Blog do Birner

Empate no clássico dos cartões; São Paulo e Corinthians têm que melhorar

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De Vitor Birner

São Paulo 1×1 Corinthians

Nenhum jogador brilhou. O clássico teve o São Paulo com maior iniciativa e o Alvinegro tentando reproduzir o calculismo ganhador de Tite.

O esforço abundante dos elencos merece mais elogios que os produtos desse empenho.

Cada clube foi premiado com o gol que teve muito de equívoco do oponente. O critério de cor e mostra de cartões incomodou ambas as torcidas e agremiações.

Igualdade no andamento

O São Paulo teve inciativa tal qual em todos os jogos do torneio, mas com alteração no desenho tático.

O treinador optou pelo 4-2-3-1.   Jucilei e Cícero na dupla diante do quarteto mais recuado, e o ex-Fluminense como segundo atleta do setor. Thiago Mendes na direita, Wellington Nem por dentro, e Luis Araújo formaram o trio que se mexeu para confundir o sistema de marcação.

A agremiação do Morumbi atuou com a bola, constantemente foi ao campo de frente, mas pouco finalizou.  Parou no sistema de marcação.

O 1° t foi fácil para o Cassio.

O Alvinegro iniciou com proposta ultraconservadora. Fábio Carille orientou o time a atuar recuado. Todos os jogadores, incluindo o centroavante, congestionaram os 36 metros entre a linha da grande área e a que divide o gramado.

Renan, enquanto o Corinthians manteve esse padrão, fez uma intervenção após Rodriguinho finalizar.

O que transformou o clássico 

O São Paulo, na atual temporada,  recebeu no Morumbi apenas clubes médios e pequenos. A Ponte Preta foi o único da elite.

Todos comemoram o gol ao menos uma vez.

O gigante de Itaquera tinha, pela própria grandeza, que avançar e testar o tal sistema de marcação inconsistente, que tenta se organizar.

O Corinthians anulou a agremiação do Morumbi retomando a bola no campo de frente.

Seria patético para Carille a manutenção da proposta de futebol nos 95 minutos.Tinha que orientar o time a iniciar o bloqueio alguns metros à frente da linha que divide o gramado.

Cumpriu o necessário e o andamento do clássico, após as orientações dos treinadores nos minutos do descanso, foi alterado.

O Corinthians tinha que adiantar as linhas e, no mínimo, investir em cruzamentos.  É o lance mais forte que tem para fazer gols e basta erguer 3 ou 4 na área do São Paulo para comemorar.

Acertar o sistema de marcação nas jogadas aéreas é algo urgente para o São Paulo conseguir o que pretende na temporada. No primeiro após o Corinthians sair de trás a bola sobrou para Guilherme Arana finalizar.

Em seguida. Wellington Nem acertou lançamento preciso para Luis Araújo, diante de Cassio, desperdiçar a grande oportunidade do clássico.  O goleiro fechou o ângulo.

O São Paulo criou porque havia brecha para o lance em velocidade; o Alvinegro adiantara as linhas.

O goleiro e o sistema de marcação 

Araruna cobrou o escanteio e Cassio se equivocou na leitura da trajetória da bola, Cícero de cabeça fez assistência, Maicon subiu mais que os oponentes, finalizou e comemorou.

O zagueiro, durante o festejo, imitou a galinha, Léo Jabá no banco reclamou, e o artilheiro da zaga foi amarelado.

O apagado Pedrinho saiu e o colega que exigira o cartão entrou no clássico. Em seguida, o Corinthians empatou no cabeceio de Jô, completamente sem marcação, após Arana cruzar com precisão.

O equívoco foi dos volantes.

Ou o Cícero, ou o Jucilei tinha que ir para a área. O zagueiro Rodrigo Caio e o lateral Junior Tavares necessitaram lidar com o trio de oponentes, se confundiram e o artilheiro merece elogios pelo acerto.

Essa é a rotina da agremiação do Morumbi. Seja qual for a dupla de zaga, há dificuldades para o sistema de marcação na leitura dos lances e compreensão de quem necessita ocupar as brechas; é ineficaz especialmente nos cruzamentos e e diminui a conquista de pontos na tabela de classificação.

A cor precisa do cartão  

Havia brechas para as agremiações criarem. A velocidade do clássico aumentara em proporção similar à intensidade e divididas exageradas pelas regras do futebol.

Wellington Nem, provavelmente irritado com o Leo Jabá, fez uma tesoura, poderia machucar o oponente, e tomou apenas o amarelo.

Antes, sequer recebera o cartão, mas a entrada forte solicitou a exclusão direta como a única opção acertada.

Mexidas e finalizações  

Gilberto nenhuma vez foi acionado em condição de finalizar, Os zagueiros pararam o centroavante, que teve dificuldade para fazer o pivô e oferecer opção aos que tocaram para construir as tabelas; saiu e Chávez entrou no gramado.

Houve falta de Jõ no lance que seria da virada.

No minuto seguinte, Pablo, depois do cabeceio de Cícero, conseguiu impedir a bola de ir onde queria o volante.

O clube do Morumbi manteve a iniciativa.

Maicon, fora da área, finalizou. Cassio espalmou. Depois foi o momento das reclamações da agremiação do Morumbi.

Mantida a brandura no critério  

O São Paulo queria a exclusão do zagueiro. Pablo. com amarelo, fez  a falta de propósito ao ser driblado e notar que muitos jogadores do Alvinegro não haviam conseguido recompor o sistema de marcação.

Foram ineficazes

As últimas tentativas dos treinadores foram Neílton na vaga de Luis Araújo, Camacho na de Rodriguinho e Maycon na do Arana.

O que entrou na lateral teve a oportunidade para se consagrar e manter a tradição de equívoco do sistema de marcação do São Paulo nos cruzamentos.

Jô, noutro lance. forçou Renan a atuar;  Wellington Nem quase conseguiu desviar a bola na área para fazer o gol que teria garantido a festa dos quase 52 mil que foram ao Morumbi.

'Live in a yellow cardmarine'  

Wellington Nem recebeu o amarelo e teve que sair nos acréscimos  Nada houve.  Sequer fez a falta. O último equívoco foi o desfecho simbólico e preciso do clássico mais violento que técnico e com resultado incapaz de alegrar os torcedores das agremiações.

Ficha do jogo

São Paulo – Renan; Araruna, Maicon, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei e Cícero; Thiago Mendes, Wellington Nem e Luiz Araújo (Neilton); Gilberto (Chávez)
Técnico: Rogério Ceni

Corinthians – Cássio;  Léo Príncipe, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana (Moisés); Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho (Camacho) e Pedrinho (Léo Jabá); Jô
Técnico: Fábio Carille

Árbitro: Vinicius Furlan Auxiliares: Anderson de Moraes Coelho e Eduardo Vequi Marciano