Sport é uma bênção para o Luxa; técnico tem que se aprimorar e retribuir
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De Vitor Birner
Treinador pode aprimorar
A existência fornece à maioria dos seres humanos prazo menor para adquirir força e habilidades motoras – as que os atletas necessitam ao lidar com a bola -, se comparado disponível para desenvolver inteligência e adquirir conhecimento.
Os treinadores são, acima de tudo, trabalhadores raciocinais. Têm que pensar enquanto atuam na beira do gramado e tomar decisões que envolvem muitas análises.
O futebol tem disputas técnicas, físicas, emocionais e a coletiva. Tudo passa pelo crivo de quem orienta os elencos.
Exige sabedoria maior que os acertos táticos e é possível aprender algo durante toda a carreira.
Tite, por ser quase unanimidade. é o exemplo ideal. Cita que aprimorou e alterou os métodos, melhorou e atingiu patamar que merece os milhões de comentários positivos.
Foi uma construção. Demorou anos e, tal qual o próprio sabe. está em andamento.
É normal, de tempo em tempo, as avaliações sobre a competência dos 'professores' serem alteradas. Me refiro às embasadas, porque as que se apoiam apenas em resultados são populistas e pouco agregam para quem curte debater o esporte.
Mantenho a de Luxa igual há quase uma década.
O torcedor do Sport, se o treinador mantiver o padrão, pode se preocupar. Nenhum time que orientou nesse período mostrou desempenho elogiável; alguns que poderiam ser competitivos flertaram com o rebaixamento.
Técnico citou o que é necessário
O Atlético foi o primeiro clube a ter Luxa nessa década. Alexandre Kalil determinou a saída após tomar goleada contra o Fluminense e com o time em 18° no torneio de pontos corridos.
O técnico afirmou: ''Compreendo a decisão de me mandar embora. Saio com o coração doído, pois é a primeira vez que deixo um clube redondo, com ótimas condições, sem acertar o trabalho. É uma pena, ficam os lamentos e a torcida para o Atlético-MG sair dessa situação''.
''É o momento de fazer uma análise profunda e me reciclar mesmo. Ver o que houve, onde errei, porque isso não pode acontecer de novo. O clube é estruturado, então não tinha razão para não irmos bem. Só não aceito que falem que o Luxemburgo está em decadência e acabou para o futebol.''
Dorival Jr foi contratado.
Entreveros e desempenho mediano na Gávea
O Flamengo acertou com o técnico alguns dias após sair das Minas Gerais. O clube frequentava a parte de baixo da classificação e conseguiu evitar o rebaixamento.
A direção gastou o dinheiro que não tinha na temporada seguinte; investiu em Thiago Neves, Ronaldinho e Botinelli: conseguiu a série de 26 jogos sem perder, ganhou o estadual e classificou o time para a eliminatória antes da fase de grupos na Libertadores.
Foi mandado embora em fevereiro, o clube contratara o Vagner Love em janeiro, após entrevero com Ronaldinho. Afirmou que foi o ''maior processo de fritura'' que viveu e reclamou da falta de pulso da então presidente Patricia Amorim.
No Atlético teve dificuldades para gerenciar o elenco.
Houve grande investimento e resultados pequenos
A direção do Grêmio gastou uma fortuna, por 'exigência' do técnico, na preparação da temporada. Os números gerados pelo investimento em tese foram positivos.
Aproveitamento de 64,8%, com 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas em 91 jogos.
Na prática foi eliminado antes da decisão de dois Campeonatos Gaúchos, caiu na semifinal da Copa do Brasil, nas quartas da Sul-Americana e conseguiu o terceiro lugar no torneio de pontos corridos, que valeu a classificação para a Libertadores.
O time tinha dificuldades na dinâmica em campo. Era previsível, lento e estático na frente. Escalou o esforçado zagueiro Cris sem a condição física necessária e escutou reclamações dos torcedores. .
Permaneceu 496 dias no Olímpico.
Opção da patrocinadora
Nos dois clubes anteriores teve tempo, grupo de atletas competitivo e, apesar de ser o treinador de ponta, nenhuma conquista merecedora de grandes elogios.
A patrocinadora avaliou a saída do técnico da Gávea como uma oportunidade para fortalecer o Fluminense. O escolheu como sucessor de Abel Braga, campeão do torneio de pontos corridos nas Laranjeiras em 2012, que foi mandado embora após a eliminação na Libertadores e a sequência de 5 tropeços na edição seguinte do Brasileirão. Celso Barros quis a alteração.
O time com o técnico ganhou sete, empatou nove e foi derrotado em dez jogos, somadas todas as competições. Saiu com aproveitamento de 38,46% e o clube na região do rebaixamento.
Somou mais pontos na Gávea
Foi a quarta vez que os dirigentes do Flamengo o contrataram. O time com o técnico saiu da região do rebaixamento para a décima colocação.
Os cartolas acreditaram que a temporada seguinte seria mais positiva. O time oscilou exatamente nos jogos em que tinha de ser mais competitivo.
O técnico saiu após ser eliminado pelo Vasco na semifinal do Estadual e iniciar o maior torneio do país com um ponto em três rodadas. Foram 59 jogos pelo clube, nos quais obteve o bom aproveitamento de 34 vitórias, 14 derrotas e 11 empates.
Mano solucionou
O Cruzeiro contratou o treinador em 2015. Sequer houve esboço da formação de time competitivo.
Conquistou 36,8% dos pontos. Houve dez tropeços, três empates e seis vezes ganhou. O time tomou mais gols do que comemorou.
Foi mandado embora, Mano Menezes o substituiu, e o desempenho melhorou. Era óbvio que o elenco tinha mais futebol.
Simples
O Luxemburgo tem que agregar virtudes e elevar o padrão para brilhar no Sport. Merece elogios pelas conquistas no século anterior e início do atual, tem muita rodagem, mas os métodos nos últimos clubes foram ineficazes.
O sucesso no clube que o abençoa com a oportunidade solicita atualizações na preparação e implementação da dinâmica coletiva de futebol.