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Fifa deveria retirar o Mundial da Rússia; é melhor para o futebol
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De Vitor Birner

A realização do Mundial na Rússia é mais uma daquelas opções que fazem a gente compreender a Fifa. Foi decidida na gestão de Blatter e Valcke, atualmente impossibilitados de continuarem à frente da entidade, investigados pelo FBI.

Havia motivos aos montes para a escolha de outra sede. Concorreram as candidaturas conjuntas de Holanda/Bélgica e Portugal/Espanha, além da Inglaterra, todas nações mais democráticas, a maioria com plena cultura de futebol.

No 'segundo turno', o país que saiu da União Européia foi derrotado pelo que deveria ser a última opção entre os postulantes.

Mas é simples saber o que motivou os cartolas.

Além da suspeita de compra de votos que os norte-americanos querem comprovar desde o governo de Obama (aguardo para saber se haverá alguma alteração de rumo, acho que será mantido, após a saída do líder e a eleição do radical nacionalista), a nação ganhadora atende aos requisitos que pautaram a escolha anterior e que deveriam convencer os cartolas a optarem por outros candidatos.

Azarão pela ética

Países dispostos a investirem a maior verba possível em arenas, ou seja, os menos estruturados para a recepção do torneio, têm maior possibilidade para ganhar a eleição.

A falta de mecanismos de fiscalização dos governos, que facilita o superfaturamento de obras e o pagamento de propinas, deveria ser alicerce da opção que faz a entidade, mas houve menosprezo dessa referência que contribuiria para a credibilidade dos que gerem o futebol.

Os russos, segundo o último relatório da Transparência Internacional, são os 131° no ranking da honestidade. Empatam com os ucranianos e têm o pior índice das nações na Europa.

O Brasil está 52 colocações acima no ranking dos mais éticos

Ou seja, o pior é melhor, desde que tenha grana. seja fácil movimentá-la, haja pouca fiscalização prática e muito diálogo dos políticos com os cartolas.

As prioridades para a sociedade, tal qual os crentes no legado e os críticos da política nacional perceberam tardiamente no Brasil, foram secundárias e menosprezadas pelos dirigentes na eleição..

Os líderes em honestidade são a Dinamarca e a Nova Zelândia que somam 90 pontos dos 100 possíveis para a medição. A Holanda (8°) conseguiu 83, a Bélgica (15°) 77,  Portugal (29°) 62, Espanha (41°) 58 e o Reino Unido* (10°) tem 81.

A pontuação do Brasil é 40 e a da Rússia apenas 29. A Venezuela é a única da América do Sul com classificaçãom pior que a do país sede do torneio.

A Fifa que mina o esporte

O Mundial é o torneio de confraternização. Foi, outrora, o choque de escolas e de excelência técnica do esporte.  Ninguém sabia o que havia nos gramados doutros países.

A competição apresentava os jogadores para o planeta nada globalizado e misterioso no futebol

Isso acabou. Há clubes mais fortes que qualquer seleção, temos acesso aos jogos para conhecermos os atletas, e houve a  mistura de propostas de futebol. .

A confraternização e o convívio de torcedores provenientes de culturas distintas são o que há de mais rico no atual momento do torneio.

A Rússia caminha na contramão.  O governo populista, nacionalista, apoia a legislação que agride a urgente necessidade da harmonia coletiva.

O presidente, nesse ano, assinou a lei que abranda punições aos que cometerem violência doméstica. Apenas quem forçar a esposa a ser hospitalizada ou for reincidente pode ser condenado a algo além de multa.

Os homossexuais são mais um grupo que necessita conviver com os preconceitos de Estado.

O Ministério da Saúde propôs, ano passado, regulamentar a especialização no diagnóstico da ‘desordem de identidade de gênero e preferência sexual', e o tratamento do que avalia como patologia. Acha que há merecedores de internação compulsória.

Divulgação o que chamam de propaganda gay’, e apoio de heterossexuais aos direitos de quem tem outra preferência sexual são proibidos.

Filmes que falam de política, de acordo com o viés, podem ser censurados, os memes com as figuras de chefes de estados são vetados, e há outras restrições ao direito de opinar e contrapor o establishment.

Mas o racismo 'pode' ser cultuado  

Brian Idowu, zagueiro nigeriano. afirmou ao sair do clube que sofreu por isso nas categorias de base.  Foi avisado que não subiria ao time principal por ser negro, e como os gays é rejeitado.

A direção do time negou.

Quatro anos atrás, houve o manifesto de uma torcida do Zenit São Petersburgo, no qual mostrou orgulho de o clube grande nunca ter atuado com afrodescendentes ou homossexuais.  Hulk e o belga Axel Witsel foram contratados dois meses antes do manifesto e provavelmente motivaram o mesmo de conteúdo do mais puro fascismo:

Leia a carta que divulgaram

''Nós não somos racistas, mas a ausência de jogadores negros na escalação do Zenit é uma importante tradição que enfatiza a identidade do clube e nada mais.

Nós como o clube mais setentrional das grandes cidades europeias nunca compartilhamos a mentalidade da África, América do Sul, Austrália ou Oceania. Nós apenas queremos jogadores de outras nações eslavas, como Ucrânia e Belarus, assim como dos países bálticos e Escandinávia. Temos a mesma mentalidade e histôrico e cultura como estas nações.

Grande parte desses campeonatos é jogada em climas duros. Nessas condições, às vezes é difícil para os jogadores técnicos de países quentes exibirem seus talentos no futebol de forma completa. Queremos jogadores mais próximos da nossa alma e mentalidade para jogar pelo Zenit. E somos contra a inclusão de representantes das minorias sexuais no time''.

Eis uma reportagem da BBC quando o Liverpool foi atuar diante do clube.

O lucro em detrimento da educação

A realização do torneio na Rússia facilita a propaganda política de governantes. Talvez mostre ao planeta as edições com o que há de positivo no país, e esconda manifestações de preconceito. Essa tática é antiga e parece continuar na moda.

Foi usada pela URSS e EUA na guerra fria, e por nazistas, todos promovendo as Olimpíadas. A ditadura 'hermana' sediou o Mundial e conquistou o torneio.

O ideal seria os cartolas da Fifa perguntarem, a si próprios, para quê serve o futebol, além de oferecer lucros políticos e econômicos à entidade e gestores.

Utopia porque seres humanos preferem

Sei que o Brasil é racista, conservador, homofóbico, machista e provinciano no debate que ensina o convívio.

Isso tem a ver com a cultura e a educação, e será encerrado quando as pessoas entenderem que têm o direito de não gostar e a obrigação de respeitar. Institucionalmente, a legislação é retrógrada em muitos pontos, mas preserva direitos que a Rússia restringe.

Solidariedade, indulgência, caridade e perdão alicerçam a harmonia coletiva, nascem dos indivíduos e o Estado tem que fomentar tais virtudes agregadores, positivas e construtivas.  .

Os vetos ao culto do ódio e inclusão dos direitos são relevantes para abrandar as mazelas que dificultam os avanços da sociedade.

O ideal seria vivermos no planeta de amor, honestidade, e nenhuma lei; do egoísmo extinto, e de plena paz a todas as espécies da natureza.

Enquanto mantivermos o antropocentrismo, origem do egoísmo, corrupção e de tudo que torna a existência uma guerra de conquistas tão épicas quanto primitivas, a sociedade continuará empacada ou terá minúsculo caminhar à frente fantasiado de grande avanço para o coletivo.


São Paulo rico em propostas e pobre no futebol; R. Ceni tentou 3 táticas
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De Vitor Birner

Defensa Y Justicia 0x0 São Paulo

Menos ousada que no início da temporada e tentando achar o ponto de equilíbrio dos sistemas de criação e marcação, a agremiação que foi à Buenos Aires teve atuação opaca e nada inspirada.

O treinador utilizou três configurações coletivas no jogo.

Ou quatro, somando a que implementou após a exclusão de Buffarini.  Nenhuma permitiu que prevalecesse a técnica do favorito à classificação. A agremiação terá que Ganhar no Morumbi.

Roteiro das propostas  

O São Paulo começou no 3-4-1-2

Lucão, Rodrigo Caio e Breno no trio de zaga, Araruna e Buffarini como alas na mesma linha dos volantes Jucilei e João Schmidt, e Wellington Nem de 'enganche;. Chávez e Pratto na frente.

Apesar de Wellington Nem desperdiçar uma grande oportunidade diante do goleiro que teve méritos, fechou o ângulo, o time teve dificuldade no meio de campo e, em alguns momentos, perdeu a disputa no meio de campo.

Por isso Ceni orientou  no primeiro tempo a alteração coletiva para o 4-3-1-2.

Os alas recuaram alguns metros e se transformaram em laterais. enquanto Rodrigo Caio caminhou para ser o volante centralizado e próximo aos zagueiros.

O Defensa Y Justiça de ínfimos recursos técnicos,  e coletivamente competitivo, permanecia mais com a bola.

O treinador da agremiação do Morumbi quis alterar o andamento e optou pelo ajuste, o paliativo, tático. Depois, nos minutos em que os atletas descansaram, mexeu no time e orientou o elenco para aumentar o tempo de frequência no campo de frente e e fechar as lacunas no sistema de marcação.

Breno saiu e Shaylon foi ao gramado.

O time atuou no 4-2-3-1 após a alteração.  O atleta revelado nas categorias de base, além de Wellington Nem e Chávez, formaram o trio de criação. O São Paulo ganhou força para manter a bola e impedir o oponente de tocá-la no entorno da área.

Os 'hermanos' caíram de rendimento. Tiveram que investir na transição em velocidade como única possibilidade para tentarem incomodar o goleiro.

Refinamento contribuiu para exclusão do lateral

Buffarini recebeu o amarelo.no início.  Durante o 2° t, houve  o contra-ataque da minúsculo time argentino e o lateral teve que fazer a falta.  O árbitro poderia mostrar cartão, mas interpretou que o lance foi para manter ambos nos bolsos.

Obviamente, o 'hermano', se fosse forçado a repetir,  iria embora e o time atuaria com 10 jogadores. Imediatamente Ceni optou por colocar o poupado Júnior Tavares no gramado.

Todos imaginaram que tiraria o campeão da Libertadores, mas pediu a saída do Chávez .

Quis reforçar o sistema de marcação mantendo o pendurado e colocando o lateral em frente .

Em 5 minutos o amarelado teve que fazer a falta e ir embora do gramado. Junior Tavares entrou no trio para fortalecer a criação e ser a parede diante de quem estava na mira do responsável pelo cumprimento das regras. Avançou no lance que exigia, a zaga interrompeu, e houve o mano a mano do lateral que optou pelo carrinho porque havia a possibilidade da zebra conseguir finalizar e comemorar.

Entendo o a ideia do técnico, tinha lógica apesar de ser a menos conservadora dentro das possíveis, gosto dessa 'opção italiana',  mas o andamento do jogo afirmou que foi ineficaz.

Depois o Shaylon saiu, o Wellington entrou, foram formados quartetos na linha de trás e do meio, Pratto continuou de centroavante, e os goleiros apenas observaram o jogo dentro do gramado.

Torcida necessita paciência com o elenco

São muitas propostas coletivas, alterações na escalação, jogos em seguida, e pouco tempo no CT da Barra Funda para o treinador aprimorar o planejamento no gramado.

Se tiver competência para implementar o que imagina e os atletas forem inteligentes e capazes na prática, o São Paulo ganhará jogos porque haverá distintas propostas coletivas. Isso, em regra, demora.

Em apenas 4 meses seria complicado para qualquer técnico ensaiar o amplo repertório. A virtude que os orientais 'da antiga' cultuam e os milhões de imediatistas cartolas, torcedores reais ou virtuais desdenham, é parte da fórmula do êxito.

Ficha do jogo

Defensa y Justicia – Gabriel Arias; Hugo Silva, Mariano Bareiro e Alexander Barboza; Ignacio Rivero, Gonzalo Castellani (Elizari), Leonel Miranda, Jonás Gutiérrez e Rafael Delgado; Nicolás Stefanelli (Andrés Ríos) e Agustín Bouzat
Técnico: Sebastián Beccacece

São Paulo – Denis; Rodrigo Caio, Breno (Shaylon) (Wellington) e Lucão; Araruna, João Schmidt, Jucilei e Buffarini; Wellington Nem; Chávez (Júnior Tavares) e Lucas Pratto
Técnico: Rogério Ceni

Árbitro: Jesus Valenzuela (Venezuela) Auxiliares: Luís Sanchez e Tulio Moreno


São Paulo não tem elenco para tantos jogos decisivos; Ceni precisa calcular
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De Vitor Birner

Dividir forças é enfraquecer todas as frentes. Diminui a possibilidade da agremiação conquistar o que é prioridade.

Essa máxima vale para quase todos. As exceções são os clubes com elencos grandes e qualificados, capazes de manterem a força necessária  em qualquer torneio.

Esse pragmatismo é tende a ser parte do sucesso. O futebol atual exige cumprimento de estratégia raciocinada, inteligente, e sólida para lidar com os revezes dessas escolhas.

Repare na tática de Tite dentro dos gramados.

Monta o sistema de marcação como alicerce, inicia a maioria dos jogos entendendo o que faz o oponente, toma as precauções necessárias para evitar os gols, e investe onde avaliou ser mais viável para ganhar os jogos. Gosto de afirmar que são calculistas na proposta dentro de campo.

No futebol, ao contrário das relações pessoais, isso é virtude e aumenta a competitividade.

O planejamento de uma agremiação ganhadora exige essa característica na formação de elenco, planejamento da temporada, e cumprimento do que foi decidido quando as emoções não combatiam a razão. O São Paulo sabe quais torneios são maiores para si. É hora de o CT da Barra e do Morumbi serem cerebrais.

Razão deve prevalecer

A comissão técnica sabe o elenco do São Paulo é insuficiente para tudo que a torcida quer. O treinador, nas entrevistas, cita que são necessários reforços.

Essa é a realidade das agremiações do país. A exceção é o Palmeiras, que recebe do patrocinador mais do que sua marca vale, tal qual o próprio afirmou, e talvez o Flamengo.

O técnico tem que acertar o planejamento para lidar com o mês de abril, carregado de jogos decisivos, e fazer escolhas. A pior será dividir forças para tentar ser competitivo em todas.

Isso enfraquece o time nos torneios.

As opções que necessita fazer são simples, atendem ao que é mais relevante para a agremiação, e foram definidas por Rogério Ceni e a direção durante as conversas para o novato no cargo ser contratado. A inteligência grita para o Estadual ser tratado como algo quase irrelevante, sejam quais forem as reclamações em redes sociais ou nas arquibancadas do Morumbi.

Se for capaz de encerrar abril classificado nos demais torneios, e tiver o elenco fisicamente em condição de ser competitivo desde o início dos pontos corridos, a missão será cumprida.

A conquista do Estadual é irrelevante. Mesmo fossem 500 anos de jejum, nada alteraria. Não creia nesse papo que levanta o moral, apesar de ser realidade.

A alegria em seguida evapora, se em seguida houver tropeços nos torneios de maior peso.

As outras conquistas a tornam mais duradoura

O treinador tem obrigação de priorizar

O São Paulo atuará em Buenos Aires nesse meio de semana, no outro receberá o Cruzeiro, e no seguinte decidirá em Belo Horizonte a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.  Tem elenco mais forte que o do Defensa Y Justicia e menos que o do gigante da elite do nosso futebol.

O clube argentino optou pelo 5-4-1, 5-3-2 e 3-4-1-2 nos jogos dessa temporada. É importante para a agremiação do Morumbi, que oscila, fazer ajustes para lidar com tais propostas de futebol.

O calendário impede que o técnico tenha rotina necessárias para tais acertos. A possibilidade da eliminação é embasada na perda das disputas física, mental e coletiva.  Duas podiam ser encerradas no CT da Barra Funda.

A racionalidade plena sugere que o ideal teria sido poupar em ambos os jogos das quartas-de-final no Estadual.

O minúsculo ''El Halcón' ganhou do vice-líder Newell´s (1xo) e tropeçou diante de Huracán (0x2) e do líder Boca (0x1), esse na última rodada. Eliminar o tricampeão da Libertadores será o maior feito do clube, e o grupo de atletas fará todo o esforço para realizar o sonho de brilhar no futebol do continente.

O favorito, além de eliminar os 'hermanos', terá que atuar fisicamente 'inteiro' frente aos mineiros.

Nenhum resultado contra os clubes do tamanho do Linense, no Estadual, compensa comprometer a preparação que aumenta a possibilidade da temporada ser feliz para a torcida.  Pouco importa se a própria reclamará pelo resultado no torneio paulista.  O imediatismo absolutista vigente tem que ser sublimado pelos que gerenciam o futebol.

Se houver a eliminação em qualquer fase da Copa do Brasil ou na Sul- Americana. a chiadeira será maior.  Além disso, os atletas da zebra no Estadual são menos capazes que os suplentes do Morumbi.

A direção tem que respaldar o planejamento com declarações de apoio.

O planejamento tem que ser embasado. A ambição faz o clube atuar sem o jogador que o torna mais forte.

Era óbvio que tinha de poupar

O exemplo de Cueva tem que ser referência. Tinha que ser poupado durante a primeira fase do Estadual.

Nem adianta alguém afirmar que o treinador fez isso quando o retirou dos jogos. Realmente o substituiu porque tinha receio que se machucasse, mas saía com dores, na hora colocava o gelo na região machucada, foi atuar nas eliminatórias e exatamente onde sentia aconteceu o problema que o torna ausência no momento em que o time mais necessita de seus dribles e assistências.

No Peru, a classificação ao Mundial é proporcional à conquista da Libertadores para a agremiação de Lucas Pratto, Maicon e Thiago Mendes e cia.  É o momento do sacrifício para ganhar.

O goleiro Rogério Ceni conquistou o Mundial com muitas dores no joelho e fazendo esforço gigantes para ir ao gramado.

Sabia que a possibilidade do peruano se machucar era enorme. que o o atleta atuaria com o tornozelo inchado, dor muscular, nas articulações, ou como fosse possível jogar futebol.

Lembre para os amigos 'haters'

As estratégias mais apropriadas aumentam as possibilidade das conquistas nos torneios priorizados, e diminuem nos secundários.

Não são garantia nem de sucesso, e nem de fracasso. O futebol tem pegadinhas. O próprio São Paulo, na era Telê Santana, ganhou a Copa Conmebol com o 'expressinho' e eliminando Corinthians, Grêmio e goleando o Peñarol na final.

A unica certeza é que o Estadual pode ser avaliado como 'me engana que eu gosto.  Terá algum peso se houver êxitos maiores na temporada.

O Vasco é bicampeão no Rio de Janeiro e foi rebaixado na temporada em que obteve o primeiro desses troféus.

Lembro que haverá a janela de transferências, os elencos podem ser alterados, atletas jovens talvez subam de produção, mas nesse momento a agremiação do Morumbi é ausência no grupo dos prinncipais favoritos à conquista do torneio de pontos corridos. Isso mostra o valor da Copa do Brasil e da estreia na Sul-Americana.


Linense lucraria mais no interior; S. Paulo tem que ‘largar’ o Estadual
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De Vitor Birner

O Linense colocou o futebol abaixo da tentativa de injetar dinheiro nos cofres. O presidente do clube afirmou que isso viabilizaria o restante da temporada, a explicação tem lógica para quem observa os torneios nos quais atuará, mas se frustrou com o planejamento.

O público pagante foi de 15.480 pessoas, a renda bruta R$ R$ 396.216,00, a líquida R$ 121.431,04, e a agremiação recebeu R$ 60.715,52. menos do que pretendiam os dirigentes ao forçarem o jogo no Morumbi.

Ganharia valor similar ou maior noutras cidades paulistas, onde aumentaria a possibilidade da classificação às semifinais.

É difícil atuar diante de elenco mais forte e adaptado ao gramado.

Em suma, a ideia se mostrou, na prática, equivocada, porque facilitou para o gigante  obter o resultado positivo e provavelmente gerou arrecadação menor do que conseguiria no campo neutro. Há estádios no interior com capacidade maior que o público pagante do jogo na capital. e a 'exceção' de o São Paulo disputar o mata-mata noutra cidade faria os torcedores da região comparecerem em maior número que nesse do Morumbi.

Momento de priorizar

O São Paulo teve a iniciativa, ditou o ritmo, encontrou dificuldade para ultrapassar o ferrolho do Linense em alguns momentos, mas conseguiu os gols que podem facilitar o cumprimento do que Rogério Ceni combinou com Leco durante as conversas nas quais apresentou e convenceu o cartola que seria o nome ideal para orientar o elenco.

O gestor e o técnico priorizam a classificação para a Libertadores. A Copa do Brasil e a Sul-Americana oferecem a vaga na competição. A lógica diz que o Estadual tem que ser colocado em terceiro plano. Nos meios de semana seguintes, há jogos desses torneios.

Será inteligente poupar os atletas no restante das quartas-de-final, Teria que fazer isso inclusive se tivesse tropeçado. Como ganhou e conseguiu abris dois gols de vantagem, será enorme lapso de planejamento apenas cogitar a escalação de quem atuará no torneio nacional e no continental.

A exceção embaixo das traves

Goleiros necessitam jogar para adquirirem ritmo. Renan Ribeiro é o único do elenco, por enquanto, que tem o desempenho elogiável na temporada.

O ideal será a comissão técnica encerrar o rodízio com Denis e Sidão, observar se o padrão será mantido, de preferência aumentado para continuar o escalando e, sempre que houver jogos, permitir que entre nos gramados.


São Paulo tinha que recusar ambos os jogos das quartas-de-final no Morumbi
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De Vitor Birner

Tanto faz se atuou diante do Palmeiras em Araraquara porque há o acerto com a a FPF para jogar diante dos gigantes fora do Gilbertão, onde são necessárias obras, a direção do clube foi ao São Paulo solicitar a realização no Morumbi, e o beneficiado nem teve a iniciativa e nada fez para ganhar a regalia.

O ideal para a agremiação gigante seria negar a oferta.

Se conseguir conquistar o torneio,  que mantém inalterado o patamar dentro do futebol, terá que escutar, e merece, que houve o privilégio.

É negável que isso se chama inversão de mando.

Essa tradição de os gigantes receberem os pequeno em todas as finais, inaugurada em 77,  quando o estádio era considerado neutro, tem que ser encerrada.

A Ponte Preta queria, de acordo com os relatos da época. jogar no Moisés Lucarelli, mas foi três vezes à capital.

Desde então, a maioria dos interioranos que chegou a decisão, ou se submeteu à força de bastidores, ou quis lucrar, por isso preferiu o que diminuiu a possibilidade da conquista.

Se a FPF pretende reerguer o torneio, tem que fortalecer os clubes pequenos.

Isso é possível aumentado a torcida, atualmente chamada ''mercado consumidor'' pelos gestores. Impedindo as finais nessas cidades, ou aceitando o que fez o Linense e o São Paulo referendou, será milagre reerguer a força dessas agremiações que outrora contribuíam muito para o futebol.


Eliminatória sul-americana é como Estadual para clube gigante; aplaudo Tite
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birner

De Vitor Birner

O início promissor

O Brasil conquistou a classificação e encerrará na primeira colocação, apesar de a matemática explicar que ainda é impossível garantir a liderança ao cabo da disputa pelas vagas oferecidas à América do Sul.

Como habitualmente acontece no futebol, milhões de otimistas, além de alguns analistas, entoam que a seleção é a melhor do planeta. O ranking da Fifa confirma.

Nenhuma novidade: a Bélgica, que nunca teve tal patamar, foi colocada nesse burocrático e pouco relevante ranking da entidade que prioriza a frieza de números e a grana em detrimento da realidade nos gramados.

Os mais inteligentes elogiam as atuações sob as orientações de Tite e mantém os pés grudados no chão.

O técnico faz o que pode para nunca se iludir. Sabe que cumpriu uma etapa, haverá mais algumas, e os aplausos duram enquanto houver os resultados  positivos. Entende a dinâmica de torcedores e alguns analistas de futebol.

Os exemplos foram mostrados nas  edições anteriores. Na maioria, quem se classificou como líder foi incapaz de manter o padrão no mês que fez a tatuagem no corpo do esporte.

Antes e depois da classificação

A primeira edição das eliminatórias por pontos corridos com enfrentamento de todos foi a que precedeu a edição do torneio na França.

A Argentina encerrou na liderança – o Brasil foi ausência porque ganhara nos EUA – e parou nas quartas-de-final diante da Holanda.  Provavelmente teria saído nas nas oitavas-de-final, se a arbitragem fosse competente no confronto diante da Inglaterra da então revelação Michael Owen.

O Brasil, em 2002, conquistou o Mundial. Nas eliminatórias trocou de técnico três vezes  contando o Candinho e somou 30 pontos para ser terceiro colocado.

A Argentina de Bielsa teve desempenho de alto nível dentro da América do Sul.

Ganhou 13 jogos, empatou 4 e perdeu 1. Fez impressionantes 42 gols e tomos 15.  O sonho 'hermano' desmoronou rapidamente na edição de Japão e Coréia do Sul. A seleção caiu no grupo que tinha Inglaterra, Suécia e Nigéria, ganhou apenas dos africanos pelo menor placar possível, e as vagas foram para os europeus.

Naquela temporada, o Paraguai, após a quarta colocação ns eliminatórias, chegou ás oitavas-de- final.

O Brasil em crise foi para a Ásia,  Tinha atletas renomados e tecnicamente acima da média, alguns machucados e outros rendendo abaixo do que mostravam nas agremiações, teve sorte porque caiu no grupo fácil e a arbitragem favorável diante da Bélgica, se acertou nas quartas-de-final, e hoje é reverenciado.

Há similaridades com o que acontece  no time de Bauza, Messi e cia.

Em 2006, Brasil e Argentina foram líderes nas eliminatórias e pararam nas quartas-de-final do Mundial.  Na edição seguinte, o Uruguai disputou a repescagem para ir ao Mundial e a semi na África do Sul. Os classificados diretamente pararam antes no torneio.

A coerência do pré com o pós decidiu se pronunciar em português  'Hermanos' na liderança da eliminatória e como vice no neo-Maracanã.

Torneio com a marca da futebol

A Hungria era a melhor seleção em 54 e a Holanda em 74. A Alemanha ganhou as duas edições.

Em 62, apesar de o Brasil ter o time mais técnico, necessitou de equívoco no cumprimento das regras diante da Espanha. O mesmo houve na conquista dos ibéricos, quando eliminaram o Paraguai nas quartas-de-final do torneio no país de Madiba. .

Em 82, o futebol da Itália campeã surgiu nos quatro últimos jogos. Em 86, Brasil e França eram superiores à Argentina de Maradona, beneficiada por equívocos no cumprimento das regras.

O mesmo pode se afirmar na comparação dos time de Coutinho e o de Neeskens e Rep na conquista 'hermana' em 78.

A falta que Branco acertou com maestria diante da Holanda, a melhor seleção da edição norte-americana, no tetracampeonato foi duvidosa, para ser gentil.

Brasil de Telê Santana, a Hungria de Puskas e a Holanda do Cruijff são reverenciadas porque foram brilhantes, 'doutro planeta', mas questionadas pelos desempenhos nas eliminações.

Ninguém coloca asteriscos ao citar as conquistas de quem as impediu de serem ganhadoras.

Apenas rascunho da tatuagem nas eliminatórias

O mais importante é que o Brasil tem, hoje, competitividade e proposta de futebol, além de regularidade em nível elogiável.

Necessita testes diante de grandes seleções da Europa.

O campo fala o seguinte: ganha o Mundial quem está melhor nos gramados e na sorte durante aquele més, ou menos, se engrenar nas últimas duas semanas quando acontece o mata-mata da competição quadrienal.

A tatuagem no corpo do futebol será feita no país do preconceituoso e antidemocrata Putin e nem adianta querer antecipar.

Hoje, quem elogia o Tite, será crítico no caso de a seleção tropeçar no torneio. O treinador sabe, e tem que manter a concentração do elenco.

Há margem para o fortalecimento coletivo: é possível agregar o repertório maior na criação. aumentar a velocidade ao fechar as brechas pelos lados quando Marcelo e Daniel avançam e o oponente retoma a bola, e observar desempenho do goleiro e o do sistema de marcação nos cruzamentos.

Fabinho, do Mônaco, capaz de atuar como lateral e volante pode ganhar uma oportunidade, tal qual o veterano Fernando Prass. Paro aqui porque o treinador é competente e tem ampla noção de como toca a banda do futebol.


Empate no clássico dos cartões; São Paulo e Corinthians têm que melhorar
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De Vitor Birner

São Paulo 1×1 Corinthians

Nenhum jogador brilhou. O clássico teve o São Paulo com maior iniciativa e o Alvinegro tentando reproduzir o calculismo ganhador de Tite.

O esforço abundante dos elencos merece mais elogios que os produtos desse empenho.

Cada clube foi premiado com o gol que teve muito de equívoco do oponente. O critério de cor e mostra de cartões incomodou ambas as torcidas e agremiações.

Igualdade no andamento

O São Paulo teve inciativa tal qual em todos os jogos do torneio, mas com alteração no desenho tático.

O treinador optou pelo 4-2-3-1.   Jucilei e Cícero na dupla diante do quarteto mais recuado, e o ex-Fluminense como segundo atleta do setor. Thiago Mendes na direita, Wellington Nem por dentro, e Luis Araújo formaram o trio que se mexeu para confundir o sistema de marcação.

A agremiação do Morumbi atuou com a bola, constantemente foi ao campo de frente, mas pouco finalizou.  Parou no sistema de marcação.

O 1° t foi fácil para o Cassio.

O Alvinegro iniciou com proposta ultraconservadora. Fábio Carille orientou o time a atuar recuado. Todos os jogadores, incluindo o centroavante, congestionaram os 36 metros entre a linha da grande área e a que divide o gramado.

Renan, enquanto o Corinthians manteve esse padrão, fez uma intervenção após Rodriguinho finalizar.

O que transformou o clássico 

O São Paulo, na atual temporada,  recebeu no Morumbi apenas clubes médios e pequenos. A Ponte Preta foi o único da elite.

Todos comemoram o gol ao menos uma vez.

O gigante de Itaquera tinha, pela própria grandeza, que avançar e testar o tal sistema de marcação inconsistente, que tenta se organizar.

O Corinthians anulou a agremiação do Morumbi retomando a bola no campo de frente.

Seria patético para Carille a manutenção da proposta de futebol nos 95 minutos.Tinha que orientar o time a iniciar o bloqueio alguns metros à frente da linha que divide o gramado.

Cumpriu o necessário e o andamento do clássico, após as orientações dos treinadores nos minutos do descanso, foi alterado.

O Corinthians tinha que adiantar as linhas e, no mínimo, investir em cruzamentos.  É o lance mais forte que tem para fazer gols e basta erguer 3 ou 4 na área do São Paulo para comemorar.

Acertar o sistema de marcação nas jogadas aéreas é algo urgente para o São Paulo conseguir o que pretende na temporada. No primeiro após o Corinthians sair de trás a bola sobrou para Guilherme Arana finalizar.

Em seguida. Wellington Nem acertou lançamento preciso para Luis Araújo, diante de Cassio, desperdiçar a grande oportunidade do clássico.  O goleiro fechou o ângulo.

O São Paulo criou porque havia brecha para o lance em velocidade; o Alvinegro adiantara as linhas.

O goleiro e o sistema de marcação 

Araruna cobrou o escanteio e Cassio se equivocou na leitura da trajetória da bola, Cícero de cabeça fez assistência, Maicon subiu mais que os oponentes, finalizou e comemorou.

O zagueiro, durante o festejo, imitou a galinha, Léo Jabá no banco reclamou, e o artilheiro da zaga foi amarelado.

O apagado Pedrinho saiu e o colega que exigira o cartão entrou no clássico. Em seguida, o Corinthians empatou no cabeceio de Jô, completamente sem marcação, após Arana cruzar com precisão.

O equívoco foi dos volantes.

Ou o Cícero, ou o Jucilei tinha que ir para a área. O zagueiro Rodrigo Caio e o lateral Junior Tavares necessitaram lidar com o trio de oponentes, se confundiram e o artilheiro merece elogios pelo acerto.

Essa é a rotina da agremiação do Morumbi. Seja qual for a dupla de zaga, há dificuldades para o sistema de marcação na leitura dos lances e compreensão de quem necessita ocupar as brechas; é ineficaz especialmente nos cruzamentos e e diminui a conquista de pontos na tabela de classificação.

A cor precisa do cartão  

Havia brechas para as agremiações criarem. A velocidade do clássico aumentara em proporção similar à intensidade e divididas exageradas pelas regras do futebol.

Wellington Nem, provavelmente irritado com o Leo Jabá, fez uma tesoura, poderia machucar o oponente, e tomou apenas o amarelo.

Antes, sequer recebera o cartão, mas a entrada forte solicitou a exclusão direta como a única opção acertada.

Mexidas e finalizações  

Gilberto nenhuma vez foi acionado em condição de finalizar, Os zagueiros pararam o centroavante, que teve dificuldade para fazer o pivô e oferecer opção aos que tocaram para construir as tabelas; saiu e Chávez entrou no gramado.

Houve falta de Jõ no lance que seria da virada.

No minuto seguinte, Pablo, depois do cabeceio de Cícero, conseguiu impedir a bola de ir onde queria o volante.

O clube do Morumbi manteve a iniciativa.

Maicon, fora da área, finalizou. Cassio espalmou. Depois foi o momento das reclamações da agremiação do Morumbi.

Mantida a brandura no critério  

O São Paulo queria a exclusão do zagueiro. Pablo. com amarelo, fez  a falta de propósito ao ser driblado e notar que muitos jogadores do Alvinegro não haviam conseguido recompor o sistema de marcação.

Foram ineficazes

As últimas tentativas dos treinadores foram Neílton na vaga de Luis Araújo, Camacho na de Rodriguinho e Maycon na do Arana.

O que entrou na lateral teve a oportunidade para se consagrar e manter a tradição de equívoco do sistema de marcação do São Paulo nos cruzamentos.

Jô, noutro lance. forçou Renan a atuar;  Wellington Nem quase conseguiu desviar a bola na área para fazer o gol que teria garantido a festa dos quase 52 mil que foram ao Morumbi.

'Live in a yellow cardmarine'  

Wellington Nem recebeu o amarelo e teve que sair nos acréscimos  Nada houve.  Sequer fez a falta. O último equívoco foi o desfecho simbólico e preciso do clássico mais violento que técnico e com resultado incapaz de alegrar os torcedores das agremiações.

Ficha do jogo

São Paulo – Renan; Araruna, Maicon, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei e Cícero; Thiago Mendes, Wellington Nem e Luiz Araújo (Neilton); Gilberto (Chávez)
Técnico: Rogério Ceni

Corinthians – Cássio;  Léo Príncipe, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana (Moisés); Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho (Camacho) e Pedrinho (Léo Jabá); Jô
Técnico: Fábio Carille

Árbitro: Vinicius Furlan Auxiliares: Anderson de Moraes Coelho e Eduardo Vequi Marciano


Brasileiros temeram expulsar Messi? A isenção parece pecado no futebol
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De Vitor Birner

Para quem pode

Messi ofendeu, tal qual o La Nación afirmou, Marcelo Vangasse, durante o jogo dos 'hermanos' contra o Chile

Mandou o auxiliar tomar naquele lugar, citou a progenitora do nosso compatriota, e continuou atuando como se nada tivesse acontecido no gramado.

Sandro Meira Ricci, obviamente, tinha que excluir o artilheiro,  mas nada fez,

Há algumas hipóteses para a confortável omissão.

Ou não viu e nem foi informado, ou preferiu o clichê que os próprios atletas e treinadores citam ao garantirem que camisa o nome de peso são beneficiados com regalias.  A reclamação do craque foi contraditória. O time ganhou com o gol no pênalti muito questionável, e o resultado recolocou os 'hermanos na região dos classificados nas eliminatórias.

Palpite; entidade irá se omitir

O pênalti aconteceu antes de o atleta do Barcelona soltar palavrões, quando contrariado. Deveria se concentrar no desempenho da seleção do Bauza, que foi ruim tal na maioria dos jogos das eliminatórias.

A Conmebol poderia coogitar a suspensão do craque por algumas rodadas.

Será confortável transferir para Sandro Meira Ricci. O responsável pelo cumprimento das regras provavelmente sonegará na súmula o que houve, pois se relatar confirmará que foi mole. O jogo de empurra é uma política que convém aos cartolas.

Sandro Meira Ricci quer ir à Rússia e qualquer reclamação tende a fechar as portas nos bastidores para a realização do sonho nos gramados.

Uma referência para auxiliar os dirigentes

Wilmar Roldán, predileto da antiga gestão na entidade e na época colocado nos jogos principais, excluiu Luis Fabiano e citou na súmula as ofensas do centroavante, após o empate contra o Arsenal de Sarandí.

O colombiano cometeu equívocos favoráveis ao clube do qual o ex-presidente da AFA Julio Grondona era torcedor.

O centroavante teve que cumprir quatro partidas de suspensão. Foi 'eliminado' daquela Libertadores.

Em Chico e no Francisco

Sou do time contra a utilização de imagens para punir atletas, ao menos enquanto as mesmas forem vetadas como auxilio aos que entram no gramado para cumprirem as regras do futebol.

Essa maleabilidade que oferece aos cartolas a possibilidade da escolha de jogo e lance apreciados pelos auditores de tribunais do esporte é confortável, conveniente, para quem manda nas federações e deixa com 'os pés atrás' os cartolas das agremiações.  Cansamos de ouvir sobre a necessidade da tal força de bastidores.

O exemplo inadequado

A habitual calma de Messi no Barcelona é a pior referência para quem pretende argumentar que o 'hermano' quase nunca se incomoda com árbitros e auxiliares, e que se houve a exceção foi por algo atípico no gramado.

Raramente há grandes equívocos contra a agremiação gigante turbinada por marketing eficaz e centenas de milhões de euros, que monta elencos muito acima da média. consegue ditar o ritmo dos jogos e ganhar a maioria, e nunca se vê tal qual a seleção 'hermana' ameaçada de obter a façanha de fracassar nas eliminatórias quando restavam 5 rodadas.

Enquanto na Catalunha é quase impossível achar críticos ao craque, na Argentina há milhares de  'hinchas' reclamando que na seleção é incapaz de reproduzir o desempenho do clube.

O atleta reside em planetas distintos do futebol.

O ditado e os limites do gramado

Na hora da dificuldade ou quando têm o poder, as pessoas podem tropeçar.  O marketing criador de heróis faz muita gente se esquecer. mas faço questão de lembrar.

Messi, antes de ser craque. é humano.

Aluno da existência tal qual todos nós, pode se equivocar, oscilar, mas ao contrário da maioria absoluta foi abençoado com a graça de ser genial no futebol.

Com humildade 

A Colômbia necessitou o pênalti inexistente para ganhar do mistão da eliminada Bolívia. Atuou em Barranquilla, tem mais camisa que o oponente na atualidade, e maior força de bastidores.

Restavam 5 minutos para o encerramento quando Ricardo Marques Ribeiro interpretou o lance normal como infração na área. Ao menos nenhum dos beneficiados pela sorte do equívoco alheio reclamou nesse jogo. Os atletas e o treinador preferiram a alegria por conquistarem o resultado positivo.


Aula de como desvalorizar o futebol do país
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birner

De Vitor Birner

O Uruguai, invicto dentro do mítico estádio Centenário,  e o Brasil com pleno aproveitamento de pontos sob as orientações de Tite, entram às 8h da noite no gramado para mais um clássico carregado de história e tradição no futebol.

A tabela das eliminatórias foi divulgada pela Conmebol em 2015. O jogo, tal qual a data-Fifa, por questões esportivas e comerciais, deveriam ser sagrados para o esporte.

Aqui no auto-intitulado país do futebol, o momento especial é apenas outro jogo no amontado que atende aos anseios comerciais e políticos de quem gere a modalidade.

O Corinthians entra no gramado de Itaquera para o compromisso dispensável diante do Red Bull pelo Estadual.

Ao menos será às 5h da tarde. No Rio de Janeiro, a Ferj achou que hoje era o dia ideal para marcar Botafogo x Fluminense, que deve começar nos últimos minutos do jogo das eliminatórias.

O espancamento do Estadual continua no fim de semana. São Paulo x Corinthians e Flamengo x Vasco, os dérbis com as maiores torcidas nos respectivos torneios, foram colocados exatamente na época em que os clubes podem ser desfalcados pelas convocações.

Os cartolas oferecem aulas de como se desvalorizar competições.  Pegaram 'os produtos' mais almejados, danificaram a embalagem e botaram no fundo da prateleira. Assim, com certeza, será difícil concorrer com a 'doutrinação' feita pelas maiores agremiações da Europa e que ganham dos nacionais a predileção de várioos torcedores. .


Direção corintiana procura ofertas por Giovanni Augusto e Guilherme
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birner

De Vitor Birner

O treinador raramente escala o Giovanni Augusto e o Guilherme. Muitos questionam por achararem que falta ritmo para ambos e deveriam atuar.

Argumentam que o elenco tem carência de talento. o de ambos é acima da média no grupo de atletas, e o Estadual oferece a oportunidade para recuperarem o melhor desempenho.

Estão cobertos, na teoria, de razão; na prática a banda toca noutro ritmo.

A prioridade é a construção de equipe com muita força coletiva.

No planejamento do técnico, essa virtude será a sustentação do time que necessita investimentos e, hoje, não tem grana para contratar os jogadores necessários e equiparar o padrão dos elencos de Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, Atlético e Santos.

Os mais renomados do Alvinegro estão noutra sintonia. Por isso, raramente entram no gramado

Nos bastidores, Guilherme é avaliado como alguém que reclama muito e, quando atua, a intensidade em campo é menor que as queixas. A comissão técnica e os cartolas acham que Giovanni Augusto deveria se concentrar mais na rotina do CT para reencontrar o próprio futebol.

Enquanto isso, os que subiram da base e a maioria dos demais se dedicam muito na preparação aos jogos. São recompensados com oportunidades para ganharem rodagem e talvez a vaga no time.

As regras são óbvias.

O técnico implementa o padrão de comprometimento para quem realmente quer vestir a camisa do Alvinegro de Parque São Jorge.  É da escola de Tite.

Alicerça a construção para a temporada nos pilares que aprendeu a erguer com o ídolo da agremiação.

Sabe que priorizar o talento da dupla em detrimento ao esforço dos 'operários'  pode fazer o ambiente competitivo ruir; e ceder seria mostrar que tem a fragilidade típica de novatos despreparados para liderarem com o futebol de clubes gigantes.

Todos em sintonia

Nada disso saiu da cabeça do técnico e foi feito a revelia dos cartolas.  A direção sabe e, ao menos por enquanto, apoia a gestão que faz à frente do elenco.

Se a dupla, ao entrar no campo, tivesse desempenho acima da média, talvez os gestores e os colegas de clube aceitassem o atual padrão diário, mas a avaliação é reforçada e confirmada pelo futebol aquém do potencial de ambos e pouco produtivo para as necessidades da agremiação.

A grana e o futebol

Os dirigentes, nos bastidores, citam a irritação e a frustração com os jogadores. Silenciam nos microfones porque tentam minimizar a desvalorização de profissionais nos quais investiram alguns milhões de euros e pagam salários superiores aos de atletas que por méritos frequentam mais os gramados.

São patrimônios do Alvinegro.

Os contratos de ambos com o clube têm mais dois anos e nove meses de duração.  A cartolagem torce para a dupla alterar o andamento da carreira no clube. Enquanto isso, tenta arrumar alguma oferta no mínimo razoável de troca ou venda dos jogadores.

Um dirigente afirmou nos bastidores que gostaria de negociar imediatamente esses atletas.

Lembro que foram indicados pelo Tite. É impossível saber se o técnico idolatrado pela torcida conseguiria extrair de ambos muito mais futebol.

A opinião

A direção sabe que a tendência é, com o atual elenco, o clube ter dificuldades na temporada. Sabe que o padrão de competitividade no Estadual é muito menor que no torneio de pontos corridos.

Quer reforçar o grupo de atletas e os citados são a 'moeda' para conseguirem os atletas que pretende agregar.

Quem observa o elenco, sabe que a prioridade, urgente, é a chegada de alguém capaz de marcar e atuar em velocidade pelos lados no ataque e no meio de campo.