Liverpool, P. Coutinho e Barça: ‘show’ na janela de contratações para você?
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De Vitor Birner
Nós quase nunca
Os ingressos são inacessíveis para a maioria dos torcedores, que comemorara 'liderança ' nas arrecadações e exige atletas que têm amor pela camisa.
Muitas vezes contradições são positivas. Geram aprendizados, futuras construções coerentes, sabedoria, e são parte do aprimoramento de todos os seres humanos.
Cito exemplos antes de entrar no futebol; é corriqueiro alguém achar que o ódio por ideias opostas e a violência verbal geram harmonia coletiva. alguns creem que a população armada diminuirá o número de mortes e aumentará a segurança; tem cristão xingando os irmãos e julgando o caráter alheio como se tivesse o direito que a religião ensina ser apenas do Deus.
O padrão nacional é do rigor aos outros e generosidade com os próprios equívocos.
Poderia citar aqui uma lista enorme de contradições, adjetivar cada uma, aumentar o número de cliques porque fui ríspido, mas o resultado além do comercial apelativo seria apenas o fomento do ódio nesse mundo menos carente de grana que de compreensão, caridade e paz.
Parte do show
Tentei, desde quando Neymar foi para a França e o Barcelona iniciou as tentativas de contratar Phillippe Coutinho, entender as recusas dos ingleses. Acho que foi uma estratégia para criar uma pequena novela popularesca.
O clube dificultou, o jogador quer, é criticado pelos torcedores, diariamente há manchetes sobre o 'yes or no', os dirigentes ganharam moral com a massa e forçaram os catalães a subirem a oferta.
Meu palpite – não é uma informação. é o desfecho clichê. O clube de Messi contratará o meia e teremos uma aula inglesa de negociação e show de exposição dentro das atuais regras do jogo capitalista.
Na Espanha e na principal nação do reino conservador do'brexit' há colegas garantindo que os clubes se acertaram e o anúncio será no máximo 5f.
Além disso, tem a lógica do atual futebol. O Liverpool pertence a investidores que, acima de tudo, imaginaram que podiam lucrar quando adquiriram a agremiação.
Gols em segundo plano
O dinheiro manda. Essa é a principal regra do futebol.
O meia saiu da Itália por cerca de 10 milhões de euros. O Barcelona desembolsará 150, 160 milhões, segundo o noticiário na Europa. .
Tentei, com especialistas (advogado e gestor que conhecem os meandros da transferências), saber se rendimentos por conquista da Premier League ou da Liga dos Campeões poderia motivar a recusa.
Nenhum crê nessa possibilidade.
O gigante, talvez o maior clube do país (Manchester United concorre e o Arsenal que completa o trio dos grandes nunca conquistou a principal competição do continente ), será exceção se recusar, apesar de nunca ter comemorado o êxito nas 25 edições dos pontos corridos pós implementação e modernização do torneio de pontos corridos.
A tal modernidade
O atleta quer o Barcelona, a oferta para a agremiação é grande e, por isso, ambos os clubes e o estafe de P. Coutinho provavelmente estão alegres.
Esqueça o amor pelo clube. O meia sequer sabia quem atuava no Liverpool quando se apegou ao futebol. O perfil do vínculo combina mais ao de executivos sendo contratados por multinacionais que com o de antigas associações investindo em reforços para o elenco.
Me incomoda, pois creio que, no longo prazo, reduzir o esporte a apenas entretenimento acabará com o futebol.
A trilionária indústria do entretenimento tem força para ganhar de tudo que tentar impedi-la de seguir em frente.
O molde atual do futebol
Implementa sazonalidades criadas e encerradas com muita facilidade, dificulta fortalecimento de vínculos, restringe o público que pode ir aos estádios e arenas, gera segregação social no esporte outrora democrático e aumenta o abismo entre atletas e torcedores.
O contraponto é que cartolas, agentes, jogadores e quem labuta na atividade pode ganhar cada vez mais, tal qual reza a essência do capitalismo. Essa é a legítima regra do jogo e que tem o apoio da maioria do público.
A economia tem que crescer a qualquer custo em todos os setores, seja em detrimento do planeta, assassinando animais e florestas, promovendo guerras e nacionalismo, diminuindo a educação, desdenhando de idosos ou subjetivamente afirmando que a vida na pobreza, principalmente da África, sequer merece punhado de euros.
O futebol é apenas um detalhe nesse jogo de rédeas e direcionamento massa consumidora.
Apenas para reflexão
As individualidades são secundárias dentro desse montante de consumidores que sequer parece ter cara, pois a ideia é padronizar o produto oferecido.
No gramado
O Mirror da Inglaterra citou que o Liverpool quer Kovacic do Real Madrid para substituir Phillippe Coutinho, se confirmada a saída para o Barcelona. O espanhol Diario Gol afirma que o colega de Cristiano Ronaldo topa e o Chelsea pretende dificultar porque pretende ter o meia croata no elenco.