Prêmio de melhor do mundo deveria ter apenas critérios esportivos
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De Vitor Birner
Carlitos Tévez, autor de duas dezenas de gols no campeonato italiano, um dos maiores destaques da Juventus campeã Italiana e vice da Europa, não foi colocado na lista dos 23 finalistas.
A agremiação deu um vareio no torneio nacional e, apesar de contar com elenco pior que o das maiores potências do continente, eliminou o Real Madrid na semifinal do promovido pela UEFA com um gol dele no jogo de ida, em Turim, quando a 'veccia signora' ganhou por 2×1 do favorito.
Não havia como ficar fora do grupo de atletas no qual foram incluídos James, De Bruyne, Kroos, Robben, Rakitic e Benzema, além de outros grandes jogadores que merecem elogios mas não tiveram desempenho superior ao do atacante.
Messi será eleito o melhor do planeta, com muito mérito, pois foi, de longe, o principal jogador nas conquistas do Barcelona.
Atuar em clubes gigantes aos olhos da elite econômica futebolística parece que conta para quem formula o grupo dos indicados.
Creio que se o 'hermano' preterido fosse, hoje, jogador de Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester United ou de alguma grande marca européia, lembrariam dele.
Não foi a primeira vez que as questões políticas ou mercadológicas sobrepujaram as esportivas.
Luis Suárez, uma temporada antes, ficou fora das 5 primeiras rodadas da Premier League [o campeonato nacional mais difícil do planeta] porque foi suspenso.
Depois, atuou em todos os 33 jogos do Liverpool e marcou 31 gols, além de mostrar futebol espetacular.
Mas não foi colocado na lista dos 23 concorrentes ao prêmio porque a 'empresa' de Joseph Blatter foi rigorosa com ele no lance da mordida em Chiellini, considerada quase inofensiva pelo zagueiro, e o proibiu de permanecer com o elenco uruguaio ao suspendê-lo de maneira, tratada pelo cartola, como exemplar.
Por causa das investigações na entidade, o demissionário fornecedor de exemplos foi suspenso por 90 dias de suas funções por ''pagamento desleal'', além de ter assinado um ''contrato desfavorável'' quando negociou os direitos de transmissões de jogos para a federação caribenha por valor muito inferior ao de mercado.
Não tenho como valorizar algo que pretensamente é de mérito apenas esportivo e que na prática parece ter a interferência de interesses do futebol como negócio.