Flamengo empata e Palmeiras é o único favorito; Sport e Alvinegro reclamam
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De Vitor Birner
Simples e óbvio
Questão matemática e de futebol. O que o Flamengo tem feito nas últimas rodadas, se comparado ao que mostrou o Alviverde, é insuficiente para conseguir ultrapassar o líder na tabela de classificação.
Cada clube pode somar mais 18 pontos e o Rubro-Negro, se obtiver todos, o que é difícil, terá que torcer para o concorrente tropeçar três vezes e numa dessas sequer pontuar. O Palmeiras fez 32 jogos e perdeu apenas cinco.
Em suma, é necessária grande alteração de rumo do Palmeiras, além da plena precisão carioca, para o o Rubro-Negro festejar ao cabo do torneio.
O futebol afirma que é sempre necessário aguardar para comemorar.
Ninguém pode ter convicção que o pais sabe qual será o campeão, mas a tendência muito grande é de Paulo Nobre conseguir o que sonhou ao investir fortuna para tornar a agremiação forte dentro dos gramados.
As entrevistas que 'garantiram pontos'
Houve o neo-pênalti favorável ao Sport, após Diego Souza cabecear e a bola tocar no braço de Mina. Em seguida o lance continuou favorável a time do Recife, que tentou o gol e parou em Jaílson.
O goleiro saiu jogando e Moisés fez o lançamento preciso para Dudu, em frente ao Magrão, finalizar e comemorar no Allianz Parque.
O Alviverde teve a sorte no equívoco de quem deveria cumprir as regras. e apenas o prejudicado no jogo, melhor durante o primeiro tempo, pode reclamar.
O gol de empate do Flamengo contra o Corinthians aconteceu no impedimento simples de ser observado e marcado.
Dirigentes de ambas as agremiações beneficiadas na rodada silenciaram, por enquanto, o populismo que pareceu eficaz, pois houve grandes equívocos favoráveis para as duas. Ou foi isso ou tiveram muita sorte.
Lembro que o Atlético sonha ganhar e nem tudo se resume à disputa pelo troféu ou fuga do rebaixamento que preenchem as manchetes. Há mais clubes. cada qual tem os próprios interesses, no torneio de pontos corridos.
Muitas reclamações e equívocos nas finalizações
Sport tem sistema de marcação que comparo a uma peneira. Em todos os setores há lacunas para os oponentes criarem as oportunidades de gol.
Tomou 50, contando os de hoje, no torneio.
O Alviverde é a agremiação mais artilheira. Mesmo com a ausência de Gabriel Jesus, deveria ganhar com facilidade, se fosse competente para manter o padrão que o fez líder e maior favorito
O Sport tornou complicado o que deveria ser simples.
Foi superior em parte do jogo, aproveitou as brechas que o meio de campo do Palmeiras ofereceu, teve as maiores oportunidades e Rogério igualou; a agremiação ditava o ritmo quando o Alviverde fez gol em lance no qual Moisés cobrou o lateral na área, houve o rebote e a finalização de Tchê Tchê na qual goleiro poderia intervir.
O Alviverde, no meio de campo e lateral, foi vulnerável.
Cuca escalou Tchê Tchê, Moisés e Jean, todos participando da criação, mais Allione na direita que tinha de ir à frente e recompor o sistema de marcação no setor. Fabiano e Zé Roberto atuaram na linha dos zagueiros.
Éverton 'em cima' do veterano destro, Rodney Wallace no destro. Diego Souza e Rogério se movimentando, todos com muita velocidade, encontraram grandes lacunas no meio de campo e sobrecarregaram quem atuou atrás no time favorito, dificultaram a transição à frente do Alviverde e criaram oportunidades para conseguirem alguns gols.
O futebol pobre diante das possibilidades
O Flamengo ficou treinando e o Corinthians se desgastou diante do Cruzeiro na eliminação da Copa do Brasil. Tinha obrigação de conseguir volume de jogo capaz de tornar o andamento incômodo para o atual campeão do torneio.
A torcida tem apoiado dentro e fora dos gramados. Referendou a postura positiva com disposição às horas na fila para adquirir os ingressos, mas se frustrou com o insuficiente repertório da agremiação.
O Rubro-Negro investiu em chuveirinhos. O Alvinegro, como aconteceu com o Sport no Allianz Parque, foi superior principalmente no primeiro tempo e poderia ganhar.
Guilherme fez o gol com a precisa finalização fora da área.
Zé Ricardo, embasado no futebol do time nas últimas rodadas, tinha ideia que era necessário elevar o padrão. Iniciou com Emerson Scheik e Mancuello pelos lados, e Diego por dentro no meio de campo. Como sempre, Willian Arão podia ir á frente e Marcio Araújo priorizou a marcação.
São quatro atletas de qualidade com a bola, o volante destro é a exceção, havia possibilidade de alternarem os lances de gol, mas turbinaram Guerrero com cruzamentos.
O centroavante igualou no impedimento dos grandes, o Alvinegro ficou à frente com Rodriguinho quando Romero chegou à linha de fundo e tocou para o autor do gol inicial com inteligência fazer a 'deixadinha' para o volante, e Diego cobrou escanteio no qual o peruano, dentro da pequena área, de cabeça finalizou e comemorou.
O treinador tinha tentado otimizar a criação aumentando a velocidade pelos ladoa com Fernandinho na vaga de Macuello, e depois da exclusão do Guilherme no trigésimo minuto reforçando a jogada aérea com Leandro Damião na de Willian Arão, e os cruzamentos ao trocar Jorge por Chiquinho.
Fichas dos jogos
No Allianz Parque
Palmeiras – Jailson; Fabiano (Thiago Santos), Yerry Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê, Jean e Moisés; Allione (Cleiton Xavier), Dudu e Lucas Barrios (Alecsandro)
Técnico: Cuca
Sport- Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Renê; Paulo Roberto e Rithely; Everton Felipe (Apodi), Diego Souza e Rodney Wallace (Luis Ruiz); Rogério (Vinícius Araújo)
Técnico: Daniel Paulista
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG) – Assistentes: Nadine Schramm Camara Bastos (Fifa) e Pablo Almeida da Costa
No Maracanã
Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Jorge (Chiquinho); Márcio Araújo e Willian Arão (Leandro Damião); Emerson, Diego e Mancuello (Fernandinho); Paolo Guerrero
Técnico: Zé Ricardo
Corinthians – Walter; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Willians; Marquinhos Gabriel (Marlone), Giovanni Augusto (Camacho), Rodriguinho e Ángel Romero (Lucca); Guilherme
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Árbitro: Anderson Daronco (RS) – Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno de Andrade Junior