Corinthians foi melhor em Itaquera; atuação do árbitro merece críticas
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De Vitor Birner
Corinthians 2×0 Palmeiras
O time de Carille atuou melhor que o Palmeiras, apesar das dificuldades na criação.
O lance do primeiro gol, iniciado pelo coletivo e encerrado com o acerto individual elogiável, foi o mais bonito na Arena de Itaquera.
O clássico teve polêmicas, algumas difíceis de serem avaliadas no país onde os critérios são alterados e nem os jogadores de futebol têm como determinar o que é permitido dentro do gramado.
As dinâmicas
O Corinthians permaneceu mais com a bola. Fabio Carille optou pelo quarteto com movimentações diante da dupla de volantes.
Dos atletas mais adiantados, apenas Clayson permaneceu pelo lado. Jadson atuou na direita quando Romero estava no setor do centroavante. Com o paraguaio desse lado, Jadson jogou por dentro e Rodriguinho na área.
O Palmeiras conseguiu neutralizar grande parte da iniciativa da agremiação de Itaquera. Fechou quase todas as lacunas e dificultou ao oponente finalizar.
Tinha Borja como centroavante, William e Dudu pelos lados, em suma, o trio com as características para transição em velocidade, mas se equivocou no toque de bola, pouco incomodou.
Foi brilhante
No clássico disputado com elogiável intensidade para o início da temporada, prevaleciam os sistemas de marcação.
O gol do Corinthians merece ser aplaudido. Tocou a bola com paciência, aguardou a brecha, Rodriguinho a recebeu, esbanjou categoria para conseguir entrar na área e com inteligência finalizar.
As propostas
Roger sabia que o Palmeiras necessitava mais da bola e de frequência no campo de frente. Orientou o elenco no intervalo, pôs Gustavo Scarpa na vaga de William, além de adiantar o sistema de marcação.
Carille imaginava, recuou um pouco as linhas, congestionou o meio de campo e investiu na transição em velocidade para ampliar o resultado.
A iniciativa que antes era do Corinthians foi do Palmeiras, mas as brechas para finalização continuaram difíceis para ambos os clubes no clássico.
As polêmicas
No 1°t, Fagner acertou de propósito, com força, Lucas Lima. O meia estava na frente do lateral e entrada da área
O árbitro mandou seguir. A bola sobrou na área para William finalizar. Depois mostrou o amarelo para o lateral.
O Palmeiras reclamou. Queria a falta e cartão de outra cor. Entendi a opção da arbitragem por permitir a finalização, mas o padrão de futebol no país sugere que lance como o do atleta do Corinthians gera exclusão do gramado.
A arbitragem tinha sido generosa ao poupar o cartão para Renê Jr no início do clássico.
As reclamações do Palmeiras aumentaram no pênalti de Jailson no volante. O árbitro mandou seguir. Após ser avisado, alterou a avaliação, colocou a bola no cal e mostrou vermelho para o goleiro.
O cartão, se foi 'apenas' pela entrada do veterano, de acordo com o critério do mostrado para Fagner era para ser amarelo, entretanto pode ter considerado que seria gol e por isso optou pela exclusão.
Lembro que Jailson quis acertar a bola, conseguiu e na sequência teve o contato forte, e Fagner, de propósito, Lucas Lima. Isso não determina quais deveriam ser as decisões da arbitragem, mas entra na avaliação.
Jadson finalizou para fora.
Depois o árbitro perdeu mais a rédea do clássico.
O andamento
Após a exclusão, o Corinthians teve a iniciativa e ditou o ritmo no clássico.
Ampliou no pênalti indiscutível, finalização de Clayson com Fernando Prass pulando na direita, reclamou no lance por avaliar que Dudu, pendurado, merecia o amarelo e comemorou o resultado positivo.
Com ou sem motivo, a concentração dentro do gramado foi gradativamente sendo goleada pelo nervosismo na agremiação do Allianz Parque.
Ficha do jogo (atualizando)