São Paulo perdeu do Nacional e da Conmebol; torcida deve se orgulhar
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De Vitor Birner
Nacional 1×0 São Paulo
Diante do que houve em ambos os jogos, argumentar sobre qualidade dos times é secundário.
A entidade promotora da Libertadores escalou o 'hermano' Mauro Viguolo e o chileno Patricio Piolim para cumprirem as regras nos gramados, e ambos foram fundamentais na classificação do melhor da Libertadores. Decidiram quem chegou à final.
Alterou o jogo
No Morumbi, quando o Nacional conseguiu se impor com as tabelas, nenhuma outra agremiação do continente mostra a mesma qualidade nesse fundamento, não criou assim nenhuma oportunidade.
Teve uma no cruzamento e acertou o travessão. Méritos do time, mas os gols aconteceram após o equívoco na exclusão de Maicon, imprudente por oferecer a possibilidade para o tropeço técnico de quem tinha de impor as regras do futebol, não em tabelas que são as especialidade.
O que gerou a apresentação superior, sequer rendeu chance de gol. Tal qual citei no post anterior, houve uma série de momentos de sorte dos colombianos nesse quesito durante todo o torneio. O de azar do zagueiro contratado no Porto foi mais um e forneceu ótimas condições para o time se classificar.
Quase tudo igual em Medelim
O São Paulo poderia encerrar a primeira parte do jogo ganhando. Na hora mais difícil para o Nacional, quando o sonho da conquista do torneio poderia ruir, brilhou ainda mais a luz da incapacidade humana nas escolhas de quem não entrou em campo para tocar e chutar.
Quase no enceramento do primeiro tempo elogiável da agremiação de Bauza, não foi marcado pênalti em Hudson. Foi intencionalmente empurrado pelo Bocanegra.
Finalizaria em frente ao goleiro. Patricio Piolim, muito bem posicionado, não conseguiu observar.
Teria que marcar a falta na área e excluir o atleta.
Em suma, o Nacional, com jogador a menos, necessitaria gerir o 1×2 ou o empate no restante do jogo igual no andamento, obviamente de acordo com as características dos times.
Depois o time de Bauza teve que ir para cima, se expôs, apareceram as lacunas no meio de campo e o toque de bola com qualidade dos colombianos prevaleceu.
O pênalti do Carlinhos, que de costas não colocou deliberadamente o cotovelo na bola no cruzamento, é do neo-futebol, tinha que ser marcado, e o artilheiro Borja chutou com maestria.
O impacto nos resultados da semifinal
Na ida, o jogo que com andamento e provável 0x0, ou no máximo com um gol de qualquer time, teve outro placar não apenas por acertos ou equívocos dos jogadores.
Em Medelim houve algo foi similar, com roteiro ainda pior para a equipe que prioriza o sistema de marcação e os cruzamentos, e tem menos capacidade no toque.
A Conmebol 'arrancou' da Libertadores a agremiação de Bauza. Reitero; foram incompetentes os escalados pelos cartolas para cumprirem as regras do futebol.
O critério para mostrar os cartões foi dúbio e não alongarei o texto mencionando os lances
No show da sorte, todos os equívocos decisivos em ambos os jogos favoreceram ao clube que tem duas cores.
A postura que merece elogios
O torcedor deve se orgulhar do respeito que os jogadores do São Paulo mostraram pela camisa. Resgataram a virtude indispensável e sumida em temporadas anteriores no CT da Barra Funda.
O mundo gira
O elenco necessita manter a única conquista que obteve na Libertadores. Tem que digerir a eliminação o quanto antes, mostrar as mesmas concentração e empenho no torneio de pontos corridos, e ganhar jogos para virar a página.
O futebol é assim e. ao menos enquanto não houver outro modelo de gestão nas federações para elevar o a preparação e desempenho de donos da regra durante os jogos, continuará igual.
O mesmo vale para muitos cartolas dos clubes.
Esse capítulo foi triste para o São Paulo, noutros q agremiação teve a tal da sorte, o mesmo acontece com todas as gigantes, algumas são mais felizes nisso, e o ideal seria que tudo fosse melhor.
Ficou impossível ir à final
Não tenho plena convicção que o time se classificaria se as regras fossem cumpridas, mas é inegável que houve grande interferência no andamento e resultados na semifinal da Libertadores.
A qualidade do elenco e as ausências, somadas à falta de sorte com os personagens das regras, tornaram impossível seguir na Libertadores.
O São Paulo, desfalcado de jogadores que faziam temporada elogiável, necessitava ser competitivo dentro das próprias características, neutralizar o sistema de criação do Nacional, e os jogadores conseguiram.
Não tinham competência para ganhar com tantos equívocos na semifinal favoráveis ao time que é melhor.
Minha vocação para futurólogo é nula. Quem leu o post anterior não deve cogitar isso, apesar de confirmar antecipadamente o que houve no gramado. Minha profissão é a de jornalista. Foi palpite e tive sorte.
Ficha do jogo
São Paulo – Denis; Bruno, Lugano, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos); Hudson (Alan Kardec) e Thiago Mendes; Wesley, Centurión (Luiz Araújo) e Michel Bastos; Calleri
Técnico: Edgardo Bauza.
Atlético Nacional – Armani; Bocanegra (Aguillar), Sanchez, Henriquez e Diaz; Mejía, Pérez (Guerra), Macnelly Torres e Guerra; Marlos Moreno; Borja
Técnico: Reinaldo Rueda
Árbitro: Patricio Polic (CHI) – Auxiliares: Marcelo Barraza e Christian Schiemann