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Cristiano, o protagonista do baile; Marcelo e Casemiro merecem aplausos

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De Vitor Birner

Juventus 1×4 Real Madrid

A Juventus foi mais time durante o torneio, o regulamento determina que o ganhador na final recebe o troféu, e os espanhóis cumpriram o necessário para comemorarem. O Madrid mereceram a conquista.

Sobrou no 2°t. Conseguiu 3 gols, quantidade igual a que os italianos tomaram em todos os outros jogos nessa edição da Liga dos Campeões.

Antes, o empate por 1×1 foi na medida para o desempenho de ambos os gigantes do futebol.

Italianos na frente

A Juve iniciou com sistema de marcação adiantado.  Madrid preferiu aguardar e investir na transição em velocidade.

As estratégias refletiram cada treinador. O italiano é mais ousado que o naturalizado francês. Um quis a imposição e o outro preferiu aguardar, observar, para saber quando e como avançar todas as linhas.

Navas impediu a estratégia de naufragar, ao impedir o gol de Higuaín em finalização de fora da área.

Após cerca de 10 minutos o Madrid adiantou todas as linhas.

Táticas e o andamento no clássico

Isco brilhou na semifinal da Liga dos Campeões e nas últimas rodadas do torneio de pontos corridos que o Madrid conquistou.  Foi mantido e Bale, ídolo no País de Gales, iniciou como opção nos suplentes.

Atuou no meio de campo em frente de Modric, Kroos e Casemiro. Os gringos jogaram pelos lados do trio de volantes, e o brasileiro por dentro. Todos contribuíram na construção dos lances de gol.

Os laterais Carvajal e Marcelo apoiaram, em especial o do lado direito.

Cristiano Ronaldo e Benzema atuaram na frente.

A Juve teve o trio de zaga que na prática foi uma dupla com Bonucci e Chiellini. O Barzagli jogou na lateral direita. Quando o oponente tinha a bola,  os italianos formaram 2 quartetos. o diante de Buffon com os citados e o Alex Sandro, e o outro no meio de campo com Daniel Alves na direita,  Mandzukic do lado oposto, além de Khedira e Pianic por dentro como volantes.

Os 'hermanos' Higuaín e Dybala aturam na frente. Se necessário, o meia atacante podia recuar.

O início melhor da Juve foi encerrado rapidamente.  O Madrid adiantou o sistema de marcação, dificultou a transição, forçou os lançamentos pelo alto e permaneceu mais com a bola.

Na primeira finalização houve alegria.

Gols em lances para serem elogiados 

Cristiano tocou para Carvajal e o lateral, em vez de cruzar como automaticamente tentariam muitos nesse lance, foi inteligente e devolveu para o artilheiro finalizar. A bola desviou em Bonucci e por isso sequer houve pequena possibilidade do Buffon impedir o gol.

A Juve, em seguida, conseguiu o empate.

Golaço de Mandzukic. Alex Sandro  tentou o cruzamento e Higuáin, com dificuldade e sem deixar a bola quicar no gramado, tocou para o colega finalizar com enorme categoria.

O Madrid permaneceu mais com a bola e a Juve teve maior número de finalizações no restante do 1°t.

Vareio, sorte e méritos do ganhador

O Madrid fez o que quis após os treinadores orientarem os times e os atletas descansarem. Ditou o ritmo, manteve a bola no entorno da área e encontrou lacunas para finalizar.  Mereceu golear.

Teve o imponderável, além da inspiração e de acertos como time, para ser campeão.

Casemiro finalizou de fora da área, a bola houve desviou em Khedira, o Buffon provavelmente conseguiria impedir se fosse diretamente ao gol, e o volante comemorou.

A experiente e testada Juve pareceu desnorteada no restante da final.

Se equivocou na saída de bola e Cristiano, após assistência brilhante de Modric, em seguida ampliou.  Nem antes e nem depois os italianos esboçaram força para entrarem no jogo. A meia hora seguinte foi quase protocolar no gramado.

O técnico tentou otimizar a criação com o Cuadrado na vaga do Barzagli.  Recuou Daniel para a lateral, e o que entrou foi para a ala do lado direito.

O Madrid tocou a bola no meio de campo e nem necessitou forçar o jogo para garantir a goleada.

As alterações feitas pelos técnicos, tal qual a exclusão de Cuadrado em lance que Sergio Ramos tinha de receber o segundo amarelo,  apenas reforçaram o andamento.  Bale entrou para a alegria dos galeses que foram à final. Asensio foi o último do campeão a participar do baile.

Marcelo, na melhor temporada da carreira, aproveitou a lacuna no setor de Daniel e serviu o que recém havia sido colocado no gramado. O coadjuvante na área finalizou e fi comemorar com a torcida na arquibancada.

Os maiores destaques na conquista coletiva

Cristiano, obviamente, tem que ser mencionado como o principal. Melhorou no mata-mata e garantiu classificações com gols.

Sergio Ramos, catimbeiro, reiterou que é o maior pilar do sistema de marcação. Pepe se machucou, Varane foi desfalque diante do Bayer de Munique e o time se manteve competitivo nos cruzamentos.

Marcelo teve grandes atuações e de quebra brilhou diante do Bayer de Munique, que impôs mais dificuldades para o ganhador do torneio  A temporada de Casemiro elevou o patamar do volante. A Europa elogia o atleta e avalia  que pode atuar em qualquer agremiação.

Ficha do jogo

Juventus – Buffon; Barzagli (Cuadrado), Bonucci, Chiellini e Alex Sandro; Daniel Alves, Khedira, Pjanic (Marchísio) e Mandzukic; Dybala (Lemina) e Higuain
Técnico: Massimiliano Allegri

Real Madrid – Navas; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos (Asensio), Modric e Isco; Cristiano Ronaldo e Benzema (Bale)
Técnico: Zinedine Zidane

Árbitro: Felix Brych (ALE) Assistentes: Mark Borsch e Stefan Lupp