birner
Palmeiras 1×0 Botafogo
Os clubes proporcionaram jogo acima do padrão de qualidade desse torneio de pontos corridos. O Alviverde confirmou o favoritismo.
Manteve ambas as mãos na troféu e continua aguardando o aval da matemática para festejar. A tabela e o futebol que mostra o favorecem e sugerem que a penúltima rodada será a da comemoração. A agremiação de Vila Belmiro tem que ganhar do Flamengo no Rio de Janeiro.
Se o Santos conseguir, o Palmeiras garantirá a conquista com o empate diante da Chapecoense no Allianz Parque. O time de Cuca treinará para o jogo, e o oponente terá na quarta-feira a semifinal da Copa Sul-Americana.
O post tem o andamento do jogo em que o Alviverde obteve mais um êxito no pleno Allianz Parque.
Propostas das agremiações
O Glorioso prefere que os oponentes tomem a iniciativa e cedam o contra-ataque. O Alviverde, embalado pelos torcedores no Allianz Parque e dono do futebol de quem ganhará o torneio de pontos corridos, tinha que tentar o gol.
O desenho de jogo, antes mesmo do início, era simples de ser pré-avaliado.
O início reforçou as filosofias
O andamento confirmou a obviedade. Palmeiras atuou na direção da área.
Permaneceu mais com a bola, frequentou constantemente o campo de frente, e impôs o ritmo que aprecia.
Roger Guedes na direita, Dudu do outro lado e Gabriel Jesus, o centroavante, iniciaram a marcação na frente.
O Botafogo no 4-4-2 sequer tentou fazer a transição tocando a bola.
Preferiu os lançamentos pelo alto. O cobertor curto dificultou para Jair Ventura ter tudo necessário.
Colocou Pimpão no quarteto do meio de campo, pois Camilo e Neilton adiantados, os mais velozes e habilidosos, teriam maiores possibilidades para ganharem da dupla Mina e Victor Hugo e de quem mais fez a sobra da marcação.
Jean ou Zé Roberto, os laterais, ou Tchê Tchê, volante encarregado de priorizar a marcação, formaram o trio que permaneceu atrás para evitar o mano a mano nesses lances.
Mina entrou machucado no gramado e rapidamente foi trocado por Thiago Martins. Cuca deve ter optado por esse em vez de Edu Dracena, pois é mais veloz que o veterano.
Durante meia hora o Palmeiras ocupou o campo de frente. Apesar da dificuldade para achar lacunas, teve momentos nos quais poderia fazer o gol. O Botafogo muito recuado facilitou para a agremiação do Allianz Parque manter a bola no entorno da área e investir em cruzamentos, tentar assistências e o que pudesse para conseguir finalizar.
A leitura de jogo do treinador
Nessa configuração tática das agremiações, provavelmente o Alviverde acharia o gol. No contra-ataque, o Alvinegro era inoperante
Jair Ventura mandou o sistema de marcação atuar mais adiantado. Foi perspicaz e mostrou competência para observar o que acontecia no gramado. Alemão se machucou e Fernandes entrou.
O time cresceu e com mais capricho nas finalizações conseguiria o gol. Jailson fez difícil intervenção após a tentativa de Pimpão e Carli, na grande oportunidade do jogo até aquele momento, se equivocou em frente ao goleiro.
A ousadia que o Alviverde queria
Os treinadores orientaram os elencos durante o descanso dos atletas e ambas as agremiações aceleraram o ritmo. As dificuldades para os sistemas de marcação aumentaram.
As oportunidades foram criadas, as do Botafogo eram mais simples de redundarem em alteração no resultado, e Cuca interveio ao tirar o apagado Cleiton Xavier e colocar Alecsandro.
O centroavante atuou na área, Gabriel Jesus foi para o lado, na mesma linha de Roger Guedes e Dudu, que jogou por dentro.
O trio se mexeu para confundir o sistema de marcação.
O Palmeiras ganhou velocidade para tentar, no vão que havia da linha de zagueiros do Botafogo e do Sidão, quando o time carioca tinha a bola no campo de frente, o gol. Esse lance é uma das marcas da agremiação que lidera o torneio de pontos corridos.
Dito e feito. Dudu em velocidade tocou para Gabriel Jesus diante do goleiro, a bolsa desviou no zagueiro e o centroavante chegou atrasado, mas devolveu na medida para o colega cabecear e festejar.
O pragmatismo eficaz
O gol fez as oportunidades para ambos os times minguarem. Era o mais conveniente para a agremiação que deve festejar a conquista na penúltima rodada.
O Botafogo necessitava igualar. O técnico trocou o volante Dudu Cearense por Sassá. Cuca respondeu com Gabriel na vaga de Tchê Tchê.
Leandrinho na de Fernandes foi a última e vã tentativa de otimizar o sistema de criação do clube que necessitava o gol. O Alviverde, no restante do jogo, sequer permitiu qualquer finalização.
O gol invalidado porque houve falta em Jaílson foi acerto inquestionável quem foi competente ao cumprir as regras do futebol no gramado.
Ficha do jogo
Palmeiras – Jaílson; Jean, Mina (Thiago Martins), Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Gabriel) e Moisés; Róger Guedes, Cleiton Xavier (Alecsandro) e Dudu; Gabriel Jesus
Técnico: Cuca.
Botafogo – Sidão; Emerson, Joel Carli, Emerson Silva e Diogo Barbosa; Alemão (Fernandes e depois Leandrinho),Dudu Cearense (Sassá), Rodrigo Lindoso e Pimpão; Camilo e Neílton
Técnico: Jair Ventura
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) – Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires