Sobrou emoção no empate de Atlético e Flamengo; Palmeiras comemora
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De Vitor Birner
Atlético 2×2 Flamengo
O Rubro-Negro mandou no primeiro tempo e fez o gol. O time conseguiu ser consistente na marcação adiantada e ditou o ritmo do jogo.
Depois Marcelo Oliveira trocou o devaneio de escalar o quarteto mais talentoso pela raça e intensidade do Luan, a força coletiva aumentou, a frequência no campo foi maior, mas creditar a isso a virada seria inventar méritos.
O treinador, em seguida, lotou a equipe de atletas com características ofensivas e ofereceu as brechas para o oponente ampliar o resultado. Investiu no 'bumba meu boi' desprovido de tática e planejamento
Zé Ricardo deveria reforçar a marcação no meio de campo e a entrada de Alan Santos foi ineficaz.
O Atlético martelou e Robinho, de pênalti, igualou. Nos últimos minutos, o veterano fez a assistência e Lucas Pratto o gol.
Quase em seguida o Guerrero empatou. Se considerarmos que cada agremiação ditou o ritmo em metade do jogo e teve muitas oportunidades, e que nos lances mais difíceis tais quais o impedimento do Fred e o pênalti, as regras foram cumpridas, o resultado afirma o que houve no gramado.
Teve muita emoção no clássico, as torcidas e os elencos ficaram incomodados, necessitavam ganhar, a conquista do torneio agora é ainda mais improvável, e apenas o Alviverde tem o quê comemorar.
Utopista x Pragmático
As escalações mostraram as propostas dos treinadores. Marcelo de Oliveira tem o elenco com mais atletas que podem resolver jogos com o talento e priorizou tal virtude.
Com Otero, Cazares e Robinho na criação, e Fred adiantado, a preleção deve ter sido embasada na necessidade de ao menos 2 dos 3 do meio de campo recomporem o sistema de marcação.
Recomendou aos laterais apoiarem alternadamente em vez de simultaneamente, e pediu inteligência de Junior Urso para sabe quando ir à frente. Formou a dupla de volantes Leandro Donizete, que junto dos zagueiros deveriam ser os mais conservadores quando o time tivesse a bola.
Zé Ricardo fez o contrário.
Formou o trio de criação com Gabriel e Fernandinho pelos lados, e Diego por dentro. A ideia foi fortalecer o sistema de marcação e facilitar para os laterais Pará e Jorge, ganhar o meio de campo adiantando todas os jogadores, e investir na velocidade pelas pontas e nos cruzamentos.
Se obtivesse a superioridade no setor central, permaneceria mais com a bola e anularia o proposta do oponente, E se o Atlético acertasse a transição à meia, o Flamengo teria brechas para os mais rápidos criar lances de gol.
Flamengo dita rimo e faz gol
O duelo em que Marcelo de Oliveira queria posse de bola e frequência no campo de frente, e Zé Ricardo intensidade para todas as lacunas serem fechadas após a linha que divide, foi ganho pelo novato. O quarteto nada agregou e ainda enfraqueceu o inconsistente sistema de marcação que impediu o Atlético de somar mais pontos no torneio de pontos corridos.
Duas finalizações de Fred, uma feita dentro da área e outra na entrada, resumem o que o time criou.
O Flamengo quase anulou a transição de bola do oponente. Além disso, Robinho, Otero e Cazares ficaram devendo tecnicamente.
O Rubro-Negro fez 1×0 e com mais capricho nas finalizações conseguia mais.
Foi muito mais forte na parte coletiva, criou oportunidades em ambos os lados e fez o gol que simboliza a atitude dos atletas no gramado. Erazo tirou de cabeça a bola da área e Marcio Araujo em seguida rebateu para dentro; Guerreiro subiu muito mais que o zagueiro veterano e tocou Diego se jogar no gramado, finalizar e comemorar.
A raça e a intensidade corrigem
O Atlético necessitava mais velocidade pelos lados, muita garra, e acertar a transição ao campo de frente. Marcelo Oliveira orientou os jogadores durante o descanso e trocou Cazares por Luan.
Ganhou força de marcação na frente e intensidade, o time ficou competitivo, apesar da dificuldade para sair de trás tocando a bola após a alteração.
Robinho, aos 11, ficou diante do Muralha e finalizou, o goleiro fechou o ângulo e tocou na bola antes de Jorge afastar e evitar o empate.
Mais incisivo para ampliar o resultado
O Flamengo, pelos lados, tinha as brechas nas quais, em contra-ataques, podia criar grandes momentos para conseguir o gol.
Zé Ricardo, aos 12, trocou Gabriel por Emerson Sheik.
Em seguida Diego ganhou na velocidade e cruzou rasteiro. Erazo, ao tentar afastar, acertou a própria trave.
Vaiaram Marcelo de Oliveira
Dois minutos após o Flamengo quase ampliar, Leandro Donizete saiu e Lucas Pratto entrou.
A torcida, aos gritos de burro, mostrou que discordou do técnico.
A tática 'bumba meu boi', 'tudo ou nada', seja o que Deus quiser lotando o time de atletas com características ofensivas, aumentou o volume do jogo e o time criou as oportunidades para igualar.
Exigiu intervenções de Muralha.
A precisão gerou muita reclamação
Carlos César entrou na área, se equivocou ao finalizar e Fred, na pequena área, fez o gol.
O lance foi invalidado por impedimento. Mesmo acompanhando repetições é complicado ter plena convicção. Por centímetros, acho, os responsáveis pelo cumprimento das regras acertaram.
Após mexer
Zé Ricardo optou por Alan Santos na vaga de Fernandinho para tentar aumentar a posse de bola no meio de campo e ter alguém menos cansado para fortalecer a marcação em frente aos laterais. A alteração foi ineficaz.
A agremiação carioca continuou no campo de trás e perdeu velocidade para aproveitar as avenidas que o oponente ofereceu.
Abafa
Rever, após o cruzamento, fez a gravata em Fred. Exagerou porque deveria ter largado o pescoço antes de a bola chegar ao centroavante.
Robinho, com frieza e qualidade, acertou o pênalti e incendiou a torcida.
Em seguida, Marcelo de Oliveira trocou Otero por Cleyton. O Atlético havia empurrado o Flamengo para trás, ditava o ritmo de jogo e conseguiu a virada depois de Robinho fazer assistência para Lucas Pratto.
Restavam meia dúzia de minutos para garantir o resultado favorável.
O Flamengo necessitou apenas dois para igualar. Diego tentou fazer o gol, a bola desviou e sobrou para Guerrero finalizar antes de bater em Gabriel, na trave direita, e entrar no gol.
A sorte
Nos gols que o Flamengo conseguiu houve o desvio no Gabriel. Em ambos o zagueiro fez o necessário.
Secar e sonhar
As agremiações têm possibilidades muito pequenas de conquistarem o torneio, seja qual for o resultado na Vila Belmiro. Necessitam torcer para o Santos ganhar e a palavra possibilidade ser mantida ao invés de alterada por milagre do futebol.
Ficha do jogo
Atlético – Victor: Carlos César, Erazo, Gabriel e Fábio Santos; Leandro Donizete (Lucas Pratto, aos 18 do 2º) e Júnior Urso; Otero (Clayton, aos 37 do 2º) e Cazares (Luan, no intervalo); Robinho e Fred
Treinador: Marcelo Oliveira
Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Jorge; Márcio Araújo e Willian Arão (Leandro Damião, aos 42 do 2º); Gabriel (Emerson Sheik, aos 14 do 2º), Diego e Fernandinho (Alan Patrick, aos 26 do 2º); Guerrero
Treinador: Zé Ricardo
Árbitro: Braulio da Silva Machado – Assistentes: Neuza Ines Back (FIFA) e Alex dos Santos