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Estatuto do S. Paulo pode vetar preferido de Leco para diretoria de futebol

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De Vitor Birner

O novo estatuto do São Paulo impõe limites ao poder do presidente em muitos setores.  O impede. por exemplo, de referendar quem ocupará as diretorias.

O mandatário pode indicar, mas é o Conselho de Administração quem aprova o escolhido. Ou seja, antes da formação do órgão, ninguém será contratado.

Nos bastidores, Vinícius Pinotti, após elogiável gestão no marketing, é o preferido de Leco para a de futebol

Essa decisão pode ser alterada para o estatuto.

Há dois artigos que sugerem: o 124 afirma que ''os membros da diretoria executiva serão contratados do SPFC dentre profissionais que tenham notório conhecimento em suas respectivas áreas de atuação; o 106 r incumbe o Conselho de Administração da ''aprovação e indicação, pelo Presidente Eleito, dos membros da diretoria executiva e suas respectivas atribuições e remunerações, fixas e/ou variáveis.

Traduzindo para simplificar

A tendência é o Conselho de Administração reprovar a indicação, porque o estatuto determina a contratação de alguém com ''notório conhecimento em suas respectivas áreas de atuação''.

Meu palpite é que Leco,  ao notar isso, mesmo incomodado alterará a opção. O cartola apoiou o estatuto e sequer se intrometeu no que foi elaborado por especialistas, apesar de saber que a profissionalização diminuirá os poderes da cartolagem do clube-

Além disso, há uma sequência a ser cumprida. Antes de contratar os diretores, é necessário escolher os conselheiros independentes para as duas vagas restantes no órgão que será o cérebro da gestão.

O Conselho de Administração foi criado para fazer a orientação geral de plena gestão.

Fiscaliza a diretoria, formula ou concorda com políticas econômicas e estratégias de investimentos, aprova muitos tipos de contratos,, o orçamento, os nomes e salários da diretoria,  alguns de atletas, a criação e o pagamento de dívidas e de comissões para terceiros, determina qual empresa de auditoria independente fará parecer das finanças, em suma tudo que constrói o futuro da agremiação.

Os méritos e o estatuto aprovado  

Vinícius Pinotti talvez seja o mais promissor dirigentes do Morumbi. No mínimo compõe o pequeno grupo que tem tais candidatos.

Manteve a honestidade na gestão Aidar e com mais autonomia para dirigir o marketing, após Leco ser eleito, conseguiu atrair patrocinadores no momento difícil para a economia do país. Pegou a bomba de gerir o departamento arrasado que afastava as empresas.

Adquiriu experiência,  agregou ao conhecimento de mercado o de bastidores da instituição milionária amadora, entende como é a dinâmica da política, e tal sabedoria o credencia a pensar em ser  presidente.

Merece ser considerado pelos cartolas.

Tenho ótima impressão do empresário e dirigente, e sou incapaz de afirmar se adquiriu, ou não, competência para gerenciar a modalidade que faz a instituição gigante.  O enfoque do texto é o estatuto da agremiação.

Para o Chico e o Francisco

Raí foi o jogador que mais contribuiu para agigantar o São Paulo dentro de campo. Mesmo sendo Rei do Morumbi, necessitará do aval antes de ser oficializado no Conselho de Administração, Os outros dois que o presidente indicará terão que se submeter a igual aprovação.

Os três são os chamados independentes e serão nos únicos remunerados, dentro do órgão,  pela contribuição para oo clube.

A formação do grupo de gestores 

Conselho de Administração terá 9 integrantes. Leco e Roberto Natel, presidente e vice, são garantidos.

O Deliberativo tem 3 vagas. Os mais votados foram Julio Casares, Silvio Médici e Adilson Alves Martins da situação. O Consultivo com uma tende a indicar Pimenta, tal qual o candidato da oposição afirmou após a eleição.

Dois terços do órgão é composto por cartolas. Os independentes, Raí e mais dois, têm que ser aprovados pelos originários da política interna da agremiação.