Blog do Birner

Gabigol necessita saber que por enquanto é ‘apenas’ uma grande promessa
Comentários 38

birner

De Vitor Birner

'Menos seria mais'

Gabigol foi oficializado como jogador da Inter de Milão no último dia de agosto, quando completou duas décadas do nascimento. Deveria saber que dentro do embrulho de presente havia milhões de euros e uma grande oportunidade para aprender.  Nem todos os atleta conseguem iniciar em clube tão grande no mercado europeu.

A agremiação compõe o trio dos gigantes italianos ao lado de Milan e da Juve.  Qualquer lista com as dez maiores do continente tem os 'nerazzurri'.  Gabriel tem mérito e privilégio de pular a Ucrânia, Turquia e toda a periferia rica do futebol.

Os interistas poderiam investir noutro atleta; deveria valorizar a escolha e retribuir com paciência, treinos fortes e humildade para conseguir mais minutos em campo e, quem sabe, tornar rotina o legítimo sonho de ser protagonista.

A apresentação com pompa talvez contribuiu para a ilusão de que ganhar a titularidade seria fácil.

Pisou na cidade sob calorosa recepção da torcida; na entrevista coletiva inicial houve colega cometendo o devaneio de questionar se poderia suceder Ronaldo.

Seria muita maturidade do jogador tão novo, se conseguisse abstrair tudo e mantivesse os pés no chão. Quando adultos são capazes disso, tal virtude merece ressaltos no mundo de ostentação e ambição 'de viver como as Kardashians'.

E quando entrou no gramado

A empolgação dos exagerados foi desprovida de embasamento técnico e contraproducente. Gerou pressa desmedida e a inoportuna frustração,

Os metros sagrados onde se toca, dribla e marca fincaram as chuteiras calçadas pelo jogador no sagrado solo natural.

Primeiro foi Frank de Boer, treinador demitido, o algoz por deixar o atacante sentado. O sucessor Stefano Piolli fez igual e o criticou em entrevista após o atacante entrar nos finais de dois jogos e tentar  lances de efeito que considerou equivocados e de nenhuma in utilidade.

Queria objetividade

Dentro de campo no  'calcio é nóis'

Nas modernas salas com design de arquitetura e cheias de personalidade, onde se faz o 'brain storm' e são criadas as propagandas que aumentam o consumo de produtos e às vezes agregam valor às marcas, é possível potencializar os feitos.de jogadores, desde que haja.

A propaganda ao ser contratado tinha gols e assistências que fazem a arquibancada comemorar. Como é o Gabriel em vez de Suárez, Cristiano, Messi ou alguém desse padrão, necessita apresentar mais que o talento para chegar no estágio pretendido dentro do futebol.

Simples assim;  ganhar tal direito exige inteligência individual em prol do coletivo, esforço sem a bola,  adaptação à cultura de futebol dos mestres da tática.

O caminho óbvio para o êxito

A Itália ensina. Basta querer assimilar.

O torneio com os maiores construtores dos sistemas de marcação tem padrão de qualidade abaixo do inglês, alemão e espanhol. mas é uma escola para atletas como Gabigol.

O ex-santista é, para qualquer avaliador competente e racional, uma grande promessa para o futebol da Europa.

Tem muito a aprender.

No Santos fez atuações inaceitáveis no padrão do 'calcio'.  O terceiro gol do Grêmio, no tropeço do clube de Dorival,teve equívoco tático que faria o treinador e os jogadores de qualquer time da Itália o criticarem naquele tom reservado ao vestiário.

Leitura de jogo é uma das maiores dificuldades dos atletas de nosso país. São frutos de uma cultura social egoísta, onde o personagem que brilha é quase tudo e a contribuição discreta dos operários é menosprezada, esquecida, apesar de fundamental na construção de resultados positivos.

Tal qual houve com todos os compatriotas que foram reverenciados no país, a oportunidade e as condições para se tornar mais competitivo são ofertadas e cabe ao atleta abrir os ouvidos, se concentrar no necessário, e ganhar a posição com futebol ao invés das declarações de empresários ou qualquer questão além dos gramados.


A Chape além do futebol; muita saúde, alegria e paz para todos
Comentários 2

birner

De Vitor Birner

O povo colombiano mostrou solidariedade incomum para os padrões culturais vigentes em nosso país. Tornou a dor coletiva ao invés de individual, egoísta, mesquinha.

Sim. O Brasil, que é a a junção de todos nós, tem esses defeitos nocivos ao planeta. O patriotismo em verde e amarelo simboliza uma nação corrupta e cheia de mazelas sociais.

Antes de xingar o blogueiro ou listar os defeitos de qualquer outra nação, todas têm alguns ou muitos, concentre-se no que pode melhorar para todos.

É mais funcional e humilde.

O único ser humano sobre o qual é capaz de exercer grande ingerência nas decisões e você mesmo. Crer na hipótese de alterar o comportamento alheiro é arrogância. Religiosos e crédulos no Deus, lembro que nem o próprio faz isso diretamente e oferece o livre-arbítrio, o respeito às opções individuais como escola da existência.

O ódio pauta a sociedade. Todos sentimos, mas quando acontece é a hora de silenciarmos. O Fla-Flu político da direita x suposta esquerda deve ser alterado pela argumentação embasada e o desejo de escutar atenciosamente o que o oposto afirma.

O norte do raciocínio tem que ser a harmonia coletiva, a qual tem como alicerces a compreensão, o perdão, generosidade e paz.

O que for pautado por ódio, vingança e satisfação ao ver alguém com problemas joga contra essa construção da sociedade mais feliz.

O lugar de preconceitos raciais, sociais, ideológicos, de gênero, espécies animais e todos mais que o faz parecer é na lata de lixo e ninguém deveria existir como se fosse o depósito de excrementos existenciais que impedem os avanços de convívio no planeta.

Aproveito a metáfora para reverenciar os garis que correm sob calor e frio ou chuva atrás de caminhões, enquanto tomam fumaça na cara e inalam o fedor dos restos do que foi consumido. além de recolherem o resultado da ausência da educação de quem atira detritos no chão, tudo em troca de uma merreca de salário.

Mereciam a gratidão da sociedade ao invés do menosprezo que a mesma oferece a maioria dos mal-remunerados.

Tenha amor pelas pessoas e os animais. Comida estragando na geladeira e o morador de rua ou de qualquer local com muita fome e nada para comer deveria ser avaliada como a corrupção da mínima ética social, a que ultrapassa fronteiras do dinheiro.

Reclame e questione o governo, mas faça algo se puder para questões emergenciais, além de bater as panelas e berrar em redes sociais.

Silencie os teus julgamentos de caráter alheio. Seja tão generoso ao avaliar os de outros como é ao fazer consigo.

Cada bandido morto é uma derrota da humanidade que, obviamente, nada soluciona.

Ao contrário; agrava a guerra social e alimenta a estagnação coletiva.

Todos os seres humanos cometeram equívocos pequenos ou grandes equívocos em algum momento, muitos aprenderam e se tornaram indivíduos mais construtivos.

Deus e a natureza são os únicos que têm legitimidade para decidir se merecemos mais uma chance. Eu e você somos minúsculos para carregarmos o peso de oferecer às mães, irmãos, filhos e amigos o desgosto da perda de quem amam.

Olho por olho deixará tomo mundo cego, tal qual afirmou Gandhi.

Mandela perdoou quem o deixou na cadeia sem nenhum motivo por mais de um quarto de século.

Pepe Mujica fez igual.

Jesus, sob a dor da cruz, teve generosidade e indulgência divinas ao afirmar: ''perdoai-os porque eles não sabem o que fazem''

Os anônimos juízes 'destogados' sociais, tomados pela vaidade, nada perdoam e vaticinam sentenças contra quem sequer conhecem e em questões das quais nada averiguaram.  Consideram os outros como os grandes problemas sociais, enquanto inertes os ofendem e se mantêm agarrados às tais macro-soluções econômicas que creem resolver tudo e na prática são apenas parte do básico necessário da construção coletiva.

Dinheiro é como o ar.

Se respira para viver em vez de se viver para respirar. Apenas  quem sofre de alguma patologia considera o ato involuntário de inspirar e expirar a prioridade.

As famílias de quem desencarnou em Medelim têm,  hoje, o primeiro reveillon sob a sombra da ausência dos parentes. Muitas outras perderam quem amam.

A tua comoção, se for apenas individual e apegada ao que sentiu, é egoísmo, mas se a tristeza contribuiu para fortalecer o aprendizado de valorizar a continuidade finita que Deus e a natureza permitem, e agregou capacidade para fazer a sociedade mais alegre, gera virtudes em prol da construção da harmonia coletiva, , .

O patriotismo, da forma como é aqui, territorial, é um problema social. Certamente quando houve as guerras muitas pessoas com sentimentos iguais aos dos colombianos que nos emocionaram foram assassinadas pela manutenção ou conquista de países.

Centenas de milhões, acho que bilhões, desde a confecção da primeira arma, se foram e a arrogância da nossa espécie fornece conotação positiva quando se afirma que algo deve ser mais humano.

Os exterminadores de gente, animais, florestas, rios se consideram superiores apenas porque foram dotados de maior inteligência, a mesma que destrói o planeta em nome do lucro.

Patriotismo abençoado e o cultural, de afinidades, de amor, de compreensão que o indivíduo do outro lado da fronteira pode nos ensinar e merece solidariedade.

Mesmo assim, aprender a perdoar é imprescindível aos que pretendem contribuir para o ano com mais alegria e paz!!!!!

Economize energia de apontar o dedo para mim. Pertenço ao grupo dos que necessitam lembrar constantemente o que citei para me aprimorar e ser mais construtivo.

Deus abençoe todos com saúde, alegria e paz!!


Flu, S. Paulo e Cícero acertados; falta aval do agente. M. Bastos rescinde
Comentários 70

birner

Cícero passou pelo São Paulo de 2011 a 2012 (Foto: Wagner Carmo/VIPCOMM)

Cícero passou pelo São Paulo de 2011 a 2012 (Foto: Wagner Carmo/VIPCOMM)

De Vitor Birner

O São Paulo acertou com o Fluminense e com o jogador. Resta o aval do empresário Eduardo Uram para o o atleta retornar ao Morumbi.

O entrave é a comissão que os dirigentes contratantes não querem pagar.  Tal acordo impede que o martelo seja batido e ambas as agremiações economizem, tal qual consideraram ao fazerem a negociação.

Entenda a equação

Michel Bastos rescindirá o contrato com o São Paulo. Ninguém desembolsará qualquer centavo e, a partir de janeiro, o atleta poderá seguir a carreira noutro clube.

Na contratação de Cícero, se realmente for fechada, a agremiação do Morumbi gastará R$ 50 mil mensais a menos do que pagava ao jogador que sairá.

O Fluminense topou, pois quer reduzir a folha salarial. Cederá o Cícero para conter gastos. Nenhum valor será envolvido na transferência, a agremiação das Laranjeiras pagará parte dos salários do atleta e mesmo assim economizará R$300 mil mensais.

Os ganhos do atleta se manterão iguais ao atuais nas Laranjeiras.

Prefiro, por questão de ética, citar quanto recebem os jogadores apenas quando isso é fundamental para a notícia. O que descrevi creio ser o bastante para a compreensão do negócio. A contratação de Cícero foi pedida por Rogério Ceni e os cartolas tentam atender a solicitação do treinador que estreará no cargo pela agremiação do Morumbi.

Leia mais:

SP fica bem perto de contratar lateral da base do Grêmio para time de Ceni

Disputado por trio de ferro, Felipe Melo foi titular em só 10 jogos em 2016


Corinthians acerta ao efetivar Carille; o momento do clube exige
Comentários 17

birner

De Vitor Birner

O Corinthians tem grandes problemas de dinheiro gerados principalmente pelo modelo de negócio da Arena em Itaquera. O presidente Roberto de Andrade, após a política atingir temperaturas elevadas com o pedido de impeachment, nem pode cogitar o aumento das dívidas ou qualquer medida capaz de fortalecer quem pretende o impeachment.

A solução óbvia para a temporada, na qual tais questões devem ser prioridades, foi tomada. O ex-auxiliar conhece as categorias de base, e o momento afirma que é necessário oferecer mais oportunidades aos revelados no clube.

O fracasso ao tentar se classificar à Libertadores favorecerá o início da empreitada. No Estadual é possível fazer ajustes táticos, testar atletas, colocar os novatos no gramado para ganharem experiência e o time assim conseguir na maioria dos jogos resultados positivos que garantem a paz.

Escaparam do milagre 

O país em amarelo, azul, verde e branco tem cultura da corrupção e do egoísmo ultra-arraigados. Gosta de maniqueísmo e heróis que afirmam enfaticamente quais são as macro-soluções imediatistas para resolver o que o incomoda.

O treinador ganhador da Libertadores, seja qual for, atende às exigências.  Carrega a ilusão da conquista, por isso gera expectativas desproporcionais à sugerida pela realidade atual do clube.

Reinaldo Rueda é técnico desde meados da última década no século anterior. Conquistou os primeiros torneios ano passado, após herdar o Atlético Nacional preparado com maestria por Juan Carlos Osório, idolatrado pelos seguidores da agremiação.

Teve méritos ao agregar e alterar detalhes táticos e por saber como substituir atletas negociados.

Recebeu elenco estruturado, fez as avaliações e acertou na sequência e complementos ao que construiu o antecessor.  Não teve que iniciar quase do zero, como será necessário no Corinthians, pois a direção contratou treinadores de características distintas na temporada.

O colombiano, tal qual houve com Tite e pode acontecer com quem estuda e tem inteligência para o cargo, foi evoluindo durante a carreira. Seria positiva a chegada ao Parque São Jorge.

Mas, na prática, geraria uma enorme expectativa na torcida, os resultados seriam comparados aos do técnico que é ídolo na agremiação, parte da opinião pública alimentaria infrutíferas cobranças desproporcionais e qualquer frustração colocaria obstáculos ao time na temporada de aumento da interferência política porque na outra haverá a eleição.

Lembro que todos os treinadores estrangeiros foram criticados sempre que possível pelos apoiadores do bloco corporativista de nosso país.

Os tropeços comuns e eventuais, se considerarmos a força do elenco, em jogos mais relevantes e nos clássicos, atropelariam a racionalidade diretiva  e aumentaria a grita nas redes sociais e dentro do próprio clube.

A opção por Carille minimiza a mãe da frustração chamada expectativa, facilita a subida dos atletas da base e pode fazer alguns torcedores substituírem  parte da cobranças por apoio, desde que haja o empenho que a torcida pretende assistir dentro dos gramados.

É a ideal para o momento do clube, inclusive se a temporada for de jejum de conquistas.

Impacto da janela de transferências 

Seria chute a avaliação das possibilidade de Fábio Carille nessa empreitada. É necessário aguardar as movimentações e fechamento do mercado de jogadores.

Treinador competente minimiza dificuldades e amplia as virtudes coletivas. Nenhum faz, literalmente, milagre. Depende da qualidade no elenco.

Os atletas mais técnicos tais quais Marlone, Giovanni Augusto, Guilherme e Marquinhos Gabriel tiveram rendimento aquém do possível na temporada.

O sistema de marcação tende a ser mais competitivo que durante a última e curta estada de Oswaldo de Oliveira na agremiação.

Atuar com as linhas mais próximas, como Carille pretende é, acima de tudo, questão de como o treinador prepara o elenco, e de raciocínio dos que entrarem no gramado.

Em suma, há brecha nesse momento para fortalecer o time, mas sequer sabemos quem permanecerá na agremiação.

 


Marco Aurélio Cunha sai da gerência de futebol do São Paulo
Comentários 46

birner

De Vitor Birner

O gerente executivo confirmou no bate-papo que tivemos nessa tarde. No momento em que conversamos por celular ele estava em reunião no Morumbi tratando de questões da agremiação.

O dirigente foi direto e enfático ao comentar a opção: continuará ajudando o clube no que for necessário, elogiou a gestão de Leco que de acordo com MAC tenta reerguer o clube com pouco dinheiro após o São Paulo ter sido goleado pela gestão de Carlos Miguel Aidar, afirmou que viajará com a família aos EUA e irá à Florida Cup antes de se reapresentar à CBF com quem tem obrigações profissionais, e ressaltou a gentileza da entidade pelo período licença para labutar na entidade da qual é torcedor.

O principal motivo para a saída é a eleição em abril.  O presidente queria a permanência, mas se o candidato de outra chapa for escolhido pelos conselheiros, a tendência é a contratação de algum novo nome para o cargo.

E além disso Marco Aurélio Cunha quer evitar a mistura de questões políticas com a eleição e o cargo que exerce no futebol.


Mundial medíocre dentro do gramado; sequer consigo elogiar quem ganhou
Comentários 20

birner

De Vitor Birner

O torneio que deveria ter a elite do futebol, inclusive na arbitragem, é embasado em questões econômicas, políticas e geográficas.

A qualidade, por isso, de novo foi medíocre nessa edição.

Apenas para comparar

Imagine se  a distribuição de vagas do Mundial de seleções tivesse proporção idêntica ao de Clubes.

São 32 nações no torneio quadrienal e nenhuma da Oceania garante, dentro do continente, classificação à fase de grupos.

Se houvesse mais países para apoiarem candidato de situação na Fifa nas eleições e outras empreitadas,  e empresas dispostos a investirem em patrocínios, provavelmente o ganhador da eliminatória da Oceania seria dispensado da repescagem, tal qual acontece com todos os mais bem colocados noutras confederações.

Teria o direito mesmo com o atual padrão de qualidade nos gramados.

Critérios garantem padrão de qualidade

O Auckland City é uma agremiação semiprofissional. Tem que treinar de noite porque parte do elenco é formado por gente que labuta noutras atividades e sonha em sobreviver do futebol.

Mesmo assim, participou de oito edições do Mundial no atual formato. Foi o clube que mais vezes jogou o torneio.

O Barcelona, por exemplo, atuou em quatro edições e o Madrid, com'seu' apito pesado, metade das vezes dos catalães.

É óbvio que a entidade organizadora desdenhou da qualidade nos gramados ao fazer a distribuição de vagas.

Poderia indicar o ganhador da Oceania, se topasse agregar mais clubes de continentes tradicionais e fortes no esporte.

Edição das mais fracas do torneio

As questões econômicas garantem, se nenhuma zebra acontecer na Liga dos Campeões, o constante e enorme favoritismo ao representante da Europa. A facilidade para tirarem jogadores de outros continentes é similar a que tiveram quando saquearam e exploraram as populações dessas mesmas regiões enquanto colonizadores.

Hoje têm que gastar o dinheiro ganho às custas da pobreza, ignorância e miséria de outros povos, frutos em parte dos descasos de nações ricas e de regulamentações comerciais que facilitam a sustentação dessa ordem mundial que valoriza mais a vida do cidadão europeu que a do africano, e pagar pelas transferências de atletas.

O Madrid comemorou a conquista porque tem muito mais talento que o dos concorrentes. A sorte nas decisões de quem entra no gramado para cumprir as regras, tradicional e favorável na história do clube em torneios nacionais e europeus, completou o que era necessário para obtenção do sucesso.

As atuações do time foram no máximo medianas.

O treinador tem muito a fazer para extrair o possível do elenco. O 'Zidanebol', por enquanto, prioriza os desarmes, investe na transição em velocidade e lançamentos pelo alto do campo de trás ao de frente quando os oponentes adiantam o sistema de marcação. Tem tanta qualidade que isso pode bastar para ganhar a Liga dos Campeões.

Se contasse com,grupo de jogadores comuns, a estratégia seria compatível.  Critico porque diante do investimento para obter reforços e das possibilidades atuais disponíveis, o time tem que mostrar mais futebol.

Além disso, se o cidadão de Zâmbia que a Fifa elegeu para impor limites dentro do gramado, escolha no minimo ilógica,  optasse por respeitar a própria avaliação e excluísse Sérgio Ramos durante o jogo, teria sido grande a possibilidade de o Kashima Antlers transformar talento ,imitado e a força coletiva em resultado positivo.

O América teve estrutura de jogo superior a dos espanhóis.

É complicado achar os argumentos para elogiar a conquista da agremiação e o que mostrou nessa conquista do torneio.

A eletrônica foi 'sabotada' pela incompetência

O pênalti marcado para o Kashima Antlers em lance que ninguém no gramado observou, os japoneses inclusive, e no qual o atleta que tomou a falta estava impedido, foi a façanha inicial daquilo que deve contribuir para aumentar a credibilidade do futebol.

A Fifa, em nota, afirmou que concordou com a decisão, mas na disputa pela terceira colocação houve infração dentro da área favorável ao América, o lance foi reprisado para o planeta e nada foi marcado.

Apoiou publicamente e foi aos bastidores refazer as instruções para utilização da eletrônica. Manteve o silêncio porque foi necessário alterar os critérios dentro do torneio. O sujeito que nunca corre atrás da bola no gramado é quem impõe as regras. Os de fora auxiliam e tiram dúvidas pontuais.

O resumo é que a entidade conseguiu oferecer mais argumentos para os conservadores contrários ao que pode contribuir para o esporte.

Todas as modalidades que se dispuseram, conseguiram achar as medidas e elevaram o padrão com auxílio da eletrônica. Na mais popular do planeta a torcida sabe que houve interferências externas e proibidas de comunicação, e quando permitidas foram  mal-utilizadas. Eis o feito dos cartolas.

Ofereceram exemplo preciso para quem prefere a manutenção da subjetiva desonestidade que inclui interferências políticas, além do peso da camisa das agremiações. Quando tropeça na implementação do que as federações de distintos esportes conseguiram,  faz ode à burrice e a torna fundamental para o futebol.

O que posso elogiar

A força coletiva do Kashima Antlers, alguns lances de talento nos jogos e o empate de Atlético Nacional contra o América foram os pontos mais positivos.

É pouco para o torneio que sugere ser da elite técnica e tática do futebol.


Andrés quer dirigir o futebol do Corinthians; a política ferve no clube
Comentários 13

birner

De Vitor Birner

Pedido de impeachment

Roberto de Andrade foi eleito como candidato da situação. Andrés Sanchez era do time da política do mandatário,

Nos últimos meses, o cartola e deputado fez sutil oposição ao então colega de chapa. A fragmentação interna é grande. A maior mostra disso é o pedido de impeachment oficialmente protocolado e ganhando força nos bastidores do Parque São Jorge.

Tal movimentação interna é fruto de disputa pelo poder, crise econômica, resultados negativos dentro dos gramados, além da suposta falsidade ideológica do atual presidente porque teria assinado algum documento antes ser escolhido pelos associados para o cargo.

Roberto de Andrade sabe que Andrés Sanchez aprovou a iniciativa dos oposicionistas.

O ex-presidente contribuiu para a agremiação ter as atuais dificuldades. A Arena em Itaquera foi negociada pelo hoje deputado. O pleito ganho pelo com maiores poderes, apesar de ter contratado Pato quando era diretor de futebol e dos ínfimos percentuais de dinheiro ao clube em algumas transferências, teve a influência e foi referendado pelo dirigente mais renomado da agremiação.

Apoio e gerência do futebol

Criar obstáculos e oferecer quem os tire da frente: Essa tradicional prática da política em nosso país é marca em muitos clubes.

Andrés Sanchez, nos bastidores, comentou que topava assumir o futebol. A quem o escutou, citou contratação que pretendia para reforçar o elenco.

Semana passada, após o Roberto de Andrade sair do hospital, o deputado comentou isso com o mandatário, que recusou mexer agora na diretoria.

A oferta deixava implícito que haveria apoio para o presidente se manter no cargo.

A movimentação de recolhimento da quantidade das assinaturas que tornam relevante o pedido de impeachment era sabida por conselheiros de ambos os lados, Andrés Sanchez tinha força e conhecimento para tentar evitar ou enfraquecer a empreitada, mas deixa tudo seguir. O presidente enxerga a 'omissão' como estratégia de quem negociou e criou a dívida da Arena em Itaquera que dificulta a atual gestão.

Jogo dos bastidores tende a esquentar

Roberto de Andrade sabe que necessita apoio político para tentar diminuir o ímpeto do conselho no pedido de impeachment. Seria muita ingenuidade achar que a apreciação da pauta será simplesmente embasada em questões técnicas, e que os integrantes do órgão nenhuma influência terão na formação de opiniões e votação dos associados,

O presidente deve negociar o suporte. No futebol, em regra, são cedidas diretorias, além da autonomia aos ocupantes como barganha para o mandatário conseguir ter força na gestão. Isso sugere que a recusa pode ser alterada.

A própria demissão de Oswaldo de Oliveira é avaliada como medida política. O mandatário garantiu a permanência do treinador e ontem, quando seus pares vazaram informações, no momento inicial a ideia era a de manter quem orientou o elenco na reta final do torneio de pontos corridos.

Hoje tem reunião no conselho deliberativo.

Além pauta oficial que será colocada na ata, haverá outros assuntos e negociações políticas sendo debatidas nos corredores da agremiação.

Creio que, se questionados, o ex e o atual dirigente afirmarão que nada houve de oferta e na situação tudo continua em paz.


Inter é gigante; ‘Grêmio’ tem que comemorar a façanha do rebaixamento
Comentários 20

birner

De Vitor Birner

As questões racionais

O elenco do Inter é mais capaz que os de Coritiba, Vitória, Botafogo, Atlético PR e Ponte Preta que encerraram o torneio acima na tabela da classificação.

Talvez haja outras agremiações que montaram grupos de atletas menos técnicos que o do improvável rebaixado.

A torcida fez o possível para evitar a queda. Lotou a Arena, tornou a arquibancada barulhenta e intensa, e jogou mais que alguns atletas dentro do gramado.

O futebol além da técnica

A qualidade do elenco e o apoio da nação que ama o clube foram goleados por alguns óbvios equívocos de dirigentes e, creio, outros que aconteceram, mas  sequer imagino quais.

É difícil entender como o time que teve tantas oportunidades para se manter na elite, mostrou, em campo, afinco e solidariedade aquém dos exigidos nos jogos. Nenhum atleta quer entrar na história por levar à segundona um gigante do futebol.

Em alguns jogos o time foi apático, tal qual Danilo Fernandes, que mesmo com o time rebaixado encerra a temporada em alta com os torcedores, afirmou.

O goleiro teve desempenho de alto nível no torneio.

A distribuição e tal da referência 

Como nenhum atleta quer tal resultado no currículo, houve algo, dentro do grupo de atletas, que gerou a desunião.

O elenco poderia ter iniciativa e se fechar, tal qual se diz no 'futebolês', pois o rebaixamento contra agremiações menos capazes acontece apenas quando mais de uma pessoa se equivoca.

Na prática, a diretoria é quem mais merece tal crédito. Ou gerou a crise, ou foi incapaz de minimizar o que contribuiu para fazer o time ir à segundona.

O exemplo de incapacidade na gestão 

Os cartolas, tal qual citado na época em que alteraram os treinadores, se superaram na incompetência. Os escolhidos e principalmente a incongruência nas propostas dos contratados determinaram rumo aleatório para a agremiação.

Ao trocar Argel por Falcão, fez profunda alteração de filosofia de futebol. O ídolo, volante que faz parte da seleção dos maiores craques que tive o privilégio de assistir, nunca mereceu grandes elogios ao orientar e formar os elencos.

A proposta é elogiável. Valoriza a técnica, prepara o time para atuar com a bola, tomar a iniciativa e jogar em busca do gol.

O antecessor prioriza os resultados.

A estética e a proposta coletiva são mais simples, pois se for necessário abrirá mão de frequentar o campo de frente para ganhar as brechas e conseguir resultados positivos.

Celso Roth, após a empreitada com o atleta que merece reverência pela qualidade como volante, foi a reedição mais experiente e talvez antiquada do técnico que iniciou a temporada.

O encerramento com Lisca pode ser avaliado tal qual desfecho do filme de ficção, ou de revista em quadrinhos de algum super-herói, com roteiro mirabolante. No final, se revela ao espectador e ao leitor a trama planejada para prejudicar a agremiação.

Obviamente a ideia da diretoria era conquistar o torneio de pontos corridos e tudo aconteceu porque foram muito incapazes de tomarem decisões embasadas em questões técnicas.

A exceção no torneio de pontos corridos

Palmeiras, Botafogo, Vasco e Corinthians foram rebaixados nesse formato de torneio quando tinham crise econômica e grandes problemas políticos gerados por mais de uma gestão.

Clubes de tal porte tendem a se manter na elite nos pontos corridos.

As consequências do momento de baixa na questão técnica, de ausências porque os jogadores se machucaram, daquela fase de azar em que a bola bate na trave e sai e de brigas internas que diminuem a competitividade, são menos decisivas porque podem ser administradas durante os meses com dezenas de jogos.

Havia razoável estabilidade quando no Internacional quando Pífero foi eleito.

Agora resta ao clube a dificuldade de chorar o rebaixamento, enquanto raciocina para reconstruir o futebol e ser capaz de ganhar quaisquer torneios.

Grandeza intacta

A agremiação conquistou a Libertadores duas vezes. É a única do país, no século, que conseguiu tal façanha.

Ganhou o Mundial contra Ronaldinho e o Barcelona.

Reitero: o Inter é gigante e o rebaixamento nada interfere nisso. Ganhará grande apoio dos torcedores e é favorito a subir com facilidade. Tinha tudo para se manter no 'grupo' dos que jamais sentiram tal desgosto porque construiu estrutura e condições sonhadas por muitas agremiações.

Alguns parágrafos para os sábios

A torcida tem que sentir a tristeza. Assim é a vivência do esporte.

Mas, aos positivistas e para quem cultiva a sabedoria, lembro que, após a incapacidade para impedir o rebaixamento, resta o entendimento que os fracassos são turbinas de felicidade em posteriores sucessos.

A frustração e amargor de hoje irão permanecem no coração e na mente. No futuro serão expurgados em gritos e lágrimas de felicidade, irão intensificar ambos nos êxitos relevantes, pois a pois agremiação  terá conquistas na elite do futebol.

A festa

O Grêmio ganhou a Copa do Brasil na quarta feira. Creio que ontem a festa foi maior.

Apesar do Imortal Tricolor encerrar o grande jejum de conquistas, o ineditismo do que houve no oponente gerou mais impacto. Rivalidade, em vez da estética que o politicamente correto quer vender, é o combustível do futebol.

A arquibancada que apoia Grohe, Luan, Geromel e cia tem o direito de comemorar.

Aos que discordam torno simples a compreensão.

Se refinamento, estética e desempenho de alto nível técnico fossem os pilares do futebol, o planeta teria, no máximo, uma ou duas dezenas de agremiações.


‘Welcome to reality’ Guardiola; treinador sabia que a moleza acabaria
Comentários 16

birner

De Vitor Birner

No Barcelona, além do elenco muito acima da média com craques tais quais Iniesta e Xavi, que facilitaram a ideia de atuar no campo de frente e de manter a bola, além de Messi, o treinador tinha agremiações de qualidade muito inferior e que permitiam a preparação do time catalão durante os jogos de pontos corridos.

No Bayern de Munique, Guardiola de novo teve atletas mais competentes que os da concorrência, por isso foi possível treinar os bávaros durante a Bundesliga.

Na Premier League, o técnico sabia que entraria noutro planeta do esporte. Apesar do grupo de jogadores do City ser dos mais capacitados no torneio, inexiste o abismo que havia dos clubes que antes orientou para quase todos os oponentes no país inventor do futebol.

Aceitou convite do City para mostrar para si que é capaz de referendar a proposta coletiva que tem como marca e elevar a agremiação bilionária do grupo das medianas para o das gigantes do planeta.

Por enquanto, nem na Liga dos Campeões, onde nunca teve tal patamar, e nem no torneio de pontos corridos no qual o adquiriu e é considerado favorito, prevalece o estilo Guardiola de futebol.

Tomou hoje o vareio do Leicester e de quebra houve o primeiro 'hat-trick' do artilheiro Vardy com a camisa da zebra reverenciada pela recente conquista,  a agremiação de Manchester atuou uma dezena e meia de vezes no torneio nacional e o sistema de marcação apenas em duas conseguiu impedir os ponentes de comemorarem gol,  ocupa a quarta colocação e na rodada seguinte sequer pode alcançar os líderes Arsenal e Chelsea.

Os 'blues',  se amanhã confirmarem o favoritismo diante do West Bromwich, encerrarão acima de todas as agremiações e terão sete pontos a mais que o projeto de Guardiola. Em suma, o início é razoável e quem curte dinâmica de jogo imaginava que as dificuldades geradas pelas questões técnicas e velocidade do jogo seriam maiores nessa empreitada.

O treinador é brilhante e merece todos os aplausos que recebe, mas agora enfrenta a realidade para implementar a proposta coletiva que pauta o sonho de muitos torcedores.

A demora é normal porque as ideais ousadas exigem mais esforço e tempo para serem executadas com qualidade e regularidade.

Pode ser campeão e transformar o City no que imagina, mas o caminho para isso, tal qual é fácil notar, será mais difícil e exigirá paciência do senhor que tem revolucionado o futebol.


Rogério Ceni planeja com inteligência e ousadia
Comentários 15

birner

De Vitor Birner

Iniciativa do ídolo 

Rogério Ceni, nos últimos anos como atleta, comentava com pessoas próximas que pretendia ser treinador quando encerrasse a carreira. Quem o tem em alta conta recomendou exercer outra atividade.

O ex-goleiro, afeito à competitividade e talvez carente da rotina do futebol, se manteve irredutível.

Procurou Carlos Augusto de Barros e Silva, apresentou o projeto com propostas atualizadas de dinâmica de jogo, o presidente gostou e, em meio ao ano eleitoral no turbilhão da política interna nem sempre pautada pela ética e projeto de gestão, decidiu investir na empreitada.

As virtudes para obter êxito

Nas entrevistas, ainda quando atuava embaixo das traves, Rogério Ceni mostrava leitura de jogo. Sabia quais eram os pontos fortes e fracos dos times.

Todo treinador necessita tal sabedoria, mas isso é apenas um dos predicados indispensáveis para quem pretende exercer a carreira. Há outros que o ex-goleiro tem:

Ambição por resultados positivos, a dedicação intensa ao que faz, o inconformismo motivador para querer sempre mais, além de rodagem nos bastidores do esporte.

O que terá de alterar

Nas últimas temporadas,  o então goleiro andava deveras impaciente. A irritação ao notar que alguns atletas de carreira com poucas ou nenhuma conquista relevante se dedicavam menos que ele, veterano ganhador e conhecido por treinar com grande esforço e seriedade, foi contraproducente.

Contribuiu para os elencos – aconteceu em mais de um – serem menos unidos que o necessário e o time consequentemente foi incapaz de superar os próprios limites e ganhar torneios.

A questão não era a intenção do goleiro, mas, sim, como poderia agregar e construir a dinâmica ideal para os colegas correrem uns pelos outros e gerarem resultados positivos.

No cargo de treinador muitas vezes será necessário agir de forma distinta em questões similares as que tanto o incomodaram.

É inteligente: se realmente quiser aprender a gestão de elencos, o que na entrevista afirmou ser prioridade, tem capacidade para conseguir. Essa talvez seja a necessidade mais impactante na transição de atleta para treinador no Morumbi.

Os mais longevos e eternos aprendizes

Treinador é o profissional de futebol com maior margem de crescimento na carreira. Enquanto atletas dependem de músculos, fôlego e coordenação motora, o montador e organizador de time necessita do cérebro.

Se tiver humildade tende a ser capaz de aprender o tal do ''gerenciar pessoas'',  aprimorar metodologias da preparação técnica e tática, além de escolher e apurar as propostas coletivas que pretende ver dentro do gramado.

Tite, meia década atrás, pertencia ao pacote que hoje tem Marcelo de Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Ricardo Gomes e alguns mais.

Agora é reverenciado e quase unanimidade dentro do país.

Teve que rever conceitos e aprender, muitas vezes se equivocando tal qual acontece com todos nós em profissões e outras questões, e fazer adaptações. O próprio técnico mencionou, ao aceitar o convite da seleção, que teria de alterar métodos que se mostraram construtivos à frente da agremiação na qual se consagrou.

A inexperiência pode ser gerenciada

'Chacho' Coudet  iniciou na função em 2015 no Rosario Central e montou o time competitivo. O 'hermano' tem perfil similar ao de Lugano, outro que possui tudo para ser grande treinador. Tanto os iniciantes quanto os experientes podem acertar nas questões técnicas e táticas.

Aprender a ser líder exige mais rodagem. Tem que ser ouvido, unir pessoas que não possuem nenhuma afinidade e permanecerão dias fazendo quase tudo juntas, 'transformar' o atleta descompromissado e com potencial em alguém esforçado, mostrar paciência para mostrar aos mais jovens inebriados pela fama o que lhes garantirá êxito como jogadores futebol.

Nada disso será construído com pavio curto, citando o currículo pessoal, gerando medo e antipatia em vez da admiração, e tudo mais nessa linha.

As metas combinadas

O ex-goleiro, nas conversas com Leco, afirmou que precisa classificar o clube à Libertadores e ganhar o torneio na temporada seguinte.

Abreviando o necessário

As contratações do inglês Michael Beale e do francês Charles Hembert como auxiliares foram sinal que Rogério Ceni é realista ao enxergar a empreitada. Em especial a do britânico das categorias de base da agremiação britânica com mais conquistas na Europa.

Antes de ser o treinador, era necessário para o ex-goleiro aprender e aprimorar metodologias, e programações de preparação dos elencos. Ao trazer o especialista, terá quem faz isso e poderá beber no conhecimento prático de quem possui maior formação para o cargo.

Condições favoráveis

As propostas coletivas de futebol que Rogério Ceni menciona quando questionado como quer ver o São Paulo nos gramados são atuais e modernas. Sistema de marcação muito adiantado, transição em velocidade e permanência com a bola devem pautar o que acontecerá no CT da Barra Funda.

O fracasso do time na temporada, por nem se classificar à Libertadores, nesse aspecto é muito favorável para a implementação da dinâmica que pretende. A exigência no estadual é menor, a qualidade da maioria dos oponentes pequena e o tempo para treinar maior.

Há brechas para equívocos e testes que, na Libertadores e no torneio de pontos corridos, seriam criticados por muitos, inclusive torcedores que hoje o apoiam.

O que pretende demora e exige mais treinos e jogos para ser implementado.

Organizar os sistemas de marcação e investir em contra-ataques e cruzamentos, tal qual reza o padrão no país do futebol, é muito menos complicado que tentar se impor com jogo de manutenção de bola no campo de frente e em direção ao gol.

Se for capaz de conquistar os grandes torneios cumprindo tal roteiro no padrão do grande Sampaoli, será inquestionável o legado de Juan Carlos Osório, maior influencia na formatação das ideias do técnico Rogério Ceni, e deixará a marca almejada e quase inexistente em nosso futebol.

Fernando Diniz, com elencos e estrutura menores, tenta na 'mesma' linha.