Corinthians e São Paulo mostraram mais esforço que futebol; compreendo
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De Vitor Birner
Corinthians 2×1 São Paulo
Avalio como fácil a tabela no gol de Jadson. O competitivo sistema de marcação de Fábio Carille 'retribuiu' ao permitir a finalização de Brenner, diante de Cássio, no empate.
Equívocos de ambos os lados são comuns em início de temporada e foram decisivos no resultado.
O entrosamento
O principal foi quando Balbuena comemorou. O paraguaio tem elogiável técnica no cabeceio.
No escanteio, Anderson Martins precisava dificultar, mas teve dúvidas porque necessita melhorar a compreensão do coletivo. Sozinho, o zagueiro artilheiro finalizou na área.
As alternâncias
O Alvinegro, melhor no início, com o sistema de marcação mais adiantado que na última temporada, manteve como pretendia o andamento em campo.
Encontrou algumas lacunas e podia jogar mais na vertical, mas se equivocou nos toques e em algumas opções, por isso quase nada criou.
Depois da finalização de Shaylon na trave e de Brenner desperdiçar a oportunidade no rebote, a dinâmica, por volta do minuto 25, foi favorável para a agremiação do Morumbi.
A construção
Dorival Jr prepara o coletivo para tocar do Sidão ao campo de frente. Quer o time com iniciativa.
O clube ditou o ritmo, teve grande dificuldade para entrar na área, mas com inversões de bola construiu alguns poucos momentos de gol.
No 2°t, após as orientações dos técnicos aos elencos, aumentou o volume de jogo. Mesmo assim conseguiu poucas finalizações para empatar.
A tentativa
O Corinthians recuou. Queria a transição em velocidade para ampliar o resultado.
Nenhuma grande oportunidade construiu, Carille tentou otimizar a proposta de futebol alterando Kazin por Junior Dutra, mas o andamento continuou igual.
O treinador se incomodou, orientou as linhas a atuarem mais adiantadas e os jogadores demoraram porque o clube do Morumbi mantinha a bola no entorno da área de Cassio.
Minúscula melhora
Dorival, ao perceber que pelo meio nenhuma brecha havia para criar, pôs Caíque e Paulo Bóia. O apagado Brenner e Shaylon com razoável atuação saíram.
Os jogadores entraram pelos lados. Marcos Guilherme, antes na direita, foi para dentro do quarteto, que teve Petros no setor.
A principal oportunidade para empatar foi de Paulo Bóia que finalizou na zaga. Algumas em frente da area completaram as possibilidades do time igualar o resultado.
No gramado
Prevaleceu o sistema de marcação do Corinthians, apesar de oscilar no clássico.
A permanência com a bola no São Paulo gerou raras oportunidades e volume de jogo no máximo mediano.
O respeito
Imaginar, agora, Corinthians preciso como nos grandes momentos da última temporada e o São Paulo de muitas alternativas na criação e força para manter a intensidade com as linhas na frente, seria ignorância minha na compreensão do futebol.
O ideal é cada time ter o mês de preparação, mais um apenas para amistosos, antes de estrearem no torneio.
Em Itaquera e no Morumbi, como em todos da elite, ninguém teve como se planejar tal qual os cientistas recomendam.
Corinthians e São Paulo iniciaram em 3 de janeiro a temporada.
Por isso, nenhuma grande crítica tenho para os desempenhos insossos de ambos no Pacaembu.
Ficha do jogo
Corinthians- Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Juninho Capixaba (Romão); Gabriel; Romero, Jadson, Rodriguinho (Maycon) e Clayson; Kazim (Júnior Dutra) Técnico: Fábio Carille
São Paulo- Sidão; Militão, Rodrigo Caio, Anderson Martins e Edimar; Jucilei; Marcos Guilherme, Petros e Shaylon (Paulo Bóia) e Brenner (Caíque), Diego Souza Técnico: Dorival Júnior
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza – Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Luiz Alberto Andrini Nogueira