Em mais uma final, Simeone desconstrói “futebol gourmet”
birner
De Vitor Birner
Muita catimba, raça, intensidade e temperos latinos de futebol e o esquema tático italiano fizeram o Atlético de Madri eliminar o time com elenco muito melhor na parte técnica, e proporcionaram outra oportunidade da equipe espanhola ganhar a Liga dos Campeões.
O elogiável refinamento de Guardiola, que esbanja classe e estilo na proposta de jogo, e antes os de Messi, Suárez e Neymar ao lidarem com a bola, pararam na precisa simplicidade e humildade coletiva do treinador finalista.
É simples entender ambos os técnicos. O espanhol não se contenta em encher a barriga com resultados positivos. Quer sabor sútil e equilibrado para tal.
Ao ''hermano' basta ganhar.
Quer que todos saiam empanturrados e felizes pela comida caseira, forte, com alma, que fez com ingredientes simples e disponíveis.
Ambos têm razão. A meta é ganhar e cada qual escolhe como pode fazer isso.
O futebol continua anárquico, abrangedor, aberto a vários tipos de perfis; há os amantes da simplicidade, do gourmet e de ambos.
Creio que hoje o sorriso dos torcedores tem o idioma mais parecido com o dos amigos leitores do blog.