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Dorival anulou a proposta inicial de Rueda: Flamengo jogou apenas no 2°t

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De Vitor Birner

São Paulo 2×0 Flamengo

Dorival foi melhor que o técnico do Flamengo. Rueda poderia tentar jogar com a bola desde o início do clássico.

Além disso, no 1°t, os atletas do São Paulo mostraram mais esforço, competitividade, que o oponente para conseguirem o resultado.

Acertos contribuíram

Dorival Jr optou por Edmar e Jucilei desde o início. Júnior Tavares e Lucas Fernandes, o primeiro porque pensa pouco e o outro por se esforçar aquém da maioria dos colegas, nem sequer entraram no jogo.

As alterações forçaram o técnico a adaptar o 4-1-4-1. O volante atuou em frente aos zagueiros e Petros foi adiantado para o quarteto que teve Marcos Guilherme e Cueva pelos lados, além de Hernanes por dentro.

O treinador orientou o sistema de marcação a tentar recuperar a bola na área do oponente. Quis e conseguiu ditar o ritmo dentro do gramado.

O equívoco

Reinaldo Rueda podia cogitar impor o ritmo. O elenco tem potencial.

Preferiu formar o 4-4-2. Investiu no sistema de marcação recuado para criar lacunas entre os zagueiros e o goleiro Sidão, onde pretendia, com a transição em velocidade, construir os momentos de gol.

A escalação foi coerente. Berrío e Everton pelos lados no quarteto do meio de campo, e Geuvânio e o Everton Ribeiro na dupla mais adiantada, têm as características para correrem com a bola.

Cuéllar e Willian Arão foram os volantes.

Nos cruzamentos

O andamento era o planejado. O Flamengo aguardou e o São Paulo frequentou mais o campo de frente.

Nem o time de Dorival conseguia finalizar, e nem o de Rueda criar, quando, no escanteio, Lucas Pratto conseguiu o gol.

O lance teve a bobeira de Pará, que poderia dificultar para o centroavante.

A polêmica

Uma vez assisti á repetição do lance. Achei que o centroavante finalizou com a barriga em vez de com a mão, tal qual alguns citaram. Pretendo rever e se alterar a opinião colocarei no comentário do jogo.

Tenho como referência as brandas reclamações do Flamengo, principalmente no momento do gol, porque finalização com o braço gera muitas, por reflexo, dentro do gramado.

Repare nas do Vasco, após o de Jô, em Itaquera, e principalmente na do goleiro.

Diego Alves foi moderado como se tivesse dúvidas ao mencionar a possibilidade para quem poderia invalidar a comemoração do centroavante.

Atualização (0h10)

A bola tocou no braço de Lucas Pratto. O gol tinha que ser invalidado.

Ampliou resultado

O Flamengo adiantou as linhas, mas nem sequer incomodou. Finalizou uma vez, em lance no qual Everton impedido foi acionado, e Sidão impediu o empate.

A alteração ofereceu ao São Paulo as lacunas para criar, em velocidade, momentos de gol.

Cueva, que afrouxa o sistema de marcação ao atuar pelos lados no  quarteto – em alguns lances abriu mão de acompanhar o lateral Trauco + tinha que resolver o jogo.

Conseguiu após o preciso cruzamento para o elogiável cabeceio Hernanes.

O esforço

No 2° gol, o Militão pulou sozinho e cabeceou para Cueva oferecer a assistência ao artilheiro.

O Flamengo necessitava aumentar intensidade. São Paulo ganhou a maioria  das divididas, as primeiras e as segundas bolas, se dedicou mais pelo resultado, por isso conseguiu se impor em campo.

Flamengo melhora

O time.investia na criação pelos lados. Necessitava mais força na área.

O técnico optou por Lucas Paquetá na vaga de Geuvânio, que nada produziu. Orientou o time, no período em que os atletas descansaram, a adiantar todas as linhas e aumentou muito a frequência no campo de frente.

Quase conseguiu o gol com Berrío. O atleta finalizou na trave e, em seguida, se machucou porque Edmar atrasado o acertou.

O lateral merecia o amarelo.

Diego entrou, o Flamengo manteve o ritmo, empurrou o São Paulo em muitos momentos para a área, mas o sistema de marcação de Dorival foi competente nos cruzamentos, e quando necessário o goleiro impediu o gol.

Uma critica

O Flamengo ofereceu muitas lacunas para o São Paulo, mas Cueva, referência nesses momentos, esqueceu a inspiração no 2°t.

As alterações

Jonathan Gomez entrou e manteve o padrão de Cueva. Foi melhor que o colega na recomposição diante da área.

Denilson foi a opção de Dorival porque  Marcos Guilherme, essencial e dedicado ao sistema de marcação, cansou após a grande contribuição pelos lados para o coletivo.

Éder Militão, outro que merece os aplausos pelo esforço, teve câimbras, por isso Aderlan foi para o gramado nos acréscimos.

A última mexida no Rubro-Negro tinha sido uma oportunidade para o Gabriel mostrar que pode ser mais eficaz que Éverton.

Nenhuma melhorou a dinâmica coletiva da agremiação da Gávea e a do Morumbi.

Ficha do jogo

São Paulo – : Sidão; Militão (Aderllan), Rodrigo Caio, Arboleda e Edimar; Jucilei; Cueva (Gomez), Petros, Hernanes e Marcos Guilherme (Denilson); Pratto                                            Técnico: Dorival Júnior

Flamengo – Diego Alves; Pará, Réver, Rhodolfo e Trauco; Berrío (Diego), Cuéllar, Willian Arão e Everton (Gabriel); Éverton Ribeiro e Geuvânio (Lucas Paquetá)                                                            Técnico: Reinaldo Rueda

Árbitro: Rafael Traci (PR) – Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Luciano Roggenbaun