Blog do Birner

Saiba por que o São Paulo tende a melhorar com Dorival

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De Vitor Birner

No último clube

O São Paulo contratou o melhor técnico do último campeonato brasileiro. Dorival conseguiu o desempenho elogiável  com o elenco formado por veteranos, foram os alicerces, e atletas que subiram da base.

Encerraram o torneio na frente de Atlético e Flamengo que tinham grupos de atletas mais fortes.

A proposta planejada e implementada

No início da temporada anterior, o treinador me contou o que pretendia para o clube da Vila Belmiro.

Citou o aumento de permanência com a bola, percentual de acertos nos toques, posicionamento do sistema de marcação e aumento no repertório de construção dos lances de gol.

O Santos foi gradativamente melhorando. Nos últimos meses conseguiu atuar como havia planejado.

Merece elogios pela competência mostrada no  Santos.

Houve método, sequência, organização e o time encerrou na segunda colocação, atrás apenas mais capaz tecnicamente, como era a do Allianz Parque.

Antes, em 2015, foi contratado para tirar o Alvinegro do rebaixamento.

Teve que gerenciar crises, o calendário impedia a quantidade necessária de dias para a preparação, o potencial dos oponentes dificultava testes durante os jogos e, apesar de não implementar todas as virtudes que gostaria, conseguiu fortalecer muito o coletivo e os melhorar os resultados.

Essa situação combina mais com a que encontra no Morumbi.

Necessita algumas rodadas de paz e crédito com a torcida e cartolas da agremiação.

Solo fértil para o treinador semear

As benesses que as eliminações do São Paulo poderiam gerar foram desperdiçadas pelo antecessor. O time teve períodos maiores de preparação que os outros gigantes do futebol no país.

Hoje é o mais atrasado na parte coletiva entre todos os clubes no torneio de pontos corridos. Dorival será político ao afirmar o que encontrou, mas o legado é minúsculo.

O clube não tem uma base de time e é impossível afirmar qual será a formação. Ninguém sabe quem será escalado na zaga, lateral, e pelos lados no ataque ou meio de campo.

Mas o solo arrasado possibilita para o treinador uma construção grande e positiva.

O elenco (me refiro ao atual que a janela de transferência pode piorar ou fortalecer) é superior aos resultados. Se bem-preparado desde o início, seria favorito na disputa por uma vaga à Libertadores.

Comparo a circunstância a que Tite encontrou na seleção, onde o grupo de atletas era competitivo, mas minado pela metodologia e proposta de Dunga.

Obviamente, o elenco disponível ao treinador mais renomado é incomparavelmente melhor que o do CT da Barra Funda. Me refiro ao estágio coletivo dos times que herdaram, à margem de evolução possível, não comparo habilidade e potencial dos atletas.

Se Dorival repetir o padrão de acertos que conseguiu no Santos, terá muito sucesso no Morumbi.

Merece elogios porque continua tentando aprimorar os conhecimentos. Quer ser melhor hoje do que foi ontem. Procura saber quais os métodos atuais de preparação dos times,  se mantém aberto, e pode estruturar o coletivo com distintos desenhos táticos e propostas de futebol.