Tite estreia e Brasil sobra contra Equador; Gabriel Jesus comemora
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De Vitor Birner
Equador 0x3 Brasil
É impossível exigir do Tite o padrão de jogo que o próprio quer implementar. Teve 3 dias para treinar. Se a seleção mostrasse grande futebol, seria mérito de todos e a graça da sorte.
A atuação foi consistente. O time ganhou o meio de campo, durante o jogo adquiriu confiança e após fazer o gol ficou fácil ampliar o resultado.
Apesar de necessitar ajustes, a seleção mostrou padrão de futebol melhor que na Copa América. A questão será manter, porque regularidade e consistência são adquiridas nos treinamentos e nos jogos. O time pouco faz isso.
Mereceu ganhar.
Se confirmar o favoritismo contra a Colômbia, o treinador terá a paz necessária para fazer o que sabe.
O esquema tático
William na direita, Neymar do outro lado, Renato Augusto e Paulinho no meio, todos na mesma linha.
O 4-1-4-1 com o quarteto em frente ao volante Casemiro e atrás de Gabriel Jesus garantiu as flutuações de posicionamento quando o time teve a bola. Os jogadores do Chelsea e do Barcelona, porque o oponente força os lances pelos lados, pouco se deslocaram para a meia. Priorizaram a marcação enquanto o time se adaptou ao andamento do jogo na altitude.
A variação para o 4-3-3 aconteceu quando Neymar avançou, Gabriel Jesus foi para a direita e Renato Augusto ou Paulinho entrou na área como se fosse o centroavante. Ambos podiam fazer isso. Outra alteração do sistema é para o 4-4-2 com o atleta negociado para a agremiação de Guardiola e alguém formando a dupla de frente.
William fez pouco isso e foi conservador provavelmente por preferência do técnico.
No início, o sistema de marcação formado por todos os jogadores preencheu as lacunas no campo de trás. Quando notou que podia fazer mais, atuou adiantado e anulou a transição de bola do Equador.
Alguns poucos lances de velocidade pelos lados, ainda no 1°t, formaram o repertório do time que teve apoio da torcida.
Apenas o Brasil jogou futebol
O Equador, após as instruções dos técnicos e descanso dos atletas, perdeu rendimento. Tentou adiantar todas as linhas para impedir a bola de chegar ao meio de campo do oponente.
A estratégia foi ineficaz e o time do Tite, com mais lacunas para a criação, sobrou. Ganhou o meio de campo e criou as oportunidades. teria feito o gol antes se caprichasse nas finalizações.
Neymar participou mais da criação. Se deslocou do lado para a meia, chamou o jogo, e por isso tocou mais na bola no campo de frente.
O treinador do Equador notou e tentou reforçar o setor com a entrada do Ibarra e a saída do centroavante Caicedo.
A tentativa foi ineficaz. Logo em seguida aconteceu o gol e o time ruim na altitude Quito.
Minutos antes, William saiu e Philippe Coutinho, que investe mais que o colega em dribles e velocidade e é pior na marcação, foi ao gramado. .
A lebre e a tartaruga
Gabriel Jesus saiu muito atrás de Mina e chegou na frente no lance do pênalti. O atacante ganhou na velocidade do lento zagueiro.
O goleiro teve que fazer a falta e tomou o amarelo. Após as alterações na regra, o cartão teve a cor precisa. Neymar cobrou no canto direito, forte e o jogo daquele momento em diante ficou muito fácil.
O Equador investia em marcação e nos contra-ataques. Teve que avançar todas as linhas e oferecer aquilo que antes queria para fazer o gol. A exclusão inquestionável de Paredes fez o time despencar dentro do gramado. Chegou com a sola por cima do pé de Renato Augusto.
Isso garantiu as avenidas onde o time do Tite conseguiu o resultado favorável.
Gols aconteceram todos do mesmo lado
Marcelo ficou mano a mano contra Mina e cruzou para Gabriel Jesus finalizar e comemorar. O lateral e Neymar aproveitaram no lance do gol. .
Neymar, na mesma avenida, fez a assistência para Gabriel Jesus, com categoria, ampliar o resultado.
Ficha do jogo
Equador – Alexander Domínguez; Paredes, Gabriel Achilier, Arturo Mina e Walter Ayoví; Christian Noboa de Gruezo (Gaibor); Enner Valência, Miller Bolaños e e Jefferson Montero (Arroyo); Felipe Caicedo (Ibarra)
Técnico: Gustavo Quinteros
Brasil – Alison; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; RWilliam (Philippe Coutinho), Renato Augusto, Paulinho e Neymar; Gabriel Jesus
Técnico: Tite
Árbitro: Enrique Cáceres Villafañe (Paraguai) – Auxiliares: Eduardo Cardoso Escobar e Milciades Saldivar Franco (ambos do Paraguai)