O pior São Paulo ganhou do Vitória; eis o futebol
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De Vitor Birner
São Paulo 2×0 Vitória
O único resultado da agremiação, no Morumbi, que realmente traduz o que houve no gramado, foi quando superou o Palmeiras.
Poderia ter goleado, comemorou apenas uma vez durante o clássico, mas conseguiu os três pontos.
Diante do Inter, se a referência for a qualidade do futebol dos times no jogo, o empate traduziria melhor o que houve no gramado; e contra o Atlético PR, quando acertou quatro vezes as traves e as duas bolas nos gols do Denis entraram, foi muito superior.
Mas perdeu ambos e não houve interferência de quem impôs as regras do futebol o que torna os placares inquestionáveis. .
Contra o Vitória, após o 1°t ruim, quando o sistema de marcação do Rubro-Negro atuou adiantado e impediu a transição de bola à frente do São Paulo, Ganso e Michel Bastos entraram nas vagas de Auro e Centurión, e apesar de o time solucionar o dilema na qualidade do toque, não criou grandes oportunidades.
Mesmo assim fez os gols com Calleri e Lugano. A zaga do oponente facilitou, pois aconteceram após cruzamentos, na pequena área, e com os pés dos jogadores.
O torcedor sabe que os levantamentos, quando ninguém desvia a bola para confundir a marcação, não podem ser encerrados com chutes de quem tenta o gol. O normal é que haja no mínimo a disputa por cima, em especial se for na cobrança de escanteio como na de Ganso para o veterano zagueiro comemorar.
A mais fraca atuação do time de Bauza gerou o placar que o treinador pretendia, enquanto as melhores não renderam pontuação.
Não tomo isso como pilar de avaliação.
A agremiação que mostrar melhor futebol, isso inclui o sistema de marcação capaz de manter a concentração e qualidade nas finalizações, que tem a ver com capacidade individual e sorte, na maioria das vezes conseguirá alegrar os torcedores.
Ficha do jogo
São Paulo – Denis; Bruno (Caramelo), Maicon, Lugano e Matheus Reis; João Schmidt e Thiago Mendes; Auro (Ganso), Ytalo e Centurión (Michel Bastos); Calleri
Técnico: Edgardo Bauza
Vitória – Fernando Miguel; Norberto (José Welison), Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral (Vander) e Willian Farias; Marinho, Tiago Real e Dagoberto (Alípio); Kieza
Técnico: Vagner Mancini
Árbitro: Wagner Reway (MT) – Auxiliares: Eduardo Goncalves da Cruz e Fabio Rodrigo Rubinho