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Brasil ganhou jogo em que o sistema de marcação de Tite mais oscilou

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De Vitor Birner

Peru 0x2 Brasil 

Na meia dúzia de jogos da seleção com Tite, diante do Peru o sistema de marcação teve a atuação menos consistente.

Miranda fez pênalti em Cueva aos 5 minutos, ignorado por quem deveria cumprir as regras; logo em seguida o meia tabelou com Carrizo e o atacante do Benfica, em frente do Alisson, finalizou na trave.

Depois o Brasil acertou a transição de bola, permaneceu mais no campo de frente e diminuiu a intensidade inicial dos oponentes. apesar de ainda oferecer algumas brechas pelos lados e cometer dois equívocos em cruzamentos, incluindo o de Alisson ao rebater em cima do oponente e ter sorte.

Oscilações são normais no atual estágio de preparação do time.

Méritos e gols

Detalhei os equívocos do time que foi superior aos peruanos em quantidade de lances de gol, frequência no campo de frente e permanência com a bola.

Após as instruções do treinador enquanto os atletas descansaram, ditou o ritmo, Neymar acertou a trave e aconteceram as comemorações de Renato Augusto e Gabriel Jesus.

O do centroavante inaugurou o resultado positivo em Lima.

Foi fruto da força coletiva.

As inversões dos jogadores no sistema de criação confundiram os andinos.  Renato Augusto foi para a direita, Philippe Coutinho à meia, Daniel Alves correu por dentro no 'corredor' que ambos abriram, e havia cinco jogadores líderes das eliminatórias na área quando a bola sobrou para Gabriel Jesus finalizar com categoria e festejar.

O Peru mantinha as linhas adiantadas para impedir a transição do favorito enquanto ninguém havia feito gol, e foi mais ousado após ficar atrás. As brechas para o time de Tite ampliar nos s contra-ataques aumentaram.

Gabriel Jesus fez a assistência e o atleta mais inteligente do Brasil na parte tática, antes de chutar, escolheu o canto, raciocinou, e com precisão transformou o planejamento em comemoração.

O Brasil teve mais momentos que os oponentes para fazer gols e provavelmente conseguiria outros em noite inspirada de Neymar.

Gostei da atuação do jogador do Barcelona. Se movimentou como necessário, foi construtivo, mas os lances brilhantes e a técnica muito acima da média dessa vez permaneceram fora do gramado.

O time poderia ganhar com maior margem com mais competente no último toque e nas finalizações de cabeça, pois teve três grandes oportunidades em tais lances. Mereceu o resultado positivo.

Ficha do jogo

Peru – Gallese; Corzo (Adivíncula), Ramos, Rodríguez e Loyola; Victor Yotún, Aquino, Andy Polo (Sánchez) e André Carrillo (Ruidíaz); Cueva e Guerrero
Técnico: Ricardo Gareca

Brasil: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Filipe Luis; Fernandinho; Philippe Coutinho (Douglas Costa), Paulinho, Renato Augusto e Neymar; Gabriel Jesus (Willian)
Técnico: Tite

Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia) – Auxiliares: Cristian de La Cru e John Leon