Blog do Birner

Palmeiras e Flamengo ganharam; querer espetáculo é arrogância
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De Vitor Birner

Nem se quisesse

Alecsandro, após o Alviverde mostrar menos futebol que pode e conseguir os pontos necessários com muita facilidade, afirmou que o time atuou para ganhar em vez de tentar oferecer espetáculo aos torcedores. A avaliação e a proposta foram precisas.

O sistema de marcação anulou o de criação do América, Jaílson teve que fazer uma intervenção simples em toda a partida, e na frente, após fazer o gol, o Palmeiras diminuiu o ritmo e preferiu administrar o resultado positivo quando poderia forçar os lances e com inspiração golear.

O pragmatismo e o que alguns chamam de falta de ambição são inteligentes para quem prioriza a conquista do torneio de pontos corridos. O calendário lotado, além de dificultar a realização de treinamentos que aprimoram e agregam força coletiva, solicita que as agremiações mais competentes se poupem durante os jogos.

Nenhuma em muitas edições tem ou teve elenco com qualidade e quantidade de opções para o treinador e os torcedores exigirem espetáculo e resultado positivo.

O São Paulo tricampeão era eficaz e forte no sistema de marcação. Fluminense, Cruzeiro e Corinthians, com virtudes similares e características distintas na construção coletiva, posteriormente comemoram a conquista.

Todos conseguiram manter a regularidade na maioria das rodadas.  O Flamengo nem isso fazia e com desempenho no máximo comum, que gerou as vaias da própria nação rubro-negra durante a campanha, festejou após a sequência de êxitos do clube do Morumbi.

Querer a arte nos gramados é necessário. Ninguém deve se conformar com o vigente padrão. Mas, ao observar o calendário e o potencial da maioria dos atletas em atividade no país, a conclusão técnica afirma que a tal da caixinha de surpresas teria que ser acionada para qualquer time oferecer a estética futebolística sonhada pela maioria dos torcedores.  .

Tradição tende a ser mantida

Talvez, desde a implementação dos pontos corridos, nenhuma tenha sido espetacular. O torneio nesse formato acontece desde o aumento do êxodo de grandes jogadores.

As duas que podem ser cogitadas como representantes do futebol arte são o Santos de Robinho, Elano, Diego e Renato, e o Cruzeiro com Alex, Luxa e Gomes como protagonistas e ícones da tríplice coroa.

O Alvinegro com mais qualidade individual, alguns atletas merecem ser mencionados na rica galeria de craques da agremiação, e os mineiros mostrando futebol mais forte, por isso ganharam com sobras o então inédito troféu para o clube, além do estadual e da Copa do Brasil onde são colecionadores de conquistas.   .

Ambos tiveram êxito na primeira metade da última década e nos pontos corridos com mais agremiações.

Imaginar que hoje qualquer clube jogará em alto nível técnico na maioria das rodadas é crer na coincidência da incompetência de os europeus ao contratarem com o imprevisível que permite para os atletas, em específica temporada, renderam mais que o normal, somada com acertos e sorte de as categorias de base oferecerem os acima da média, antes de serem negociados aos endinheirados monopolizadores dos atuais craques do futebol.

Os dirigentes, em vez de atletas e treinadores, são os que podem com gestões competentes fortalecer os clubes e consequentemente o esporte.

Com méritos e menos futebol que pode

Santa Cruz teve duas grandes oportunidades enquanto podia pontuar; durante o breve empate, na qual Paulo Victor interveio e impediu o drible de Keno, e no equívoco do goleiro que permitiu ao Grafite acertar o travessão.

O Flamengo soube aproveitar as brechas no sistema de marcação do oponente; o gol de Vizeu com assistência de Éverton, e o do Willian Arão no rebote do escanteio em que Diego cabeceou com facilidade, tornaram o jogo fácil para o time da Gávea. No último os recifenses tinham adiantado todas as linhas e Émerson colocou Marcelo Cirino em frente ao Edson para finalizar e comemorar.

O clube da Gávea teve atuações mais consistentes no torneio, em especial antes da épica virada diante do Cruzeiro, ganhou com méritos no Pacaembu e continua na disputa pelo almejado troféu. Pode jogar melhor porque tem qualidade,

O time oscila como todos durante a temporada no continente.

Os resultados favoráveis em atuações aquém do próprio padrão são indispensáveis para manter o sonho de conquistar qualquer torneio grande, de regularidade, tal qual o de pontos corridos. O clássico contra o Fluminense tende a exigir mais futebol.

Máxima oferta de técnicos e jogadores

Flamengo e o Alviverde, tal qual o Atlético, têm como elevar o padrão dentro dos gramados. As margens de evolução do elenco de Cuca são menores que as dos orientados por Zé Ricardo e Marcelo Oliveira.

Os treinadores podem ser questionados. Ninguém tem como exigir montagem de times capazes de regularmente mostrarem alto nível, seja individual ou coletivo, de futebol. A oferta de qualidade afirma que arroz e feijão temperados com simplicidade e inspiração são o banquete dos resultados positivos.


Tite faz na seleção o que não fazia no Corinthians; o método foi alterado
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De Vitor Birner

A metodologia ganhadora

O treinador sempre insistiu na proposta coletiva e base de escalação que preferia. O esforço e o comprometimento dos jogadores, além do potencial. eram considerados para ganharem mais oportunidades e melhorarem na execução dos fundamentos.

O exemplo mais recente foi e de Vágner Love. Teve momento técnico ruim e mesmo assim demorou para ir à reserva. Luciano entrou, jogou muito mais que pode, e saiu após se machucar para o mais renomado ocupar a posição de centroavante no returno da grande campanha na edição anterior do torneio de pontos corrido..

Fez igual na primeira conquista pela agremiação de Parque São Jorge, quando iniciou o clássico diante do São Paulo, no Morumbi, com Paulo André na dupla de zaga ao lado de Wallace e o ídolo Chicão no banco.

Tanto o o zagueiro quanto o centroavante tiveram considerável série de jogos fracos antes de o treinador fazer as alterações.

A de Julio César foi encerrada na eliminação diante da Ponte Preta no Estadual. Provavelmente, na comissão técnica, muito antes a avaliação era favorável ao Cássio, inquestionavelmente mais goleiro, que após ganhar a oportunidade foi naquele mesmo semestre referência na conquista da Libertadores.

Teoria e o 'tradicional' padrão

Após a chegada de Tite, as  atuações da seleção foram melhores que as anteriores com Dunga e superaram as expectativas da maioria dos torcedores.

Se mantida a filosofia de formação de times, Filipe Luis e Fernandinho entrariam nas vagas de Marcelo e Casemiro, machucados, e alguém na do suspenso Paulinho. A ideia de escalar jogadores em funções iguais as que exercem nos clubes indicava Oscar diante da Bolívia.

William cumpriu a obrigação de fortalecer o lado direito do sistema de marcação. Daniel Alves é vulnerável, Equador e Colômbia gostam de jogar pelas pontas, e a participação do atleta dos 'Blues' nesse aspecto foi consistente.

Ficou devendo na criação e tem qualidade para contribuir.

A metodologia de formação de times sugeria mais oportunidades para o jogador. Se levarmos em conta que houve mexidas forçadas, tal teoria ganha mais força, Os treinamentos mostraram que a reinvenção de como preparar a equipe talvez exija atuações consistentes na criação e marcação.

Prática e talvez a nova dinâmica

Philippe Coutinho, que entrou e agregou qualidade em ambos os jogos,  provavelmente atuará na vaga do colega de seleção e oponente na Premier League. Foi assim nas atividades de preparação..

Taticamente, apesar de aumentar a hipótese de enfraquecimento do sistema de marcação, tem plena lógica a alteração.

O Brasil será dono da bola. Pode ganhar com facilidade, se tornar o andamento intenso e tiver as variações para ultrapassar constantemente o bloqueio dos andinos.  O atleta do Liverpool tem características mais apropriadas que William para oferecer a essa dinâmica de futebol.

A confirmação que iniciará significa a aceleração nas mexidas do time durante essa etapa de formação do mesmo e do próprio elenco.

As trocas que no Alvinegro aconteciam em momentos específicos, como antes de clássico ou jogo de mata-mata na Libertadores, na seleção podem ser mais velozes, inclusive diante de times fracos, incapazes de sonharem com a classificação.

Esses jogos simples, na agremiação, serviam para fortalecer quem vinha atuando e recebia críticas. O treinador evitava mexer porque o próprio atleta ficaria incomodado por saber que lhe tiraram quando podia aproveitar para ganhar confiança no próprio futebol e moral com o torcedor.

O grande olé de Tite

Sabia que eram necessárias alterações na dinâmica de construção e gestão do elenco na seleção.  Nunca imaginei que incluiriam a dinâmica da disputa por posições.

http://blogdobirner.blogosfera.uol.com.br/2016/06/20/tite-necessita-ajustar-a-metodologia-a-do-clube-nao-funciona-na-selecao/

Quem atuou com o treinador conhecia a antiga. Quase todos no elenco do Alvinegro tinham ideia do que deveriam fazer para ganhar a posição, por isso quando houve as alterações de impacto citadas no post, foi pequeno o desconforto no grupo de atletas.

Na seleção o treinador terá que solucionar na lábia o que resolvia com atividades dentro do gramado.

Terça-feira, no Sportv, mencionei com alguma convicção que haveria apenas as mexidas forçadas, pois o técnico evitaria aumentar o impacto na estrutura do time em formação. Os argumentos foram os mesmos deste post. Fui driblado e tomei aquela desagradável caneta que o meia Tite jamais conseguiria quando foi jogador.

Se alterar o esquema tático após resultados positivos, a surpresa será ainda maior. Acho que manterá a proposta coletiva.


Torcedores e o MP podem melar vaga extra na Libertadores
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De Vitor Birner

Que continue igual

Quem quiser pode tentar interferir no acréscimo de vagas para times daqui no torneio continental.  O Estatuto do Torcedor oferece tal possibilidade.

A lei federal afirma que: É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva, salvo nas hipóteses de:

I – apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais para o ano subseqüente, desde que aprovado pelo Conselho Nacional do Esporte – CNE; II – após dois anos de vigência do mesmo regulamento, observado o procedimento de que trata este artigo.

A CBF divulgou no regulamento da competição liderara pelo Alviverde a quantidade das vagas para a Libertadores e as variações embasadas nas colocações dos clubes noutros torneios.

Em nenhuma a classificação de meia dúzia, além do campeão da Copa do Brasil,  foi listada nos itens. Tem que manter, pois assim tornará tudo mais simples.

Como nunca, 'os anti piram' 

O Ministério Público pode ter a iniciativa e questionar a alteração no regulamento do atual torneio de pontos corridos, ou avaliar que o futebol nacional ganha e por isso preferir cuidar de outras pautas.

O esporte é feito de emoções. Há lucros indiretos nesse âmbito para quem vive intensamento o esporte. A maioria dos corintianos quer, por exemplo, que o São Paulo chegue à segundona.

A recíproca seria igual, se houvesse tal possibilidade para o ex-clube do Tite.  Há música cantada nas arquibancadas do Morumbi com a citação que ''nunca fui rebaixado.'' A rivalidade considera resultados negativos e positivos.

Os torcedores de qualquer agremiação podem ingressar no  Ministério Público exigindo que o Estatuto de Torcedor seja considerado para barrar a implementação de no mínimo meia dúzia de classificados pelo torneio de pontos corridos à Libertadores.

Os do São Paulo porque ficarão irritados, se o Alvinegro conseguir a improvável colocação, assim como os do Inter com o Grêmio encerrando em sexto,  os do Coxa se for o Atlético PR, os do Guarani se a Ponte Preta conseguir e o os do Flamengo diante do êxito do Fluminense.

Comemorariam eliminações dos oponentes na Libertadores, obviamente preferem que tais clubes sequer participem, e se quiserem há o embasamento para conseguir o  fora dos gramados.

Tal classificação é considerada êxito. Serve como paliativo das agremiações que pretendiam ganhar o troféu nacional, têm impacto na alegria dos torcedores, pode gerar a conquista do torneio mais almejado na América do Sul e talvez o Mundial. e há o embasamento para quem prefere o cumprimento do regulamento inicial e o veto da alteração.

Nenhuma polêmica e muita simplicidade 

Em princípio, os dirigentes da CBF deveriam recusar o acréscimo imediato de afiliados na Libertadores.

Conversem com os pares da Conmebol, mostrem o que a lei federal determina, façam os ajustes necessários na regulamentação da próxima edição no maior torneio que promovem e a regalia será apenas adiada por uma temporada.  A grana dos patrocinadores garante que os gringos irão aceitar.

 


Política do São Paulo rachada na situação e na oposição; bastidores fervem
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De Vitor Birner

Ainda na gestão

Roberto Natel, ontem quando chequei, ainda era vice-presidente. Talvez continue enquanto o time do Morumbi puder ser rebaixado no torneio de pontos corridos.

Saia agora ou depois, o conselheiro quer ser o candidato ao principal cargo da agremiação do Morumbi. Teria, se a eleição fosse hoje, maior possibilidade que Leco de ganhar a eleição.

Obviamente, apesar de ambos se respeitarem e terem consideração recíproca, a situação está rachada.

Concorriam, sobraram e se incomodaram

Quando Juvenal Juvêncio escolheu Carlos Miguel Aidar para a sucessão, o fez porque os resultados dentro dos gramados eram insuficientes para garantirem que outro situacionista teria êxito no pleito.

Leco, naquele momento, era o candidato natural pela sequência do que houve na gestão, e Roberto Natel, provavelmente, o mais forte.

Os dois sonhavam com a presidência e ficaram incomodados porque o então 'dono' da política no clube escolheu quem, posteriormente, o traiu. Foi avisado de tudo assim que confirmou a preferência pelo idealizador do terceiro mandato.

Desde aquela época havia a concorrência saudável dos que pretendiam ser indicados.

O sócio que tem mais votos

Roberto Natel carrega consigo cerca de quatro dezenas de conselheiros. É, hoje, o integrante do órgão que puxa mais votos.

No eleitorado de 240 tal número é considerável, pois nunca há pleno comparecimento, e insuficiente para garantir êxito no pleito que deve acontecer em abril.

A rejeição do sobrinho de Laudo Natel é pequena. José Roberto Opice Blum, Dorival Decusseau e mais alguns, provavelmente menos que dez, votam sempre contra o sobrinho do presidente que ocupou o cargo em grande parte do período da construção do Morumbi.

Leco viu a quantidade dos narizes tortos aumentar durante a gestão.

A possibilidade de ser candidato diminuirá consideravelmente, se o colega de clube e situação confirmar que tentará concorrer na eleição.

A política na agremiação

No São Paulo, todos os conselheiros podem ser candidatos. Em regra são lançadas duas chapas porque se um dos lados preferir se fragmentar, o outro tende a ganhar.

Por isso, ou ambos se acertam, ou provavelmente os oposicionistas que ficaram com Aidar terão o poder no clube.

Esses últimos têm que saber como articular a campanha. Deveriam, antes de tudo, se unir em prol da agremiação, mas têm dificuldades para a concretização da estratégia política necessária e simples.

Indefinições na oposição

Júlio Casares quer concorrer. José Roberto Opice Blum, Nilton do Chapéu e Eduardo Alfano, o nome mais forte nesse momento, são outros que têm tal sonho.

Enquanto isso, os oposicionistas mais antigos e conhecedores da instituição, como Kalef João Francisco, um dos diretores de futebol na era Telê Santana, tentam convencer Fernando Casal de Rey e José Eduardo Mesquita Pimenta a serem candidatos. Ambos, por enquanto, recusam a empreitada.

Nessa eleição, haverá o que pode ser chamado 'fator Abílio Diniz'. O empresário, especialista em articulação de poder, é oposicionista e quer definir o candidato.

Casares, por exemplo, tenta se aproximar do empresário para ser o escolhido.

Mas nem todos os conselheiros de oposição aprovam que a influência de Abílio Diniz tenha tal extensão.

Então, obviamente, há o racha nos que se posicionam contrários ao Leco.

A escolha feita no verbo

Nenhuma prévia, em regra, é realizada no São Paulo para a escolha de candidatos. Isso acontece após conversas e a avaliação dos conselheiros de quem poderá ganhar.

A única que houve, salvo engano, nas três últimas décadas foi feita por José Augusto Basto Neto, quanto era presidente.

Paulo Amaral ganhou e por isso o colega sequer tentou a reeleição. Leco, então oposicionista, foi quem perdeu do cartola que pode ser colocado na lista dos piores gestores da instituição.

Quase conseguiu a proeza de fazer Rogério Ceni ir embora.

As conquistas da Libertadores e do Mundial em 2005, e o tri nacional em seguida foram consequências da saída do então presidente. Marcelo Portugal Gouvêa com o menor resultado possível ganhou o pleito após a campanha articulada pelo na época oposicionista Juvenal Juvêncio.

Mais barganha

O novo estatuto é prioridade dos atuais gestores. Querem que seja redigido e votado nesse ano.

Isso interferirá no obsoleto e pesado período de campanha. Além da oferta de diretorias em troca de apoio, algumas cláusulas para manutenção de poder dos conselheiros podem ser colocadas.

Tirar muita força do órgão é comprar mais rejeição. Acho improvável que a maioria se disponha a fazer isso para o clube ser menos obsoleto e mais democrático .

A estratégia que Leco necessita

Hoje, se houvesse união e as vaidades fossem suprimidas pela praticidade, a oposição provavelmente seria favorita, o que é raro na eleição.

Leco, que deu vareio em Newton do Chapéu (138×36) no pleito em outubro, tem a carta na manga do poder. Se montar em janeiro o elenco capaz de encantar torcida e conselheiros, pode alterar ganhar força.

Nem todos os integrantes do órgão torcem pelo São Paulo. Há quem gosta mais de política que de futebol e prefere ganhar nas urnas mais que nos gramados.  .Mesmo assim, a montagem de elenco forte ainda interfere nas eleições.

Resta saber se há grana no cofre, planejamento para investir com acerto. e Leco sairá candidato.

Pela saúde da agremiação

A dinâmica da campanha, de ambos os lados, é mais relevante que o próprio escolhido. Ética e propostas técnicas acertadas e possíveis de serem implementadas são imprescindíveis para o São Paulo sair fortalecido da disputa pelo maior cargo da instituição.

Tenho plena convicção que, se o padrão atual for mantido. cedo ou tarde essa gente colocará o time na segundona.

Aos maniqueístas, relembro que, alguns desses, em especial os mais antigos, noutros tempos contribuíram muito para o clube ser gigante.

Tiveram grandes momentos na instituição.

Por isso, que sejam respeitados, inclusive se cometerem equívocos de competência na gestão ou se, hoje, deixaram de ser gestores competentes tais quais outrora foram no futebol.

Conclusão

Em regra, os políticos se entendem. Alguns terão que digerir a opção por colegas e os preteridos ficarão muito incomodados. No final tendem a se dividir em dois blocos, e haverá a minoria de votos em branco.

O que chama atenção é o ambiente politico mais explosivo e indefinido dentro do clube neste século. Na eleição de Marcelo Portugal Gouvêa, disputada no limite, havia mais disputa e menos agressividade. Ambas existiam em proporções distintas das que atualmente ditam o ritmo dos bastidores no Morumbi.

Atualização (23h02)

Júio Casares afirmou que descarta ser candidato nessa eleição porque é hora de apoiar o futebol do time e, pleitear candidatura ou fazer política seria, agora, ''um relevante desserviço ao clube''.

Houve 32 conselheiros o apoiando para tentar ser presidente, contou, mas recusou,

Na última reunião para escolha de conselheiros, foi mais votado pelos associados.

Conhece Abílio Diniz faz 14 anos.

Na conversa que tivemos, amena e fácil, me contou que a citação no post, na qual menciono a aproximação com o empresário,  poderia ser avaliada como oportunista por algumas pessoas.

Aos que interpretaram assim, ofereço o estanque para o veneno. O estatuto obsoleto e no máximo subjetivamente democrático exige específicas composições na campanha e na gestão.

Os requisitos técnico e ético, os únicos indispensáveis e que devem ser inegociáveis nessas composições, exigem que sejam embasadas em honestidade, competência e afinidade para a imposição das propostas de gestão.

Habilidade para agregar é positiva.

As composições que dispensam tais critérios têm o efeito contrário. pois administrar centenas de milhões de reais por temporada é para quem for capaz, honesto e tiver muita disponibilidade como abnegado de labutar intensamente, e muio, pela agremiação do Morumbi.


Corinthians ganha, Cruzeiro reclama e ambos continuam devendo futebol
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De Vitor Birner

Corinthians 2×1 Cruzeiro

Futebol no máximo mediano e polêmicas no cumprimento das regras, todas complicadas e favoráveis à agremiação de Itaquera.

Se o jogo agradou os torcedores do Alvinegro, foi pelo resultado. O time continua inconsistente no sistema de marcação e na criação dos lances de gol.

O Cruzeiro foi melhor, mas muito pouco. Teve as maiores oportunidades, por isso fiz tal avaliação.

O neo-pênalti que os mineiros reclamaram aconteceu.

Os times, hoje, têm desempenho que se equivale. É impossível achar favorito à classificação para a semifinal do torneio.

Táticas e andamento   

O Cruzeiro teve maior frequência no campo de frente durante o primeiro tempo. As melhores oportunidades para fazer gol foram da agremiação que tenta se manter na elite do torneio de pontos corridos.

Carille manteve o 4-1-4-1 e a escalação. Escalou o quarteto do meio de campo com Marquinhos Gabriel na direita, Marlone do outro lado, além de Giovanni Augusto e Rodriguinho por dentro. Camacho foi o volante atrás desses jogadores e Romero o centroavante.

Mano Menezes iniciou com Ábila e Arrascaeta no banco. William atuou na função do 'hermano, em frente ao trio formado por Rafinha. Rafael Sóbis e Robinho.

Henrique e Ariel Cabral foram a dupla de volantes do 4-2-3-1 que Mano Menezes implementou.

Ambos os times forçaram os lances pelos lados e foram quase inoperantes. Nenhuma grande intervenção exigiram dos goleiros.

A tabela de Rafinha e Rafael Sóbis foi a única em que alguém entrou na área com espaço para finalizar. O menos renomado tentou, mas o arremate chocho facilitou para Walter.

Aos 25, o William, em contra-ataque, chutou fraco e o substituo de Cássio fez mais uma tranquila intervenção.

Os dois momentos do Alvinegro foram com Rodriguinho, que em ambos finalizou por cima da trave.

Reclame com a Fifa e CBF

O Cruzeiro reclamou do toque da bola na mão de Camacho, após equívoco do volante ao tentar ajeitar e sair jogando.

No futebol original esse lance é normal. Mas os cartolas inventaram montes de adendos à regra, que previa a infração apenas quando o atleta deliberadamente a fazia.

As alterações implementadas em tais lances afirmam que o time das Minas Gerais teve o patético neo-pênalti sonegado pela interpretação de quem devia seguir a regra e o padrão ruim para o futebol, que fere a essência do esporte. Mas acima de tudo, os critérios necessitam ser iguais em todos os jogos.

Nem adianta me ofender ou se incomodar comigo.

A intromissão dos burocratas nas questões do gramado geraram pênaltis com atletas caídos e braço grudado no corpo, alguns em que o jogador estava de costas para o lance, outros após desviar e ser impossível impedir que tocasse na mão, além de muitos nos carrinhos e mais momentos nos quais o jogador é forçado a abrir os cotovelos pelo chamado movimento natural.

O neo-pênalti é comum. Há montes assim, provavelmente em quantidade maior que os normais onde os atletas raciocinam para fazer a intervenção.

Imagino que todas as agremiações tiveram alguns contra e a favor. Em regra, parte dos torcedores beneficiados acha engraçado ou é branda ao avaliar, assim como fazem dirigentes, treinadores, e eleitores com preferência partidária ao criticarem os políticos.

É o padrão nacional que exige honestidade dos outros e ofende quem se equivoca, e fica muito generoso e maleável quando convém.

A sorte é do futebol

William, no minuto seguinte ao do neo-pênalti, finalizou de fora da área. acertou o travessão e a bola bateu nas costas do Walter.

Era impossível o goleiro intervir. Iluminado, o substituo de Cassio comemorou a benção de o gol não ter acontecido no rebote.

Implementem a eletrônica

Após as orientações dos treinadores e descanso dos atletas, aconteceu outra polêmica.

Rafael rebateu a finalização de Rodriguinho e Marquinhos Gabriel, impedido, tocou para Romero comemorar quando o zagueiro Léo tentou tirar a bola quase embaixo da trave e fez o gol.

Era muito difícil saber, apenas observando uma vez. que houve a irregularidade no lance.  Nem os atletas no gramado marcando o Alvinegro que fez a assistência podiam ter plena convicção.

O inquestionável gol do paraguaio

Quase em seguida Marlone finalizou torto, mas Romero, de cabeça, ampliou o resultado.

As reclamações do Cruzeiro foram maiores nesse lance legítimo, mais simples de ser interpretado, que no anterior do impedimento de Marquinhos Gabriel.

Para cima 

Walter fez intervenção de alto nível depois do cabeceio de Manoel. Mano Menezes mandou o time à frente.

Era necessário o gol para diminuir a dificuldade na disputa pela vaga. Arrascaeta, poupado, entrou na vaga do volante Ariel Cabral. Depois Ábila foi ao gramado e Rafael Sóbis saiu minutos antes de Alisson substituir William para tentar otimizar a criação e as finalizações.

Bobeou

O Cruzeiro conseguir diminuir em contra-ataque. Ábila tocou para Robinho festejar. A assistência e a finalização foram precisas e elogiáveis.

O Alvinegro cria pouco. Ganhando no mata-mata, em Itaquera, no torneio com gol qualificado, devia ser mais consistente e impedir tais brechas no sistema de marcação.

Se tivesse competência para manter a bola no campo de frente, nem que fosse burocrático, seria lógicoo o avanço de todas as linhas, mas as dificuldades nesse fundamento são marca após o desmanche do elenco.

As alterações

Apenas depois do gol o treinador interino mexeu no time. Willians entrou na vaga de Rodriguinho para melhorar a marcação.

Lucca substituiu o Romero para aumentar a mobilidade na frente, e Rildo o Marlone, cansado, porque Carille quis investir em velocidade e dribles no setor mais vulnerável do oponente, onde atua o lateral Lucas.

Nada aconteceu. O Cruzeiro pareceu satisfeito  e o Alvinegro, como normalmente acontece, teve dificuldade para criar as oportunidades e finalizar.

Impossível

O resultado impede alguém de afirmar que há favorito à classificação. O futebol dos times se equivale.

O Cruzeiro tem que ganhar jogos nos pontos corridos para sair da zona do rebaixamento. Se ainda estiver quando os times se enfrentarem, o treinador provavelmente poupará atletas, o que diminui a capacidade técnica da agremiação que necessita ganhar.

Ficha do jogo

Corinthians – Walter; Fagner, Yago, Balbuena e Guilherme Arana; Camacho; Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Rodriguinho (Willians) e Marlone (Rildo); Romero (Lucca)
Técnico: Fábio Carille

Cruzeiro – Rafael; Lucas, Léo, Manoel e Edimar; Henrique e Ariel Cabral (Arrascaeta); Rafinha, Robinho e Rafael Sóbis (Ábila); Willian (Alisson)
Técnico: Mano Menezes

Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO) – Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires


Pífio: São Paulo somou 2 pontos em jogos que iniciou perdendo no torneio
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birner

De Vitor Birner

Consequência dos gols

O São Paulo desmoronou após tomar o gol contra o Vitória. Nenhum esboço de reação foi mostrado diante do time com menos recursos técnicos.

Tem sido assim durante o torneio, e após a Libertadores o dilema ficou maior. Sempre que o time saiu atrás, ou perdeu, ou raras vezes conseguiu o empate.

Em 10 jogos tomou o primeiro gol. Consegui empatar contra Coritiba no Couto Pereira, Chapecoense no Morumbi, e em todas as outras oito vezes nenhum ponto somou.

A proposta conservadora de Bauza e a qualidade nas finalizações emperraram o time.

Nas últimas semanas do 'hermano' e com Ricardo Gomes, o pacote indigesto para os torcedores aumentou: a classificação no torneio, assim como a invasão ao CT da Barra Funda, diminuíram a confiança do elenco.

Obviamente, antes disso, os resultados da agremiação proporcionaram tudo que relatei.

Os tropeços foram consequências do declínio nos gramados. O sistema de marcação que ficou vulnerável nos cruzamentos, tem dificuldades na recomposição e cobertura pelos lados, em alguns jogos a qualidade nas finalizações foi abaixo da crítica, e será muito difícil solucionar tudo antes do encerramento do torneio.

Como a hipótese de ser campeão é nula e a de ir à Libertadores quase igual, alguns poucos acertos e pequena melhora serão suficientes para evitar a possibilidade do rebaixamento.

A saída e a chegada

Escutei colega que provavelmente foi engabelado por algum político interessado do clube, e relato o que houve na escolha do treinador.

Leco quis Ricardo Gomes. O ex-gerente executivo Gustavo Vieira de Oliveira preferia a contratação de treinador estrangeiro. Pretendia que o restante da temporada servisse como preparação à próxima, pois avaliou que não haveria queda e nem qualquer conquista.

A saída do questionado administrador aconteceu porque o presidente tomou algumas decisões contrárias ao que planejou, como a escolha do técnico e a chegada dos jogadores tais quais Buffarini, que avaliou não ser prioridade e Bauza queria enquanto negociava com a seleção do país, e a dos que foram contratados após o fechamento da janela internacional de transferências.

Isso e a política dentro da instituição fizeram o presidente mostrar o bilhete azul.

Gustavo Vieira de Oliveira, em alguns momentos, deixou de se comunicar com o Leco tal qual o mandatário queria, e isso contribuiu para a alteração no departamento de futebol.

Reitero o óbvio pela 'enésima' oportunidade

Carlos Miguel Aidar colocou o clube numa crise que tende a demorar para ser encerrada. Parte dos cartolas da agremiação preferiu colocar panos quentes ao invés de tentar saber o que houve em toda a gestão.

A política interna, desde a última eleição, lembra muito a do Palmeiras que, gradativamente, Paulo Nobre conseguiu apaziguar.

O perfil de ambas, a encerrada e a outra vigente, é similar. Apenas quem exclui isso do raciocínio estranha a campanha do time do Morumbi no torneio de pontos corridos.

É consequência de uma série de fatos que nenhum dos protestos sequer mencionou.

Treinador, atletas e dirigentes foram embora e nada, obviamente, foi profundamente melhorado. A política interna sempre teve momentos de aquecimento e brandura, mas na última eleição o nível despencou. Hoje as questões pessoais sobrepõem para alguns as necessidades da agremiação do Morumbi.

O próprio Juvenal Juvêncio, que fez muito pelo clube e perdeu a mão no terceiro mandato, teve como maior equívoco as insistentes iniciativas para suprimir a oposição.

Reforma estatutária que diminui a força de conselheiros e torna a instituição mais democrática, apesar de muitos sócios sequer torcerem pelo clube e preferirem cadavéricas churrasqueiras ao invés de elencos fortes, é fundamental para a instituição caminhar com horizonte mais amplo que os apegos àquilo que outrora funcionou e atualmente é obsoleto para a competência da gestão.

Se tais mazelas políticas continuarem, cedo ou tarde o São Paulo 'conseguirá' o rebaixamento, e será mais difícil mostrar regularmente dentro dos gramados a força que tem como gigante do futebol no planeta.


Escolha do novo treinador mostra o Corinthians estagnado por falta de grana
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De Vitor Birner

A crise financeira no Alvinegro parece interferir no planejamento. A direção tem que saber, hoje, quais são as necessidades e quem pretende contratar para fortalecer o elenco e tentar conquistar torneios.

Mas, conselheiros e os cartolas, por economia, querem a chegada do novo treinador apenas na próxima temporada, e a escolha desse líder é importante para a definição da proposta de futebol dentro dos gramados e de quais atletas devem chegar para que seja implementada com êxito.

As negociações com tais jogadores deveriam ter começado. As feitas de supetão em regra custam mai$ e a a dificuldade para serem fechadas é maior. Por isso, nos bastidores os dirigentes de quem pretende ser campeão devem ter jogadores encaminhados ou acertados para os que gerem.

Saber quanto podem gastar é imprescindível para a execução desse planejamento.

No Parque São Jorge a impressão é que, além dos obstáculos tradicionais para a chegada de reforços, há o de saber quanto podem gastar e, consequentemente, é impossível tocar com precisão qualquer execução de qualquer estratégia no prazo que a instituição queria e preferia.

Abaixo, alguns pitacos sobre os treinadores especulados, todos com perfis distintos, o que mostra a direção em dúvida sobre qual caminho seguir para elevar o nível do futebol na agremiação.

Os três cotados 

Roger é investimento inteligente e Luxa 'bullying' com o torcedor. O novato tem conceitos atualizados sobre dinâmica de futebol e, apesar de necessitar rodagem para burilar a metodologia e as outras incumbências de quem ocupa o cargo, merece o otimismo do clube que quiser e conseguir os serviços do técnico.

O veterano pode, eventualmente, acertar na orientação de algum elenco, ganhar torneios, mas continuará obsoleto enquanto mantiver a filosofia nos gramados e como a implementa.

Se existe tal dúvida no Alvinegro, os problemas de gestão ultrapassam a fronteira econômica. O pior que pode acontecer para qualquer instituição é ser incapaz de se reinventar quando o esporte exige. Essa tradição em muitos clubes os torna nesses momentos menores, porque a impressão é que dependem dos tais personagens que foram competentes e ganhadores.

Eduardo Baptista é outro especulado na agremiação.

Sport e a Ponte Preta foram competitivos com o treinador, nas Laranjeiras mais perdeu que ganhou,  ainda necessita mostrar em agremiação gigante a qualidade de líder, mas seria aposta com potencial de êxito, desde que haja respaldo e qualidade no elenco.

De nada adianta contratar Guardiola ou Ancelotti, se os jogadores têm dificuldades em fundamentos técnicos essenciais do esporte, faltam atletas com características específicas para formação de time competitivo, e a sombra de Tite permanecer como referência de comparação nas arquibancadas em Itaquera.


Fluminense tem razão, assim como o Corinthians e o Vasco; que todos se unam
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De Vitor Birner

Todos estão certos

Houve impedimento em todos os gols do Fluminense. Esses lances nem deveriam ser parte das reclamações do time. Os próprios atletas e principalmente o Levir Culpi deveriam confirmar isso, porque assim os outros protestos seriam técnicos em vez de servirem como lamento da eliminação.

O amarelo na falta de Marquinhos foi patético e o seguinte, na reclamação, questionável. O responsável pelo cumprimento das regras falhou ao excluir o atleta.

Tai equívoco e os acertos avalio como óbvios, enquanto os lances de pênaltis, ambos não marcados e favoráveis ao clube das Laranjeiras, são daqueles considerados interpretativos.

Eis a grande questão.

Se houvesse critério homogêneo, igual em todos os jogos, saberíamos o que deveria acontecer. Como a Fifa tornou muitas regras dúbias e a CBF nunca fez todo o possível para diminuir o direito de interpretação dos lances, tudo pode e os próprios árbitros alteram os critérios de rodada em rodada e de torneio em torneio

Quem diz que hove os pênaltis, por isso, tem razão, assim como os que consideraram legítimas as jogadas nas quais Cícero e Richarlyson reclamaram faltas dentro da área.

Essa margem grande interpretativa é muito ruim para o esporte. Ninguém, sejam atletas ou treinadores, sabe quais são os limites quando entra no gramado.

Em suma, os interessados no Parque São Jorge e nas Laranjeiras podem discutir, debater, reclamar, gritar, pois todos têm argumentos lógicos e fortes. .

Sei que compreender isso é difícil para muitos cidadãos absorvidos pela sociedade ultra-maniqueísta como a de nosso país, mas há questões nas quais ambos os lados são 'certos'. O Fluminense pode se considerar prejudicado, e o Alvinegro avaliar que houve competência e isenção no cumprimento das regras.

Antes de algum crédulo de mundo divido entre bons e maus me chamar de 'mureteiro', deixo a opinião.

No futebol real, o que prefiro e distorceram [cansei de reclamar e avisar  em montes de post no blog antigo, e ser xingado pelo clubistas quando a argumentação lhes era inconveniente] após a tecnologia mostrar com detalhes as jogadas, e a opinião pública gritar por faltas em qualquer contato físico brusco e ferir a essência deste esporte, nenhum pênalti seria marcado.

Como isso foi alterado e o rigor aumentou, o de Giovanni Augusto em Cícero colocaria na cal.

O atleta do Fluminense foi perspicaz e se posicionou na região ideal depois do cruzamento, o do Alvinegro ao notar o que o oponente tinha feito optou pelo contato forte ombro a ombro, permitido se houver disputa direta pela bola, que não aconteceu, e impediu com o neo-pênalti provavelmente a finalização.

Quem faz questão de manter

Os dirigentes de federações poderiam determinar critérios, fazerem simpósios na preparação dos escolhidos para os torneios, divulgarem cartilhas aos torcedores e jornalistas enumerando as determinações, e assim a margem de interpretação seria mais restrita.

Sabem disso. Se aumentam ou mantêm a subjetividade no gramado é porque preferem. Acham o atual padrão, para si, mais confortável.

O dessa e o da outra vez 

Em São Januário, Eurico, por mais contraditório que pareça, reclama do cumprimento das regras.

Tem tal direito, assim como Maluf, Collor e tantos outros políticos no padrão nacional podem ficar indignados pelas mazelas da sociedade.

Houve bola na mão, dentro da área, do jogador santista. No nebuloso e histérico padrão atual aconteceu o neo-pênalti que deveria ser marcado.

Lucas Lima fez a falta no início do contra-ataque do lance que gerou o empate do Santos e encerrou o ímpeto dos cruz-maltinos quando eram melhores e necessitavam do gol para igualar a disputa pela classificação.

Por favor: a oportunidade que o Ederson desperdiçou é problema do próprio Vasco. Não coloque tal jogada nesse debate, pois o tema aqui são as decisões de quem entra no gramado para cumprir regras. Apenas os equívocos e acertos, e o azar ou a sorte dos atletas deveriam gerar os resultados.

Os cariocas podem esbravejar  Se conseguiriam a classificação é impossível afirmar diante do andamento e do futebol mostrada pelas agremiações.

Talvez, não, talvez sim, e a única certeza é que o jogo foi apenas outro capítulo do futebol, onde muita gente acha engraçado e fica cega quando o equívoco lhe favorece, e reclama por ética e competência ao ser atrapalhado.

E tudo se explica pelos que repetem exaustivamente a bobagem que a quantidade dos equívocos durante os torneios é igual para todas as agremiações.

É o caminho do futebol 

Obviamente, nada disso será alterado.

Haverá mais polêmicas que, para alguns, são parte do esporte.

Digo para esses que a população mais pobre, baterias, bandeiras, sinalizadores e espontaneidade são da alma do jogo expurgada dos estádios pela ditadura das Arenas.

Das e não daquela do partido político que teve filiados assassinos de inocentes por meras questões ideológicas e direito de opinião.

O futebol continua apanhando de quem enxerga a atividade como mero produto gerador de grana e poder. Grande parte da população comemora faturamentos e se orgulha de rendas milionárias e excludentes para os menos favorecidos economicamente. Discordo, mas respeito, pois na democracia prevalece a preferência da maioria.

Sei que, mais para frente, irá reclamar do que apoia, tal qual fez noutras questões.

Entendo e nem cogito ser rude com quem é enrolado e faz inconscientemente o jogo dos burocratas. Os equívocos e os acertos individuais acontecem, são capítulos do aprendizado, exigem paciência e principalmente generosidade para serem debatidos, e a compreensão disso compõe a dinâmica da construção coletiva.


Andrés Sanchez gerou o atual enfraquecimento do futebol no Corinthians
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De Vitor Birner

Tiraram o palito de fósforo para o incêndio ser apagado. Por isso Cristóvão Borges recebeu o bilhete azul.

O treinador se equivocou em algumas escalações e alterações, houve a transferência de Elias, e a direção fez o gols de parte da torcida ao encurtar a permanência do sucessor de Tite na agremiação.

Os problemas não foram embora com o técnico.  A crise financeira continua e, apesar de equívocos como a contratação de Pato tal qual atleta de marketing e de futebol, a Arena em Itaquera é a maior geradora da dívida que enfraqueceu o elenco.

Andrés Sanches foi o mentor da empreitada.

O maior cartola de Parque São Jorge merece críticas e elogios: fez muita força para o Dualib fechar com a MSI e o time foi rebaixado; como presidente trouxe Ronaldo e turbinou o caixa;  escolheu Tite e manteve o treinador após a eliminação contra o Tolima, e por isso houve as conquistas no torneio de pontos corridos nacional e na Libertadores.

Roberto Andrade tem que gerenciar a conta, a grana minguou, e a questão da Arena em Itaquera é tutelada pelo cartola mais forte do clube, tal o próprio afirmou.

A torcida, no tropeço diante do Palmeiras, se virou para o camarote e xingou o atual presidente, que é mortal e incapaz de arrumar veloz e plena solução para o débito financeiro.

Os 'naming rights' para a diminuição do dilema são negociados pelo indicado por Andrés Sanches. O próprio Cristóvão Borges foi sugestão do deputado e dirigente.

Era mais feliz

O Alvinegro, se continuasse jogando no Pacaembu e pudesse investir as rendas em reforços, teria condição muito melhor, pois entraria mais dinheiro e nenhuma dívida bilionária necessitaria ser paga.

Além disso, a maioria dos torcedores com quem converso, prefere o estádio municipal.

Talvez, em muitos anos, a Arena se transforme em grande negócio. Mas nesse momento é o maior entrave para formação de elenco tão forte quanto as grandes receitas que tem a agremiação.

A Roberto o que é de Roberto

O presidente, então como diretor, se equivocou ao avalizar a contratação de Alexandre Pato para o marketing e o futebol. O Alvinegro queria alguém para ocupar a vaga de Ronaldo e assim tentar manter o faturamento direto e indireto gerado pelo centroavante.

Cogitou Kaká e após o atleta preferir o Morumbi antes de ir aos EUA, optou pelo atleta que teve de emprestar ao São Paulo, Chelsea e atua no Villareal.

A contratação milionária é parte dos equívocos que esvaziam o caixa, mas custou cerca de 3% do que o clube terá de quitar para cumprir o combinado durante a construção da Arena em Itaquera.  Por isso, Andrés Sanchez é nesse momento o maior gerador da queda de qualidade no elenco.

O custo da obra é avaliado em cerca de 1,2 bilhão, mas com os juros decorrentes de dificuldades no pagamento a estimativa atual é que o valor seja de 1,64 bilhão,  por enquanto 6% disso foi quitado,  o clube pediu a suspensão do pagamento de parcelas e tenta fechar os 'naming rights', além de negociar os CIDs questionados pelo Ministério Público para poder minimizar e encerrar a dívida até 2028 tal qual prevê o contrato com o BNDES. Apenas depois disso o clube poderá ficar com a grana das rendas.

Obviamente, se atuasse no Pacaembu e não houvesse a Arena, poderia escolher como investir o dinheiro dos ingressos, e teria capacidade para fortalecer muito o elenco. Mas, após solucionar tudo, a obra em Itaquera pode aumentar os faturamentos e se tornar solução ao invés de problema, como tem sido para as finanças da agremiação.

Os pequenos percentuais do clube nas transferências da maioria dos jogadores são questionados pelos torcedores. Isso foi praxe desde a gestão do dirigente com mais voz no Parque São Jorge, e que mantém a simpatia da massa que torce pela agremiação.

Roberto de Andrade, na entrevista de ontem, afirmou que gostaria de gastar, mas prioriza o que é necessário para a instituição.

Houve muitos cartolas de quase todos os clubes grandes que, sob críticas, reforçaram elenco e os débitos, foram elogiados, e deixaram para o sucessor aquilo que deveriam gerir.

O presidente fez o necessário ao priorizar a instituição em detrimento da qualidade nos gramados.

Andrés Sanchez, no futuro, poderá receber os elogios pela empreitada, se o Alvinegro conseguir pagar a Arena e o esforço tornar o clube ainda maior no futebol.


Há três favoritos no papel e dois no gramado; Atlético deve futebol
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De Vitor Birner

As torcidas felizes

O Palmeiras tem elenco muito melhor que o do Corinthians. Um abismo técnico separa as agremiações.

A do Allian Parque é candidata a ganhar o torneio de pontos corridos, enquanto o Alvinegro, se conseguir a vaga na Libertadores conseguirá grande feito com os jogadores que vieram ou restaram após o desmanche. São realidades distintas as dos clubes nessa edição do torneio de pontos corridos.

Mesmo assim, em Itaquera e após render menos que podia contra o Flamengo, o Alviverde sequer podia ser chamado de grande favorito. Os torcedores de ambos os lados cansaram de ver o mais capaz tropeçar em dérbis e a ausência de Gabriel Jesus, se era insuficiente para igualar o potencial dos times, diminuía pouco o desequilíbrio de forças.

O Palmeiras tinha obrigação de vencer para manter a liderança e os atletas sabiam disso ao entrarem no gramado.

Havia mais que o futebol do Alvinegro para o time superar. Era fundamental manter a concentração e a paciência nos 95 minutos. Esse gerenciamento emocional redundaria em desempenho consistente e. provavelmente, no resultado positivo.

Os atletas foram aprovados no teste. Nem o gol impedido de Mina, em lance mais difícil para o auxiliar que o outro irregular do colombiano diante do São Paulo, pode ser considerado fundamental para obter os três pontos.

Teve o sistema de marcação consistente, Jaílson quase nada necessitou fazer, e o líder aproveitou o equívoco de Vilson para tornar o andamento mais favorável. Em suma, mostrou personalidade de quem pretende ser campeão.

O Flamengo tem feito isso, tal qual os próprios torcedores do Alviverde observaram no empate dos clubes. Foi fácil confirmar o favoritismo diante do Figueirense, no Pacaembu.

Ninguém questiona essas agremiações são candidatas a conquistarem o o torneio de pontos corridos. Os elencos oferecem tal possibilidade, o do Alviverde com maior quantidade para reposição e o do Rubro-Negro com pouco mais de talento inaproveitado pelo treinador.

Cuca formatou proposta coletiva para os mais habilidosos em cada posição atuarem. Zé Ricardo dispensa alguma qualidade para manter quem acha que garante a força coletiva.

Tem que mostrar melhor futebol

O Atlético, por exemplo, montou o elenco mais talentoso; Em tese é grande candidato.

Mas, no gramado, nega que tenha capacidade e ambição para ganhar o torneio de pontos corridos.

Desculpe a redundância; o time tem que atuar como time, tanto na marcação quanto na criação. para transformar o potencial em futebol de alto nível.

Marcelo Oliveira ainda necessita fazer isso.

No clássico, tinha melhores jogadores, conseguiu o gol com Clayton, forçou o Cruzeiro adiantaria as linhas, mas cometeu equívocos na transição veloz e manutenção de bola na frente,o time de Mano Menezes foi pouco melhor e o Robinho menos habilidoso igualou o resultado.

Com capricho nas finalizações a agremiação que sequer cogita a conquista encerraria o jejum em clássicos.

É urgente que o treinador e os atletas consigam essa melhora coletiva. O elenco com os rodados Lucas Pratto, Leonardo Silva, Robinho, Fred, Erazo, Rafael Carioca, Júnior Urso, Fábio Santos têm voz para argumentar com quem escala e prepara a proposta coletiva.

A campanha abaixo do potencial é de todos e grita por imediata melhora.

A dupla em vez de trio

O Flamengo tem potencial para evoluir, o Alviverde atingiu o ápice técnico e oscila menos que a média.

Quem quiser se manter na concorrência necessita acompanhar os clubes que na prática mostram futebol para ganhar o torneio de pontos corridos.

O Atlético, com força coletiva, é no mínimo tão competitivo quanto ambos.  Conseguir esses fundamentais ajustes será apenas cumprimento da obrigação embasada na qualidade do elenco.

Afirmo desde o início que é um dos favoritos.

Mas, agora, tem o Santos, onde Dorival faz o possível, concorrendo na disputa pela vaga direta na Libertadores e as outras maiores forças conseguiram pontuação matematicamente impossível de ser alcançada em apenas uma rodada.

Em suma, ou melhora em breve como pode, ou encerrará o torneio na colocação que nem exigia o grande investimento feito pelos cartolas em qualidade do elenco.