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Se você fosse o técnico do Flamengo, qual seria o teu goleiro na semifinal?

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De Vitor Birner

A opção

Nenhum técnico do planeta queria o dilema de Reinaldo Rueda com goleiros do Flamengo.

Os candidatos não mostraram desempenho para serem escalados na semifinal.

A torcida

O plebiscito internético aleatório elege César diante do Júnior Barranquilla.  Ganha a votação porque é grande a rejeição ao outro candidato.

O goleiro tem 25 anos, atuou 25 minutos nos dois últimos anos e antes, quando teve oportunidades com a camisa do Flamengo, foi tão mal quanto Muralha. Mesmo assim a grande maioria dos torcedores o quer no gramado.

O técnico

Precisa raciocinar. Ou opta pelo goleiro que cometeu dois equívocos diante do Santos e uma quantidade considerável na temporada, mas foi bem pelo Figueirense, ou por César que nunca teve desempenho como o da melhor fase do colega.

Em suma, de um lado há o que outrora, antes de atuar pelo clube da Gávea, mostrou certo potencial, e do outro o último goleiro entre todos no elenco.

Seja qual for a opção, o treinador solicitará a benção da sorte no futebol.

As escolha será uma aposta em vez de algo fundamentado apenas no potencial dos atletas.

Para pensar

Diante do Júnior Barranquilla há uma contraditória vantagem para o goleiro que quase nunca atua e pode iniciar a semifinal. Tem direito de se concentrar apenas no futebol.

A maioria dos cartolas e dos torcedores segue a máxima da eleição de Tiririca -''pior que está não fica''-  por isso quer César no gol. O repentinamente preferido ganhará elogios se brilhar, mas os eventuais tropeços serão avaliados como previsíveis ou aceitáveis porque nenhuma grande expectativa há sobre seu desempenho.

É uma enorme oportunidade para o atleta. O treinador, nesse momento difícil, precisa de alguma referência para determinar quem entrará no gramado.

A preferência apenas técnica era pelo que atuou diante do Santos.

Aliás, Reinaldo Rueda, Zé Ricardo e Muricy Ramalho avaliaram que Muralha é mais capaz que César. Basta ver quem escalaram ou preferiram quando foram da agremiação.

Os técnicos, por unanimidade, preferiram o rejeitado pela torcida em vez do que ela pretende ver em campo na Copa Sul-Americana.

Mais exigido

É imprescindível manter a concentração nos gramados. Os atletas têm que atuar pensando apenas em tudo necessário para fortalecer o coletivo.

O jogo eliminatório no estádio lotado aumenta a interferência da parte emocional para a conquista do resultado.

Os equívocos do criticado mostram que, nesse quesito, César pode ser a melhor opção. O treinador precisa conversar com ele para avaliar se realmente está mais bem preparado para a semifinal.

O coletivo

O time – lembro que atletas de linha entram no campo –  precisa melhorar o desempenho. O jogo não se resume ao goleiro.

Quem monta sistema de marcação forte diminui as possibilidades para o oponente investir nos cruzamentos e finalizar.

O detalhe

No Metropolitano, o gramado e maior que o dos clubes da elite em nosso futebol.

Isso dificulta para o sistema de marcação fechar as lacunas.

Os simplórios podem afirmar que é igual para os dois times, mas, lembro, apenas o que necessita ganhar está habituado a atuar nestes campo e estádio.

A opinião

Quem seria o teu goleiro na semifinal? A resposta precisa, segura que a maioria quer, não existe.

A única, no momento, é que nenhum dos goleiros está pronto para o jogo.

No futebol, tanto Muralha pode conseguir atuação redentora quanto César brilhar, essa possibilidade compõe a essência do esporte, mas em princípio são a grande preocupação do treinador e da torcida.

Um deles tem que entrar no gramado.

O técnico, para decidir qual, precisa, como especialista ao gerenciar elenco de futebol, avaliar qual está mais concentrado para atuar na semifinal.

Meu palpite é que César jogará. Teria certeza, se a vaga fosse decidida no Rio de Janeiro.