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Filosofia de jogo do Brasil perdeu de Sampaoli

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De Vitor Birner

Chile 2×0 Brasil

O Brasil conseguiu neutralizar o meio de campo do Chile até os Sampaoli, aos 39 minutos, colocar Mark González, que joga pelos lados da meia ou do ataque, e tirar o zagueiro Silva que compunha o trio do 3-4-1-2.

O treinador sabia que precisava se impor no setor para seu time ganhar.

O andamento do jogo, dali em diante, foi alterado.

O Chile passou a trocar passes no entorno da grande área e conseguiu entrar nela, enquanto o Brasil ficou acuado, mas com muitas brechas para fazer o golo no contra-ataque.

Executou mal esses lances, principalmente porque Oscar não deu sequência neles, e o técnico, apesar de contar com Lucas e o santista Lucas Lima no banco, preferiu esperar.

O time tomou o gol de cruzamento com Vargas finalizando de pé direito, algo inaceitável em lance iniciado na cobrança de falta, e  apenas depois disso Dunga mexeu no time.

Colocou Ricardo Oliveira no lugar de Hulk, escalado como centroavante, e não alterou a proposta coletiva.

Ganhou o atleta mais capaz de fazer o pivô e permitir que os meias Willian, o melhor do time em Santiago, Oscar e Douglas Costa tentassem tabelar com ele.

Mais tarde, quando restavam cerca de 5 minutos, optou por Lucas Lima e a saída de Luiz Gustavo.

Obviamente, a necessidade de empatar forçou o time a atuar mais adiantado, o Chile ganhou o contra-ataque e Alexis Sánchez ampliou.

O resultado foi consequência de entrosamento maior e da maneira como os treinadores enxergam o esporte.

Um prefere ousar e aumentar a possibilidade de tomar gol para tentar ganhar, e o outro se esforça para implementar um clichê tático e conseguir o resultado.

Não me diga, por favor, que a derrota tem a ver com a falta de qualidade da única seleção gigante em campo.

O elenco do Brasil é melhor que o chileno.

Ficha do jogo

Chile – Claudio Bravo; Francisco Silva (Mark González), Gary Medel, Gonzalo Jara; Mauricio Isla, Marcelo Díaz (Vilches), Arturo Vidal e Jean Beausejour; Jorge Valdivia (Matías Fernández); Alexis Sánchez e Eduardo Vargas
Técnico: Jorge Sampaoli

Brasil- Jefferson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz (Marquinhos) e Marcelo; Luiz Gustavo (Lucas Lima) e Elias; Willian, Oscar e Douglas Costa; Hulk (Ricardo Oliveira).
Técnico: Dunga

Árbitro: Roddy Zambrano (Equador) – Assistentes: Christian Lescano e Byrom Romero (ambos do Equador)