Guardiola, Tite ou Oswaldo; nenhum conseguiria fazer o Corinthians forte
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De Vitor Birner
Oswaldo de Oliveira iniciou como treinador após Luxa ser chamado para dirigir a seleção. Era auxiliar do 'profexô' no Corinthians campeão nacional. Substituiu o avaliado por grande parte da opinião pública como o mais capaz do país na época. Manteve a estrutura do time e repetiu a conquista.
Repare nas coincidências. O clube era campeão, o técnico elogiado aceitou ir para a CBF, o substituto teve que gerenciar a expectativa da torcida que 'exigia' a manutenção do padrão nos gramados, e ninguém garantia que seria capaz.
O renomado afirmou que após sair ainda opinava no futebol da agremiação. Teve o entrevero com o sucessor porque rejeitou a contratação de Adilson Batista, zagueiro campeão da Libertadores pelo Grêmio de Scolari, referendada pela direção por solicitação do atual técnico do clube de Parque São Jorge. .
Oswaldo quis e Luxa preferia a chegada de outro atleta.
Na prática houve a conquista porque a base deixada pelo antecessor era forte, cheia de jogadores acima da média.
No quase rebaixamento do Estadual, quando Grafite fez os gols salvadores para o Alvinegro, e na conquista do Mundial posteriormente referendado pela Fifa, Oswaldo era o treinador da agremiação
Muito mais capaz
Tenho convicção que Oswaldo de Oliveira, hoje, é treinador melhor que em todas os momentos de tropeços e êxitos citados no post. Ganhou rodagem e sabedoria.
No Palmeiras, último clube grande paulista que orientou, conseguiu encaminhar a preparação do time tal qual necessário. Coletivamente, fez mais que o sucessor Marcelo Oliveira.
No Sport merece críticas. O elenco do time é consideravelmente superior aos resultados no torneio de pontos corridos.
Arena Itaquera é a questão
A torcida sabe que o elenco tem grandes lacunas e nenhum técnico do país se compara, nesse momento, ao Tite. Essa razão é suprimida pela frustração nos resultados tão ruins quanto normais diante da qualidade dos jogadores
Se houvesse mais opções e técnica, seria menos difícil gerenciar o declínio do padrão anterior. Com os atletas disponíveis é quase impossível a montagem de time forte e ganhador.
A dívida da Arena torna inviável a formação de grande time. Juca Kfouri afirma que a tendência é de isso se agravar porque a Lava Jato chegará na obra em Itaquera. Assim, nem o treinador da seleção e nem Guardiola ou qualquer mestre na formação de times teriam como restabelecer o padrão com o qual sonha o torcedor.
Muita sorte na alquimia coletiva do elenco ou muitos ou o surgimento de atletas da base acima da média são as opções para o fortalecimento do time.
A César o que é de César
Em suma, a possibilidade do Oswaldo de Oliveira conseguir os resultados que a torcida quer, e consequentemente cumprir todo o contrato, é ínfima.
Treinadores, sejam Cristóvão, Carille ou o que acaba de chegar, se forem os problemas, são os menores da agremiação.
Tenho absoluta convicção que acertaram e cometeram equívocos, mas o rendimento do time nos gramados, insuficiente para os seguidores do Alvinegro, pouca interferência tiveram desses técnicos.