Blog do Birner

Palmeiras ganha mais na raça que com técnica e mantém as mãos na troféu

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De Vitor Birner

Palmeiras 1×0 Internacional

As agremiações foram ao gramado muito determinadas. As necessidades distintas fizeram ambas mostrarem grande empenho.

A qualidade técnica, tal qual na maioria dos jogos do torneio, é impossível de ser aplaudida. Mesmo assim, o andamento com raras oportunidades garantiu emoções e grande atenção tanto dos torcedores favoritos à conquista quanto dos que almejam continuar na elite do futebol.

Nesse momento, resultados positivos garantem a plena felicidade no futebol. O Inter finalizou mais e Danilo Fernandes conseguiu as duas únicas intervenções difíceis no jogo. Nada podia fazer no gol de Cleiton Xavier.

O Alviverde mantém as mãos na taça e aguarda o aval da matemática para comemorar o êxito no torneio de pontos corridos.

Formações e propostas

Cuca escolheu Cleyton Xavier para a vaga do suspenso Moisés. O veterano atuou por dentro da linha que teve Roger Guedes e Dudu pelos lados.

Na dupla de volantes, o Thiago Santos priorizou a marcação e Tchê Tchê, além de participar da saída de bola, sempre que possível foi à frente. Necessitava fortalecer a criação e permitir aos colegas mais adiantados avançarem como pontas ou entrarem na área para tirarem a sobra da zaga com o centroavante Gabriel Jesus.

Jean foi colocado na lateral direita, e Zé Roberto na outra. No Allianz Parque, o Alviverde tinha que tomar a iniciativa de tentar o gol.

Celso Roth sabia que o oponente era o favorito e manteve o pragmatismo.

Tentou montar sistema de marcação consistente, investir em contra-ataque, cruzamentos, na tal da proposta de 'jogar por uma bola', e assim tentar ganhar.

Willian, na direita do trio de criação, foi encarregado de fazer a parede diante do Ceará, onde atuou Dudu e o Gabriel Jesus em regra se mexe para confundir o sistema de marcação.

Alex fez igual do lado oposto em frente ao Gefferson, Anderson nessa linha, por dentro, ficou adiantado para os lances de velocidade e deveria acompanhar Tchê Tchê, quando o volante apoiasse.

Aylon foi o centroavante.

O andamento e o gol legítimo

Os times investiram em lançamentos de trás para frente, pelo alto. e em chuveirinhos na área. O time de Roth conseguiu neutralizar o meio de campo do favorito.

O lance que fez a torcida no Allianz Parque comemorar foi assim. Mina disputou por cima com Paulão, tocou de cabeça na bola e o responsável por cumprir as regras observou a mesma raspar muito de leve no braço do zagueiro antes de sair à linha de fundo.

No escanteio cobrado por Dudu, o Thiago Santos ganhou de cabeça e a bola sobrou para Cleiton Xavier, em posição inquestionavelmente precisa, finalizar e festejar.

O jogo seguiu truncado e disputado muito mais na base da força que na técnica.

Os goleiros apenas observaram o que faziam os colegas. Jaílson tomou o susto na cobrança de falta de Alex, mas sequer foi necessária a intervenção.  A única que fez foi muito fácil, após Anderson finalizar no meio.

Danilo Fernandes, que nada havia realizado porque o sistema de criação do Alviverde era inoperante, foi exigido uma vez nos acréscimos e brilhou.

Tal qual no gol, Dudu cobrou escanteio, mas nesse foi o zagueiro Vitor Hugo quem cabeceou; com muito reflexo, o goleiro fez a difícil intervenção.

As alterações e as oportunidades

Os treinadores mexeram nos times. Roger Guedes, machucado, saiu e Alecsandro entrou.

Gabriel Jesus foi para a direita e o centroavante ocupou a área. O jogo tinha cruzamentos e chuveirinhos, o Alviverde, pelo alto, tivera as únicas finalizações e o Cuca aumentou a estatura do time no gramado.

Celso Roth, após as orientações e descanso dos atletas, colocou Eduardo Sasha na vaga de Ceará, e recuou Willian para a lateral-direita.

O meia Anderson em lance de contra-ataque teve a oportunidade para igualar e finalizou por cima do gol.

Cuca teve que fazer mais uma alteração. Cleyton Xavier sentiu o ombro, Fabiano entrou e Jean foi atuar como  volante. A ideia era fortalecer o sistema de marcação no meio de campo, principalmente pelos lados porque a entrada de Sasha aumentou a a qualidade do oponente que investiu em cruzamentos.

Celso Roth, por opção, alterou o Inter com o atacante Diego na vaga do centroavante Aylon.

Depois trocou o Alex por Valdívia. O veterano saiu irritado com o treinador, que preferiu otimizar a movimentação pelos lados, marcação na frente e dribles, em detrimento da experiência do jogador que podia achar a assistência ou o gol na finalização de fora da área.

Diego finalizou de fora da área e a bola quase foi em direção do gol.

Thiago Santos saiu e o Gabriel entrou para exercer a mesma função de volante na última alteração do jogo.

No final, quase o Alviverde ampliou.

Gabriel Jesus, na área e em frente ao Danilo Fernandes, tocou no canto tal qual necessário, e o que entra no gramado com luvas desviou. A bola tocou na trave e Tchê Tchê no rebote tentou o cruzamento, mas o goleiro conseguiu intervir.

O Inter investiu nos cruzamentos e no abafa, mas o sistema de marcação do Alviverde ganhou os lances por cima que garantiram o resultado positivo.

Ficha do jogo

Palmeiras – Jailson; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Gabriel) e Tchê Tchê; , Róger Guedes (Alecsandro), Cleiton Xavier (Fabiano) e Dudu; Gabriel Jesus
Treinador: Cuca

Internacional – Danilo Fernandes; Ceará (Eduardo Sasha), Paulão, Ernando e Geferson; Anselmo e Rodrigo Dourado; William, Anderson e Alex (Valdívia); Aylon (Diego)
Treinador: Celso Roth

Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (PE) – Assistentes: Clovis Amaral da Silva e Cleberson do Nascimento Leite