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Brasileiros temeram expulsar Messi? A isenção parece pecado no futebol

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De Vitor Birner

Para quem pode

Messi ofendeu, tal qual o La Nación afirmou, Marcelo Vangasse, durante o jogo dos 'hermanos' contra o Chile

Mandou o auxiliar tomar naquele lugar, citou a progenitora do nosso compatriota, e continuou atuando como se nada tivesse acontecido no gramado.

Sandro Meira Ricci, obviamente, tinha que excluir o artilheiro,  mas nada fez,

Há algumas hipóteses para a confortável omissão.

Ou não viu e nem foi informado, ou preferiu o clichê que os próprios atletas e treinadores citam ao garantirem que camisa o nome de peso são beneficiados com regalias.  A reclamação do craque foi contraditória. O time ganhou com o gol no pênalti muito questionável, e o resultado recolocou os 'hermanos na região dos classificados nas eliminatórias.

Palpite; entidade irá se omitir

O pênalti aconteceu antes de o atleta do Barcelona soltar palavrões, quando contrariado. Deveria se concentrar no desempenho da seleção do Bauza, que foi ruim tal na maioria dos jogos das eliminatórias.

A Conmebol poderia coogitar a suspensão do craque por algumas rodadas.

Será confortável transferir para Sandro Meira Ricci. O responsável pelo cumprimento das regras provavelmente sonegará na súmula o que houve, pois se relatar confirmará que foi mole. O jogo de empurra é uma política que convém aos cartolas.

Sandro Meira Ricci quer ir à Rússia e qualquer reclamação tende a fechar as portas nos bastidores para a realização do sonho nos gramados.

Uma referência para auxiliar os dirigentes

Wilmar Roldán, predileto da antiga gestão na entidade e na época colocado nos jogos principais, excluiu Luis Fabiano e citou na súmula as ofensas do centroavante, após o empate contra o Arsenal de Sarandí.

O colombiano cometeu equívocos favoráveis ao clube do qual o ex-presidente da AFA Julio Grondona era torcedor.

O centroavante teve que cumprir quatro partidas de suspensão. Foi 'eliminado' daquela Libertadores.

Em Chico e no Francisco

Sou do time contra a utilização de imagens para punir atletas, ao menos enquanto as mesmas forem vetadas como auxilio aos que entram no gramado para cumprirem as regras do futebol.

Essa maleabilidade que oferece aos cartolas a possibilidade da escolha de jogo e lance apreciados pelos auditores de tribunais do esporte é confortável, conveniente, para quem manda nas federações e deixa com 'os pés atrás' os cartolas das agremiações.  Cansamos de ouvir sobre a necessidade da tal força de bastidores.

O exemplo inadequado

A habitual calma de Messi no Barcelona é a pior referência para quem pretende argumentar que o 'hermano' quase nunca se incomoda com árbitros e auxiliares, e que se houve a exceção foi por algo atípico no gramado.

Raramente há grandes equívocos contra a agremiação gigante turbinada por marketing eficaz e centenas de milhões de euros, que monta elencos muito acima da média. consegue ditar o ritmo dos jogos e ganhar a maioria, e nunca se vê tal qual a seleção 'hermana' ameaçada de obter a façanha de fracassar nas eliminatórias quando restavam 5 rodadas.

Enquanto na Catalunha é quase impossível achar críticos ao craque, na Argentina há milhares de  'hinchas' reclamando que na seleção é incapaz de reproduzir o desempenho do clube.

O atleta reside em planetas distintos do futebol.

O ditado e os limites do gramado

Na hora da dificuldade ou quando têm o poder, as pessoas podem tropeçar.  O marketing criador de heróis faz muita gente se esquecer. mas faço questão de lembrar.

Messi, antes de ser craque. é humano.

Aluno da existência tal qual todos nós, pode se equivocar, oscilar, mas ao contrário da maioria absoluta foi abençoado com a graça de ser genial no futebol.

Com humildade 

A Colômbia necessitou o pênalti inexistente para ganhar do mistão da eliminada Bolívia. Atuou em Barranquilla, tem mais camisa que o oponente na atualidade, e maior força de bastidores.

Restavam 5 minutos para o encerramento quando Ricardo Marques Ribeiro interpretou o lance normal como infração na área. Ao menos nenhum dos beneficiados pela sorte do equívoco alheio reclamou nesse jogo. Os atletas e o treinador preferiram a alegria por conquistarem o resultado positivo.