Blog do Birner

Se não tiver carta branca, Raí vai embora do Morumbi
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De Vitor Birner

As referências

Raí afirmou que terá carta branca para administrar. A declaração foi a mais citada nos debates sobre a entrevista.  Muita gente dúvida do pleno aval e crê que o ídolo pode se queimar como dirigente. ''Se deixarem ele trabalhar' foi a frase mais repetida.

Por se tratar de alguém como ele, dificilmente isso acontecerá e durará. O convite e o sim geram condição um pouco diferente da média no planeta do futebol.

É fácil

Raí, se notar que os dirigentes dificultam as alterações que avalia como primordiais, renunciará. Não aceitou para ser igual ou parecido a quem está na agremiação.

A direção, ao contratar o principal ídolo da clube, ganhou o escudo contra parte das críticas e se colocou em xeque. Ou oferece pleno aval, ou o Rei do Morumbi abdicará e a gestão ficará na berlinda tanto dentro da instituição quanto com a torcida.

O coro das reclamações, que é enorme, será multiplicado. Por isso tudo a direção necessita respaldar o craque.

Pela missão

Fui amigo do querido Sócrates, gosto do Gustavo, eu e Raí éramos os únicos comentaristas do time de transmissão na CBN em meados de década anterior, conhecemos pessoas em comum além do esporte.

Cito isso para mostrar que talvez posso entender como pensa. Tem personalidade e sabedoria para impedir que algum cartola se escore nele para manter obsoletos métodos.

É mais apegado à construção que ao 'status', prefere contribuir que brilhar e, se a bactéria da vaidade tola não o contaminar, o clube terá que oferecer condições para implementar as alterações no futebol.

Raí gosta do diálogo.

Pode ceder, é parte do coletivo em vez de o dono da agremiação,  se avaliar isso como positivo para a agremiação.

Por dentro

Raí conhece o momento do São Paulo. Todas as semanas o Conselho de Administração, do qual era integrante, se reuniu para avaliar a gestão e no mínimo uma vez por mês repetiu com o presidente do clube.

Tem ideia de como está o caixa da agremiação e qual a dinâmica no departamento de futebol.

Aceitou a diretoria mesmo ciente de como é o chão em que caminhará e, pelo perfil que tem, avaliou tudo e planejou o rumo mais construtivo, depois disse sim.

O essencial

Raí precisa vivenciar a rotina. Uma administração competente sabe que os seres humanos e os processos de gestão constroem o avanço de empresas ou de clubes.

Conhece todo mundo, mas é necessário aguardar o convívio que pode gerar desgastes. Haverá resultados, provavelmente crises, e algumas bobagens repetidas pela opinião pública dificultando a implementação do ambiente harmônico.

A sabedoria

Raí talvez necessite agregar rodagem. Quando iniciamos uma empreitada inédita, por mais que nos preparemos, a rotina é teste e o professor que permitem aperfeiçoamento.

Pode se equivocar. Acontece com os cartolas, técnicos, atletas, colegas e torcedores.

O dirigente, além da carta branca, precisa acertar. Tem que mostrar a competência para liderar o departamento de futebol.


Tite acompanha Bernard e Fred brilharem mais que Fernandinho e G. Jesus
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De Vitor Birner

O baile

Tite foi assistir ao jogo do Shakhtar Donetsk diante do  Manchester City. Provavelmente imaginava outro andamento dentro do gramado.

O time que ninguém cogita para ganhar o torneio brilhou no 1°t.  Forte no sistema de marcação, anulou a criação do favorito e com lances de velocidade construiu os gols.  Podia comemorar mais, se caprichasse ao finalizar.

O técnico

Guardiola deve ter reclamado muito com o elenco. Depois do descanso, o clube que almeja conquistar a Liga dos Campeões melhorou, entrou no jogo e conseguiu diminuir no pênalti.

As zebras

O volante Fred, convocado poucas vezes, atuou melhor que Fernandinho, testado por Tite como opção para Renato Augusto ou Casemiro e praticamente garantido no elenco.

Gabriel Jesus conseguiu o pênalti quase no encerramento – Aguero finalizou com precisão – mas esteve pouco inspirado e o sistema de criação quase nada ofereceu só centroavante. Uma vez recebeu a bola em frente ao goleiro, tentou driblar e com facilidade o oponente impediu com as mãos.

Taison, pelo meio, e Bernard na esquerda atuaram na mesma linha. Ambos contribuíram para o resultado positivo.

O que conquistou uma Libertadores agregou mais e acertou grande finalização para comemorar o golaço.

Numa comparação, o que nunca foi convocado jogou pouco melhor que o colega que teve algumas oportunidades na seleção. Os dois formaram o trio com Marlos na direita. O desempenho elogiável do naturalizado foi essencial para a agremiação ganhar do favorito.

Como nunca foi sequer cogitado para a seleção do Brasil, aceitou quando recebeu a proposta da Ucrânia e, três vezes, disputou jogos vestindo a azul e amarela do país da Europa.

A construção

Os atletas convocados por Tite necessitam esforço, características e habilidades individuais que o esporte solicita e leitura dentro do gramado para fortalecer o coletivo.

O treinador considera a regularidade para optar. Rodado, sabe que atletas medianos brilham em algumas temporadas e evita o embalo da torcida.

As convocações são calculadas. Nenhuma atuação de jogador que o treinador conhece pode, sozinha, alterar o planejamento.

As da rodada que encerraram os grupos na Liga dos Campeões pouco devem mexer no elenco.

Danilo, que teve dificuldade no sistema de marcação – Marlos atuou mais no setor – provavelmente continuará sendo convocado.  Daniel Alves é veterano e o atleta do City tem sido a melhor opção quando o treinador poupa o lateral.


Alguns nomes cogitados por Leco para a diretoria de futebol
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De Vitor Birner

Do campo

No momento em que o São Paulo patinava e continuava entre os times que iriam para a segundona, o presidente cogitava a alteração na diretoria de futebol para essa temporada.

Os nomes citados eram os de Mauro Silva, Belletti ou Raí, atualmente o primeiro da lista, e de mais alguns jogadores.

Leco está propenso a contratar alguém de fora do clube. Prioriza o administrador com rodagem nos bastidores e nos gramados.

A sabedoria recomenda esperar porque a movimentação política pode alterar decisões na agremiação.


Poucos atletas iguais nas seleções do brasileirão e da temporada no país
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De Vitor Birner

O critério

É simples, mas há gente que parece não entender a votação para formar a seleção da temporada.

A referência é o desempenho apenas deste ano. Se João for mais habilidoso que Francisco e esse jogou futebol melhor no período, o último deve ser eleito.

A regra é igual para a formação do time com os destaques do campeonato brasileiro. Considero as 38 rodadas.

Pontos corridos

No torneio ganho pelo Corinthians, opto por esses atletas.

Vanderlei; Fagner, Geromel, Balbuena e Guilherme Arana; Michel e Hernanes; Luan, Rodriguinho e Dudu; Jô. Técnico: Fábio Carille

Tive muitas dúvidas porque Bruno Henrique, Thiago Neves e Arthur poderiam estar no time.

Na temporada

Na seleção incluí quem brilhou nos pontos corridos,  Copa do Brasil e na Libertadores.

Marcelo Grohe, Edilson, Geromel, Balbuena e Diogo Barbosa; Arthur e Bruno Silva; William, Thiago Neves e Luan; Jô. Técnico: Renato Gaúcho

Bruno Henrique entraria, se o Santos não fosse eliminado no jogo em que o atleta foi excluído pelo árbitro porque cuspiu no oponente. Nem acho que o time se classificaria de Libertadores com o artilheiro no gramado, mas voto no do Palmeiras.

 

São oito alterações de jogadores entre as seleções. Nem a opção pelo treinador é igual.

A opinião

Tite garante que o gramado fala. Como creio nisso, votei apenas pelo futebol.

Os craques

Jô foi quem mais brilhou nos pontos corridos. Nem sequer há algum candidato para cogitar ganhar o pleito.

Incluo o centroavante na eleição de melhor atleta da temporada, ao lado de Arthur, Luan e do goleiro que conquistou a Libertadores.

Essa é difícil. Sem muita certeza, oferecia o prêmio para quem comemorou o golaço de cavadinha na decisão do principal torneio no continente.


Brasil tem obrigação de se classificar no grupo; depois ‘começa’ o Mundial
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De Vitor Birner

A sorte

A Suíça tropeçou apenas uma vez nas eliminatórias, mas tem uma seleção mediana. Não considere os números elogiáveis. O grupo era pífio.

Andorra, Letônia, Ilhas Faroe, Hungria e Portugal disputaram a vaga, perdeu uma vez para os campeões da Europa que nem sequer têm uma grande seleção e na repescagem conseguiu um gol no pênalti patético que a arbitragem 'inventou' diante da Irlanda do Norte.

Melhor no sistema de marcação que na criação, tem no lado direito, onde Lichtsteiner atua na lateral e Shakiri é a principal opção com a bola, o setor mais forte. O pote 2 tinha Espanha e Inglaterra.

O Brasil teve sorte nesse no terceiro.

A freguesa Costa Rica mantém a proposta de atuar no 5-4-1 que contribuiu para a grande campanha na última edição do torneio. Permite aos oponentes manterem a bola e quando a recupera investe nos lances de velocidade em direção ao gol. É forte na parte física, limitada e previsível. Gabriel Jesus e cia são favoritos contra a nação que não tem exército e se orgulha por ser a que mais preserva a natureza.

Tite provavelmente preferia outra seleção do último pote. A campanha da Sérvia, nas eliminatórias, foi elogiável.

Encerrou na liderança do grupo que teve tinha Irlanda, País de Gales e Áustria, além das coadjuvantes Geórgia e Moldávia. Oscilou no sistema de marcação e foi mais forte na criação.

Como a Costa Rica ou a Inglaterra no último amistoso da seleção de Neymar, atua com trio de zaga.

Matic é o destaque no meio de campo onde joga ao lado de atletas que não podem ser avaliados como brilhantes, mas mostram algum talento e por isso bom futebol.

A opinião

O Brasil é grande favorito no grupo. Apenas se tiver o desempenho pífio e muito decepcionante será eliminado.

Se garantir a classificação, atuará nas oitavas de final diante dos campeões, ou contra a freguesa Suécia, ou frente a Coreia do Sul, ou diante do México de Juan Carlos Osório.

Tite deve ter preferências. Certamente quer evitar o time de Joachim Low e, se pudesse optar, hoje diria igual sobre o imprevisível time do técnico criticado pelos conservadores do futebol.

Lembro que é um torneio de curta duração e o momento das seleções tem mais relevância que o potencial dos elencos.


Sorteio de hoje é importante; grupo fácil ajuda a ganhar a Copa do Mundo
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De Vitor Birner

A opinião

Há quem prefere o grupo mais difícil porque eleva o padrão de competitividade e prepara o time para o mata-mata. Discordo muito.

Eventualmente pode acontecer, mas o ideal é ter os oponentes mais fáceis.  Os motivos são óbvios.

O anímico

A competição exige muito do emocional dos atletas. A pressão nas grandes seleções é enorme.

São bilhões de torcedores atentos ao torneio.

Tite, como todos os técnicos, cita a importância de os atletas terem confiança e concentração no gramado. A outra afirmação comum é que resultados positivos aumentam a crença dos jogadores no próprio futebol.

Numa competição de um mês a máxima ganha muita força.

Em suma, importante é ganhar, seja contra quem for. No início facilita a adaptação do elenco á rotina do torneio. O tropeço cria pressão enorme e pode interferir no desempenho.

Nas últimas 12 edições se classificou á segunda fase. Tenha certeza que a torcida e a imprensa repetirá milhares de vezes isso, se perder na estreia.

Todos os acertos do treinador e dos atletas serão colocados em xeque. É mais fácil ganhar da Croácia que da Espanha, ambas do segundo pote, que do Irã em vez da freguesa e mediana Suécia no 3, e que a Dinamarca é mais forte que a Arábia Saudita no quatro com as piores do ranking.

O futebol

Tite valoriza.o tempo disponível para a preparação. Haverá pouco antes do torneio.

Uma 1° fase fácil contribui para o aprimoramento. Na última conquista, o Brasil melhorou apenas nas quartas de final após Juninho perder a vaga Para Kleberson. Se tivesse no mais difícil talvez nem tivesse o prazo para se fortalecer.

A seleção iniciara mais avançada que aquela na parte coletiva, mas o elenco na Ásia nem sequer pode ser comparado ao atual.

Havia mais de um craque e atletas ganhadores em clubes do Brasil e da Europa.

Em suma, tem que ganhar jogos para elevar a confiança dos atletas, aumentar o prazo para Tite ajustar e melhorar o coletivo e, apesar de o futebol nenhuma garantia oferecer, oponentes limitados facilitam essa construção.

(Atualizando)


Conquista do Grêmio é uma aula de futebol para os clubes do Brasil
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De Vitor Birner

O desempenho

Torneios decididos em jogos eliminatórios muitas vezes não acabam com o clube que mostrou melhor futebol comemorando a conquista. O Grêmio entra na história como campeão e referência no continente.

Nenhum time jogou mais bola nessa Libertadores.

No grupo

A classificação foi fácil. Na penúltima rodada, mesmo após tropeçar diante do Deportes Iquique, garantiu que atuaria nas oitavas de final.

As goleadas diante do Guaraní e Zamora, principalmente frente o primeiro, inauguraram a série de grandes atuações.

Força coletiva, proposta ousada, capacidade para gerenciar os momentos difíceis, além de distintos protagonistas construíram a conquista..

Nas oitavas

Em Mendoza, contra o Godoy Cruz, Ramiro comemorou o único gol logo após o início do o jogo. Os 'hermanos' incomodaram apenas no 2° t.

O resultado positivo talvez gerou alguma acomodação. Na Arena, Marcelo Grohe, destaque da conquista, se equivocou e Correa acertou a finalização.

Depois do gol que igualava a disputa pela classificação, o Grêmio necessitou 15 minutos para empatar.

Pedro Rocha foi o artilheiro da virada e classificação.

Nas quartas

Depois do título conquistado, afirmo que, contra o Botafogo, o Grêmio disputou 'a final' da Libertadores

O jogo foi truncado no Rio de Janeiro. Na Arena o clube de Jair Ventura atuou melhor no 1°t, depois acertou a trave, mas Lucas Barrios conseguiu o único gol. Apenas nessa fase o melhor time do continente teve possibilidade real de ser eliminado.

O gigante

O Barcelona de Guaiaquil encerrou as temporadas de Palmeiras e Santos na Libertadores. Ganhou nos pênaltis dentro do Allianz Parque e o jogo para se classificar na Vila Belmiro.

Nem a suspensão do artilheiro Álvez sugeria grande favoritismo do Grêmio na semifinal. Em campo, o time se impôs com facilidade.

Dois gols, Luan e Edilson comemoraram, em 20 minutos mostraram quem tinha vocação para ganhar o torneio.

Luan completou o resultado depois de o Barcelona incomodar.

Marcelo Grohe, minutos antes, teve uma participação épica após Ariel, quase embaixo da trave, finalizar.

Foi dos mais difíceis, geniais, brilhantes na era moderna do esporte.O resultado quase garantiu classificação.

A agremiação do Equador necessitava do milagre para a remontada, foi ousada diante de 55 mil torcedores, o artilheiro que não atuou na ida conseguiu o gol, no 2° t continuou dificultando, mas nem o tropeço e a pior atuação de Luan e cia impediram o clube de disputar a final da Libertadores.

Pedro Rocha havia sido contratado pelo Spartak Moscou e na semifinal nem sequer estava no elenco.

O baile

Na final, o Grêmio, que atuara sempre no 2° jogo diante da própria torcida, recebeu o Lanús.

O 'Granate', melhor no 1°t, quase conseguiu o gol e Grohe com uma senhora participação mais uma vez brilhou. Depois das instruções do treinador e descanso dos atletas, ou time do goleiro ditou o ritmo e manteve a dificuldade para criar.

O gol no 'chuveirinho', lance pouco utilizado pela agremiação porque tem repertório, Jael ofereceu assistência para o Cícero festejar. Ambos foram colocados pelo técnico porque o time tocando a bola nada construiu

O Grêmio oscilou nos torneio de pontos corridos.

Todos que curtem o futebol e entendem a dinâmica em campo avaliavam que o melhor desempenho dos jogadores garantiria a conquista. Na Argentina, em especial no primeiro tempo, elevaram o padrão, ofereceram uma aula no gramado e comemoraram o tricampeonato da Libertadores.

Atuou com sistema de marcação adiantado, teve iniciativa, ditou o ritmo e os 'hermanos' precisaram quase 30 minutos para finalizar.

Fernandinho, antes, recuperou a bola no meio de campo – o oponente bobeou-  foi com ela pretende metros diante de Andrada comemorou.

Luan ampliou o resultado. Golaço numa cavadinha diante do goleiro.

Arthur precisava ser trocado, teve problema no tornozelo, mas se recusou a tirar a chuteira (seria impossível calçar com inchaço) para continuar no gramado.

Aguentou 5 minutos e Michel entrou. O volante principal e Luan foram os melhores em campo.

O técnico Jorge Almirón optou pelo 'tudo ou nada' ao investir em alterações de zagueiro e nos últimos de lateral por atacantes.

O pênalti de Jailson, que Sand acertou com categoria, foi a exceção do time que pouco incomodou Grohe.

Mesmo depois da exclusão merecida e tola de Ramiro, o Grêmio impediu o Lanús de entrar na área e finalizar.

O coletivo

Repare que muitos atletas brilharam para o clube ganhar o torneio. Na final, por exemplo, Bressan teve grande atuação.

O técnico merece os elogios. Além do resultado, investiu na proposta de futebol que apreciada por muitos torcedores.

Atua com sistema de marcação adiantado e alterna de acordo com as necessidades em campo. Tem o mais elogiável repertório de criação do país.

As virtudes para ser tricampeão da Libertadores.

Torço para mais técnicos implementarem proposta similar, terem essa campanha da agremiação como referência, porque toda ideia de jogo compatível ás características do elenco é construtiva, inclusive se for necessário optar pelo ferrolho, e no Brasil há poucas variações de futebol.


Se você fosse o técnico do Flamengo, qual seria o teu goleiro na semifinal?
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De Vitor Birner

A opção

Nenhum técnico do planeta queria o dilema de Reinaldo Rueda com goleiros do Flamengo.

Os candidatos não mostraram desempenho para serem escalados na semifinal.

A torcida

O plebiscito internético aleatório elege César diante do Júnior Barranquilla.  Ganha a votação porque é grande a rejeição ao outro candidato.

O goleiro tem 25 anos, atuou 25 minutos nos dois últimos anos e antes, quando teve oportunidades com a camisa do Flamengo, foi tão mal quanto Muralha. Mesmo assim a grande maioria dos torcedores o quer no gramado.

O técnico

Precisa raciocinar. Ou opta pelo goleiro que cometeu dois equívocos diante do Santos e uma quantidade considerável na temporada, mas foi bem pelo Figueirense, ou por César que nunca teve desempenho como o da melhor fase do colega.

Em suma, de um lado há o que outrora, antes de atuar pelo clube da Gávea, mostrou certo potencial, e do outro o último goleiro entre todos no elenco.

Seja qual for a opção, o treinador solicitará a benção da sorte no futebol.

As escolha será uma aposta em vez de algo fundamentado apenas no potencial dos atletas.

Para pensar

Diante do Júnior Barranquilla há uma contraditória vantagem para o goleiro que quase nunca atua e pode iniciar a semifinal. Tem direito de se concentrar apenas no futebol.

A maioria dos cartolas e dos torcedores segue a máxima da eleição de Tiririca -''pior que está não fica''-  por isso quer César no gol. O repentinamente preferido ganhará elogios se brilhar, mas os eventuais tropeços serão avaliados como previsíveis ou aceitáveis porque nenhuma grande expectativa há sobre seu desempenho.

É uma enorme oportunidade para o atleta. O treinador, nesse momento difícil, precisa de alguma referência para determinar quem entrará no gramado.

A preferência apenas técnica era pelo que atuou diante do Santos.

Aliás, Reinaldo Rueda, Zé Ricardo e Muricy Ramalho avaliaram que Muralha é mais capaz que César. Basta ver quem escalaram ou preferiram quando foram da agremiação.

Os técnicos, por unanimidade, preferiram o rejeitado pela torcida em vez do que ela pretende ver em campo na Copa Sul-Americana.

Mais exigido

É imprescindível manter a concentração nos gramados. Os atletas têm que atuar pensando apenas em tudo necessário para fortalecer o coletivo.

O jogo eliminatório no estádio lotado aumenta a interferência da parte emocional para a conquista do resultado.

Os equívocos do criticado mostram que, nesse quesito, César pode ser a melhor opção. O treinador precisa conversar com ele para avaliar se realmente está mais bem preparado para a semifinal.

O coletivo

O time – lembro que atletas de linha entram no campo –  precisa melhorar o desempenho. O jogo não se resume ao goleiro.

Quem monta sistema de marcação forte diminui as possibilidades para o oponente investir nos cruzamentos e finalizar.

O detalhe

No Metropolitano, o gramado e maior que o dos clubes da elite em nosso futebol.

Isso dificulta para o sistema de marcação fechar as lacunas.

Os simplórios podem afirmar que é igual para os dois times, mas, lembro, apenas o que necessita ganhar está habituado a atuar nestes campo e estádio.

A opinião

Quem seria o teu goleiro na semifinal? A resposta precisa, segura que a maioria quer, não existe.

A única, no momento, é que nenhum dos goleiros está pronto para o jogo.

No futebol, tanto Muralha pode conseguir atuação redentora quanto César brilhar, essa possibilidade compõe a essência do esporte, mas em princípio são a grande preocupação do treinador e da torcida.

Um deles tem que entrar no gramado.

O técnico, para decidir qual, precisa, como especialista ao gerenciar elenco de futebol, avaliar qual está mais concentrado para atuar na semifinal.

Meu palpite é que César jogará. Teria certeza, se a vaga fosse decidida no Rio de Janeiro.


Pablo é campeão brasileiro; merecia participar da festa em Itaquera
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birner

De Vitor Birner

A picuinha

No Corinthians, Pablo foi atleta sério e contribuiu para as conquistas na temporada.

Ninguém pode tirar isso do zagueiro. É dele e dos outros jogadores, do técnico, fisiologista, departamento médico e quem mais contribuiu para as alegrias.

Merecia ser mantido no elenco, até o final do ano, para desfrutar do que ajudou a construir. Excluir o campeão da festa parece birra porque atuará noutro gigantes do país.

Nessa a direção do Corinthians se equivocou.

O clima ruim com os agentes do zagueiro e qualquer incômodo pela recusa da proposta deveriam ser secundários na decisão dos cartolas. Tinha que prevalecer o futebol.

Boa sorte

Se os números forem os que li, a direção do Corinthians acertou ao não manter o atleta.

Balbuena é o melhor.da dupla.  Com sabedoria, pode contratar alguém para manter ou elevar o padrão nos gramados.

Pablo foi bem no torneio, mas precisa melhorar o desempenho para ser jogador que provoca saudade no torcedor.

Nessa penso igual aos cartolas da agremiação de Itaquera.


Luxa tem dificuldade com futebol mais elaborado e coletivo:por isso reclama
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birner

De Vitor Birner

A conquista

Josep Guardiola opina em contratações. Solicita e os dirigentes do Manchester City reforçam o elenco, tal qual foi no Bayern de Munique e Barcelona.

Os cartolas escutam o técnico porque, em campo, seus times jogam bom futebol.

O treinador na Europa, em especial o de clube endinheirado, e essencial para a agremiação investir nesse ou naquele atleta. Vanderlei Luxemburgo se equivoca ao afirmar que todos são os terceiros ou quartos no processo de construção dos elencos.

A sabedoria

Os encargos do diretor executivo são adaptados as necessidades da agremiação. Se o técnico for competente para escolher e explicar por quê indicou jogador x ou y, qual utilidade terá no planejamento tático e como o time atuará, pode ser atendido.

A regra é fácil. O investimento precisa ser construtivo. A dinâmica foi adaptada ao contexto atual do futebol.

Imagine se alguém pedir contratação porque recebe propina do empresário ou do time que cedeu o atleta. Se quiser o jogador pouco esforçado e coletivo. Ou pedir alguém sem capacidade técnica para melhorar o desenho e os resultados.

É obrigação do gestor zelar pelos recursos do clube.

No Brasil, onde o técnico que estuda e desenvolve conceitos atuais pode ser motivo de piada, apelidado de Professor Pardal, tema de discussões porque fanfarronismos boleirísticos corporativistas são estrategicamente citados para enrolar a massa resultadista,  'haters' e modinhas, dirigentes precisam conhecimento e equilíbrio para raciocinar fora desse tsunami virtual que interfere em decisões de muitos clubes.

Os técnicos

Alguns são bons para montar elencos competitivos sem tanto investimento. Outros sabem gerenciar atletas rodados. Uns desenvolvem habilidades de quem estava nas categorias de base. Há o merecedor de elogios porque é ótimo para implementar a proposta coletiva.

Os cartolas precisam ter plena noção do tipo de contribuição que pretendem quando contratam o treinador e os atletas.

No país, raros dirigente e técnicos agregam todas essas capacidades no futebol.

A opinião

A plena interferência que Luxa reclama é obsoleta. Como numa empresa, o direito de opinar sendo ouvido é uma conquista por mérito. O empírico diminui onde sabedoria e conhecimento prevalecem.

Foi gigante, teve oportunidade na seleção, Real Madrid, em clubes enormes do país, mas desde então nunca mais construiu um grande time de futebol.

Há tempos não repete padrão que gerou tantos elogios. Os jogadores solicitados aos dirigentes do Sport mostram a dificuldade para se atualizar e atingir o patamar de colegas. Além disso, montou o sistema de marcação vulnerável e insuficiente para o padrão do torneio de pontos corridos.

Por que o cartola disposto a contratar o técnico com o rendimento como esse deve encampar todas as suas solicitações?

As de Maurício Pochettino, Jorge Sampaoli, Carlo Ancelotti, José Mourinho, Guardiola e de outros são atendidas porque conquistaram tal 'regalia' no planeta do futebol.

O respeito

Capacidade tem. Desdenhar disso é equivoco. Se alterar conceitos e métodos, Luxa pode elevar o padrão e conseguir mais grandes conquistas.