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Palmeiras tem que marcar melhor por cima: Coritiba, heroico, arranca empate

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De Vitor Birner 

Coritiba 2×2 Palmeiras

A agremiação que tem elenco para ganhar o torneio deixou o gramado incomodada com o resultado.

A que ficará satisfeita com qualquer posição longe da região do descanso, na raça e investindo no lance mais fraco do Palmeiras, conseguiu o ponto.

Alviverde inicia melhor

O treinador do Alviverde gosta que o time inicie o jogo com muita intensidade e marcação na frente. Os jogadores cumpriram isso no Couto Pereira.

Com Roger Guedes na direita, Rafael Marques do outro lado, Gabriel Jesus como centroavante que se mexe pelo gramado, Moises na meia e e Tchê Tchê como volante que apoia ao lado de Thiago Santos priorizando a parte defensiva, iniciou o jogo melhor e em poucos minutos fez o gol.

Juninho, improvisado por Pachequinho na lateral, bobeou, Roger Guedes ficou com a bola e dentro da área e finalizou com força e precisão.

Era tudo o que o time com jogadores velozes necessitava diante do oponente menos capaz na questão técnica.

Pelos lados e por cima  

O Coritiba foi para cima. No 4-2-3-1, com Felipe Amorim, Ruy e Vinícius no trio, Edinho e João Paulo como volantes e Kléber à frente de todos, investiu nos lances pelos lados.

Não havia, no meio, brechas para criar oportunidades.

Por isso, Juninho e Dodô, os laterais, tiveram que apoiar.

O cruzamentos é o lance mais forte da equipe para tentar os gols.

Exatamente esse é  mais fraco do sistema de marcação do Palmeiras  Por bobear nos cruzamentos, quase não ganhou o clássico, apesar de jogar melhor que a agremiação então orientada pelo Tite. Tem sido assim desde o início da temporada.

Foram três grandes oportunidades do Alvinegro, nas quais Cristian finalizou por cima, Guilherme na trave e houve o gol que não deveria ser e nem foi validado.

Todos esses em levantamentos na área, a maioria em faltas que permitiam o posicionamento dos jogadores palmeirenses , e com equívocos, como diante do Coritiba, quando João Paulo cabeceou e ninguém conseguiu compreender como se mexeu para finalizar com tanta facilidade e comemorar o empate.

Outras oportunidades para ambos os times

Fernando Prass conseguiu intervir em outros momentos nos quais houve cabeceio  Juninho teve a mesma moleza que o colega artilheiro no jogo e o goleiro impediu a virada.

Depois Juninho, fora da área, finalizou e o ídolo do Alviverde mais uma vez brilhou,

O Palmeiras teve outra oportunidade.  Roger Guedes, nos acréscimos, quase fez o gol.

Alterações melhoram desempenho

Cleiton Xavier no vaga de Thiago Santos e Tchê Tchê como maior encarregado do meio de campo na marcação. Cuca mexeu no time para aumentar a qualidade no toque de bola e a força do sistema de criação.

O time melhorou, conseguiu trocar mais passes na frente, mas teve dificuldade para ultrapassar o bloqueio do Coritiba.

Gabriel Jesus, na direita, após o lançamento preciso de Moises, finalizou por cima e desperdiçou a grande oportunidade.

Logo em seguida Cristado entrou e Rafael Marques saiu.

O 'hermano' atuou como centroavante, não na função de quem substituiu. Gabriel Jesus, apesar de continuar como atacante e entrar na área, se mexeu mais na região do gramado em que havia jogado o colega de time

Pachequinho mandou Everton para o campo e tirou Vinícius. Foi troca técnica, talvez por cansaço do que iniciou, não tática.

No Chico e no Francisco

Em seguida aconteceu o gol do Palmeiras. Lance que combina mais com o rudimentarismo do futebol de países britânicos antes da globalização.

Moisés cobrou lateral na área, o zagueiro Victor Hugo cabeceou para trás, a bola quicou e Cristaldo teve a leitura do lance que os marcadores não foram competentes para fazer. Mergulhou, finalizou e fez a torcida comemorar.

Para otimizar o sistema de criação

O volante Edinho saiu e o atacante Leandro entrou no Coritiba. A mexida não tornou o time mais forte na criação e Pachequinho optou por Jorge Ortega na vaga do Felipe Amorim.

O treinador, apesar do elenco limitado, tentou aumentar a força do time, em especial pelos lados, onde avaliou que a possibilidade de conseguir o lance para igualar o resultado era maior.

Cuca, por isso, substituiu Roger Guedes por Edu Dracena. Sabe que o time tem dificuldade nos cruzamentos.

Acho que houve o impedimento

Nos acréscimos, Dodô, no meio de campo, ergueu a bola fora da área.

Rafael Marques desviou de cabeça e Evandro, acho, em posição de impedimento, fazer o pivô para Leandro acertar a finalização precisa e igualar o resultado.

Assisti ao lance apenas uma vez. Farei de novo. Se alterar a opinião, atualizarei o post.

Lembro que o autor do gol tem contrato com o Alviverde e foi emprestado ao time que conseguiu o empate.

Padrão

Vitor Hugo reclamou, durante o jogo, o pênalti, pois Kléber o puxou na área.

Realmente houve.  Foi daqueles tradicionais, que nunca são marcados.

A manutenção do critério em todos os jogos torna as condições dentro do gramados iguais para todas as agremiações. Por isso, nenhum lance similar pode ser considerado infração na área.

O beabá

Sistema de marcação inconsistente por cima compromete resultados de times que foram melhores na maioria dos fundamentos do futebol. O treinador tem que priorizar esse acerto.

O Palmeiras, porque tem dificuldade nesse lances, não ganhou.

O Coritiba, dentro das possibilidades que o elenco oferece, fez apresentação elogiável. Não pode permitir finalizações como a do gol de Cristaldo.

Ficha do jogo

Coritiba – Wilson; Dodô, Luccas Claro, Rafael Marques e Juninho; João Paulo e Edinho (Leandro); Felipe Amorim (Jorge Ortega), Ruy e Vinícius (Evandro) Kleber
Técnico: Pachequinho

Palmeiras – Fernando Prass; Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Cleiton Xavier) e Tchê Tchê; Roger Guedes (Edu Dracena), Moisés e Rafael Marques (Cristaldo); Gabriel Jesus
Técnico: Cuca

Árbitro: Anderson Daronco (RS) – Assistentes: Nadine Schramm Camara Bastos e Rafael da Silva Alves