Lucas Pratto pediu a transferência ao Morumbi
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De Vitor Birner
Na quarta-feira o centroavante afirmou aos atletas mais próximos do elenco atleticano que irá atuar no São Paulo. O papo foi em tom de despedida.
O centroavante quis a transferência após saber da oferta do São Paulo, afirmou isso à diretoria do Atlético, que considerou a escolha do jogador. A questão é profissional e não de de clubismo ou preferência emocional por uma das agremiações. .
Tem enorme respeito, gratidão, pelo gigante das Minas Gerais, mas há grande concorrência no elenco e prioriza jogar na seleção 'hermana'.
Esse sim sempre foi o sonho do centroavante.
Tanto é que recusou oferta da China, que garantiria a tal da independência financeira, após ser convocado por Bauza, que, além de chamá-lo para o selecionado quando Aguero se machucou, o escalou nas Eliminatórias.
Fez gols no empate diante da Venezuela e no 3×0 frente à Colômbia. Iniciou esse jogo, em tese difícil porque o oponente é competitivo e no anterior houve a derrota pelo mesmo placar contra o Brasil de Tite, apesar de Higuaín, em alta na Europa e contratado pela Juventus por 90 milhões de euros, ter sido convocado.
Ganhou créditos com Patón. treinador que o colocou o topo da lista de jogadores com quem pretendia contar, enquanto labutou no Morumbi.
O técnico elogiou a agremiação. Reforçou a ideia de Pratto aceitar a proposta. Se confirmada a transferência tal qual os cartolas dos clubes e o agente do centroavante acertaram, tende a entrar mais vezes no gramado. porque a concorrência será menor no CT da Barra Funda.
Chegará praticamente como dono da 'camisa nove. Ceni prefere escalar Chavés pelos lados no ataque e do meio de campo, e nem assim optou por Gilberto na estreia do estadual.
No Atlético, Lucas Pratto terá que ganhar a disputa contra o Fred, menos participativo, mas alguns degraus acima na qualidade das finalizações.
A possibilidade de permanecer no banco e a de ser escalado por Roger pelas beiras do campo podem ser entraves para continuar sendo convocado.
Lado do clube
Há os projetos de Pratto e os da agremiação. A direção atleticana tem que reduzir gastos e trouxe jogadores porque é imprescindível, nessa temporada. fortalecer o sistema de marcação.
Qualquer grande oferta financeira pelo centroavante seria construtiva. A questão era gerenciar os bastidores políticos e, principalmente, a reação da torcida.
Mesmo assim, o negócio foi verbalmente acertado. Quando o contrato for assinado e ambas as agremiações confirmarem, será concluído.
Simples e direto ao opinar
Há duas referências para avaliarmos a transferência. A econômica e a esportiva.
A contratação por 10 milhões de euros, se confirmada, será cara para o padrão do continente.
O Atlético pagou menos de R$ 14 milhões, teve o atleta por duas temporadas, lucrará e continuará no grupo de favoritos de todos os torneios, obviamente se mantiver o restante do elenco.
O negócio por essa grana é mais questionável do ponto de vista da agremiação do Morumbi que da atual da classificada à Libertadores.
O centroavante completará os 29 anos em julho. A idade sugere que terá mercado em países asiáticos e nos EUA. A prioridade da direção do São Paulo deveria ser a reconstrução das finanças, mas como a eleição será em cerca de 2 ou 3 meses (abril), pagamentos de contas com resultados negativos nos gramados tal qual fez o Flamengo não geram popularidade com a torcida e existe uma guerra da situação e oposição, é possível entender o investimento.
Por outro lado, nos gramados, onde o futebol tem que cumprir a missão precípua de emocionar. o 'hermano' agregará virtudes e fortalecerá o time do Morumbi.
O leitor pode opinar, quando houver o desfecho do negócio, se ambos os clubes, ou qual deles, se equivocou ou acertou na empreitada.