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Alviverde foi superior ao Corinthians: houve impedimento no gol anulado

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De Vitor Birner

Palmeiras 1×0 Corinthians

O 1°t foi equilibrado e com enorme superioridade dos sistemas de marcação.

Depois ficaram inconsistentes nos cruzamentos e pioraram o posicionamento, as agremiações tiveram mais oportunidades, e quem conseguiu aproveitar uma ganhou.

Cleiton Xavier fez o jogo ficar melhor quando conseguiu o gol, Forçou o Corinthians a sair mais, a oferecer o contra-ataque. Gabriel Jesus foi quem desperdiçou mais oportunidades.

O Alvinegro reclamou de quem foi encarregado de cumprir as regras do futebol.

Fernando Prass subiu com Felipe e Rahael Claus, nos acréscimos, avaliou que houve a infração antes de Uendel fazer o gol.  Se equivocou, mas não interferiu no resultado porque aconteceu o impedimento do zagueiro.

O Alviverde, em geral, foi melhor que o atual campeão do torneio de pontos corridos.

Vareio dos marcadores 

Nos bancos, treinadores competentes, os melhores do país na atualidade, que tiveram rara semana com tempo de preparem os times.

No gramado, jogadores esforçados, dispostos a cumprirem as orientações de Cuca e do Tite.

Por mérito dos sistemas de marcação, quase não houve brechas para criarem oportunidades de gol. Nenhuma grande intervenção dos goleiros pode ser mencionada .

Todas as lacunas no meio de campo e no entorno das grandes áreas foram preenchidas pelos sistemas de marcação.

Era necessário equívoco individual, fosse de fundamento ou de posicionamento, ou o lance de grande habilidade de alguém, no toque ou no drible, para haver a finalização em condições de acontecer o gol.

O de Cristian, que tocou na fogueira para Bruno Henrique, foi a exceção.

Moisés retomou a bola com todas as linhas do Corinthians adiantadas, o time posicionado para criar oportunidades, e Tchê Tchê colocou Gabriel Jesus em frente ao Walter.  O atacante revelado demorou para finalizar, permitiu que Felipe interviesse e tornasse o lance fácil para o goleiro.

Ambos os times insistiram pelos lados

O Palmeiras forçou muito os lances na esquerda. Tem mais qualidade naquela região do gramado.

Moisés, Dudu e Gabriel Jesus, o 'centroavante' com obrigação de se mexer para confundir o sistema de marcação do Alvinegro, foram acionados. Zé Roberto atuou na lateral.

Na direita, Roger Guedes, Jean e Tchê Tchê participaram menos das tentativas de o time criar as oportunidades. Gabriel Jesus pouco de deslocou àquele setor do campo.

O ex-Audax fez isso em alguns momentos para contribuir com os mais acionados na criação quando o Palmeiras tinha a bola no entorno da área.

O Alvinegro congestionou tudo. Exigiu o constante apoio dos laterais.

Fágner, Giovanni Augusto, Bruno Henrique e o centroavante Luciano investiram nos lances na direita.

Uendel, Marquinhos Gabriel e o Guilherme, atuou no centro e se deslocou para tentar as triangulações, do outro lado, como os colegas de clube não conseguiram oportunidades e consequentemente intervenções de Fernando Prass.

O treinador competente, ousado e iluminado

Cleiton Xavier, após descanso dos jogadores, substituiu Roger Guedes. Cuca queria elevar a qualidade no toque de bola.

O atleta que entrou fez o gol. Não há como colocar apenas na conta da mexida o êxito no lance. Houve equívocos corintianos.

O novo dono da posição embaixo das traves chutou o tiro da meta na linha que divide o gramado, não como, acho, Tite queria.

E o zagueiro Felipe tinha como interromper o lance. .

Além disso, o Palmeiras, após a reposição feita por Walter, teve o contra-ataque, algo que não acontece em times posicionados com precisão e entrosados.

Jean ganhou de Marquinhos Gabriel, o Gabriel Jesus fez o pivô, a bola sobrou para o zagueiro negociado com o Porto que se equivocou e a devolveu ao Dudu.

O meia-atacante tocou para Moises chutar dentro da área, em frente ao goleiro. Walter conseguiu difícil intervenção e Cleiton Xavier, no rebote, finalizou de cabeça e comemorou.

Desperdiçou oportunidade para empatar

A marcação, por cima, tem sido dos maiores entraves do Palmeiras. Ofereceu gol ao Corinthians.

Fernando Prass saiu para fazer a intervenção no cruzamento de Uendel, em cobrança de falta. A bola foi para Cristian que, com o veterano fora do lance,  finalizou forte e por cima.

Jogo ficou melhor

O gol alterou o andamento do clássico. O Corinthians adiantou todas as linhas.

O Palmeiras conta com Dudu e Gabriel Xavier, ambos rápidos. Podia aproveitar o vão que apareceu entre Walter e os zagueiros e laterais do Alvinegro para ampliar o resultado

Além das oportunidades citadas, ambas aconteceram nos 4 minutos iniciais, houve mais algumas. As duas agremiações tiveram oportunidades de gol.

As mexidas e os desperdícios

Fagner driblou Zé Roberto com enorme facilidade. O lateral rolou para a área e Thiago Santos, com o bico da chuteira, impediu o chute de Guilherme em condição de igualar.

Além disso, o volante proporcionou o contra-ataque no qual Dudu e Gabriel Jesus ficaram mano a mano diante de Felipe e Yago, e que foi encerrado com Walter defendendo o chute do atleta contratado no Grêmio.

A oportunidade seguinte reafirmou a necessidade de o Palmeiras melhorar a marcação por cima. O Corinthians, na falta quase no mesmo lugar em que Uendel cobrou e Fernando Prass rebateu no pé de Cristian minutos antes, parou na trave do veterano goleiro.

Uendel cobrou, Felipe ganhou de cabeça e Guilherme finalizou. Não havia ninguém com o jogador que quase empatou. Reclamaram impedimento, que não houve, e contaram com a sorte.

O Alviverde, porque o treinador orienta, tentou manter a marcação na frente, pois era fundamental diminuir a quantidade de lances do clube do Tite pelos lados, onde são feitos os cruzamentos.  .

O posicionamento e Fagner, ao tentar fazer a transição à frente e tocar para Gabriel Jesus, quase fizeram a torcida festejar no Allianz Parque

O lateral entortou, simplificou para o atleta revelado na Academia de futebol, era último do setor na direita, por isso o artilheiro pode correr alguns metros, finalizar e exigir a consistente intervenção do goleiro.

Em seguida, Tite tirou Guilherme e colocou Danilo.

Tinha lógica a mexida.

Reforçou a possibilidade de fazer gol nos cruzamentos porque o veterano é competente no cabeceio, além de ter qualidade para fazer os levantamentos de bola na área.

Maycon, volante, foi a opção do técnico quando o volante Cristian pediu para sair.

Menos eficaz

Após cobrança de lateral, o sistema de marcação do Alvinegro, ainda inconsistente por cima, não afastou e Gabriel Jesus na pequena área finalizou.

André foi ao jogo e Luciano saiu. Logo depois, Rafael Marques entrou na vaga do Dudu para manter o contra-ataque e reforçar a marcação dos cruzamentos.

O substituto tabelou com o Zé Roberto, o lateral cruzou na medida para Gabriel Jesus, de cabeça, desperdiçar outra grande oportunidade para garantir o resultado positivo.

O artilheiro se consagraria em tarde mais inspirada.

Especificamente no momento de fazer o gol não merece elogios, mas ressalto que mostrou futebol de qualidade.

Tinha que anular

Quase no final, quando o Alvinegro foi para o 'tudo ou nada', Cuca recuou o time com Matheus Salles no gramado e Moisés, que recebera o amarelo, encerrando a elogiável atuação no clássico.

Nos acréscimos houve o cruzamento e Raphael Claus marcou a infração na disputa de Felipe com Fernando Prass. Não acho que aconteceu a falta antes de Uendel finalizar. O lateral fez o gol.

A sorte do encarregado em cumprir as regras é que houve o impedimento do zagueiro. Se equivocou – o lance é interpretativo e não daqueles óbvios – mas no final das contas não interferiu no resultado.

Mereceu ganhar

O Alviverde mostrou futebol melhor.

Teve mais oportunidades, variações, correspondeu ao apoio da torcida que fez barulho nas arquibancadas para apoiar a agremiação no Allianz Parque.

Ficha do jogo

Palmeiras – Fernando Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Edu Dracena e Zé Roberto; Jean e Thiago Santos; Róger Guedes (Cleiton Xavier), Moisés (Matheus Sales) e Dudu (Rafael Marques); Gabriel Jesus
Técnico : Cuca

Corinthians – Walter; Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Cristian (Maycon) e Bruno Henrique; Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Guilherme (Danilo); Luciano (André)
Técnico : Tite

Árbitro : Raphael Claus (Fifa-SP) – Auxiliares : Emerson Augusto de Carvalho e Rogerio Pablos Zanardo