Jogo equilibrado no Allianz Parque; Palmeiras pode reclamar da arbitragem
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De Vitor Birner
Palmeiras 2×2 Cruzeiro
O jogo teve alternâncias. O Palmeiras ditou o ritmo no primeiro tempo e pode reclamar da anulação do gol.
O Cruzeiro melhorou quando acertou a transição em velocidade e, com mais capricho nas finalizações, teria mais possibilidades para conquistar o resultado positivo.
A igualdade
Os times iniciaram com sistemas de marcação adiantados. Forçaram o oponente a investir nos lançamentos por cima ao campo de frente.
Ninguém conseguiu manter a bola no meio de campo, ditar ritmo ou impor proposta de futebol na criação, mas Juninho se equivocou após o cruzamento de Diogo Barbosa, o lance em nada redundaria, e acertou no minuto 5 o próprio gol.
Além da bobeada do zagueiro, teve a do volante Tchê Tchê, que podia dificultar o lançamento de Murilo para o lateral.
Pela culatra
O treinador do Cruzeiro gosta de atuar com o time recuado e investir na transição em velocidade. Ofereceu, após o gol, a bola para a agremiação do Allianz Parque.
A opção foi ineficaz. Em nenhum lance incomodou Fernando Prass. No 4-4-1-1 quando o Palmeiras tentou criar no campo de frente, manteve o Rafael Marques pouco avançado e as vezes Thiago Neves, que atuou entre o quarteto do meio de campo e o centroavante.
Queria o sistema de marcação forte diante da área, mas, creio, se incomodou com o andamento.
O mérito
O Palmeiras foi gradativamente melhorando. Com Keno e Dudu pelos lados, espalhou o sistema de marcação do Cruzeiro em alguns momentos. Conseguiu o empate após Dudu finalizar e Borja no rebote comemorar.
Teve mais, no 1°t, para conseguir gols.
As polêmicas
O Palmeiras ditou o ritmo, desperdiçou oportunidades e reclamou o pênalti em Keno.
Diogo Barbosa segurou a camisa do atacante, que forçou ao se jogar no gramado. Árbitros daqui, em lances similares, interpretaram que aconteceu a irregularidade na área.
Reitero: nada será mais construtivo para o futebol que padronizar os critérios em todos os jogos do torneio.
O Palmeiras conseguiu o gol com Borja, de cabeça, no cruzamento em escanteio, e a arbitragem se equivocou ao determinar a falta do centroavante no Manoel.
Os acertos
Alberto Valentim manteve o sistema de marcação adiantado. Mano Menezes repetiu a proposta que utilizou após o gol.
Apesar de manterem os times atuando como encerraram o 1°t, o andamento foi alterado após o descanso dos elencos.
As orientações do técnico rodado ajustaram a transição em velocidade e, nas lacunas entre a linha de zagueiros do Palmeiras e Fernando Prass, o Cruzeiro teve oportunidades e as desperdiçou por equívocos ao finalizar.
Aos 7, trocou Rafael Marques por Robinho que, em seguida, esbanjou categoria diante do veterano goleiro e comemorou.
A ousadia
Quase imediatamente depois do gol, o técnico do Palmeiras mexeu no desenho do time.
Trocou Jean, volante nesse jogo, por Roger Guedes. Manteve Tchê Tchê como primeiro no setor e Moisés podia recuar para formar a dupla, se o oponente quisesse manter a bola no campo de frente.
O Cruzeiro teve grandes momentos investindo na transição em velocidade. Dificilmente alteraria a proposta.
O sucessor de Cuca avaliou que compensava ter alguém mais capaz de criar e finalizar.
Quase encerrou
Arrascaeta, diante do Fernando Prass, desperdiçou o gol que seria elogiado pela construção, uma tabela iniciada pela direita no meio de campo.
Minutos depois o uruguaio cedeu a vaga para Lucas Silva.
O empenho
Alberto Valentim mexera para aumentar o volume de jogo ofensivo, e o Palmeiras, em grande parte pelo esforço dos atletas, frequentou o campo de frente.
Foi intenso, conseguiu finalizar mais e o goleiro, o ídolo, após Edu Dracena cabecear, conseguiu grande partipação e impediu o empate.
O treinador avaliou que cruzamentos eram necessários e, para reforçar o time nisso, optou por Deyverson na de Keno. Edu Dracena se machucou e o Luan foi ao gramado.
O empate
No lateral, bobeou o sistema de marcação. Dudu se movimentou, foi à linha de fundo e tocou para o centroavante finalizar dentro da área.
Ambos os jogadores do Palmeiras tiveram muitas brechas. O Cruzeiro necessitava mais concentração para manter o resultado positivo.
A conclusão
Gostei do jogo no Allianz Parque. Os dois clubes têm futebol que permite brilharem no continente.
Ficha do jogo (atualizando)
Palmeiras – Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena (Luan), Juninho e Egídio; Tchê Tchê e Jean (Róger Guedes); Keno (Deyverson), Moisés e Dudu; Miguel Borja Técnico: Alberto Valentim
Cruzeiro – Fábio; Ezequiel, Manoel, Murilo (Digão) e Diogo Barbosa; Henrique e Lucas Romero; Rafinha, De Arrascaeta (Lucas Silva) e Thiago Neves; Rafael Marques (Robinho). Técnico: Mano Menezes
Árbitro: Heber Roberto Lopes – Assistentes: Helton Nunes e Thiago Americano Labes