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Ex-diretores de Aidar iniciam briga política antes da semi na Libertadores

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De Vitor Birner

O ambiente do futebol no São Paulo melhorou. Os gestores montaram time competitivo com custo muito baixo, pois herdaram a gigantesca crise financeira deixada por Carlos Miguel Aidar, reconstroem o ambiente do CT da Barra Funda e não há boatos de corrupção em qualquer negociação.

Muitos atletas, por isso, rendem mais.

A torcida, carente de esforço nos gramados, avalia que os jogadores respeitam o manto sagrado, e tem orgulho da maneira como atuaram nos momentos mais difíceis da Libertadores.

A quantidade dos sócios do futebol superou os cem mil.

A camisa, apesar do momento econômico desfavorável no país, tem patrocínios. Foram conseguidos quando há a exceção Jogos Olímpicos, que possui enorme apelo comercial e receberá grande parte da verba publicitária  das empresas investidoras em propagandas nos eventos esportivos.

A recuperação da agremiação demanda anos, acertos, sorte.

É impossível afirmar que os atuais administradores irão manter o elogiável padrão, e não há como negar que a maioria das medidas, desde quando assumiram a direção, foram certeiras. Quem ama a instituição tem motivos para ficar otimista.

Percalços são normais e podem acontecer, mas aparentemente a gestão é compromissada com o fortalecimento do clube.

Reclamam do presidente

O Conselheiro Deliberativo recebeu, quinta,  moção de desconfiança contra o Leco, porque o manteve Ataíde Gil Guerrero como diretor de relações institucionais.

Há dezoito nomes no documento, dezesseis referendando, com assinaturas, a iniciativa.

Treze foram diretores na gestão Aidar. Marcelo Abranches Pupo Barboza, presidente do órgão, pode colocar o documento em votação.

Se for aprovado nada acontece.

Não há, no estatuto, nenhuma sanção prevista. Ficará a marca negativa porque a maioria manifestará a insatisfação com o presidente da agremiação.

Para continuar as negociações

Os atuas gestores se irritaram com a exclusão de Ataíde Gil Guerrero do conselho deliberativo. Acham que a afirmação de tentativa de homicídio colocada no relatório pela Comissão de Ética não procede, foi política e queria 'igualar' a gravidade do equívoco do dirigente aos de Carlos Miguel Aidar.

Mas garantem que o cartola não foi mantido por isso. Encabeçou a negociação dos direitos de transmissões de jogos no canal fechado, avaliada como positiva e fundamental para a regularização dos pagamentos dos salários dos jogadores.

Há outra em andamento,  com a mesma emissora, para a tv aberta, que envolve valores maiores.

Leco acha que tirar o diretor de relações institucionais será erro técnico.

Não descarta que, após encerrada, Ataíde Gil Guerreiro saia ou continue.  Politicamente, o mais racional será a escolha de outro para o cargo.

São muitos os insatisfeitos no órgão que elegerá o presidente ano que vem. Queriam que o episódio que gerou a renuncia de Aidar fosse solucionado internamente.

Do outro lado, os situacionistas acham que a abreviação do mandato do ex-presidente, por iniciativa do próprio e em consequência do que fez Ataíde, foi essencial para o time não afundar e provavelmente ir à segunda divisão porque não teria dinheiro.

Vasco e Palmeiras são gigantes com potencial para terem grandes arrecadações, mas caíram duas vezes.

Ataíde quase não lida com outros temas. Foi à Conmebol, quando houve o julgamento de Calleri pela exclusão contra o The Strongest, e o centroavante, que apanhou e recebeu o cartão, cumpriu apenas contra o Toluca no Morumbi.

Amor pelo São Paulo

O único fato inegável é que Carlos Miguel Aidar arrebentou as finanças da agremiação e pode ser considerado pequeno milagre futebolístico a montagem de time competitivo com ínfimo investimento em reforços. Conquistou o privilégio de jogar a semifinal da Libertadores.

Todos os são paulinos deveriam sentir felicidade e facilitar a manutenção da paz no clube, a não ser que haja corrupção, ao menos enquanto houver possibilidade de conquistarem o torneio.

Não se lembram, nem situacionistas e nem oposicionistas, que a agremiação ganha o troféu, não qualquer pessoa física.

Elogios que satisfazem egos deveriam ser secundários e irrelevantes porque o fortalecimento do coletivo necessita prevalecer em prol São Paulo.

A moção, agora, em nada contribui. É fundamental que haja opositores, Fiscalizam a gestão e contribuem para a melhora da agremiação.

O terceiro mandato e suprimir os contrários foram, por exemplo, os maiores equívocos políticos de Juvenal Juvêncio.

Quem discorda dos administradores e quer contribuir, ser construtivo, necessita achar meios concretos, transparentes, para engrandecer a instituição.

Não tenho a menor ideia de como a representação pode ser positiva, quando a direção se concentra na tentativa de contratar Maicon, reforçar o elenco, e tem como maior entrave a condição financeira deixada pelo presidente que teve como pares a maioria dos conselheiros que apoiam e moção no Conselho do clube.

Ganhar a Libertadores continua sendo difícil, mas não impossível, e essa deveria ser a prioridade de todos no Morumbi.

Eis a folha com assinaturas que enviaram ao presidente do órgão.

 

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