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Flamengo jogou futebol para pontuar no Chile; La Católica foi mais eficaz

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De Vitor Birner

Universidad Católica 1×0 Flamengo

O Rubro-Negro jogou futebol para conseguir ao menos o empate. O tropeço foi consequência da ausência de inspiração nas finalizações e de alguns poucos equívocos no sistema de marcação.

Precaução ao escalar

Zé Ricardo iniciou com Marcio Araujo, Willian Arão e Rômulo, além de Diego, Everton e Guerrero.

O treinador reforçou o sistema de marcação. em especial no meio de campo, aumentando a proteção aos laterais e zagueiros, abriu mão de velocidade pelos lados e de alguma criatividade. Tentou compensar permitindo que Arão  apoiasse mais que habitualmente.

O melhor time do Chile

A Universidad Católia, apesar do início do semestre com tropeços,  é competitiva  Fuenzalida na direita e o 'hermano' Noir do outro lado podem jogar tanto como atacantes quanto no meio de campo.

O 'enganche' ciscador Buonanotte atua pelo centro e se mexe para receber a bola e ser a referência na criação.  O time atua no 4-2-3-1 quando os atletas pelos lados permanecem na linha do meia, ou no 4-3-3 se avançam para a do veterano centroavante Santiago Silva, ou no 4-4-2 se marcar mais atrás para chamar o oponente e investir na transição em velocidade à frente.

A formação com o trio de volantes, apesar de Arão ter mais incumbências que as habituais porque apoiou pela direita, facilitava a marcação em Buonanotte. Consequentemente. fortalecia o bloqueio e dificultava para a a La Católita finalizar.

Andamento mostrou que o treinador acertou

Apenas no recuo equivocado de Rafael Vaz para Muralha. o oponente teve uma oportunidade.  Santiago Silva a desperdiçou em frente ao goleiro.

A estratégia escolhida por Zé Ricardo pode ser debatida, havia outras viáveis para ganhar, mas é inquestionável que o 1°t mostrou que a prioridade foi cumprida. Buonannote foi anulado pelo sistema de marcação.

O Rubro-Negro construiu oportunidades para comemorar. Guerrero, se estivesse inspirado, garantiria o resultado positivo.

A embasada taticamente e ineficaz alteração 

A Universidad Católia, após as instruções do técnico no intervalo, adiantou o sistema de marcação. Necessitava ganhar.

Aos 10, Zé Ricardo optou pela saída do  Rômulo e entrada do Berrío. As lacunas entre a linha de zagueiros e a do goleiro do oponente haviam aumentado porque os chilenos jogaram mais adiantados. O veloz colombiano tem as características para fortalecer o contra-ataque e ampliou tal possibilidade porque Everton era a única do outro lado.

O Rubro-Negro, apesar do jogo muito disputado,  continuou frequentando mais o campo de frente e conseguiu finalizar com Arão e Guerrero. Aos 25. Diego bateu a falta e acertou o travessão.

Gabriel entrou na vaga de Everton.

Em seguida aconteceu o gol. Bobeira do sistema de marcação.

Santiago Silva se movimentou e cabeceou com precisão.Teve méritos. O lance não foi dos mais fáceis para finalizar.

Pará tentou subir com o centroavante, mas chegou atrasado porque quis corrigir o equívoco de algum colega. Obviamente, Zé Ricardo planejou alternativas em vez de privilegiar o lateral atento ao especialista nos lances aéreos.

Acho que o encarregado era o Berrio.

Seria o Rômulo, se continuasse no gramado.

Exclusão tornou Flamengo inoperante 

A La Católia recuou após o gol. As lacunas para a agremiação da Gávea tentar os lances de velocidade diminuíram e ficou maior o congestionamento na entrada e dentro da área  .

Zé Ricardo tentou o empate ao substituir William Arão por Leandro Damião. O time se posicionou no 4-1-3-2 com Guerrero e o que entrou na frente. Gabriel e Berrio pelos lados, e Diego no centro do trio.

Marcio Araújo foi o volante que permaneceu atrás com os a dupla de zagueiros.  Pará e Trauco tinham que apoiar A ideia era reforçar a possibilidade do centroavantes apararem os lançamentos pelo alto, e reforçarem o time nos cruzamentos.

A proposta ruiu quando Berrio foi excluído porque supostamente agrediu o oponente.

O time jogou com a configuração por menos de 5 minutos. O lateral Parot segurou o colombiano, que quis se desvencilhar, o empurrou,  e quando foi mais contumaz recebeu cartão.

Quero rever. A impressão é que merecia o amarelo. Teria que agredir para ser mandado embora do jogo. O lance parece uma versão mais intensa da equivocada exclusão de Maicon na última semifinal da Libertadores.

Depois Salas trocou Noir, o atacante 'hermano, pelo volante Lobos, aumentou a força do sistema de marcação e apenas Buonanotte teve oportunidade para alterar o resultado.

Ficha do jogo

Universidad Católica – Toselli; Espinoza (Álvarez), Kuscevic, Lanaro e Parot; Fuentes, Kalinsky e Buonanotte; Noir (Lobos), Fuenzalida e Santiago Silva
Técnico: Mario Salas

Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo e Rômulo; Willian Arão, Diego e Éverton; Guerrero
Técnico: Zé Ricardo

Árbitro: Diego Haro (PER) Auxiliares: Coty Herrera e Jorge Luis Yupanqui