Doriva, Eurico, Aidar e os conselheiros do São Paulo
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De Vitor Birner
O treinador fez grandes elogios ao Eurico Miranda, a quem chamou de ''dirigente sério'', ''fantástico'', na entrevista coletiva de hoje.
Agora ficou simples compreender por qual motivo Carlos Miguel Aidar o escolheu.
Ambos os dirigentes têm muito em comum nas razões pelas quais se propuseram a exercer a presidência dos respectivos clubes.
Se distinguem apenas pela maneira como se comunicam nos microfones.
O são-paulino faz o tipo refinado e o outro prefere o 'quem manda aqui sou eu'.
A gestão do vascaíno, no fim do último século, enterrou a saúde econômica do clube, outrora quase sempre forte dentro de campo, e gerou dívidas que até hoje o mantém com desempenho muito inferior à grandeza de sua camisa.
A atual, no Morumbi, segue caminho igual.
Função
O Conselho Deliberativo do São Paulo precisa fazer algo.
Se não, essas mesmas pessoas que trocam o dever de cuidar da instituição por política e cargos, no futuro sequer terão algo de valor para barganharem, pois conselheiros de agremiações de segunda divisão ou das coadjuvantes na elite do futebol têm status irrelevante no mundo do esporte.
A não ser aqueles que se posicionaram contra quem afundou financeiramente o clube.
Mais que os resultados em campo
Serei, de novo, direto.
Não duvido que Doriva consiga ganhar a Copa do Brasil, principal meta do torcedor nesse fim de ano, ou ficar entre os classificados à Libertadores.
Afirmar se a tendência é de êxito ou não, antes de saber como ele montará o time e qual proposta coletiva tentará colocar em prática até dezembro, seria um chute.
E a questão do post vai muito além de um punhado de jogos de futebol.