Jô afirma que consegue cumprir papel tático igual ao de G. Jesus na seleção
birner
De Vitor Birner
Ambos com moral
Gabriel Jesus é titular da seleção de Tite. Diego Souza segue forte como a principal opção na ausência do atleta do Manchester City.
O treinador, ao planejar a dinâmica coletiva, opta por mobilidade, velocidade e técnica de quem atua mais adiantado. Ainda não mostrou disponibilidade para convocar centroavantes de área.
O técnico afirma que o grupo de jogadores da seleção continua aberto. O centroavante do City cumpre com maestria os planejamentos táticos.
É o mais habilidoso, tem grande potencial de melhora, tende a aprimorar o futebol sob as orientações de Guardiola e por isso dificilmente será ausência no Mundial. Diego Souza é concorrente de Roberto Firmino e tem sido eficaz alternativa. Os gols diante da Austrália provavelmente aumentaram o 'status' do artilheiro do Sport com Tite.
As características e o aprimoramento
O grande momento tanto técnico quanto físico e e a liderança do Corinthians devem ter colocado Jô entre os que podem ganhar ser testados por Tite . O jogador afirma que tem as características para cumprir papel tático igual ao de Gabriel Jesus.
Iniciou nas categorias de base do Alvinegro como atacante pelos lados. Não era o centroavante quando subiu do 'terrão' com Bobô, Abuda, Rosinei, Coelho e outros atletas.
''Nunca fui primeiro centroavante. A gente tinha sempre um centroavante na época e eu movimentava'', declarou ao Cartão Verde da TV Cultura na última quinta-feira.
''Depois fui pára fora e devido a minha estatura me adaptei a jogar com primeiro atacante, mas sempre fui segundo e não vejo nenhuma dificuldade, se por acaso vier uma convocação e Tite pedir''. ''Eu gosto mesmo é de me movimentar. Se observarem, não gosto de ficar parado lá (na área). Eu saio, vou para as pontas, cruzo''.
O atleta respondeu perguntas. Nem tomou a iniciativa de falar sobre seleção, nem fez lobby para si próprio, apesar de mostrar grande disponibilidade para atuar como o técnico quiser.
Lembro que, nos cruzamentos, é superior a todos os citados, Pode ser uma opção para os jogos em que o time estiver pouco inspirado ou para ganhar a primeira bola quando o sistema de marcação de oponente bloquear o toque do Brasil á frente.
Quem reparar na dinâmica do atleta pelo Alvinegro, sabe que, em tese, tem realmente parte do necessário para se adaptar. O gol diante do São Paulo no último clássico exigiu pique de cerca de 70 metros do centroavante.
No atual elenco do Corinthians, Jô é o mais veloz numa corrida de 100 metros.
Mas necessita melhorar a explosão, o fundamental arranque mais curto, para elevar o padrão. A corrida com menor trajeto é mais frequentemente exigida nas disputas com zagueiros, laterais e volantes.
A outra maior é a do contra-ataque. Aos que não compreenderam, Bolt sai atrás de alguns e encerra ganhando. Gabriel Jesus tem essa virtude para superar nos em poucos metros quem pretende retomar a bola ou impedir o gol.