Blog do Birner

Problema do Corinthians para contratar parece ir além do dinheiro

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De Vitor Birner

Os do treinador

Oswaldo de Oliveira foi treinador do Sport antes de chegar ao Corinthians, .

O Alvinegro queria Rithely do Rubro-Negro, mas contratou Paulo Roberto, reserva da agremiação na maioria dos jogos no torneio de pontos corridos.

Gabriel, volante do Palmeiras, é nome na lista de reforços. Atuou no Botafogo com o treinador e foi indicado para o Alviverde assim que o mesmo foi contratado pela agremiação do Allianz Parque.

A impressão é que a diretoria mostrou o bilhete azul para Oswaldo de Oliveira e manteve muito do planejamento feito pelo treinador para a formação do elenco.

Carille, na entrevista assim que foi recolocado no cargo, afirmou querer o time 'mais compactado'. O antecessor tentou fazer o Alvinegro atuar mais com a bola. Queria iniciativa de ir à frente para ganhar.

O planejamento, se havia, tinha que ser reformulado, pois são necessários atletas com características distintas das privilegiadas pelo técnico rodado, que se encaixem nas pretendidas pelo novato para a construção da estrutura coletiva.

Os tais dos 100 quilômetros 

Pablo, o zagueiro que o clube quer, foi da Ponte Preta, tal qual William Potker que continua na Macaca e o Alvinegro pretende contratar.

Nenhuma novidade: Cléber, Rildo, Elias e Guilherme foram ao Parque São Jorge jogaram após atuarem na agremiação do interior.

Resta investir em alguém do Bragantino para o clichê ser mantido.

Garimpar mais e oferecer a oportunidade

O Corinthians tem o departamento de análise do desempenho de atletas para embasar as negociações. Nem entro no mérito da qualidade dos escolhidos, muitos obtiveram êxito sob orientações de Tite,  mas duvido que o leque dos indicados seja tão restrito.

Oswaldo de Oliveira é avaliado pelo mercado como treinador honesto e nunca escutei sequer boato que ganha na transferência de jogadores.

Ou seja: os dilemas para a formação do elenco têm sido o caixa vazio e o desconhecimento do mercado, ambos somados em vez apenas o mais citado, de quem escolhe e contrata.

Creio que os cartolas do Alvinegro podem ampliar as fronteiras porque há jogadores menos renomados querendo atuar numa agremiação gigante.

Nenhum planejamento atualizado no futebol

O Alvinegro, com Tite e o Edu Gaspar, fazia reverência ao profissionalismo. O gerente afirmava que no momento da saída de alguém havia uma lista de nomes para reposição.

A prática confirmava. Elias, Ralf e outros chegaram ao clube como discretas contratações e subiram de patamar após atuarem na agremiação.

A gestão foi pioneira na política dos ingressos com preços maiores, contribuiu para inflacionar  o valor das entradas ao público do futebol e transformar o programa de sócio-torcedor em doutrina, potencializou o marketing e ganhou a Arena em Itaquera. Contraiu a dívida para bancar o palco dos jogos porque os aumento de faturamentos sugeriam que seria possível o pagamento e o dirigente mais forte tinha influência política.

Nada funciona se a cartolagem mostrar desconhecimento do mercado.

Paulo Roberto completará três décadas de vida e nunca se firmou em qualquer agremiação. Kasim com essa idade teve desempenho discreto no Coritiba. São jogadores com minúscula, ou nenhuma, margem de evolução dentro dos gramados.

Acontece de alguém com tal perfil fazer grande temporada, mas é exceção e ninguém investe milhares de reais no esporádico. Jô priorizando o futebol pode ser construtivo, pois reforçará os lances aéreos na frente.

Provavelmente sequer foram observado por quem contrata ou indica reforços para o elenco.

Formar o time competitivo

Nesse momento, os mais técnicos do grupo de atletas são alguns que permanecem da frustrante campanha no torneio de pontos corridos. Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Guilherme têm qualidade para renderem futebol superior ao mostrado. Marlone entra nessa turma.

A questão é construir o ambiente de competitividade, houve atletas dispersos em alguns jogos, e saber se irão continuar no elenco.

Treinador orienta, gerencia os atletas, mas necessita de jogadores capazes e devidamente remunerados, que são incumbências dos cartolas.

Com mais acertos

O post é do momento atual do clube. Se a gestão subir o padrão, escreverei outro avaliando o potencial do elenco e do Corinthians na temporada do futebol.