Palmeiras ganhou com acertos de Valentim; Willian e Keno brilharam
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De Vitor Birner
As alterações
Alberto Valentim otimizou e fortaleceu a proposta que Cuca implementou. Tchê Tchê e Bruno Henrique, dois volantes com toque de bola melhor que Thiago Santos, iniciaram o jogo.
Como centroavante, nem Deyverson e nem o Borja; Willian foi escolhido para aumentar a mobilidade e a velocidade na construção dos momentos de gol.
O técnico, ao adiantar o jogador, abriu uma vaga do lado. Manteve Dudu e a preencheu com Keno.
Moisés atuou por dentro e completou o quarteto mais adiantado.
A dinâmica
É impossível exigir do técnico no cargo desde anteontem, todas as evoluções coletivas necessárias para o futebol do time ser compatível ao potencial do elenco.
Tem que fortalecer o sistema de marcação vulnerável pelos lados e optou por Mayke e Egídio na laterais, ambos melhores no apoio. A criação com o ritmo cadenciado, quando o Palmeiras tem a bola e o oponente recua para congestionar em frente da área, solicita repertório mais amplo.
Mesmo assim, é inegável que as alterações ganharam o jogo. Aumentaram a velocidade e a competência na transição a frente, que garantem montes de pontos na temporada.
O trio que brilhou
Willian e Keno merecem elogios. Foram os pilares do resultado.
O andamento estava igual. Prevaleciam os sistemas de marcação quando o centroavante recebeu lançamento, mostrou categoria e, como se fosse o pivô, ajeitou para o colega que havia atuado apenas uma vez nas 5 últimas rodadas.
O ex-jogador do Santa Cruz carregou a bola em velocidade para a área, driblou e conseguiu a assistência irretocável Diante do goleiro, Willian que iniciara o lance finalizou e comemorou.
O show de Keno tinha apenas começado dentro do gramado.
O Palmeiras ampliou no 2°t graças a inspiração do atacante. Acertou toque bonito e raro nos gramados – mais utilizado no futsal – para Moisés concluir em frente ao goleiro.
No último, Willian mais uma vez tocou ao destaque do jogo, que foi para a linha de fundo e colocou a bola na cabeça do Dudu sozinho na pequena área.
Merece aplausos
Lembro que, em tese, Deyverson e Borja deveriam ser mais capazes que Willian de costas para os zagueiros, e na prática contribuiu mais assim no jogo que os colegas nos anteriores.
Keno atuou na direita. Antes, porque preferia e o antecessor concordava, era escalado do outro lado, onde nenhuma assistência conseguiu nessa edição do torneio de pontos corridos.
Tenho que elogiar o treinador pelos acertos que geraram o resultado positivo. Podia escalar Felipe M e o Borja, jogar para a galera e evitar críticas de quem os quer no campo.
Preferiu investir nas próprias avaliações esportivas em vez da política com a torcida e talvez elenco.
Se manterá, diminuirá ou aumentará o número de acertos, é impossível afirmar.
As rodadas e o andamento da tentativa de contratar o favorito Mano Menezes provavelmente oferecerão a resposta. A agremiação tem como investir em técnico rodado, mas os resultados podem golear planejamentos no futebol.