Blog do Birner

Efeito suspensivo para o Grêmio beneficia o STJD e o futebol

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De Vitor Birner

Era óbvio que o STJD daria o efeito suspensivo para o Grêmio jogar a final da Copa do Brasil onde quer. Seria patético impedir a agremiação de fazer isso apenas porque a filha do treinador entrou no gramado para comemorar a classificação.

No país especialista em criar as dificuldades para negociar as facilidades, a burocracia sobrepõe a construção da harmonia coletiva. A votação favorável ao parecer do relator Otacílio Soares de Araújo mostrou que para os poderosos a interpretação das letras no papel sobrepôs o que houve após a semifinal.

Os auditores, menos o presidente Sergio Martinez da da 3ª Comissão Disciplinar, em princípio acharam equivocado o gesto de alegria.

Nem a disciplinadora Uefa é tão rigorosa.

Houve jogador islandês festejando, com quem ama no colo,  dentro do gramado, resultado positivos na Eurocopa.

Ninguém foi suspenso porque emoções simples e plenas de generosidade como as citadas são construtivas no esporte que tentam plastificar; se quisesse restringir a espontaneidade, teria sido equívoco burocrático formalizador em detrimento da alegria, contra a alma do futebol.

Os auditores necessitam compreender algo que fica muito acima do CBJD e dos cargos para os quais foram indicados; episódios desprovidos de riscos aos protagonistas e cheios de felicidade são positivos. A invasão é proibida para que o órgão tenha como sancionar quem o fez para vandalizar, roubar ou algo nessa linha.

 

Todos creio, têm a sabedoria para entenderem, e basta que prefiram ser mortais para fazerem o simples em questões similares. O Código que serve de referência para decidirem deve facilitar e fortalecer a sobrevivência do futebol.

Mantive o post no âmbito da ética e essência da legislação esportiva, pois acho improvável que os auditores quisessem os holofotes tomando decisões consideradas patéticas pela maioria absoluta dos torcedores de qualquer agremiação.