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Entenda como Sheik pode atuar, se tiver condição de jogar no Corinthians

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De Vitor Birner

A paciência

É cedo para afirmar o que Fábio Carille pretende ao solocitar ou aceitar a contratação do veterano. Afirmarei quando souber quais serão todos os atletas do elenco.

Mas são possíveis algumas reflexões.

O padrão

O técnico, nos amistosos, testou o 4-1-4-1 com Rodriguinho e Jadson por dentro do quarteto.

Tal proposta, assim como a da conquista nos pontos corridos, quando atuou com uma dupla de volantes, o trio de criação e o centroavante Jô, dificulta para o contratado jogar pelos lados.

Carille orientou recomposição do sistema de marcação no 4-4-1-1. O 'um' logo na frente do quarteto foi Rodriguinho.

Essa configuração solicita avanços para construção dos gols e recuos nos quais forma o quarteto no meio do campo.

É difícil para quase todos os atletas veteranos conseguirem a intensidade necessária, porque exige condição física elogiável.

Se adquirir a melhor possível para si, o jogador talvez consiga atuar apenas parte dos jogos no setor. Carille terá noção mais precisa durante as atividades no CT do clube.

Na frente

O Corinthians ganhou a Libertadores com Tite improvisando centroavante. Liedson machucou e o técnico precisou arrumar soluções.

O 4-2-3-1 teve a dupla Ralf e Paulinho como volantes e, no trio, apenas Jorge Henrique, na direita, não se aventurava como atleta mais adiantado em campo.

Danilo, Sheik e Alex se alternaram nas outras duas vagas e onde atua o principal candidato a finalizar em gol.

O veterano sabe como atuar de centroavante.

Na última conquista da agremiação, Jô foi a principal referência tanto na transição em velocidade quanto nos lances por cima. Quando o oponente impediu toque de bola ao campo de frente, o Corinthians optou por lançamentos e o artilheiro ganhou muitos de cabeça, alguns gerando momentos de gol.

Numa comparação, acho que nem a velocidade da transição Sheik consegue  manter. O atleta que foi para o Japão era permitia ao time atuar recuado, porque na corrida de mais metragem ganhou de volantes e zagueiros.

Em suma, comparando os dois há pouco ou nem isso para o contratado agregar.

A última

Na de Rodriguinho, o veterano é uma opção para entrar durante os jogos ou se o técnico quiser poupar os principais do elenco.

Se mantiver padrão da última temporada, é isso que Sheik tem para oferecer ao clube. Teve desempenho razoável na Ponte Preta em muitas rodadas.

Adaptado ao padrão de intensidade que Carille exige, inclusive nas atividades no CT da agremiação, pode alterar características do time quando o técnico achar necessário. Com sorte a mística de ídolo pode brilhar.

O respeito

No ápice da forma, Sheik foi destaque na agremiação.

Seria ainda, tanto no Corinthians quanto no futebol dentro do país, se a natureza permitisse adquirir condição de jogo igual.