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Corinthians, preciso, gela o Allianz Parque e impõe baile coletivo no dérbi

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De Vitor Birner

Palmeiras 0x2 Corinthians 

O Alviverde teve a bola; e o Corinthians a precisão.

O elenco milionário e lotado de opções, em especial na criação, finalizou mais e investiu em montes de cruzamentos na área.

O Alvinegro, menos cotado desde o inicio da temporada para conquistar qualquer torneio, foi calculista na proposta e cirúrgico ao executá-la. Conseguiu ganhar com facilidade.

Os lances decisivos são grandes mostras do que garantiu o resultado elogiável para o time de Carille.

Muita concentração e elogiável estrutura tática

Roger Guedes tinha que ir com Guilherme Arana para a área. Não cumpriu o necessário e o lateral, em velocidade, tocou na bola antes de ser derrubado por Bruno Henrique.

No campeonato onde os pênaltis são desperdiçados aos montes,  Jadson contrariou essa 'tendência'. A finalização do meia pode ser avaliada como irretocável, na medida, ao acertar o canto direito de Fernando Prass.

O líder ampliou o resultado quando Cuca havia trocado o contratado no Palermo por Borja, recuado Roger Guedes à lateral e deslocado Tchê Tché para ser volante.

O Alviverde estava com sistema de marcação posicionado no lance.

Arana tocou ao Romero e o paraguaio esbanjou categoria no lançamento ao colega que tinha ido para a área.  Tchê Tchê, em vez de acompanhar,  sinalizou para alguém na cobertura e o lateral na frente do Fernando Prass foi preciso na conclusão. Entre as finalizações dos gols no clássico houve 45 minutos de jogo e nenhuma outra tentativa do Alvinegro.

Resultado embasado apenas nos méritos

O Palmeiras teve a iniciativa. Permaneceu mais que o Corinthians no campo de frente e tentou 17 finalizações.

O líder necessitou 3 para conseguir os 2 gols. Mesmo assim, reitero, se impôs com a maior facilidade possível, principalmente se considerarmos o potencial dos elencos e o clássico disputado no Allianz Parque.

O Alvinegro permitiu o toque de bola e tentou retomá-la apenas alguns metros atrás da linha que divide o gramado. Congestionou em frente da área e forçou o Alviverde a investir em finalizações de fora e cruzamentos.

Cássio uma vez foi exigido para fechar o ângulo e teve que mostrar competência em poucos lances que seriam equívocos se fossem gols.

Amigos leitores, por favor evitem citar estatísticas ao discordarem da afirmação de 'baile coletivo' . Cito números para explicar desempenhos desde quando o país os achava bobagens, desdenhava da importância de técnicos e da estrutura tática, e afirmava que resultados positivos eram conquistados com maior número de meias e artilheiros.

O volume de jogo do time de Cuca foi completamente inútil.  Apenas na puxeta de Willian o time pode lamentar desperdício de oportunidade na área. Nem Cássio e nem Prass necessitaram grande inspiração.

Houve o pênalti em Arana, O Palmeiras reclamou do toque de bola no braço de Balbuena dentro da área. Nas edições anteriores, quase todos lances similares eram avaliados como faltas, mas nessa o critério foi alterado e é impossível afirmar que Vuaden se equivocou na jogada.

É certo que o zagueiro sequer tinha como impedir o contato e que o mesmo não foi deliberado tal qual proíbe a regra. As complicadas e pouco inteligentes recomendações da Fifa tornaram a difícil a interpretação que era simples.

Houve muita catimba do Corinthians.

O árbitro, pelos critérios atuais do futebol, poderia ter sido rigoroso nisso e talvez no cartão ao Arana pelo entrevero com o Borja; mas achei preciso o amarelo para o lateral e craque do clássico .

Ficha do jogo

Palmeiras – Fernando Prass; Tchê Tchê, Yerry Mina, Edu Dracena e Egídio (Zé Roberto); Thiago Santos (Keno) e Bruno Henrique (Borja); Roger Guedes, Alejandro Guerra e Dudu: Willian
Técnico: Cuca

Corinthians – Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo (Pedro Henrique) e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho (Camacho) e Romero; Jô
Técnico: Fábio Carille

Árbitro: Leandro Vuaden (CBF-RS) Auxiliares: Jose Eduardo Calza e Mauricio Coelho Silva Penna