Blog do Birner

Direção corintiana procura ofertas por Giovanni Augusto e Guilherme

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De Vitor Birner

O treinador raramente escala o Giovanni Augusto e o Guilherme. Muitos questionam por achararem que falta ritmo para ambos e deveriam atuar.

Argumentam que o elenco tem carência de talento. o de ambos é acima da média no grupo de atletas, e o Estadual oferece a oportunidade para recuperarem o melhor desempenho.

Estão cobertos, na teoria, de razão; na prática a banda toca noutro ritmo.

A prioridade é a construção de equipe com muita força coletiva.

No planejamento do técnico, essa virtude será a sustentação do time que necessita investimentos e, hoje, não tem grana para contratar os jogadores necessários e equiparar o padrão dos elencos de Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, Atlético e Santos.

Os mais renomados do Alvinegro estão noutra sintonia. Por isso, raramente entram no gramado

Nos bastidores, Guilherme é avaliado como alguém que reclama muito e, quando atua, a intensidade em campo é menor que as queixas. A comissão técnica e os cartolas acham que Giovanni Augusto deveria se concentrar mais na rotina do CT para reencontrar o próprio futebol.

Enquanto isso, os que subiram da base e a maioria dos demais se dedicam muito na preparação aos jogos. São recompensados com oportunidades para ganharem rodagem e talvez a vaga no time.

As regras são óbvias.

O técnico implementa o padrão de comprometimento para quem realmente quer vestir a camisa do Alvinegro de Parque São Jorge.  É da escola de Tite.

Alicerça a construção para a temporada nos pilares que aprendeu a erguer com o ídolo da agremiação.

Sabe que priorizar o talento da dupla em detrimento ao esforço dos 'operários'  pode fazer o ambiente competitivo ruir; e ceder seria mostrar que tem a fragilidade típica de novatos despreparados para liderarem com o futebol de clubes gigantes.

Todos em sintonia

Nada disso saiu da cabeça do técnico e foi feito a revelia dos cartolas.  A direção sabe e, ao menos por enquanto, apoia a gestão que faz à frente do elenco.

Se a dupla, ao entrar no campo, tivesse desempenho acima da média, talvez os gestores e os colegas de clube aceitassem o atual padrão diário, mas a avaliação é reforçada e confirmada pelo futebol aquém do potencial de ambos e pouco produtivo para as necessidades da agremiação.

A grana e o futebol

Os dirigentes, nos bastidores, citam a irritação e a frustração com os jogadores. Silenciam nos microfones porque tentam minimizar a desvalorização de profissionais nos quais investiram alguns milhões de euros e pagam salários superiores aos de atletas que por méritos frequentam mais os gramados.

São patrimônios do Alvinegro.

Os contratos de ambos com o clube têm mais dois anos e nove meses de duração.  A cartolagem torce para a dupla alterar o andamento da carreira no clube. Enquanto isso, tenta arrumar alguma oferta no mínimo razoável de troca ou venda dos jogadores.

Um dirigente afirmou nos bastidores que gostaria de negociar imediatamente esses atletas.

Lembro que foram indicados pelo Tite. É impossível saber se o técnico idolatrado pela torcida conseguiria extrair de ambos muito mais futebol.

A opinião

A direção sabe que a tendência é, com o atual elenco, o clube ter dificuldades na temporada. Sabe que o padrão de competitividade no Estadual é muito menor que no torneio de pontos corridos.

Quer reforçar o grupo de atletas e os citados são a 'moeda' para conseguirem os atletas que pretende agregar.

Quem observa o elenco, sabe que a prioridade, urgente, é a chegada de alguém capaz de marcar e atuar em velocidade pelos lados no ataque e no meio de campo.