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Título de Grêmio ou Corinthians será vexame de Flamengo, Galo e Palmeiras

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De Vitor Birner

Flamengo tem que se impor

Éverton Ribeiro, se estiver em boa forma técnica na direita, Diego por dentro e 'alguém' completando o trio do 4-2-3-1 que recompõe a marcação no 4-4-2 atrás do meio de campo.

O elenco rico do Flamengo pede essa configuração tática simples como base no restante da temporada. Zé Ricardo tem impressionante número de opções para agregar criatividade, ou força defensiva, ou posse de bola, de acordo com as características dos times que enfrentar.

Vinicius Araújo , Geuvânio, Conca, Everton, Mancuello, Berrio e Ederson, apenas para citar algumas.

Leandro Damião e Vizeu são alternativas, se Guerrero for ausência ou o técnico quiser uma dupla de centroavantes em campo,

A dupla de volante pode oferecer o equilíbrio coletivo, porque a tendência são os atletas pelos lados apoiarem e, eventualmente, diminuírem a pegada no meio de campo.

O Flamengo não tem que pensar em futebol bonito. Pode conseguir, se houver entrosamento e inspiração dos habilidosos, mas a prioridade é proteger a zaga e os laterais.

A tendência, mesmo sem brilhante e grande repertório de criação,  é conseguir gols em quase todos os jogos.

O time tem que ser calculista, ao invés de impulsivo, para manter a concentração rodada após rodada. Nos pontos corridos, a regularidade faz a técnica prevalecer.

O calendário e as prioridades

O clube da Gávea foi eliminado na Libertadores e, tal qual o Corinthians, pode priorizar o Brasileirão.

O Grêmio, outro com menos potencial que o Flamengo, talvez tome pancada dos euros se Luan, melhor jogador da equipe com o futebol mais bonito do campeonato até o momento, sair.

Além disso, Renato tem colocado a Libertadores e a  Copa do Brasil acima da maior competição nacional.

Diante disso, é obrigação do Flamengo alcançar os mais bem classificados e entrar na disputa pelo título. É inaceitável, do pontos de vista de quem montou elenco tão superior, Corinthians ou Grêmio conquistar o torneio

Ainda são favoritos?

O mesmo raciocínio é válido para Atlético e Palmeiras. Ambos e o clube da Gávea têm os melhores elencos do país. Se não fosse pelos goleiros, afirmaria que os cariocas são os mais fortes.

Essas agremiações mereceram ser avaliadas como as maiores candidatas ao título. A questão é se mantém o status inicial.

Na maratona de 38 rodadas de pontos corridos, Grêmio e Corinthians abriram 3 ou 4 de vantagem. Dos mineiros para o Alvinegro a distância é de cinco.

O Atlético tropeçou muito e nessa semana avaliou que é menos difícil ganhar a Libertadores ou a Copa do Brasil. Roger deve poupar atletas antes do mata-mata, enquanto observa a evolução do time e tenta somar pontos para ao menos conseguir uma das vagas na edição seguinte da maior competição do continente.

O Palmeiras crê ser possível cumprir a obrigação de encerrar o Brasileirão acima da dupla que surpreende pelas campanhas elogiáveis. Cuca afirmou que o time entrará na disputa.

Por respeito aos oponentes e para não torná- los mais competitivos, editou o próprio raciocínio, A conta do técnico é igual a do Flamengo. O resultado de potencial do elenco mais acerto coletivo é o futebol capaz de garantir mais pontos que somados pelos clubes menos técnicos.

O elenco de Cuca é melhor que o do Corinthians. .

Os laterais, em especial o da esquerda, e o centroavante do Alvinegro são mais competentes que os disponíveis para o técnico do Palmeiras. Há vários atletas do líder atuando desde a rodada inicial em nível mais alto que o dos favoritos.

O treinador acha que os acertos de preparação e a coesão coletiva tornarão o time mais competente que o do discípulo de Tite.

O raciocínio é idêntico na disputa com o de Renato.

O calendário pode dificultar.  Se o clube tiver sucesso na Libertadores, a lógica exequível perde força.

O torneio nacional terminará 3 de dezembro e o continental quatro dias antes.

Elogios apenas para as zebras

O Corinthians continua na Copa Sul-Americana, mas se quiser tratá-la como torneio secundário a torcida apoiará.

É necessária longa e grande queda de rendimento para o Alvinegro perder a vaga na Libertadores. Tal façanha, com o atual elenco, merece os aplausos que grupos de atletas mais capazes ainda têm que conquistar. O Grêmio com um ponto a menos se encaixa em raciocínio igual.

O amplo cenário do torneio

O Atlético saiu da disputa. O Palmeiras quer e talvez cumpra a obrigação de entrar. O peso para o Flamengo, porque foi eliminado na Libertadores, é um pouco maior que o da agremiação do Allianz Parque.

A conquista de Grêmio ou Corinthians será para enrubescer os cartolas que montaram e os e técnicos à frente dos melhores elencos. No mata-mata é comum o menos capaz ganhar. Nos pontos corridos os atletas se machucam, há mais alterações e prazo para acontecerem acertos e equiparações táticas, e o potencial individual tem que determinar o campeão.

A Ásia e a Europa

A janela de transferência, que altera a força dos elencos, é mais confortável para Flamengo e Palmeiras que aos protagonistas do esperado jogo de amanhã na Arena do campeão da Copa do Brasil.

Líderes chamam a atenção do dinheiro que manda no atual futebol e no planeta.