Blog do Birner

Como o Flamengo pode contratar sem saber qual técnico inicia a temporada?
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De Vitor Birner

O essencial

O técnico determina qual dinâmica  de jogo pretende no time. Para tal, indica contratações. Os atletas devem ter características que se encaixam nessa construção coletiva.

A prioridade

Reinaldo Rueda tem direito de optar por uma seleção ou pela permanência na Gávea, mas a direção do Flamengo necessita priorizar o futebol da agremiação.

Nesse momento, o jogo é nos bastidores do esporte. Cartolas quererem melhorar os elencos. A temporada deles foi iniciada antes de os atletas entrarem no campo. Têm que seguir o planejamento.

A negativa para a permanência exigirá outro técnico, talvez alterações tanto na proposta de jogo quanto nas características de alguns reforços.   A dúvida não compromete toda a temporada, mas aumenta possibilidade dos administradores perderem disputas por jogadores para uma agremiação que atuará nos principais torneios.

A dificuldade 

O auxiliar de Rueda afirmou que no início do ano o treinador dirá o elenco de qual seleção ou clube orientará na temporada. Isso nada contribui com o time da Gávea.

Os dirigentes, em vez de priorizarem contratações, têm que pensar numa opção. Se preferem esperar o técnico decidir, empacam o desenvolvimento  dos planos para o futebol.

A necessidade

Por respeito com os cartolas do time, preciso cogitar que os dois lados se acertaram e o planejamento da temporada continua em andamento.

 

As dúvidas

O Flamengo espera o treinador ou interpreta a paciência porque em janeiro há a diminuição do valor de rescisão estipulado em contrato? Será que Rueda pensa igual?

O clube, se for unilateral a ideia da manutenção, acerta? Compensa? Ha opção melhor?

Alterar padrão 

Tenho muitas dúvidas. O mercado de técnicos do país poucas opções oferece.

Entendo a direção do Flamengo, mas, em alguns momentos, parece indecisa, com pulso aquém do necessário para administrar o futebol.

A temporada precisa ser melhor que a desse ano. É essencial que a gestão seja mais técnica e construtiva.

 


São Paulo não pode continuar dependente de Cueva; é um erro de planejamento
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De Vitor Birner

Há dois

O atleta teve muitas oscilações de comportamento na temporada. Em meados do ano menosprezou a preparação, depois aumentou o empenho e a dedicação rendeu a melhora dentro do gramado.

É avoado, inclusive no jogos. De repente, por nada, para e compromete o sistema de marcação.

Em seguida, pode conseguir uma assistência em lance de habilidade.

Se fosse mais competitivo melhoraria as finalizações e elevaria o próprio patamar como jogador de futebol.

As ideias

Cueva parece enxergar o esporte em parte como uma brincadeira, o que poderia ser positivo.

Quando está afim de atuar mostra inspiração, alegria com a bola, prazer de competir, mas nos momentos em que se incomoda com a rotina, o lúdico some e entra em campo com o dedo encostado na tecla do 'f três pontinhos' para o resultado.

Compreende a importância da camisa da seleção. Sente mais vezes os jogos.

Mas ainda não entendeu como é relevante brilhar em um clube gigante do futebol.

O planejamento

Nunca é possível antecipar em quais meses estará concentrado para manter o melhor desempenho e a regularidade. A direção tem que planejar a temporada.

A prioridade para o habilidoso peruano é a seleção. Ninguém dentro do CT da Barra Funda deve ter certeza sobre a plena dedicação ao clube do Morumbi  Pode se poupar, empenhar ou entediar como na última. A direção precisa oferecer alternativas para o treinador gerenciar o elenco.

Além das incertezas sobre rendimento quando está disponível, haverá ausência porque será convocado.

Mais amplas

Investir noutro meia técnico é o ideal. O orçamento para reforços está apertado no Morumbi.

Se for impossível, pois atletas no setor costumam ser valorizados, há alternativas que, antes de tudo, precisam do aval do técnico para atenderem á dinâmica de futebol que pretende  implementar.

Pode contratar atacante com média de gols elogiável e que jogue pelos lados, ou o lateral na direita para Militão eventualmente ser o volante. Nessas duas possibilidades sem Cueva, Hernanes atua mais adiantado entre o quarteto e o centroavante.

Há mais opções sem Cueva para construção de coletivo forte.

Uma das missões na temporada será encerrar a dependência do jogador. O cenário atual exige. Lembro que, como muitos colegas, pode amadurecer e se comprometer ou quem receber grande oferta de outra agremiação.

Para quem dúvida da capacidade do ser humano melhorar, cito o exemplo de Jô,  outrora conhecido pela indisciplina, hoje elogiado como a referência do Corinthians na última conquista.


Hoje Neymar terá saudades do Barcelona; ausência no clássico pode doer
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De Vitor Birner

A opção

Neymar foi para a França por montes de motivos. Avaliou tudo e decidiu que havia mais pontos positivos que negativos na transferência ao PSG.

Estes últimos existem, mesmo após  ganhar algumas 'facilidades' táticas em Paris.

A promoção

Na Catalunha precisava recompor o sistema de marcação na variação do 4-3-3 para o 4-4-2, quando o oponente tocava a bola no campo de frente.

Messi e Suárez permaneciam adiantados. Nenhum técnico orientaria o craque a acompanhar os avanços do lateral. Seria desperdício ineficaz e todo de energia.

Em Paris divide a incumbência com Mbappé, que necessita aprimorar essa contribuição fundamental para o coletivo.

Foi promovido também no sistema de criação. Ganhou a responsabilidade, o privilégio de se movimentar por mais setores do campo.

A leveza

Nada disso altera o que é nítido; no Barcelona atuava com a alegria que  ainda não encontrou no PSG.

Ser humano

É compreensível. Sonhou desde cedo com a camisa do clube gigante e nunca teve ambição de jogar na sua atual agremiação.

Se perguntassem nos tempos em que brilhava no Santos, provavelmente citaria uma dezena de preferências antes, nenhuma da França.

No Barcelona, mostrou reverência pela instituição. ao contrário do PSG. para onde foi com ares de rei.

É fã de Messi, curtia atuar com o craque, de ser parte do trio de frente. No início do PSG teve competição interna com Cavani – hoje ambos cumprem a obrigação de serem colegas que precisam ganhar jogos – e o desconforto foi grande.

Muita gente esquece, mas Neymar é ser humano. Como muitos que têm possibilidade, colocou metas financeiras e esportivas pessoais acima dos sonhos e preferências comuns para quem gosta de futebol.  Quer ganhar eleição de melhor mundo e ser O protagonista do clube tanto na temporada quanto na conquista do principal torneio da Europa.

O padrão

Certo ou equivocado, é clichê do mundo atual. No clássico existencial do Ter FC contra o EC Desfrutar, o time favorito e com mais torcida goleou.

Isso pode mudar. Talvez, no futuro, Neymar encontre mais alegria na França que no Barcelona e avalie esse momento como uma experiência necessária,  positiva e construtiva.

O momento

Hoje terá saudade e talvez alguma frustração. Sentirá a ausência no superclássico. Anteontem teve que brincar com os colegas em Doha, numa plataforma montada no mar.

É normal, há deveres comerciais, pode em alguns meses disputar a final da Liga dos Campeões e outros atletas terem compromissos similares.

Isso não impede que o atleta tenha emoções para lidar. Ser telespectador para quem sonhou atuar em todos esses  jogos até ser veterano o incomodará.

A dupla

A dúvida e se Messi e Suárez sentirão a ausência do Neymar. Em algumas horas, na entrevista coletiva para quase todo o o planeta, saberemos o que respondeu o gramado.

Me refiro apenas aos jogadores, pois a agremiação obviamente segue gigante, tchau e bênção.


Palmeiras tem obrigação de ser mais forte que o Boca Juniors
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De Vitor Birner

O futebol

Gigantes, mas com possibilidades distintas para montarem os elencos.

É impossível comparar as possibilidades de o Palmeiras e o Boca Juniors se reforçarem para ganhar a Libertadores. As do clube de Roger Machado e cia são mais amplas. Pode contratar atletas que estão fora do alcance dos 'hermanos'.

A modinha clichê do momento no Brasil é afirmar que isso pouco importa. Alguns crêem na técnica como o empecilho para montagem time competitivo, pois foram embriagados pelas conquistas de Corinthians e Grêmio. Parece que desdenham da equação simples do futebol.

A soma de jogadores comprometidos com a junção de suas características e o acerto do treinador ao optar pela proposta de futebol geram a construção da força coletiva.

O potencial dos atletas em nada interfere. Ao contrário: pode agregar, se for sabiamente disponibilizado para o time. Garanto que Guillermo Schelotto adoraria a facilidade de ser atendido como foram Eduardo Baptista e Cuca no Allianz Parque.

A ilusão

O clube lidera com facilidade o torneio nacional, alguns jogadores devem ser negociados e o técnico Guillermo Barrios Schelotto quer reforços.

A ideia é contratar atletas de 'jerarquia', como se referem os 'hermanos' aos que têm mais capacidade para resolver os jogos.

Na frente

Nicolás Gaitán está na lista de sonhos da agremiação. Canhoto, atacante pelos lados, é reserva no Atlético de Madri e Simeone não exige a sua permanência no elenco.

A melhor fase do jogador foi no Benfica, onde conquistou o tricampeão nacional de pontos corridos e 5 taças de Portugal. Antes, pelo Boca Juniors, comemorou a Copa da Argentina e a Sul-americana.

Os cartolas 'xeinezes' querem a contratação por empréstimo e precisam de uma força do atleta, que tem mercado em clubes médios da Europa.

Gaitán completará 30 anos em fevereiro.

Como sempre, Carlito Tévez é mencionado. A dinâmica para a contratação é o clichê repetido em todas as nações do continente. A direção afirma que custa muito, espera o jogador conseguir rescisão no Shangai Shenhua, e se acontecer pode investir no polêmico artilheiro.

O técnico quer Centurión e o presidente Daniel Angelici se recusa a cogitar a contratação.

Na zaga

Lisandro López é o favorito. Iniciou no Chacarita Jrs – clube pequeno e com torcida avaliada como uma das mais intensas no país – e foi para o Arsenal 'hermano' antes de ser  contratado pelo Benfica.

Emprestado ao Getafe para aumentar a rodagem, iniciou a temporada nos lisboetas e, hoje, aos 28 anos, a avaliação é que dificilmente brilhará.

Mesmo no mercado do futebol pautado pela influência de empresários, além da competência dos atletas nos gramados, será difícil para o zagueiro atuar em grandes ou médios clubes da Europa. O momento sugere que atuar na Argentina é ótimo caminho e o Boca Juniors oferece uma grande oportunidade para ser popular e almejar conquistas.

Os zagueiros Santiago Vergini e Juan Insaurralde devem ser negociados e por isso é urgente contratar.

O treinador prioriza o Gustavo Gómez. O Milan investiu 8,5 milhões de euros, ano passado, no então líder do sistema de marcação do Lanús, mas o 'hermano' quase nunca entra no gramado.

Mesmo assim, o investimento é muito grande, quase inviável para a agremiação.

Na lateral, Gino Peruzzi está saindo. Buffarini é o principal candidato para a direita. Além dos 'xeinezes', o San Lorenzo quer o atleta.

O outro citado pelos setoristas na Bombonera é o de Emanuel Más, que atua do outro lado.

É mais complicada essa contração. Após brilhar no 'El Santo', onde conquistou a Libertadores, foi para o Trabzonspor, atua como titular e ganha em euros.

O volante

O treinador quer Walter Montoya, contratado pelo Sevilla no Rosario Central. Nessa temporada pouco atuou. Se machucou e quando teve condição o seu compatriota Eduardo Berizzo preferiu colocar outros atletas no gramado.

O clube quer investir 500 mil euros pelo empréstimo do atleta, que pode atuar como volante na direita ou na ala em frente ao lateral.

Os andaluzes pretendem que a agremiação compre os diretos do jogador por 6 milhões. Provavelmente, a movimentação durante a janela de transferências estabelecerá a dificuldade ou a facilidade para os 'hermanos' contratarem.

O planejamento

Os valores mostram o Palmeiras muito mais capaz de se reforçar. Investiu nos atletas que brilharam ano passado na Libertadores e depois de optar por Cuca ao invés de Eduardo Baptista aumentou o elenco.

O treinador pediu o volante e, quase imediatamente, Bruno Henrique foi contratado por 3,5 milhões de euros. Solicitou centroavante porque avaliou Borja como incompetente para o que pretendia, e recebeu Deyverson por 5 milhões de euros.

Em suma, na Bombonera é necessário barganhar muito mais que no Allianz Parque.

Palmeiras tem que mostra mais força que a agremiação com quem divide o favoritismo no grupo da Libertadores.


Jogo foi muito fácil para o Real Madrid; nada há para reclamar do Grêmio
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De Vitor Birner

O futebol

O resultado foi generoso para o clube que tropeçou na final. Real Madrid anulou o Grêmio e mereceu a conquista.

Não há o que reclamar do desempenho de Luan e cia. O treinador e os atletas realizam o possível. Iniciaram com sistema de marcação adiantado para impedir a transição e o Madrid foi tocando a bola á frente.

Ao notarem que a tática era inviável, preferiram recuar e investir nos lances de velocidade para a construção dos momentos de gol.

Em nenhum momento conseguiram.

Como o time da Europa permanecia no entorno da área de Marcelo Grohe e o andamento lhe era muito confortável, o da América do Sul, para diminuir a pressão, tentou tocar a bola e cadenciar o ritmo, mas o favorito a recuperou com facilidade e manteve a dinâmica no gramado.

Nenhum atleta, entre as opções para Renato Gaúcho alterar a formação, conseguiria transformar o andamento em campo. O treinador nem sequer tinha como mexer na proposta coletiva.

Então, debater o que podia acontecer, o que faltou, o equívoco da barreira no gol de Cristiano Ronaldo, se alguém podia atuar melhor, tudo é divagação vazia para quem curte entender o futebol.

Teria que citar os dois elencos.

O campeão golearia, se Cristiano, Modric e colegas fossem mais precisos nas finalizações. A quantidade, o volume de jogo sugeriam melhor resultado.

Na área ou quase dentro foram duas dezenas, algumas em condições de acertar e comemorar.

O Grêmio teve apenas uma de falta, do Edilson, no primeiro tempo, quando o resultado era de empate.

Depois do gol o clube nem sequer esboçou uma finalização.

O Madrid desperdiçou mais algumas, Grohe brilhou, teve sorte com a bola na trave e do outro lado o goleiro foi quase o privilegiado torcedor no gramado.

Mais exigidos

O goleiro e os zagueiros, em especial Geromel, foram os melhores do clube. Contribuíram para evitar a goleada.

Os aplausos

Elogio o Grêmio na temporada. O melhor time do país e do continente.

Diante da seleção do planeta, há algumas na Europa, necessitava de uma atuação brilhante para o seu padrão e da plena ausência de inspiração do favorito, além de mais sorte –  ela preferiu o time – dentro do gramado.

Ficha do jogo

Real Madrid – Navas; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Modric, Kroos e Isco (Lucas Vásquez); Cristiano Ronaldo e Benzema (Bale) Treinador: Zinedine Zidane

Grêmio Marcelo Gröhe; Edílson, Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson e Michel (Maicon); Ramiro (Everton), Luan e Fernandinho; Barrios (Jael).  Treinador: Renato Gaúcho

Árbitro: César Arturo Ramos (México) -Auxiliares: Marvin Torrentera Rivera e Miguel Hernández


Por que Renato provocou Cristiano Ronaldo? Teria sido melhor evitar
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De Vítor Birner

O Pacheco

A teoria que Renato foi inteligente e tirou o foco do Real Madrid ao citar que foi melhor é furada. É muita fantasia crer que o time rodado, habituado a disputar finais, teve algum prejuízo emocional ou na preparação ao jogo.

Se o Grêmio conseguir a façanha de conquistar o torneio, não será por isso. Ao contrário: terá ultrapassado o obstáculo que o técnico merecedor de elogios, com muito mais acertos que equívocos na temporada, criou para o time.

Mexeu com o atleta competitivo, que resolveu montes de finais e partidas eliminatórias e adora silenciar os críticos.

O artilheiro

O treinador, desde o período como atleta, curte brilhar. Gosta de chamar atenção e ser protagonista.

Nenhum problema, se tiver aval do elenco, agregar ao coletivo e, principalmente, facilitar para o time conquistar resultados positivos.

A declaração que jogou melhor que Cristiano Ronaldo pode ser o capítulo inútil, tolo, perigoso para o clube que entrará em campo como a zebra na final. O momento no qual a vaidade ganhou da simplicidade essencial para a alma do futebol.

Pode ter mexido com o principal jogador do favorito.

A concentração

Diante do Al Jazira, o clube gigante da Europa atuou com padrão coletivo similar ao de uma pelada entre pessoas que raramente entram em campo. Quase nenhum compromisso e concentração, muita ousadia para criar gols e desdém com o que o oponente podia construir.

Na final, mesmo antes de o técnico iniciar a competição pessoal sem maldade contra quem ainda dribla e finaliza, provavelmente estava garantido mais comprometimento do badalado elenco.

A cutucada pode otimizar a atuação do melhor jogador, aumentar a natural dificuldade para o Grêmio conquistar o torneio.

A sabedoria

Os chucros afirmam que a verdade apenas por si é necessária. Os sábios preferem a metáfora que a menciona como a água para regar plantas.

Se estiver pelando, queima. A verdade precisa ser construtiva. Se for para agredir, extravasar raiva ou atrapalhar, pode ser mais prejudicial que a mentira e certamente será que o silêncio.

Uma declaração humilde, elogiosa, generosa para driblar o que afirmou no início da temporada e repetiu ontem, seria mais positiva.

A opinião

Nem se Renato Gaúcho tiver jogado mais futebol que o artilheiro, a comparação fortalecerá o clube na final.

A personalidade

O técnico curte brilhar, se promover e desafiar. Naturalmente gera polêmicas, entre as quais algumas positivas para o futebol.

Isso é dele. Não precisa se esforçar. Foi assim como atleta. Após ambos se classificarem, a comparação gerou mais debates que os times e a provável dinâmica da final.

O Grêmio e a torcida aprovam, então segue o jogo.

Os planetas

Detesto comparar atletas doutras épocas com os da atual. São quase dois esportes

A dinâmica dos jogos, as regras e os critérios da arbitragem, os gramados, a relação do atleta e da arquibancada com a agremiação, além de outros detalhes foram alterados e proporcionaram condições distintas para os aposentados e os em atividade.

O futebol

Renato, quando jogador, atuou no esporte muito mais violento e desleal. Hoje qualquer sujeira dentro de campo gera chiliques e o turbilhão de críticas do público.

Cristiano é um atleta protegido pelo sistema do esporte. As imagens impedem lances iguais aos que antigos craques precisaram gerenciar. O artilheiro rende grandes fortunas, é produto além de ser humano, e ai de quem exagerar numa dividida porque será execrado pela grita na internet e em grande parte dos setores onde se debate o futebol.

Provavelmente, alguns lances em que comemorou o gol teriam sido interrompidos por carrinhos nas canelas e, noutros distante da bola, receberia pancadas com as quais os então elogiados 'xerifões' zagueiros e volantes conseguiam se impor nos gramados.

Isso dificulta qualquer comparação.

Após Renato encerrar como atleta, a  ciência teve grandes avanços na preparação dos elencos, sistemas de marcação ganharam força e diminuíram as brechas para a criação, a velocidade e a intensidade aumentaram. A resposta sobre quem jogou melhor é uma caricatura da realidade nos campos de futebol.

A competência em dribles, toques e  finalizações, e a regularidade para se manter no topo sugerem o português como ganhador da tola eleição.


Problema do Flamengo; renomados encerram a temporada devendo futebol
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De Vitor Birner

Os líderes

A ética que está na essência do futebol exige o seguinte: após o resultado de ontem e a campanha do Flamengo na temporada, os atletas mais rodados e contratados para resolver jogos tomam á frente, chamam as críticas para si e protegem os que iniciam a carreira no time principal.

Dessa vez, não será preciso a iniciativa. O campo mostrou que Diego pouco rendeu e Éverton Ribeiro- entrou na vaga do apagado Cuellar – nada agregou ao sistema de criação.

Estaria tudo bem se as atuaçoes fossem uma exceção. O problema foi a temporada.

Tinham que produzir mais tanto na parte individual quanto para o coletivo.

A sabedoria

Creio que, por serem atletas conscientes, experimentados, têm essa auto-crítica.

Se esforçaram para jogar melhor, mas não atingiram o padrão que esperam a diretoria e a torcida.

O ponto

Se a gente somar o desempenho de Guerrero, a conclusão é que os investimentos em atletas que elevam o padrão e põem o elenco no topo do país, junto ao Palmeiras, foram inúteis.

Podem compensar a partir da próxima temporada. O elenco é dos melhores na floresta desmatada do futebol nacional, mas alguém precisa brilhar e ser líder técnico nos grandes jogos.

Lucas Paquetá foi o destaque do time na final.

O clichê

A principal dificuldade foi o sistema de criação. O repertório pobre força cruzamentos.

Depois do empate no pênalti padrão brasileiro, o Independiente construiu mais oportunidades que a agremiação da Gávea. O Flamengo precisava, jogando no Rio de Janeiro, incomodar e tornar o andamento desconfortável para os 'hermanos:.

Sem renomados

Voto no Everton como o jogador mais construtivo do Flamengo nesse ano. O clube necessitava que Guerrero, Everton Ribeiro e Diego fossem os líderes nas pesquisas eleitorais.

Se não todos, no mínimo um precisava brilhar nesse trio.

A nau

Os cartolas têm que avaliar os atletas, deduzir se melhorarão na próxima temporada, qual o perfil dos reforços necessários, e refletir sobre os próprios métodos de gestão do futebol.

Como podem construir o ambiente que estimule a competitividade e a união do elenco. É primordial diminuir o número de equívocos no departamento e que refletem dentro dos gramados.

Em alguns momentos, a impressão foi que navegaram sem rumo.

Os marinheiros precisam de pleno conhecimento do mar.

Se o Flamengo tivesse ganho uma das finais, a avaliação deveria ser igual.

Dirigentes incompetentes são driblados por resultados. Os sábios avaliam a dinâmica do futebol e contribuem para ser compatível ao potencial do elenco.


São Paulo de Raí e Telê foi mais que ‘simplesmente’ campeão do mundo
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De Vitor Birner

Futebol brilhante

Ganhar alguns conseguiram, mas atuar no padrão que Telê Santana implementou nenhum time da América do Sul teve competência após essa conquista da agremiação do Morumbi.

'O São Paulo foi infinitamente superior a nós, tinha uma equipe fantástica com Raí, Cerezo, Müller e não tínhamos condições de superar'', disse Guardiola.

O técnico atuava como jogador no 'dream team' do Barcelona, que conquistou a então 1° Liga dos Campeões da agremiação.

Além dele, montes de atletas da seleção da Espanha, Koeman, capitão da Holanda, Stoichkov, craque e artilheiro da Bulgária semifinalista com a seleção nos Estados Unidos, Laudrup, brilhante e melhor jogadora que teve a Dinamarca, formaram o time orientado por Cruyff, referência da laranja mecânica e mentor do futebol que o técnico do Manchester City implementa nos gramados.

O desempenho encantou e gerou elogios do melhor treinador no planeta e de seu mestre. ''Se for atropelado, que seja por uma Ferrari. O São Paulo jogou como legítimo campeão do mundo'', declarou Cruyjff após o jogo em Tóquio, realizado em 13 de dezembro de 1992, há 25 anos.

O time foi uma referência para o desenvolvimento do atual futebol. ''Aprendi com o melhor São Paulo da história'', afirmou Pochettino, técnico do Tottenham.

Marcelo Bielsa, idolatrado pelos melhores técnicos 'hermanos' que investem no jogo com a bola, avaliado como revolucionário por alguns, bebeu na fonte que construíram Telê e Raí, após o mestre e o Rei do Morumbi conquistarem a Libertadores.

Deve ter sido especial assistir ao time  com alas, muita mobilidade, atletas procurando lacunas e nem tão preocupados em grilar setores do campo,  meia entrando na área para finalizar em sincronia com a assistência, e sem um centroavante.

Os frutos continuam pelos campos do planeta.

A reverência

Todo ano há uma agremiação da América do Sul no Mundial. Mais torcidas do continente terão a alegria de  de comemorar a conquista.

Nenhuma assistirá dinâmica de futebol como a que o São Paulo mostrou naquela temporada.  Goleou o Real Madrid e o Barcelona em amistosos, meses antes da final.

Seria difícil, mesmo com o mercado mais fechado tal qual na época. Depois do aumento de contratações por clubes da Europa, a façanha de atuar contra quem realmente foi o melhor na Liga dos Campeões, é quase impossível se impor pela habilidade e força coletiva.

A possibilidade é o time do continente sul-americano ter sorte e atuar diante de algum com elenco mediano que embalou e ganhou a Liga dos Campeões da Europa.


Madrid pareceu jogar uma pelada; necessita mais seriedade contra o Grêmio
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birner

De Vitor Birner

Al Jazira 1×2 Real Madrid

A prepotência

Podia golear. Sendo pessimista, era para conseguir o triplo dos gols que comemorou, mas o Real Madrid foi muito disperso diante da zebra.

Pareceu jogar uma pelada. Teve o sistema de marcação com lacunas, atuando adiantado e sem atenção dos zagueiros quando o esforçado Al Jazira recuperou a bola,  além de equívocos ao finalizar, provavelmente porque precisava mais concentração.

Diante do Grêmio necessita entrar no gramado com outra mentalidade. Se oferecer avenidas como as de hoje, onde Romarinho comemorou o lance que permitiu á zebra sonhar com a façanha, talvez retorne sob criticas para a Europa.

Os equívocos

Quando o time atua com todos os jogadores no campo de frente, seus atletas mais recuados precisam grudar no oponente que pode ser acionado para o lance de velocidade. Ninguém é remunerado para assistir ao futebol dentro do campo. Precisam se concentrar.

No gol de Romarinho, além do bonito lance do jogador, teve a moleza de quem devia interromper a transição em velocidade. O Al Jazira podia ampliar o resultado porque Nacho e Varanda oscilaram no jogo. Aschraf Hakimi na lateral direita precisa elevar o padrão para atuar no padrão esperado pela exigente torcida do gigante do futebol.

Os problemas de pouca concentração foram em todos os setores. Bale conseguiu virar na finalização de número 30, muitas em ótima condição é parte na área, no primeiro lance após ser colocado em campo.

O time manteve a iniciativa e o resultado depois do gol.

A opinião

O melhor em campo foi o goleiro Ali Khaseif, que conseguiu participações quase milagrosas. Se machucou quase no início, por isso atuou no 2°t.

Romarinho mostrou a tranquilidade que o caracteriza. No 5-4-1 do time, recompôs o sistema de marcação e foi o mais construtivo de seu time na construção de momentos de gol.

No Madrid é difícil assinalar o grande jogador. É mais fácil assinalar quem precisava jogar mais futebol.

Alem do sistema de marcação com tanta dificuldade em lances previsíveis, Benzema, que desperdiçou muitas oportunidades e podia ganhar o concurso de quem acerta mais a trave, merece críticas pelo que mostrou  no gramado.

Atualizando


Liga dos Campeões tem 5 favoritos ou mais: é cedo para apontar qual ganhará
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birner

De Vitor Birner

Muito cedo

Há uma janela para contratar atletas e tempo que permite aos técnicos desenvolverem o coletivo do times. É impossível afirmar, agora, quem ganhará o principal torneio da Europa.

Os clubes que têm elencos mais fortes (Manchester City, Real Madrid,  Barcelona, Bayern de Munique, PSG e com generosidade o time orientado por José Mourinho) são favoritos, nenhuma alteração haverá nessa elite, mas cada um desses candidatos pode ou oscilar, ou agregar virtudes ou embalar dentro de campo no momento necessário para festejar a conquista.

Avalio no post os jogos das oitavas de final. Incluí alguns pontos mais porque serão construtivos.

O favorito

Hoje, o Manchester City de Guardiola mostra o melhor futebol do planeta. Mesmo brilhante, oscilou em alguns jogos e o treinador mantém o aprimoramento do time nas partes individual e coletiva.

Líder com sobra na Premier League, talvez poupe atletas nos pontos corridos e consiga manter as possibilidades em ambos os torneios. Teve sorte nas bolinhas porque o Basel é a zebra que todos os candidatos á conquista queriam nas oitavas de final.

Nada que acontecerá na janela de transferências ou nos elencos alterará esse panorama. O City é o favorito com mais possibilidades para se classificar ás quartas de final da Liga dos Campeões.

'Favori supprimé'

O PSG, mais atrasado na parte coletiva que o City, brilhou nos jogos em que o entrosamento surgiu no campo. Unai Emery orienta o elenco com mais potencial que o do líder da Premier League.

O problema é que o clube da França terá o Real Madrid, principal colecionador de conquistas no continente, que procura o seu melhor desempenho.

Os cerca de dois meses antes do jogo oferecem o prazo que Zidane precisa para organizar o futebol do clube. O mundial e o clássico nesse mês forçam o elenco a aumentar tanto o empenho quanto a concentração e facilitam para o técnico exigir mais dentro do gramado.

Esse jogo é a garantia de que algum favorito a ganhar essa edição será eliminado.

Na última, a Juventus foi o time mais forte em quase todas as rodadas, o atual campeão elevou o padrão apenas na semifinal e na decisão, com facilidade, conquistou o torneio.

É difícil imaginar Cristiano e cia mantendo desempenho muito aquém do possível em toda a temporada. Pode acontecer porque é futebol, mas qualquer análise técnica afirmará que  há possibilidades grandes para se fortalecerem.

Além disso, o clube de Paris tem que permitir transferências de atletas – Pastore, Di María e Lucas e outros são dos cotados – para se encaixar no 'fair play' financeiro da Uefa.

O time da Espanha investe em grandes reforços muito antes do PSG ser um emergente e pode agregar atletas do primeiro escalão ao elenco.

'No favorite'

A Juventus, aplaudida pelo sistema de marcação forte nas últimas temporadas, tem nisso a principal dificuldade nessa temporada. O Tottenham joga melhor futebol que os italianos, mas nem assim é favorito.

''Habemus ventus'

O Liverpool diante do Porto merece tal avaliação. O Bayern de Munique contra o Besiktas quase igual.

Manchester United tem mais capacidade que o Sevilla para se classificar.

'Sense favorits'

O Barcelona tem números melhores que seu atual padrão de futebol. Nem os catalães e nem o Chelsea merecem a avaliação de favorito nesse grande jogo. Suárez brilhou mais noutras temporadas e se jogar quanto pode aumentará a possibilidade do clube de Messi classificar.

'Nessun preferito'

Roma contra Shakhtar Donetsk é o jogo dos mais difíceis para prognósticos. O time da Ucrânia, por pouco, jogou na fase de grupos melhor futebol.

Mesmo assim, tal qual o subtítulo afirma em italiano, é complicado assinalar o favorito á classificação nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.